Revalidação de Diploma Médico Graduado no Exterior 2013 P A D R Ã O D E R E S P O S T A S

Documentos relacionados
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016

Óbitos de menores de um ano Porto Alegre

Protocolo de Encaminhamentos de Referência e Contra-referência dos Ambulatórios de Gastrenterologia.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC)

sulfato de terbutalina

Wladimir Correa Taborda Marília da Glória Martins

HIPÓTESES: PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA EM CIRRÓTICO DESCOMPENSADO ENTEROINFECÇÃO (GASTROENTEROCOLITE)

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003

Justificativa Depende dos exames escolhidos. Residência Médica Seleção 2014 Prova Clínica Médica Expectativa de Respostas. Caso Clínico 1 (2 pontos)

Raniê Ralph Semiologia 2

Comissão Examinadora do Título Superior em Anestesiologia

ABORDAGEM DO RN COM FATOR DE RISCO PARA SEPSE PRECOCE

PORTARIA Nº 177, DE 14 DE SETEMBRO DE 2009 DODF de

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH

PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE: COMO ACOMPANHAR E QUANDO INTERROMPER COM SEGURANÇA? Eliane Alves. Serviço do Prof. Marcelo Zugaib

SEGUIMENTO DO DOENTE CORONÁRIO APÓS A ALTA HOSPITALAR. Uma viagem a quatro mãos

Abordagem da Dor Torácica Aguda. Jeová Cordeiro de Morais Júnior

DPOC e Oxigenoterapia Guia Rápido

- Miocardiopatias. - Arritmias. - Hipervolemia. Não cardiogênicas. - Endotoxemia; - Infecção Pulmonar; - Broncoaspiração; - Anafilaxia; - Etc..

VENTILAÇÃO MECÂNICA NA DPOC

DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA (DAP) Prof. Abdo Farret Neto

Protocolo Clínico de Regulação de Acesso para Tratamento de Alta Complexidade em Oncologia versão 2015

TÓRAX Diagnóstico por Imagem nas Urgências. Leonardo Oliveira Moura

Raniê Ralph Pneumo. 02 de Outubro de Professora Ana Maria Casati. Insuficiência Respiratória

7 A Entrevista Psiquiátrica

Diabetes - Introdução

INALOTERAPIA. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MANOEL GUEDES Escola Técnica Dr. Gualter Nunes Habilitação Profissional de Técnico em Enfermagem

Sulfato de Terbutalina. Hipolabor Farmacêutica Ltda. Solução Injetável. 0,5mg/mL

CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM ENFERMAGEM CIRÚRGICA MÓDULO III Profª Mônica I. Wingert 301E COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS

Imagem da Semana: Radiografia de tórax

EXAME CLÍNICO PARA INVESTIGAÇÃO DE UMA DOENÇA CARDIOVASCULAR

DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA

CONCURSO PÚBLICO DE SELEÇÃO PARA RESIDÊNCIA MÉDICA

OCLUSÃO OU SUB - OCLUSÃO POR ÁSCARIS ACREDITE É MAIS COMUM QUE VOCÊ PENSA!

PARECER CREMEB Nº 16/12 (Aprovado em Sessão Plenária de 30/03/2012)

VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 05/2007 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS

Tipos de tumores cerebrais

Doença arterial periférica Resumo de diretriz NHG M13 (segunda revisão, fevereiro 2014)

Monitorização de Doenças Diarréicas Agudas MDDA

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda

Do nascimento até 28 dias de vida.

Raniê Ralph Pneumo. 18 de Setembro de Professora Ana Casati. Trombo-embolismo pulmonar (TEP)

CIÊNCIAS PROVA 2º BIMESTRE 8º ANO

1 O que é o pectus? Fotografia de paciente portador de pectus carinatum. Fotografia de paciente portador de pectus excavatum.

Distúrbios do Coração e dos Vasos Sangüíneos Capítulo14 - Biologia do Coração e dos Vasos Sangüíneos (Manual Merck)

Kavit fitomenadiona. Solução Injetável 10 mg/ml. Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE

FISIOPATOLOGIA E PROPEDÊUTICA DO ADULTO Eixo Temático: Enfermaria

Obstáculos enfrentados pelo enfermeiro na manutenção de potenciais doadores de órgãos

Data: 25/11/2013. Nota Técnica: 234/2013 Solicitante: Juiz Eduardo Monção Nascimento Numeração:

GRUPO 24 FISIOTERAPIA

Sistema Respiratório. Afecções das vias aéreas inferiores. Profa. Dra. Rosângela de Oliveira Alves Carvalho

CONSULTA EM PNEUMOLOGIA CÓDIGO SIA/SUS: Motivos para encaminhamento:

Protocolo de Choque no Pósoperatório. Cardíaca

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)

Tema: Anemias na Infância

DOENTE DE RISCO EM CIRURGIA ORAL

UNIMED GOIÂNIA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO PROCESSO SELETIVO PARA PREENCHIMENTO DE VAGAS NOS SERVIÇOS E RECURSOS PRÓPRIOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

