LOCALIZA Divulgação do resultado: 09/02/2015



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8 de abril de 2015 Mário Bernardes Junior, CNPI mariobj@bb.com.br Resumo das análises de resultados publicadas em inglês, referentes ao 4º Trimestre de 2014 das companhias dos setores de Indústrias e Transportes. LOCALIZA Divulgação do resultado: 09/02/2015 RENT3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 37,50 Preço mercado em 06/02/2015 (R$) 35,30 Upside 6,2% O resultado da Localiza no 4T14 mostra os duros desafios que a empresa ainda tem de superar, bem como o cenário complexo para a indústria de aluguel de veículos. Como resultado disso é notável as perdas de rentabilidade e baixo crescimento de receitas longo de 2014. Observa-se que a companhia está enfrentando um momento turbulento que tem de ser bem administrado como no caso da Divisão de Frota, além do crescimento lento na unidade de alugueis diários. Portanto, destacamos os principais pontos desfavoráveis sobre os resultados: (a) queda de margens operacionais, em média - 140 bps; (b) crescimento de 5% A/A na divisão de aluguel, ou seja, mantendo o baixo nível de expansão; e (c) fraco desempenho na Divisão de Frotas que registrou queda de 0,9% no volume de diárias e ligeiro aumento na receita (2,7% A/A). Revisão de preço: Espera-se um ambiente ainda mais desafiador para a empresa em 2015. Na Divisão de Aluguel, menor apetite do consumidor e o aumento da concorrência podem afetar o volume de aluguéis diários. É por isso que acreditamos que esta é a batalha mais difícil que a Localiza terá de superar. Já para o segmento de Fleet Rental (Frota) esperamos que a competição se torne cada vez mais forte. No entanto, a empresa está bem preparada para enfrentar esses obstáculos, devido à sua capacidade em termos de tamanho de frota e de know-how. Não obstante o cenário agressivo de preços está chegando perto do limite, nós acreditamos que é menos um problema que a empresa terá que se preocupar. Em nosso modelo de avaliação que estamos considerando um ligeiro crescimento na receita oriunda da Divisão de Aluguel devido aos desafios acima mencionados, mantendo-se praticamente estável ano a ano. Apesar disso, a unidade de Seminovos pode compensar esta tendência menos favorável no rent-a-car, devido às novas condições do IPI que poderiam beneficiar as vendas de carros usados, pelo menos no curto prazo. Já para a Divisão de Frotas nossas estimativas apontam para um crescimento estável em consequência do cenário dos novos entrantes. A companhia vem passando por uma série de altos e baixos em suas unidades de negócio. Portanto, ainda é cedo para elevar a nossa recomendação antes de um melhor cenário para a indústria de locação de veículos e uma demonstração de superação pela empresa, apesar de acreditamos que a gestão da empresa é capaz de chegar lá. Neste sentido, reiteramos nossa recomendação para Localiza, mas elevamos o preço-alvo para R$ 37,50 (de R$ 35,00) para 12/2015. 1 / 11

ROMI Divulgação do resultado: 10/02/2015 ROMI3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 2,35 Preço mercado em 10/02/2015 (R$) 1,81 Upside 30% A Romi registrou resultado 4T14 marcado por menores receitas e margens como reflexo dos volumes menores e desaceleração de novos pedidos, assim como um mix de produtos menos rentáveis. Os números alcançados no trimestre foram impactados pela decisão do empresariado em reduzir os investimentos para expandir ou repor capacidade produtiva. Por outro lado, destaca-se que o foco da empresa na estratégia de eficiência mais uma vez contribuiu para amenizar os efeitos negativos acima mencionados. É importante notar que a queda na rentabilidade está muito mais relacionada ao mix de produtos com maior CPV do que a própria receita fraca. Além disso, ressaltamos que é importante observar a expansão da entrada de pedidos e o aumento de vendas no comparativo trimestral, o que indicam melhora significativa. Portanto, o resultado não foi tão negativo quanto parece. Revisão de preço: O ambiente desafiador vai continuar para a empresa em 2015. Na unidade de Máquinas-Ferramenta, a relutância da comunidade empresarial para fazer novos investimentos ainda pode impactar o desempenho desta unidade. No entanto, qualquer retomada da atividade produtiva de veículos pesados no segundo semestre pode trazer um impulso a esta unidade. Em relação à unidade de Máquinas para Plástico, a estratégia da empresa para associar máquinas injetoras e sopradoras de plástico combinado com um nível maior de câmbio tende a trazer novas encomendas. Agora, a unidade de Fundidos e Usinados pode se beneficiar da melhora no setor de energia eólica devido aos futuros investimentos neste segmento considerando as perspectivas para o final de 2017, que indicam 8,7 GW (Gigawatts) de energia eólica que operam na matriz energética brasileira. Em nosso modelo