Sistema para Organização e Difusão de Conhecimento em Agroenergia: Árvore do Conhecimento Agroenergia



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Transcrição:

Sistema para Organização e Difusão de Conhecimento em Agroenergia: Árvore do Conhecimento Agroenergia José Gilberto Jardine Esdras Sundfeld Frederico Ozanan Machado Durães Nadir Rodrigues Embrapa Informática Agropecuária Campinas, SP/ Caixa Postal 6041/ Cep: 13083-886 / Brasil RESUMO De acordo com a previsão da Agência Internacional de Energia (AIE) até o ano de 2030, os biocombustíveis representarão cerca de 7% do combustível utilizado no transporte, sendo a União Européia, os Estados Unidos e o Brasil os principais produtores e consumidores. Os biocombustíveis constituem apenas um segmento das bioenergias que incluem ainda o carvão vegetal, o biogás, a lenha e a cogeração da energia elétrica e calor a partir das biomassas. Com o crescimento do porte, da competitividade e, por conseqüência, da complexidade da agricultura nos últimos anos, o conhecimento tornou-se uma ferramenta essencial. Paralelamente ao esforço empreendido pelas instituições de pesquisa, na geração de novos conhecimentos e tecnologias, é necessário também investir em ações que promovam e garantam o acesso aos resultados obtidos pelos projetos de pesquisa. Ou seja, há necessidade de um sistema de informação que reuna, organize, sistematize e disponibilize na Internet a informação tecnológica existente sobre a agroenergia. A oferta de um serviço de informação qualificada trará benefícios diretos ao processo de melhoria da gestão de informação em agroenergia contribuindo diretamente para o aumento de ganhos de competitividade do agronegócio nacional e democratiza o acesso à informação desse domínio da aplicação. Palavras-chave: agroenergia; gestão do conhecimento; informação; Agência de Informação Embrapa; organização da informação. 1. INTRODUÇÃO A matriz energética mundial ainda é fortemente inclinada para as fontes de carbono fóssil, com participação total de 80%, sendo 36% de petróleo, 23% de carvão mineral e 21% de gás natural. São muitos os estudos que apontam o esgotamento das fontes de energia fóssil para as próximas quatro a cinco décadas, destacando a necessidade de buscar outras fontes alternativas de energia [15]. Os constantes conflitos envolvendo os países do Oriente Médio, onde estão localizadas cerca de 80% das reservas de petróleo hoje conhecidas no mundo, causam instabilidade ao suprimento e oscilações nos preços dos combustíveis fósseis, forçando vários países a buscarem alternativas que possibilitem reduzir a dependência em relação às importações desse produto [2]; [3]; [8]. A crescente preocupação com o meio ambiente coloca em xeque a própria sustentabilidade do atual padrão de consumo energético. Do ponto de vista ambiental, a produção de agroenergia é uma alternativa ao uso de combustíveis fósseis e diminui a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para amenizar os efeitos de um possível aquecimento global. É também um mecanismo adicional ao Protocolo de Kyoto, único instrumento existente atualmente em plano internacional para estimular a redução das emissões. [2]. Todos esses fatores, cuja importância varia de país para país, vêm criando oportunidades para a viabilização econômica de novas fontes de energia de biomassa. O uso do etanol, biodiesel, carvão vegetal, biogás e energia obtida a partir de resíduos do agronegócio desperta interesse crescente em muitos países, não restando dúvidas de que ocupará

posição de destaque na economia mundial em futuro próximo. Os biocombustíveis constituem apenas um segmento das bioenergias que incluem ainda o carvão vegetal, o biogás, a lenha e a co-geração da energia elétrica e calor a partir das biomassas [13]; [16]. Por mais importantes que possam vir a ser, as bioenergias como um todo constituem apenas um segmento do conjunto das produções derivadas da exploração ecologicamente sustentável do complexo da biodiversidade, que abrange florestas nativas e reservas naturais, florestas plantadas, áreas destinadas aos cultivos perenes, as destinadas aos cultivos sazonais e as pastagens. A cana-de-açúcar é a segunda maior fonte de energia renovável do