BULA PACIENTE AMINOLEX HALEX ISTAR

CONDUTAS: EDEMA AGUDO DE PULMÃO

preenchido. Presc. Máxima mensal 372 comprimidos 60 comprimidos,

BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS

Departamento de Ginecologia e Obstetrícia

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria

SETOR DE ABDOME - JOURNAL CLUB. Leonardo S. Carvalho

Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

[175] a. CONSIDERAÇÕES GERAIS DE AVALIAÇÃO. Parte III P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S I N F E C C I O S A S

Atendimento do Acidente Vascular Cerebral Agudo. Emergência HNSC

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA

Diabetes: diagnóstico e clínica

Câncer Colorretal Hereditário

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

REABILITAÇÃO CARDÍACA

AIDS PERINATAL. Licia Moreira UFBA

AFECÇÕES TORÁCICAS CIRÚRGICAS EM PEDIATRIA

Urgências Reprodutivas

Imagem da Semana: Tomografia de órbita

PROFISSIONAL(IS) SOLICITANTE(S) Clínico Geral; Clínica Médica; Pediatra; Ginecologista; Geriatra.

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)

Transcrição:

P A D R Ã O D E R E S P O S T A S QUESTÃO 01 I) Vôlvulo de sigmoide. II) São considerados pela literatura fatores predisponentes ao vôlvulo de sigmoide: - megacólon chagásico - constipação crônica - uso contínuo de drogas psicotrópicas - ingesta exagerada de fibras e vegetais (O item solicita apenas dois desses fatores.) III) Compensação clínica do paciente, com hidratação adequada e tentativa de descompressão não operatória desde que não haja sinais de necrose colônica. A descompressão pode ser realizada com a colocação de uma sonda retal por meio de um proctoscópio, ou com o uso de colonoscópio. Em muitos casos, é possível inserir um tubo macio retal sob visão direta, através da torção do vôlvulo, enquanto o paciente está na sala de emergência. Se a distorção do vôlvulo não puder ser realizada com um tubo retal ou com um colonoscópio, é necessária laparotomia com ressecção do cólon sigmoide e colostomia terminal (operação de Hartmann). QUESTÃO 02 I) Hipertermia maligna. II) Dado o risco iminente de vida, em casos de hipertermia maligna, além das condutas gerais de estabilização clínico-metabólica e controle da temperatura corpórea, devem ser instituídas prontamente as seguintes condutas específicas: Suspensão do uso de agentes anestésicos inalatórios (em especial halotano, enflurane, isoflurane, desflurane e sevoflurane). Administração de dantrolene, 2,5mg/kg.

QUESTÃO 03 I) Hipóteses principais: Neoplasia do cólon direito, com ou sem metástase hepática; Neoplasia da papila de Water ou fígado; Patologias inflamatórias, infecciosas ou neoplásicas da região ílio-cecoapendicular; Colecistopatia calculosa de evolução crônica (agudizada ou não). (O item solicita apenas três dessas hipóteses com as devidas justificativas.) Serão consideradas parcialmente corretas, de acordo com as justificativas fornecidas: Amebíase intestinal e hepática; CA de ovário com metástase hepática; Polipose, doença isquêmica ou doença diverticular do cólon; Hepatopatia crônica em atividade; Divertículo de Meckel. II) Exames complementares: - Imagem: US, TC, RNM, exames contrastados do cólon e delgado. - Endoscópico: Colonoscopia, reto-sigmoidoscopia. - Sangue: Provas de função e lesão hepatocelular e biliar; hemograma completo; investigação para anemia e doenças metabólicas; sorologias para doenças infecciosas hepáticas e sistêmicas, marcadores tumorais específicos. Observações: * As hipóteses clínicas deverão ser corretamente justificadas pelos conhecimentos científicos atuais. * Os exames solicitados deverão estar relacionados às respectivas hipóteses, com as justificativas cientificamente aceitas. QUESTÃO 04 I) Hipóteses principais: - Síndrome de insuficiência cardíaca congestiva, com fenômenos isquêmicos transitórios, embólicos ou não, com manifestações sistêmicas. - Síndrome de baixo débito cardíaco, com fenômenos isquêmicos transitórios e manifestações sistêmicas. (O item solicita apenas uma dessas hipóteses.) II) Etiologias prováveis, com justificativas embasadas. Mixoma do átrio esquerdo; endocardite infecciosa ou asséptica (colagenose); valvulopatia mitral com arritmias intermitentes (fibrilação atrial) e fenômenos embólicos. Serão consideradas como acerto parcial, devidamente justificadas: Endomiocardiofibrose; hepatite crônica pelo vírus B com manifestações de poliarteritenodosa; valvulopatia mitral; febre reumática; doença de Chagas; arritmia cardíaca; doenças infecciosas granulomatosas sistêmicas; doenças linfoproliferativas com linfangite pulmonar e fenômenos isquêmicos arteriais; infarto agudo do miocárdio sem dor ou infarto antigo não identificado, com fenômenos embólicos; cardiomiopatia hipertrófica; vasculites; SIDA. Os exames complementares deverão ser solicitados de acordo com as hipóteses diagnósticas, não podendo faltar ECG, Ecocardiograma, Eco trans-esofágico, Enzimas cardíacas. Os exames

