ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 008/2008 NOME DA INSTITUIÇÃO: COMPANHIA PAULISTA DE TRENS METROPOLITANOS - CPTM AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL ATO REGULATÓRIO: AVISO DE AUDIENCIA PUBLICA n 008/2008 publicado no DOU de 01/02/2008, secção3, pág. 83; Aviso complementar desta Audiência Pública, publicado no DOU de 01/042008, secção 3, pág. 79 e retificação do Aviso Complementar publicado no DOU de 03/04/2008, secção 3, pág. 78. EMENTA (Caso exista): CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS IMPORTANTE: Os comentários e sugestões referentes às contribuições deverão ser fundamentados e justificados, mencionando-se os artigos, parágrafos e incisos a que se referem, devendo ser acompanhados de textos alternativos e substitutivos quando envolverem sugestões de inclusão ou alteração, parcial ou total, de qualquer dispositivo.
O sistema elétrico da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos caracteriza-se por diversas subestações retificadoras de tração elétricas alocadas ao longo de aproximadamente 270 km de linhas com inúmeras cargas móveis se deslocando ao longo deste sistema eletrificado e interligado, que, capta a energia de várias unidades alimentadoras simultaneamente. Art. 12. A cada consumidor corresponderá uma ou mais unidades consumidoras, no mesmo local ou em locais diversos. 1... Art. 12. A cada consumidor corresponderá uma ou mais unidades consumidoras, no mesmo local ou em locais diversos. 1..., e 4 Para as empresas do segmento ferroviário, o contrato de uso do sistema de distribuição deverá ser único para cada sistema de tração interligado eletricamente, independente da quantidade de unidades consumidoras interligadas. A mobilidade dos trens resulta em um sistema com baixo fator de carga, em cada subestação de tração para o intervalo de medição da demanda integralizada em 15 minutos da concessionária, no entanto, a potência instantânea e conseqüentemente, os investimentos são muito mais elevados para o segmento ferroviário; lembramos que este sistema de transporte propicia o crescimento das regiões periféricas pela execução de serviços que criam e aprimoram a infra-estrutura local, beneficiando a própria concessionária, uma vez que, a instalação elétrica preparada para a ferrovia e a sua característica particular de baixo fator de carga permitem atrair indústrias alimentadas por esta mesma linha, além de comércios e residências que incrementam o parque de consumo desta concessionária e aceleram a amortização dos investimentos realizados em parceria. A ferrovia, pela característica deste sistema, não amortiza este investimento ou para unidades especificas amortizam a longuíssimo prazo. Outro aspecto que aponta para a necessidade de regulamentação especial para o meio ferroviário, diz respeito às regiões em que a concessionária, não disponibiliza níveis de tensão de fornecimento adequada (normalmente na faixa precária e crítica, conforme definições da Resolução ANEEL 505) pela falta de investimentos em suas redes de distribuição penalizando, desta forma, os consumidores com unidades interligadas devido a péssima distribuição de potência na fonte, resultante dos desequilíbrios de tensão da concessionária ao longo da rede eletrificada da companhia. Entendemos também, que, a ANEEL pela sua característica regulatória busca o equilíbrio pela aplicação das regras e tarifas justas e, analogamente o segmento ferroviário busca o equilíbrio dos gastos financeiros e não repassar tarifas maiores e inadequadas à capacidade de pagamento de seus usuários. Destacamos, portanto, que face as considerações expostas é essencial que os contratos de uso do sistema voltem a ser medidos e cobrados de forma unificada considerando a ligação elétrica das instalações, conforme já foi realizado no passado dentro do ambiente de contratação regulado. 2
Art. 49. O faturamento de unidade consumidora do Grupo A, observados, no fornecimento com tarifas horo-sazonais, os respectivos segmentos, será realizado com base nos valores identificados por meio dos critérios descritos a seguir: I-... a)... b)... c)... II-... III-... Art. 49. O faturamento de unidade consumidora do Grupo A, observados, no fornecimento com tarifas horosazonais, os respectivos segmentos, será realizado com base nos valores identificados por meio dos critérios descritos a seguir: I-...: a)... b)... c)..., e d) Pelo maior valor obtido da somatória dos valores de demanda de cada uma das subestações no intervalo de integralização em quinze minutos de cada mês corrente, exclusivo para empresas do segmento ferroviário. II-... III-... Alteração correlata ao item anterior. Idem justificativa anterior. 3
