4 Verificação dos modelos constitutivos



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Transcrição:

69 4 Verificação dos modelos constitutivos Neste capitulo são apresentadas algumas simulações numéricas de ensaios triaxiais convencionais (CTC) com a finalidade de verificar as implementações computacionais realizadas no programa ANLOG no que diz respeito aos modelos constitutivos: Hiperbólico, Mohr-Coulomb Modificado, Lade-Kim. Estes modelos foram testados nas versões anteriores do ANLOG (Nogueira (1998), Oliveira (26)) sob condição axissimétrica. Os resultados das simulações numéricas realizadas com o ANLOG 3D são comparados com a solução analítica obtida integrando-se diretamente a equação constitutiva ao longo de uma trajetória de deformação conhecida. Desta maneira, para um conjunto de parâmetros, se procura verificar a capacidade do programa ANLOG 3D em prever o comportamento tensãodeformação de cada modelo proposto tal como são adotados nas formulações. Os resultados numéricos foram obtidos, a nível global, adotando-se o procedimento incremental iterativo de Newton-Rhapson Modificado, com incrementos automáticos de carga proposto por Crisfiel (1981) e descrito por Nogueira (1998). Como critério de convergência, foi adotada a relação entre a norma euclidiana do vetor de forças desequilibradas na interação corrente e a norma euclidiana do vetor de força externa. A malha de elementos finitos adotada, constituída por 6 elementos C2 (elemento isoparamétrico de 2 nós) e 389 pontos nodais e considerando a simetria do problema, é apresentada na Figura 4.1.

7 H = 1 cm D = 5 cm Y X Figura 4.1 Simulação de ensaios CTC malha 3D de elementos finitos Z As seguintes condições de contorno foram adotadas: os planos XZ (na base), XY e YZ são impedidos de se movimentarem na direção perpendicular as mesmas, com isso as arestas X e Y para Y=, assim como a aresta Y para X=Z=, são impedidos de se movimentarem em duas direções perpendiculares, e o ponto X=Y=Z=, tem restrição nos três eixos. Um estado de tensão inicial isotrópico é definido em todos os pontos de Gauss através do macro-comando TINIS a fim de simular a fase de compressão isotrópica do ensaio CTC. A fase do cisalhamento pode ser simulada por duas maneiras: a) carregamento controlado, em que um carregamento normal uniformemente distribuído e de intensidade Q é aplicado no topo da amostra usando o macro comando CEDGE (ver Figura 4.2a); b) deslocamento controlado, em que um deslocamento prescrito δ na direção vertical nos nós do topo da amostra (ver Figura 4.2b) usando o macro comando CCPRES. Uma das vantagens do controle de deslocamento é a possibilidade de se capturar o comportamento pós pico, o que não é possível de se verificar com o controle de carga quando se adota o método de Newton Raphson.

71 a) Condição de carregamento Q b) Condição de carregamento prescrito δ Figura 4.2 Carregamento da malha para a simulação da fase de cisalhamento Para a análise de cada um dos modelos constitutivos descritos neste capítulo, foi empregada a mesma malha, mudando só as características do material por cada modelo e os níveis de carregamento aplicado. 4.1. Modelo Hiperbólico (ν = cte.) Os parâmetros utilizados na verificação da implementação do Modelo Hiperbólico, considerando o coeficiente de Poisson (ν) constante são apresentados na tabela 4.1 juntamente com os níveis de tensão de confinamento, esses parâmetros foram extraídos do trabalho de Duncan e Chang (197). Os resultados numéricos obtidos através do ANLOG 3D foram determinadas aplicando-se um deslocamento prescrito de 4mm., no topo da malha de elementos finitos como apresentado na Figura 4.2a, e também condições de carregamento Q como mostrado na Figura 4.2b. Como mencionado anteriormente, a simulação com deslocamento prescrito permite obter o comportamento pós-pico, mostrado na Figura 4.3.