de avaliação, estamos considerando alguma pressão no Capital de Giro, devido principalmente ao cenário mais difícil das negociações com clientes e fornecedores. Acreditamos que o nível das receitas pode ficar praticamente estável, por isso acreditamos que a empresa irá fazer ajustes em sua estrutura operacional, portanto, o nível de despesas pode permanecer estável. A Romi anunciou que seu CEO Livaldo Aguiar dos Santos vai se aposentar em março próximo e será substituído por Luiz Cassiano Rosolen. Vemos isso como positivo e também acreditamos que o Sr. Rosolen está bem preparado para levar adiante as estratégias de continuidade e de crescimento, devido à sua formação e experiência na empresa. As nossas premissas incluem uma elevação dos prêmios de mercado adicionado às mudanças nos fundamentos da empresa, portanto, reduzimos o preço-alvo para R$ 2,35 (de R$ 4,50) para 12/2015, mas mantemos nossa recomendação em considerando o potencial de valorização de 30% no período. JSL Divulgação do resultado: 12/02/201 JSLG3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 13,50 Preço mercado em 12/02/2015 (R$) 10,55 Upside 28% O resultado da JSL no 4T14 foi positivo devido à melhora dos indicadores, principalmente as margens operacionais no segmento de Logística, o principal negócio da empresa. Destacam-se os fatores que foram cruciais para esses números robustos: (a) A redução dos custos e despesas operacionais da divisão de Serviços de Logística, aumentando a margem EBITDA em 280 bps; e (b) A forte contribuição da Movida para as margens operacionais consolidadas, comprovando que o negócio adquirido vem tendo sucesso. Por outro lado, o aumento das despesas financeiras exerceu pressão negativa sobre os resultados, compensando o bom desempenho operacional, levando a Margem Líquida à estagnação. Revisão de preço: O ambiente desafiador em 2015 pode favorecer o setor de logística, especialmente empresas como a JSL, que atua nos serviços de logística interna e externa. Na unidade de Logística, a experiência da empresa adicionada ao cenário favorável pode trazer à frente ganhos importantes de receitas. Na JSL Concessionárias, o retorno do IPI ao nível normal poderia beneficiar as vendas de veículos usados, bem como os custos de depreciação; no entanto, é cedo para afirmar o seu efetivo impacto sobre o desempenho de vendas. Na unidade Movida, a empresa tem feito investimentos pesados para impulsionar esse negócio, que consideramos positivo, devido aos ganhos de escala a capacidade da JSL que pode transformar a Movida em um forte concorrente para a Localiza e Locamerica no longo prazo. 2 / 11

Em nosso modelo de avaliação que temos considerado alguma pressão no Capital de Giro, devido principalmente ao cenário mais difícil das negociações com clientes e fornecedores. Acreditamos que a receita pode ter crescimento principalmente na unidade de Logística, entretanto, não consideramos efeitos significativos da recém-formada JSL Leasing até que tenhamos mais informações sobre ela. As expectativas melhoraram, mas a cautela prevalece. Nós temos uma perspectiva favorável para a JSL em longo prazo, uma vez que acreditamos que a recuperação na divisão de concessionária de automóveis continuará a apoiar a rentabilidade consolidada, enquanto que uma eventual retomada do crescimento econômico no próximo ano também poderia beneficiar os resultados à frente. As nossas premissas de avaliação incluem uma elevação dos prêmios de mercado adicionado às mudanças nos fundamentos empresa, e, portanto, nós reduzimos o preço-alvo para R$ 13,50 (de R$ 15,00) para 12/2015, mas elevamos a recomendação para (de ), considerando o upside potencial de 28% no período. MARCOPOLO Divulgação do resultado: 24/02/2015 POMO4 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 3,15 Preço mercado em 24/02/2015 (R$) 2,51 Upside 26% O resultado da Marcopolo foi marcado pela estabilidade na receita líquida consolidada, somada à compressão de margens operacional e líquida devido aos seguintes fatores: (A) Embora o desempenho no mercado doméstico tenha ficado estável, houve uma queda acentuada nas vendas líquidas nos mercados externos, principalmente na África do Sul, Austrália e exportações de KDs (carrocerias desmontadas); (B) aumento de CPV, impactando a margem bruta. Além disso, o aumento das despesas operacionais pressionou o EBITDA, forçando a margem para baixo; (C), houve forte aumento das provisões para devedores duvidosos, atingindo R$ -7,9 milhões no 4T14. Este é o principal ponto a ser observado nos próximos trimestres; e (D) piora no Resultado Financeiro Líquido devido a operações de hedge cambial, que impactou o lucro e, consequentemente, redução da margem no período. A melhora do capital de giro, especialmente o "Contas a Receber", influenciou positivamente o resultado da empresa. Olhando para o fluxo de caixa, observamos que