Brasil, com 12,6% de participação na matriz energética atual, considerando-se o álcool combustível e a co-geração de eletricidade, a partir do bagaço [4]. O etanol, empregado na indústria química, fabricação de bebidas e como carburante, é hoje a principal bioenergia utilizada no mundo. [11]. No caso do biodiesel, as principais produções e consumos estão na União Européia (principalmente na Alemanha, França e Itália), que fornece subsídios para incentivar as plantações de matérias-primas agrícolas em áreas não exploradas, mais isenção de 90% nos impostos. Aproximadamente a metade da capacidade produtiva de biodiesel europeu está na Alemanha, que é o maior produtor mundial do biocombustível, utilizando como principal matériaprima a canola. Os resíduos, tanto da produção agropecuária quanto da agroindústria, bem como os dejetos desse processo, podem ser convertidos em diferentes formas secundárias de energia, como briquetes, biogás, biofertilizantes. O primeiro ciclo do biogás no Brasil aconteceu nos anos 80. Várias dificuldades, especialmente no que diz respeito aos materiais empregados nos biodigestores da época, fizeram com que o equipamento caísse em desuso até o início dos anos 2000. A informação sempre foi um insumo importante para o agronegócio, tanto na produção quanto na comercialização. Com o crescimento do porte, da competitividade e, por conseqüência, da complexidade da agricultura brasileira nos últimos anos, o conhecimento virou uma ferramenta ainda mais essencial. Paralelamente ao esforço empreendido pelas instituições de pesquisa, na geração de novos conhecimentos e tecnologias, é necessário também investir em ações que promovam e garantam o acesso aos resultados obtidos pelos projetos de pesquisa. Ou seja, há necessidade de um sistema de informação que reuna, organize, sistematize e disponibilize na internet, para acesso on-line, a informação tecnológica existente sobre a agroenergia. Ter informação e acesso à tecnologia são consideradas as condições que melhor caracterizam o produtor rural bem-sucedido, revela o estudo encomendado pela Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio sobre o perfil comportamental e hábitos de mídia do produtor rural brasileiro [10]. Segundo Souza et al, 2006 [14] a Embrapa possui experiência acumulada no decorrer de mais de dez anos, no uso e no desenvolvimento de tecnologias para Internet, e é proprietária de ferramentas e metodologias que possibilitam reunir, organizar, sistematizar e oferecer acesso via web, a qualquer conjunto de informações. Essas metodologias e ferramentas computacionais foram desenvolvidas pela Embrapa Informática Agropecuária, em parceria com a Embrapa Informação Tecnológica, no escopo da Agência de Informação Embrapa, para a organização e a qualificação da informação sob a estrutura hierárquica de uma árvore do conhecimento [12];[1]. A utilização desse ferramental desenvolvido pela Embrapa se configura como uma oportunidade para organizar e qualificar as informações sobre agroenergia que circulam na Internet, e agregá-las às informações científicas e tecnológicas validadas, tais como as orientações técnicas, metodologias, tecnologias de transformação dentre outras de cunho prático relativas a todas as etapas que envolvem os processos de produção, colheita, transporte e armazenamento das diversas matérias-primas e das tecnologias de obtenção das diferentes formas de agroenergia. 2. A ÁRVORE DO CONHECIMENTO AGROENERGIA A metodologia para desenvolvimento da árvore do conhecimento agroenergia teve por base a metodologia recomendada e já consagrada para orientação das árvores do conhecimento disponibilizadas na Agência de Informação