72 16 Tensão Desviadora kpa 12 8 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Deformação Volumétrica (%) 2 4 6 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ANLOG 3D Analítico 1 kpa 3 kpa 5 kpa Figura 4.3 Simulação de ensaios CTC modelo Hiperbólico (ν = cte). Tabela 4.1 Parâmetros do modelo Hiperbólico (ν = cte) Duncan e Chang (197), tensão inicial isotrópico e carregamento axial. Parâmetros σ 3 (kpa) Q (kpa) K = 2 ν =,1 1 35 K ur = 212 c =, kpa 3 99 n =,54 φ = 36,5 5 155 Patm = 11,325 R f =,91 As curvas tensão-deformação obtidas tanto pelo ANLOG 3D e pela solução analítica são apresentadas na Figura 4.3, indicando uma boa concordância entre os resultados. Cabe observar aqui que as curvas deformação axial versus deformação volumétrica apresentadas na Figura 4.3, fornecidas pela análise numérica e analítica estão sobrepostas. Isto se deve ao fato deste modelo de não considerar a variação da deformação volumétrica com a tensão de confinamento.

73 4.2. Modelo Hiperbolico (B = cte) Os parâmetros adotados para avaliar o Modelo Hiperbólico, com B constante, e os dados de simulação dos ensaios CTC são apresentados na tabela 4.2. Estes parâmetros foram obtidos a partir de ensaios de compressão triaxial convencional realizados com amostras de areia, denominados Boulder Sand, realizado por Azevedo (198), e avaliados na formulação do modelo na versão 2D do ANLOG por Nogueira (1998). Tabela 4.2 Parâmetros do modelo Hiperbólico (B = cte) Boulder Sand (Azevedo 1983) Parâmetros σ 3 (kpa) Q (kpa) K = 342 M =,45 17.2 47,6 K ur = 37 c = 2,8 kpa 51.7 12, n =,43 φ = 31, 86.2 191, Patm = 15 R f =,91 Na tabela 4.2 são apresentadas as tensões de confinamento isotrópico σ3, assim como o nível de tensão pico na ruptura. Para a etapa de cisalhamento através do ANLOG 3D, foram consideradas um deslocamento prescrito de 4mm para os três estados de confinamento. Os resultados obtidos do comportamento tensão-deformação usando o Modelo Hiperbólico B=cte, através do ANLOG 3D e apresentado na Figura 4.4, pode-se observar tanto as soluções analíticas enquanto as soluções numéricas são concordantes. Os resultados da deformação volumétrica e deformação axial, obtido através do Modelo Hiperbólico com B=cte, apresentam um comportamento não linear, sendo que a variação da deformação volumétrica nas proximidades da ruptura tende a zero, além disso, fornecem valores diferentes para cada variação da tensão de confinamento.

74 Tensão Desviadora kpa 2 18 16 14 12 1 8 6 4 2 ANLOG 3D Analítico 17,2 kpa 51,7 kpa 86,2 kpa Deformação Volumétrica (%).2.4.6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 Figura 4.4 Simulação dos ensaios CTC Modelo Hiperbolico (B = cte) Boulder Sand (Azevedo, 1983) 4.3. Modelo Lade Kim São 14 os parâmetros do modelo Lade-Kim. A Tabela 4.3 apresenta os parâmetros deste modelo obtidos por Farias (1986), da escavação experimental de Camboinhas, executadas às margens da lagoa de Itaipu, situado ao sudeste de Niterói, RJ, estes mesmos parâmetros foram também usados para verificar as implementações do modelo na versão 2D do ANLOG, além disso esta escavação já foi objeto de muitos outros estudos, tanto em investigações geotécnicas como análises numéricas utilizando elementos finitos (Nogueira, 1992). Neste caso para a simulação da etapa de cisalhamento foi considerado uma condição de carregamento Q como mostrado na Figura 4.2a, foram utilizados os seguintes carregamentos: 87,1 kpa, 16,5 kpa, 253,2 kpa, e os seguintes tensões de confinamento isotrópico: 2 kpa, 5 kpa e 1 kpa, respectivamente.