o Prazo Médio de Vendas caiu 3,0% A/A e o Prazo Médio de Estoque teve ligeira diminuição de 1,0% A/A, reduzindo o ciclo de caixa em aproximadamente cinco dias. Esses fatores levaram a uma geração de fluxo de caixa operacional de R$ 45,7 milhões no 4T14 contra um consumo de caixa de R$ 91,7 milhões no mesmo período do ano anterior. A empresa registrou um aumento de 500 bps no market share no mercado brasileiro, passando de 42,0% no 4T13 para 46,1% no 4T14, impulsionado pelos segmentos de Onibus, Micro e Intermunicipais. Consideramos que é um indicador importante, dado que a empresa perdeu participação de mercado nos últimos anos. Comparando o desempenho atual com o trimestre anterior e ao longo do ano, podemos ver houve melhorias em alguns indicadores, como mencionado anteriormente. O total de vendas foi ligeiramente afetado por uma contração intensa nos mercados externos, no entanto, no geral houve bom desempenho de receitas consolidadas, apresentando um aumento de 4,1% no trimestre e de 1,4% A/A. Por isso, consideramos o resultado como positivo para a Marcopolo no 4T14, considerando a capacidade da empresa de se adaptar a situações desafiadoras, especialmente no mercado brasileiro. Revisão de preço: Nossa visão é positiva para o longo prazo da companhia, uma vez que vemos uma demanda constante de renovação da frota de veículos e proprietários. No entanto, em médio prazo, é importante que houvesse uma recuperação das vendas no mercado interno e externo, contudo, ainda é incerto. Também esperamos que os novos modelos urbanos mantenham uma aceitação favorável e aumentem sua participação na receita consolidada da empresa. Em relação ao mercado de ônibus rodoviários, esperamos que futuros leilões de concessões contribuam para aumentar a necessidade de expansão e renovação da frota. Para o mercado de ônibus urbanos e Micro, esperamos que os investimentos de municípios em mobilidade urbana possam impulsionar a demanda. Em nosso modelo de avaliação temos considerado alguma pressão nas despesas operacionais, devido, principalmente, ao aumento das provisões (PDD) que marcaram o 4T14. Acreditamos que a receita tende a ficar estável no mercado externo, embora esperamos melhora no mercado doméstico, no segundo semestre do ano. Em termos de entrega, nós acreditamos que a empresa enfrenta um ano desafiador. Nossas premissas de avaliação incluem uma elevação do prêmio de mercado adicionado às mudanças em alguns dos fundamentos da empresa. Portanto, nós reduzimos o preçoalvo de POMO3 para R$ 3,15 (de R$ 5,00 anteriormente) para Dez/2015, mas mantemos nossa recomendação em Market Perform, considerando que ainda temos que monitorar a real recuperação do mercado de ônibus ao longo dos próximos trimestres. 3 / 11

WEG Divulgação do resultado: 25/02/2015 WEGE3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 3,15 Preço mercado em 25/02/2015 (R$) 2,51 Upside 26% O resultado da WEG no 4T14 foi positivo devido ao crescimento das receitas, principalmente no mercado interno e, pela melhora no fluxo de caixa operacional. Além disso, o desempenho indicou que a segunda metade de 2014 foi ligeiramente melhor do que a primeira, mesmo que o ritmo foi mais lento do que o esperado. A margem bruta caiu como consequência dos custos das matérias-primas (a maioria é importada), apesar de (a) preços internacionais mais baixos para o cobre e aço + (b) maior taxa de câmbio + (c) alta competitividade que conduz à diminuição ou vendas constantes preço do Os produtos da empresa. Embora as receitas em dólar tenham ficado apenas 0,3% acima do ano anterior, a taxa de câmbio impactou positivamente as receitas do mercado externo, refletindo a política de preços agressiva internacional da empresa. O fluxo de caixa das atividades operacionais teve um aumento de 12% A/A. No entanto, o imposto de renda em nível mais alto que o ano anterior e a participação nos lucros impactaram negativamente o fluxo de caixa operacional, neutralizando parte dos ganhos de receita e eficiência. Além disso, a atividade de investimento levou a uma queima de caixa de R$ 1,39 bilhões no 4T14 como resultado de aquisições recentemente, em comparação com a geração de caixa de R$ 54,7 milhões no 4T13. Revisão de preço: Nós temos uma perspectiva positiva para a WEG, especialmente para o segmento de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição de Energia), onde a demanda pode continuar a crescer ao longo do ano, principalmente devido ao mercado de energia eólica no Brasil. Por outro lado, acreditamos que o principal riscol da empresa pode ser uma profunda desaceleração nos mercados interno e externo. (A receita tem uma divisão de 50/50). As nossas premissas de avaliação incluem um aumento do prêmio de mercado adicionado a alterações em alguns dos fundamentos da empresa. Portanto, mantemos nosso preçoalvo em R$ 34,00 para Dez/2015, no entanto, mudamos