Embrapa. Essa metodologia estabelece que as atividades de criação das árvores do conhecimento sejam conduzidas por uma equipe editorial integrada por profissionais das instituições parceiras, composta de: editor técnico; editores assistentes (dois a três pesquisadores ou técnicos de nível superior), especialistas em agroenergia; profissionais de informação, de informática e de comunicação [5]. O editor técnico e os editores assistentes são os responsáveis pelo delineamento e estruturação da árvore do conhecimento, seleção de obras, definição do escopo dos conteúdos de informação, bem como pela elaboração e edição dos conteúdos de nós. Os editores são responsáveis, ainda, pela garantia da qualidade do conteúdo da árvore do conhecimento a ser publicada no site oficial da Agência de Informação Embrapa 1. O profissional de informação responde pela execução das atividades de précatalogação e catalogação de recursos de informação 2. O profissional de informática responde pelas atividades relativas ao uso e manutenção das ferramentas de software, como também, em pequenos ajustes relacionados à particularização e customização do ambiente de trabalho, caso seja necessário. Ao profissional de comunicação cabe a responsabilidade pela adequação da linguagem dos conteúdos de nós ao ambiente web e no veículo Agência de Informação Embrapa [14]. As principais etapas envolvidas no procedimento metodológico estão contidas em Santos et al. [12], Guimarães Filho et al. [7] e Alves et al. [1], e compreendem: a) delineamento da árvore do conhecimento em agroenergia; b) estruturação da árvore do conhecimento em agroenergia; c) seleção, pré-catalogação e catalogação de recursos de informação; d) elaboração e edição dos conteúdos de informação (alocados aos nós da árvore do conhecimento); e) publicação da árvore do conhecimento agroenergia no site da Agência de Informação Embrapa. Para o delineamento da árvore do conhecimento é necessário que os editores técnicos sejam profundos conhecedores do tema agroenergia, de modo a garantir que os seus itens e subitens (nós e subnós) 1 O site oficial da Agência de Informação Embrapa é: www.agencia.cnptia.embrapa.br. 2 Recurso de informação é uma entidade, eletrônica ou não, capaz de transportar ou de dar suporte à inteligência ou conhecimento, por exemplo, um livro, uma fotografia, uma escultura, uma base de dados, uma pessoa sempre relacionado com a informação. se alinhem sistematicamente e de forma hierárquica. Para a manipulação e preparo da estrutura da árvore do conhecimento foram utilizadas as ferramentas HiperEditor e HiperVisual [6], que permitem a visualização das informações em formato de árvore hiperbólica. A elaboração de conteúdo de nós e sub-nós, précatalogação, catalogação de recursos de informação e publicação da árvore do conhecimento está sendo utilizado o Sistema Gestor de Conteúdos da Agência de Informação Embrapa 3, que possui módulos específicos para cada uma dessas tarefas, detalhado por Santos et al. [12]. Cada nó da árvore do conhecimento se desdobra em sub-nós, nos quais estão inseridos conteúdos básicos, que incluem o título, a autoria e o texto propriamente dito. Objetivando complementar as informações, ao final de cada nó e sub-nó serão associados recursos audiovisuais tais como imagens, textos complementares, vídeos e audios ). Os textos dos nós e sub-nós da árvore do conhecimento agroenergia estão sendo elaborados a partir de informações e conhecimentos disponíveis nas instituições de pesquisa, seguindo as recomendações apresentadas por Guimarães Filho et al. [7]. As atividades pré-catalogação e a catalogação de recursos de informação serão realizadas de acordo com as recomendações específicas contidas no Manual de catalogação [1]; [12]. A árvore do conhecimento agroenergia com os nós e subnós pode ser visualizada na figuras 1 a seguir. Os nós principais (biodiesel, álcool, resíduos, florestal, meioambiente, socioeconomia, políticas públicas, plano nacional, PD&I, eventos), dispostos no primeiro nível da hierarquia da estrutura arbórea, correspondem aos principais temas relativos a agroenergia e as informações ali inseridas, tratam das matérias-primas e processos necessários para a obtenção das diferentes formas de bioenergia, políticas governamentais, custos de produção, impactos ambientais e perspectivas futuras. A partir desses nós principais, derivam os sub-nós correspondentes alinhados sistematicamente e de forma hierárquica. A construção da árvore do conhecimento agroenergia, apresentou um componente de atuação transversal acentuado. Portanto, uma das ações relevantes foi a interação com o gestor do projeto 3 O sistema gestor de conteúdo está disponível no endereço: http://gag20.cnptia.embrapa.br/gestor/ de acesso restrito aos membros da equipe editorial.