75 Tabela 4.3 Parâmetros do modelo Lade Kim praia Itaipu, RJ (Nogueira 1998) Kur 735.6 n.987 ν.4 η 59.5 m.615 c.643 p 1.52 ψ2-3.1 µ 1.91 h.789 α.691 3 Tensão Desviadora kpa 25 2 15 1 5 Analítico ANLOG 3D 2 kpa 5 kpa 1 kpa Deformação Volumétrica (%) -4-2 2 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 Figura 4.5 Simulação de ensaio CTC Modelo Lade Kim Areia da Lagoa Itaipu Niteroi RJ, (Farias, 1986).

76 A Figura 4.5 apresenta as curvas tensão deformação para diferentes níveis de tensão de confinamento obtidos numericamente e analiticamente. Observa-se da Figura 4.5, o resultado numérico obtido através do ANLOG 3D, como mencionado anteriormente as simulações com carregamento Q, não permitem simular o comportamento pós-pico, a simulação numérica como o analítico apresentam uma boa concordância. 4.4. Modelo Mohr - Coulomb Modificado No caso do Modelo Mohr Coulomb Modificado, os parâmetros do solo estão apresentados na Tabela 4.4, e a Figura 4.6 mostram as curvas tensão deformação obtidas para uma tensão de confinamento de 1 kpa e diferentes valores de ângulo de dilatância, obtidos através do ANLOG 3D. Pode-se observar que a resistência à compressão não é afetada pelo ângulo de dilatância, porém as deformações volumétricas são afetadas. Tabela 4.4 Parâmetros do modelo Mohr - Coulomb Modificado E = 1 kpa ν =,25 C = 1, kpa φ = 3 a =,5 ψ = Variável A solução analítica do ensaio através do critério de plastificação do Modelo Mohr Coulomb Modificado, apresentada na Figura 4.7, é uma idealização bi-linear. A curva deformação volumétrica deformação axial possui dois trechos lineares, um trecho elástico (deformações elásticas) e um trecho plástico (deformações plásticas), com inclinações β e e β p, respectivamente.

77 25 Tensão Desviadora kpa 2 15 1 5 Analítico Anlog 3D ψ = ψ = 1 ψ = 2 ψ = 3 Deformação Volumétrica (%) -12-1 -8-6 -4-2 2 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8 Figura 4.6 Simulação de ensaios CTC modelo Mohr Coulomb Modificado (s 1 s 3) ea (%) β e = tg 1 ( 1 2ν) 2senψ βp = tg 1 1 senψ ea (%) ev (%) Figura 4.7 Relação tensão-deformação elástico-perfeitamente plástico

78 Na Tabela 4.5, são apresentados os resultados analíticos e numéricos em termos de resistência à compressão para dois valores diferentes do ângulo de transição θ T, adotado como forma de tratamento das singularidades relativas às arestas do modelo Mohr-Coulomb original. As soluções analíticas e soluções numéricas são idênticas validando o modelo, mas no caso de θ T = 3, a solução numérica com o ANLOG 3D só vai fornecer a parte elástica, uma vez atingida à ruptura. A convergência numérica não é possível pelas singularidades relacionadas ás arestas, como descrito no capitulo 2 onde, de acordo com Sloan e Broker (1996), o ângulo de transição deveria assumir valores de 25 a 29. Um ângulo de transição próximo de 3º (por exemplo, 29.9º ) fornece um valor da resistência à compressão mais próximo do valor fornecido pelo modelo Morh- Coulomb original. No entanto, mais difícil é a convergência numérica. No seguinte capitulo será abordada esta parte com a aplicação do modelo em casos práticos. Tabela 4.5 Resistencia a compressão triaxial. θ T Analítico (σ 1 -σ 3 ) r kpa Numérico (σ 1 -σ 3 ) r kpa 29 2,43 2,43 3 23,46 23,46