nossa recomendação para devido ao baixo upside para o período, embora consideremos a WEG bem preparada para enfrentar os próximos desafios no mercado interno e da concorrência nos mercados externos. IOCHPE-MAXION Divulgação do resultado: 25/02/2015 MYPK3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 14,00 Preço mercado em 25/02/2015 (R$) 11,86 Upside 18% O resultado da Iochpe-Maxion no 4T14 foi marcado pelo crescimento moderado de receita no mercado interno, todavia com um melhor desempenho nos mercado externo. Por outro lado, houve melhora significativa das margens operacionais. Os principais fatores que influenciaram o desempenho no trimestre foram: (A) A desaceleração no segmento automotivo e máquinas agrícolas no mercado interno, causando lay-off no setor; (B) a contração intensa no setor dos veículos na Tailândia; e (c) uma diminuição na produção industrial de veículos comerciais na Europa; É importante ressaltar que as receitas do mercado externo foram impactadas positivamente pelo bom desempenho do mercado automotivo na região do NAFTA somada ao efeito da taxa de câmbio, contribuindo para impulsionar as receitas em dólares. (Receita em dólar representa 68% da ROL) A Companhia reduziu seus CPV apesar das flutuações dos preços do metal no período. Esse fator indica claramente a busca pela eficiência, embora a capacidade instalada esteja em um nível mais baixo de uso. Vale ressaltar que a Dívida Líquida Consolidada atingiu R$ 2.175,3 milhões no 4T14, representando endividamento de 3,39x EBITDA12M, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado. Embora os números não tenham sido tão impressionantes, os principais indicadores da empresa tiveram melhora quando comparado com o trimestre anterior e, principalmente, pela recuperação das margens operacionais no período, o que sugere que a empresa está fazendo os ajustes corretos e está conseguindo ganhos de sinergia com o México e as plantas dos EUA. Perspectivas. A Iochpe-Maxion tem fundamentos positivos a longo prazo devido a seus mercados-alvo, histórico e portfólio de produtos. No entanto, o cenário desafiador permanece e a empresa terá de superar esses obstáculos. Os principais riscos são a recessão que assola o continente europeu e uma desaceleração na recuperação dos EUA, o que poderia impactar a indústria automotiva nessas regiões, que são responsáveis por 30,5% e 34,2% das vendas da empresa, respectivamente. O principal risco no mercado interno é uma desaceleração mais profunda no nível de vendas e produção de veículos, considerando que este é responsável por 28% das vendas da empresa. Neste sentido, acreditamos que o risco de menor atividade produtiva em consequência da redução de demanda, como observado nos altos níveis de estoque nas montadoras pode impactar o desempenho da empresa no médio prazo. Nesse sentido, mantemos nossa recomendação de para MYPK3 com um preço-alvo de R$ 14,00 para Dez/2015. 4 / 11

TUPY Divulgação do resultado: 26/02/2015 TUPY3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 18,00 Preço mercado em 25/02/2015 (R$) 15,79 Upside 14% A Tupy informou seu resultado do 4T14 com um alto nível de compressão do volume vendido em ambos os mercados interno e externo. A indústria automobilística foi responsável pela maior peso negativo em números consolidados da empresa. Houve queda do Lucro Líquido e Margem Líquida no período. Por outro lado, houve avanços importantes, como o aumento da participação do CGI (ferro fundido vermicular) no mix de produtos e uma redução das despesas operacionais, o que atenuou o impacto desfavorável da alavancagem operacional em nível inferior. Revisão de preço. Temos expectativas positivas para a Tupy, em longo prazo, pois acreditamos que o crescimento das vendas de picapes e a recuperação do mercado de veículos off-road nos Estados Unidos podem beneficiar a empresa. EMBRAER Divulgação do resultado: 04/03/2015 O principal risco é uma queda na demanda de veículos pesados no mercado interno, o que poderia comprimir os volumes e pressionar as receitas, tendo em vista que o desempenho está fortemente ligada à indústria de veículos pesados. Assim, a tendência de desaceleração na produção de caminhões e outros veículos pesados no mercado interno possivelmente vai pressionar os resultados nos próximos meses. As nossas premissas de avaliação incluem um aumento do prêmio de mercado adicionado a alterações em alguns dos fundamentos da empresa. Portanto, reduzimos nosso preço alvo para R$ 18,00 para Dez/2015 (de R$ 23,00 anteriormente). No entanto, mantemos nossa recomendação em considerando o upside para o período. EMBR3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 28,00 Preço mercado em 03/03/2015 (R$) 25,55 Upside 10% O resultado da Embraer no 4T14 foi mais fraco do que o esperado, embora nós permanecêssemos otimistas. Considerando, por um lado, a empresa