corporativo Agência de Informação Embrapa de forma a aproveitar, conciliar e integrar os conteúdos que estão sendo trabalhados nas demais agências ora em desenvolvimento e que tenham interface com o tema agroenergia. A estrutura da árvore agroenergia resultou da parceria entre a Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Agroenergia e Embrapa Informação Tecnológica. Os textos dos nós e sub-nós da árvore do conhecimento agroenergia estão sendo elaborados a partir de informações disponíveis nas instituições de pesquisa nacionais. Inicialmente foram buscadas as informações nas unidades de pesquisa da Embrapa, identificando soluções, tecnologias ou projetos em andamento. Porém, ação muito importante está sendo a de aproximar a Embrapa de outras instituições de pesquisa, universidades e empresas públicas e privadas para definição de parcerias e formalização de instrumentos jurídicos apropriados para o uso da informação sobre agroenergia geradas por estas instituições externas. Figura 1. Árvore do conhecimento agroenergia com visualização centralizada 3. CONCLUSÃO E IMPACTOS POTENCIAIS É estimado que a estruturação da árvore do conhecimento em agroenergia viabilize a reunião, a organização, o armazenamento e a disponibilização de todo o conjunto de informações tecnológicas geradas por Instituições de pesquisa brasileiras no domínio da aplicação. A árvore do conhecimento em agroenergia deverá tornar visíveis ao público os esforços mais significativos empreendidos por tais instituições. Outro resultado esperado é a oferta de um serviço de informação tecnológica com valor agregado, com conteúdo atualizado e válido, em linguagem e formatos apropriados aos agentes de desenvolvimento e público alvo para veiculação na web, democratizando o acesso à informação desse domínio da aplicação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] ALVES, M. das D. R.; SOUZA, M. I. F.; SANTOS, A. D. dos. Manual de catalogação: descrição de recursos eletrônicos, versão 1.2. Campinas: Embrapa Informática Agropecuária, 2005. 55 p. (Embrapa Informática Agropecuária. Documentos,53). [2] BARBOSA, L.M. Agroenergia, biodiversidade, segurança alimentar e direitos humanos. Cenários PUC Minas Conjuntura Internacional. 2007. [3] BNDES. Bioetanol de cana-de-açúcar : energia para o desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro : BNDES, 316p. 2008.

[4] BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Plano Nacional de Agroenergia : 2006-2011. Brasília, DF, 2005. 120 p. [5] EMBRAPA INFORMÁTICA AGROPECUÁRIA. HiperVisual e HiperEditor. Campinas, 2004. Folder. [6] EMBRAPA INFORMÁTICA AGROPECUÁRIA. Agência de Informação Embrapa: ambiente web para transferência de tecnologia. Campinas, 2005. [7] GUIMARÃES FILHO, C.; WERNECK, D. CARNEIRO, M. R.; TELLES, M. A.; ROSINHA, R. C.; COBBE, R. V. Recomendações básicas para a elaboração do conteúdo das árvores do conhecimento da Agência de Informação Embrapa. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2005. 44 p. [8] MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA ABASTECIMENTO-MAPA. Plano Nacional de Agroenergia. Brasília, out. 2005. [9] MELLO, F.O.T.; PAULILLO, L.F.; VIAN, C.E.F. O BIODIESEL NO BRASIL: panorama, perspectivas e desafios Informações Econômicas, SP, v.37, n.1, jan. 2007. [14] SOUZA,M. I. F.; MARIN, F. R.; ROSSETTO, R.; VIAN, C. E. F.; SANTOS, A. D. dos. /Agência de Informação da Cana-de-açúcar/. Campinas, SP: Embrapa Informática Agropecuária, 2006. 27 p. (Embrapa. Macroprograma 5 Desenvolvimento Institucional. Projeto 05.06.4.06). Projeto concluído. [15] VENTURI, P. & VENTURI, G. Analysis of energy comparison for crops in European agricultural systems. Biomass and Bioenergy, v. 25 (3), 2003. [16] WYMAN, C. E. Handbook on bioethanol: production and utilization. Applied Energy Technology Series. Washington: Taylor & Francis, 1996. [10] KLEFFMANN GROUP. Perfil comportamental e hábitos de mídia do produtor rural brasileiro. [Campinas]: ABMR&A, 2005. 39 slides. [11] RODRIGUES, A. P. de. Etanol combustível - balanço e perspectivas: um balanço de 30 anos de Proálcool. [S.l.]: Única, 2005. 35 slides. Disponível em: <http://www.nipeunicamp.org.br/proalcool/ alestras/16/antonio%20de%20padua%20rodrigues. ppt>. Acesso em: 28 mar. 2006. [12] SANTOS, A. D. dos; CUNHA, L. M. S. da; SOUZA, M. I. F.; MOURA, M. F. Gestor de conteúdos da Agência de Informação Embrapa versão 1.3: manual do usuário. Campinas: Embrapa Informática Agropecuária, 2005. 75 p. (Embrapa Informática Agropecuária. Documentos, 58). [13] SIMIONI, F.J. Análise diagnóstica e prospectiva da cadeia produtiva de energia de biomassa de origem florestal no planalto sul de Santa Catarina. Tese de doutorado. Curitiba: UFPR, 2007. 132p.: il.