complementares de TC crânio, Holter, Angio CT ou Angio RNM deverão ser solicitados pelas manifestações clínicas desse paciente. Observações: * As hipóteses clínicas deverão ser corretamente justificadas pelos conhecimentos científicos atuais. * Os exames solicitados deverão estar relacionados às respectivas hipóteses, com as justificativas cientificamente aceitas. QUESTÃO 05 Exame de ultrassonografia realizado com mais de 12 semanas, contendo uma foto sagital e outra transversal do crânio, comprovando a anencefalia e assinado por dois médicos. QUESTÃO 06 I ) Descolamento Prematuro de Placenta II ) Hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, tabagismo, miomatose uterina, trauma, gestação múltipla, polidramio, descompressão uterina rápida, malformações uterinas e placentárias, amniorrexe prematura, trombofilias, idade materna avançada, multiparidade, uso de cocaína, infecção intrauterina, óbito fetal, Doppler da artéria uterina anormal. (O item solicita apenas três desses fatores.) III ) Cesariana QUESTÃO 07 I ) Prematuridade; parto cesariano, gemelaridade - em geral o 2º gemelar; descolamento prematuro de placenta; filhos de mães diabéticas, classes A, B ou C (Priscilla-White) e partos traumáticos. (O item solicita apenas três desses fatores.) II ) Os sinais de insuficiência respiratória mais frequentes são: 1- taquipneia: é o sinal mais frequente e evidencia-se por meio de FR superior a 60 movimentos/minuto, podendo ocorrer apneia; 2 - retrações intercostais e diafragmáticas: são o resultado da alta complacência da caixa torácica do RNPT em contraposição ao grande esforço do RN em gerar grandes pressões intratorácicas, a fim de expandir os pulmões pouco complacentes; 3 - gemido expiratório: é o resultado do fechamento parcial da glote durante a expiração, na tentativa de impedir o colapso alveolar, por meio da elevação da pressão intra-alveolar ao final da expiração, aumentando a capacidade residual funcional; 4- batimentos de asas de nariz: constituem tentativa de diminuir a resistência de vias aéreas superiores em situações de hipoxemia; 5 cianose: a presença desta costuma associar-se à PaO 2 inferior a 40mmHg. Outros achados: palidez, resultado de anemia

ou vasoconstrição periférica, hipotensão e edema periférico. Em geral, ocorre piora progressiva dos sintomas, com pico em dois a três dias, e posterior melhora após 72 horas de vida. III ) - Manutenção da temperatura corpórea na zona térmica neutra. - Fornecimento de oferta hídrica suficiente para a manutenção e a reposição de perdas extras, tais como fototerapia e taquipneia. - Controle da glicemia, mantendo níveis entre 50 e 80mg/dL - Oxigenioterapia: a) Pressão Positiva Contínua de Vias Aéreas (CPAP) b) Ventilação mecânica nos casos de insuficiência respiratória grave - Uso de surfactente exógeno IV ) Barotrauma (enfisema intersticial, pneumotórax e pneumomediastino); infecções pulmonares secundárias; cardiovasculares (hipotensão, hipovolemia, hipoxemia, falência miocárdica e a mais importante é a persistência do canal arterial que repercute muito desfavoravelmente sobre a evolução da DMH, quando não corrigida precocemente); sistema nervoso central: edema cerebral e hemorragia intracraniana são as mais significativas. As complicações decorrentes da terapêutica, a retinopatia da prematuridade e a displasia broncopulmonar ainda representam importantes problemas na evolução desses RN. (O item solicita apenas três dessas complicações.) V ) Evitar a prematuridade; utilizar glicocorticoides como agentes estimulantes de maturação pulmonar em casos de rotura precoce de membranas. QUESTÃO 08 I ) Toxocara canis II ) Anemia, febre, hepatomegalia e manifestações pulmonares. (O item solicita apenas duas dessas manifestações.) III ) Anemia-Hb < 11g/dL, leucocitose com eosinofilia 20% ou em nº absoluto 2.000 eosinófilos/mm 3 ; hipergamaglobulinemia e elevação dos títulos de isso-hemaglutininas. IV ) Fase aguda: Corticosteroides, anti-histamínicos e broncodilatadores. Tratamento anti-helmíntico: tiabendazol, albendazol ou mebendazol. QUESTÃO 09 I) Estudo de coorte ou estudo longitudinal de coorte ou estudo de coorte concorrente ou estudo de coorte prospectivo. II) Incidência e razão de incidências ou incidência e risco relativo ou incidência e risco atribuível.

III) O risco de hepatite, no período do estudo, entre as pessoas que receberam transfusão sanguínea foi 10 vezes (ou 900% maior) o risco de hepatite entre as pessoas que não receberam transfusão sanguínea. QUESTÃO 10 - Grupo controle ou ensaio clínico ou grupo de comparação - Aleatorização ou randomização ou alocação ao azar - Mascaramento (cegagem) de pacientes, examinadores e analisadores - Ausência de erro sistemático ou alta validade interna ou controle de vieses - Magnitude (força) da medida de associação ou alta precisão da associação