encerrou o trimestre com carteira de pedidos (backlog) em um alto nível de US$ 21,0 bilhões, por outro, as margens operacionais foram pressionadas pelas menores entregas, além do mix menos rentável na Aviação Comercial. Companhia também anunciou o seu Guidance 2015 que prevê entregar entre 95 a 100 jatos comerciais, 80 a 90 jatos executivos leves ee 35 a 40 grandes jatos executivos (incluindo Legacy 500, Legacy 450 e as entregas, que são considerados como parte de grandes jatos). As receitas totais são esperadas para estar entre US$ 6,1 bilhões e US$ 6,6 bilhões. A contribuição das receitas estimadas para cada segmento de negócio para 2015 é a seguinte: 52% de Aviação Comercial, 28% de Jatos Executivos, 18% de Defesa & Segurança e 2% de outras atividades. Revisão de preço. Nossa perspectiva é moderadamente positiva para a Embraer. Acreditamos que a unidade de Segurança e Defesa será um motor de crescimento: a primeira entrega da aeronave KC-390 está prevista para 2016. Vale ressaltar que o governo brasileiro contratou a Saab para fornecer 36 caças Gripen NG. Além disso, a Embraer e a Saab assinaram um Memorando de Entendimento para estabelecer ações conjuntas relacionadas ao Projeto F-X2. Este acordo envolve a participação da Embraer na fabricação de aeronaves e o desenvolvimento da versão de dois lugares, além de uma parceria estratégica para promover as vendas de Gripen NG para o mercado global. A divisão de Jatos Executivos apresenta sinais claros de recuperação, especialmente no mercado norte-americano, e em relação à primeira entrega iminente do novo Legacy 500. No entanto, o principal risco é em torno do nível de aeronaves usadas para venda, que continuam a pressionar a demanda de aeronaves e a retomada ainda não se concretizou plenamente. A recuperação da economia e os investimentos dos EUA na expansão da frota no mercado de linhas aéreas regionais vão beneficiar a divisão de Aviação Comercial. Segundo a companhia, as entregas do jato modelo E175 representarão, provavelmente, uma maior proporção de entregas totais do segmento. Dito isto, acreditamos que as margens neste segmento podem ser comprimidas, considerando o menor nível de rentabilidade dos jatos E175 em comparação com os jatos E190 e E195. Dado o ajuste fiscal no Brasil, acreditamos que a empresa não vai ser tão afetada, uma vez que a divisão de Defesa & Securança seria a divisão mais impactada e esta representa apenas 2% do total de vendas. Além disso, vale ressaltar que o desempenho da empresa está muito mais ligada à economia norte-americana em relação às unidades comerciais e de aviação executiva. Por isso, é muito prematuro dizer que o ajuste fiscal pode ser negativo para a empresa. As nossas premissas de avaliação incluem um aumento do prêmio de mercado adicionado a alterações em alguns dos fundamentos da empresa, principalmente a taxa de câmbio. Portanto, reduzimos nosso preço-alvo para os ADRs (ERJ) para USS 38,00 para Dez/2015 (de US$ 44,00 anteriormente). No entanto, mantemos nossa recomendação em e o preço-alvo para as ações EMBR3 em R$ 28,00 para Dez/201515. 5 / 11

FRAS-LE Divulgação do resultado: 10/03/2015 FRAS3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 4,80 Preço mercado em 10/03/2015 (R$) 3,43 Upside 40% A Fras-Le reportou seu resultado do 4T14 com um crescimento significativo das margens operacionais, apesar de o volume vendido ser menor e a receita ter arrefecido, principalmente no mercado interno, especialmente no segmento OEM (montadoras), cujas vendas caíram 35% no período. Destacamos o aumento de 187 bps na margem bruta como resultado da maior diluição de pressão inflacionária sobre o custo da matéria-prima o que também refletiu positivamente na margem EBITDA (+304 bps), bem como margem líquida, que cresceu 189 bps beneficiadas pelo nível estável das despesas financeiras. Consideramos um desempenho positivo devido à capacidade da empresa em melhorar a rentabilidade, não obstante o crescimento da receita moderada em ambos os mercados (internos e externos), bem como o cenário desafiador para a cadeia produtiva do setor automobilístico sob a perspectiva de demanda e produção. Expectativas de longo prazo. Nossas expectativas são positivas para o mercado externo, principalmente devido à recuperação da economia dos EUA, que representa cerca de 40% das vendas. No mercado interno, acreditamos que a frota de veículos pesados atual no Brasil pode beneficiar o segmento de aftermarket (peças para reposição) da empresa. RANDON Divulgação do resultado: 12/03/2015 O resultado positivo da Randon no 4T14 deixa claro que a empresa conseguiu tirar o máximo proveito das oportunidades disponíveis em meio a um ambiente desafiador, mantendo uma contenção sobre os custos e despesas. Os resultados mostraram margens mais amplas, o que acreditamos foi consequência dos ganhos de eficiência, enquanto as receitas