Art. 52. A ANEEL poderá Art. 52. A ANEEL poderá autorizar, mediante autorizar, mediante fundamentada justificativa fundamentada justificativa técnica da concessionária, a Além do descrito anteriormente somam-se estas: técnica da concessionária, adoção de horários de ponta ou a adoção de horários de de fora de ponta e de períodos ponta ou de fora de ponta e úmidos ou secos diferentes de períodos úmidos ou daqueles estabelecidos no secos diferentes daqueles inciso XVII, art. 2º, em estabelecidos no inciso decorrência das características XVII, art. 2º, em operacionais o subsistema decorrência das elétrico de distribuição ou da características necessidade de estimular o operacionais o subsistema consumidor a modificar o perfil elétrico de distribuição ou e consumo e/ou demanda da da necessidade de unidade consumidora. estimular o consumidor a modificar o perfil e Parágrafo Único Única consumo e/ou demanda da exceção às empresas do unidade consumidora. segmento ferroviário, que compulsoriamente terão seus horários de ponta alterados para o período compreendido entre 20h30 e 23h30. Diante dos aspectos característicos do sistema ferroviário, entendemos que é imprescindível a possibilidade de alteração do horário de ponta de forma pré-definida para o sistema ferroviário, já que, os passageiros não podem utilizar-se de horários diferenciados para retornar de seus trabalhos e obrigam a empresa de transporte público à colocar a disposição da população todos trens necessários ao atendimento desta demanda e, portanto, impedindo a modulação da carga no período definido, ou seja, o horário atual definido com ponta (17h30 às 20h30) coincide com o horário final da jornada de trabalho da população da região metropolitana de São Paulo. Reafirmamos, esta característica do sistema ferroviário decorre da sua necessidade em atender bem a sociedade, visto que, a locomoção é um direito de todos os cidadãos e a ANEEL que busca sempre o equilíbrio e a aplicação de regras e tarifas justas saberá faze-lo de forma a não onerar as empresas ferroviárias, já que, não lhes permite nenhuma alternativa quanto a modulação da carga. 4
Art. 56. Sobre a parcela da demanda medida, que superar a respectiva demanda contratada, será aplicada a tarifa de ultrapassagem, caso aquela parcela seja superior aos limites mínimos de tolerância a seguir fixados: I - 5% (cinco por cento) para unidade consumidora atendida em tensão de fornecimento igual ou superior a 69 kv; e II -... 1 A tarifa de ultrapassagem aplicável a unidade consumidora faturada na estrutura tarifária convencional, será correspondente a 3 (três) vezes o valor da tarifa normal de fornecimento. Art. 56. Sobre a parcela da demanda medida, que superar a respectiva demanda contratada, será aplicada a tarifa de ultrapassagem, caso aquela parcela seja superior aos limites mínimos de tolerância a seguir fixados: I - 10% (dez por cento) para unidade consumidora atendida em tensão de fornecimento igual ou superior a 69 kv; e II -... 1 A tarifa de ultrapassagem aplicável a unidade consumidora faturada na estrutura tarifária convencional, será correspondente a 3 (três) vezes o valor da tarifa normal de fornecimento; única exceção feita, quando ocorrer a indisponibilidade de fornecimento por razões de falhas externas a rede interligada das empresas do segmento ferroviário, sendo que neste caso deverá ser realizada pela tarifa normal unicamente. Além do descrito anteriormente somam-se estas: Diante dos aspectos característicos do sistema ferroviário, o sistema interligado prevê inúmeras variáveis para o controle contratual de cada unidade, e após a perda da integralização das demandas ao longo de 38 meses, a CPTM pagou por valores referentes a ultrapassagens acima de suas previsões. Na prática, provou-se que a tolerância de 5% não é suficiente para atender as características do sistema elétrico interligado de empresas do segmento ferroviário. Outro ponto relevante se refere ao pagamento por ultrapassagens por razões não atribuíveis ao consumidor, ou seja, por falhas no sistema de distribuição da concessionária, ou ainda, por responsabilidade da transmissora de energia; esses casos devem ser previstos nesta regulamentação. 5