caíram no período. A estratégia da empresa para executar o programa de parada temporária (lay-off) na área de produção foi bem aplicado. Além disso, a turbulência vivida no passado ensinou a empresa a fazer o dever de casa, uma vez que a empresa teve momentos difíceis devido ao cenário adverso especificamente para a indústria de reboque de caminhão no passado recente, e aprendeu a fazer os ajustes necessários em sua estrutura. Ressaltamos que os programas do governo, tais como PSI/Finame foi um fator importante que influenciou positivamente diversos segmentos, tais como a unidade de veículos rebocados. O programa de incentivo tem contribuído para amenizar a queda de produção que teria sido mais acentuada sem o incentivo. Revisão de Preço. Acreditamos que a empresa pode manter o nível de margens constante ao longo do ano, como resultado de ganhos de eficiência, além do aumento da safraa em 2015, que pode impulsionar a demanda por implementos. Por outro lado, a Por outro lado, acreditamos que o maior risco é uma desaceleração na produção de veículos pesados e as vendas no mercado interno e, ainda que remota, de estagnação da economia dos EUA. Em nosso modelo de avaliação foram considerados alguma pressão no capital de giro, principalmente em função do cenário mais difícil das negociações com clientes e fornecedores. Acreditamos que as receitas podem ter ligeiro aumento interanual e a empresa deve fazer ajustes em sua estrutura operacional, portanto, mantendo o nível de despesas. As nossas premissas de avaliação não tiveram qualquer alteração, uma vez que já tínhamos ajustado no 3T14 e os fundamentos da empresa continuam a serem os mesmos, com exceção de mudanças no Reintegra, que acreditamos a empresa terá condições para compensar qualquer impacto possível através de ganhos de eficiência produtiva. Portanto, reiteramos o preço-alvo de R$ 4,80 para Dez/2015 e nossa recomendação em. RAPT4 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 4,50 Preço mercado em 12/03/2015 (R$) 3,60 Upside 25% desaceleração na produção de veículos pesados pode pressionar a estratégia de preços e puxar a rentabilidade para baixo. Na divisão de Veículos e Rodoviários, as mudanças nas regras de financiamento em relação PSI/FINAME e Reintegra podem impactar novas encomendas. No entanto, ainda é cedo para ter certeza disso e preferimos observar os próximos trimestres, até que tenhamos uma maior visibilidade. Nos Vagões, a nova fábrica de Araraquara, prevista para entrar em operação no primeiro semestre de 2016 gera perspectivas positivas, levando a empresa mais perto dos principais operadores, criando oportunidades para a expansão da produção. Em nosso modelo de avaliação consideramos alguma pressão sobre o capital de giro, principalmente devido ao aumento da dificuldade de negociar com clientes e fornecedores. Acreditamos que a receita possa aumentar ligeiramente em comparativo anual. Além disso, a empresa deverá fazer ajustes em sua estrutura operacional, a fim de reduzir as despesas. As nossas premissas de avaliação incluem uma elevação dos prêmios de mercado adicionado às mudanças em alguns dos fundamentos da empresa. Portanto, nós reduzimos o preço-alvo de RAPT4 para R$ 4,50 (de R$ 7,50 anteriormente) para Dez/2015, mas mantemos nossa recomendação em, considerando o baixo upside no período para o nível de risco. 6 / 11

MAHLE METAL LEVE Divulgação do resultado: 16/03/2015 LEVE3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 23,00 Preço mercado em 16/03/2015 (R$) 20.80 Upside 16% O resultado da MAHLE Metal Leve no 4T14 foi surpreendente devido ao forte crescimento das margens operacionais. Este fato confirma a tendência de recuperação depois de trimestres consecutivos de perdas de rentabilidade entre 2013 e meados de 2014. A principal razão é a capacidade de fazer os ajustes certos nos custos e despesas de frente para o cenário desafiador para veículos leves e pesados da indústria ao longo do ano. O desempenho OEM (montadoras) no mercado interno ainda foi influenciado pelo ritmo lento na indústria da Argentina, como resultado do cenário macroeconômico frágil naquele país e a produção de veículos mais baixos no mercado interno. Por outro lado, o segmento de aftermarket (peças de reposição) no Brasil teve forte desempenho de vendas ao longo do ano (+ 10,9%), que foi impulsionado pelo crescimento da frota de veículos comerciais e o aumento das vendas de carros usados. As vendas internacionais em ambos os segmentos (OEM e Aftermarket) cresceram 5% no período, beneficiadas pela taxa de câmbio, que compensou a ligeira queda de volume na Europa e nos EUA. Avaliamos como positivo o resultados do 4T14. Vale ressaltar que o nível de margens da empresa permanece dentro do histórico, mostrando a sua capacidade de resistência ao cenário adverso e o foco da equipe de gestão na manutenção dos níveis de rentabilidade. LOCAMERICA Divulgação do resultado: 24/03/2015 O resultado da Locamerica no 4T14 teve significativo crescimento das margens operacionais, como resultado de expansão de receitas e fortes ganhos de eficiência no período, devido aos seguintes fatores: (A) a expansão de 13,3% no volume de frota de aluguel diário; (B) taxa média de aluguel aumentou 10,5% no período; (C) com nível constante no valor global de novos contratos, cujo valor chegou a R$ 88,0 milhões; (D) receita líquida da Divisão de concessionária de carros aumentou 30,3% no período, impulsionado pelo aumento de 22,4% no preço médio de venda do veículo; (E) uma expansão de 80 bps na taxa de utilização em comparação anualizada, chegando a 95,3% no trimestre, e (f) uma diminuição de 600 bps nas despesas operacionais em relação à Receita Líquida de Aluguel, como resultado do programa de melhoria de eficiência feita pela companhia. O desempenho da Locamerica confirma a recuperação gradual dos níveis de rentabilidade e também mostra que a empresa praticamente superou o cenário difícil da guerra de preços nos últimos anos no mercado brasileiro de terceirização de frotas. Revisão de Preço. Temos expectativas positivas para a empresa, considerando que a sua estratégia de priorização da rentabilidade traz a possibilidade de retorno aos níveis históricos de margens operacionais. Ressaltamos que a restauração da prática de preços economicamente viáveis abre espaço para a empresa competir em Revisão de Preço. Temos expectativas positivas para a empresa no longo prazo, uma vez que acreditamos em um desempenho favorável no segmento de peças de reposição em ambos os mercados (interno e externo), principalmente na região do NAFTA, dada a acentuada recuperação da economia americana. Não obstante, as incertezas quanto aos indicadores macroeconômicos no bloco europeu e alguns países latinoamericanos, como o Brasil, Argentina e Venezuela são os riscos que podem afetar os números da empresa ao longo dos próximos meses. Em nosso modelo de avaliação temos considerado alguma pressão sobre o capital de giro, principalmente devido ao aumento da dificuldade de negociar com clientes e fornecedores. Acreditamos que a receita pode ter ligeiro aumento em dados anaulizados. Além disso, a empresa deverá fazer ajustes em sua estrutura operacional, a fim de reduzir as despesas. As nossas premissas de avaliação incluem uma elevação do prêmio de mercado adicionado às mudanças em alguns dos fundamentos da empresa. Portanto, nós reduzimos o preço-alvo de LEVE3 para R$ 23,00 (de R$ 26,00 anteriormente) para Dez/2015, mas mantemos nossa recomendação em, considerando o baixo upside para o risco. LCAM3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 4,50 Preço mercado em 23/03/2015 (R$) 3.04 Upside 48% novos contratos e recuperar o terreno perdido durante o tempo de guerra de preços. Não obstante, vamos continuar a acompanhar este mercado nos próximos trimestres para que possamos ter uma melhor confirmação desta tendência. Acreditamos na sustentabilidade do ritmo de recuperação da empresa, dada a capacidade de gestão já comprovada e uma indicação favorável para a indústria, devido à tendência de terceirização em ciclos econômicos, como atualmente. Assim, espera-se que entre o médio e longo prazo os valores apresentados possam corroborar nossa visão para a empresa de aluguel de frotas. Em nosso modelo de avaliação consideramos alguma pressão sobre o capital de giro, principalmente devido ao aumento da dificuldade de negociar com clientes e fornecedores. Acreditamos que a Receita Total poderá aumentar impulsionada pela Divisão de Concessionárias uma vez que o mercado de carros usados pode expandir-se no cenário atual, mas principalmente devido a novos contratos na Divisão de Aluguel considerando o pipeline comercial da empresa. Além disso, a empresa pode continuar a fazer ajustes na sua estrutura operacional, a fim de reduzir despesas. As nossas premissas de avaliação incluem uma elevação dos prêmios de mercado adicionado às mudanças em alguns dos fundamentos da empresa. Portanto, nós reduzimos o preço-alvo de LCAM3 para R$ 4,50 (de R$ 6,00 anteriormente) para Dez/2015, mas mantemos nossa recomendação em considerando o upside no período. 7 / 11

TEGMA Divulgação do resultado: 26/03/2015 TGMA3 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 17,00 Preço mercado em 26/03/2015 (R$) 13,20 Upside 29% O resultado da Tegma no 4T14 mostrou melhorias em indicadores como a margem EBITDA na Divisão de Logística Automotiva, o core business da empresa, apesar do cenário desafiador para o setor produtivo de veículo. Destacamos os fatores por trás dos números e detalhamos os pontos mais relevantes: (A) A redução das despesas operacionais em 13,9% no período, principalmente em Despesas Administrativas, aumentando a margem EBITDA de 149 bps no período; e (B) O crescimento de 36,3% na Logística Industrial devido a entrada da empresa no mercado de logística de uma grande fabricante de bens eletrônicos que mitigou parte da queda no segmento de Logística de Auto Peças. Por outro lado, o aumento das despesas financeiras exerceu pressão nos resultados, compensando os dados positivos do lado operacional, levando a uma margem líquida menor. As vendas de ativos acrescentaram R$ 1,3 milhão no 4T14 enquanto uma reversão das indenizações contribuiu com R$ 1,9 milhões. O resultado da Tegma foi surpreendentemente positivo devido à capacidade da empresa para ganhar eficiência e uma melhor rentabilidade, mesmo em um ano desafiador para a indústria de automóvel, o que demonstra o compromisso da equipe de gestão com metas de ROIC. Expectativas de longo prazo. Temos perspectivas positivas para a empresa no longo prazo, considerando que a Tegma tem estrutura, experiência e capacidade para suprir a demanda por soluções de logísticas, que ganha impulso neste momente considerando que há uma tendência de terceirização de serviços de transporte. Os principais riscos estão ligados à indústria automobilística que poderia impactar a receita, enquanto as negociações com as montadoras podem afetar a rentabilidade. Nós entendemos que o cenário atual com desaceleração de vendas e produção de veículos mais baixo, principalmente para veículos leves, faz a missão da empresa ainda mais desafiadora, dadas as dificuldades em transferir as pressões inflacionárias do mercado de trabalho e outras pressões de custos para os preços do serviço. No entanto, acreditamos que o histórico de relacionamento, qualidade e diversificação irá ajudar a superar este momento difícil. É possível que as dificuldades apresentadas pelo setor de veículo possa afetar a empresa no curto prazo. O mercado pode começar a se recuperar no segundo semestre deste ano. A estratégia de gestão, embora poderá ser defensiva, girando em torno de proteção de caixa e manutenção do nível de rentabilidade, a fim de proteger a empresa de ventos contrários que possam surgir. A unidade de Logística Automotiva é o principal gerador de receita da empresa e que enfrenta alguns obstáculos este ano, uma vez que está ligado diretamente às vendas e produção de veículos. A unidade de Logística Integrada é formada basicamente pela logística inbound e os segmentos de armazenamento, o que representa um dos principais meios de diversificação de negócios, bem como de fornecimento de soluções para os clientes, tende a mitigar os riscos conjunturais, ainda que contribua com uma parte modesta da receita da empresa. Nossas premissas de avaliação incluem um WACC de 12,6%, com taxa de crescimento nominal na perpetuidade de 3,5%. O prêmio de risco médio para o período é de 6,0%. Nós usamos um beta alavancado para a empresa de 1,6. Portanto, considerando os fundamentos da empresa favoráveis e mantemos nossa recomendação em e o preço-alvo em R$ 17,00 para Dez/2015. 8 / 11

GOL Divulgação do resultado: 30/03/2015 GOLL4 Preço-Alvo para 12/2015 (R$) 9,50 Preço mercado em 30/03/2015 (R$) 8,21 Upside 16% A GOL informou resultado fraco no 4T14 considerando a estagnação das receitas e o elevado nível despesas (hedge accounting), que exerceu uma pressão sobre a margem EBITDAR em 250 bps. Além disso, a forte depreciação cambial impactou as despesas financeiras que por sua vez pressionou a margem líquida em 2.200 bps. Por outro lado, os custos e despesas operacionais tiveram uma ligeira queda de 0,3% A/A permitindo que a margem EBIT ficasse praticamente estável no período. No entanto, os dados positivos vieram dos seguintes indicadores: (a) 390 bps de crescimento da taxa de ocupação, que atingiu 78,7%, por conta de um crescimento de 9,1% na demanda (RPK) enquanto a oferta (ASK) aumentou 3,8% A/A; e (b) um crescimento anual de 7,0% no Pax (passageiros) Transportados atingindo 10.709. Destaca-se a queda da alavancagem da empresa: Dívida Líquida/Ebitdar que caiu de 6.9x no 4T13 para 6,2x no 4T14. A redução resultou de uma ligeira melhoria no denominador enquanto a dívida líquida aumentou em 29%. No entanto, em contrapartida, o dólar mais forte impactou negativamente em R$ -1.500 milhões as despesas financeiras líquidas. O resultado do trimestre deixou claro como a taxa de câmbio pode afetar o desempenho da empresa. Enquanto o WTI (preço médio do barril de petróleo) caiu em 25% pressionando a precificação internacional de combustível de aviação em 20%, a taxa de câmbio média aumentou 12% no Brasil. Neste sentido, o preço de combustível de aviação no mercado interno caiu apenas 2,4%. Não obstante os efeitos do câmbio sobre os números da empresa, pudemos observar que indicadores como RPK (demanda) e a taxa de ocupação apresentaram alguma moderação no ritmo de crescimento, o que pode trazer maiores preocupações para os próximos trimestres, se o dólar continuar subindo. É um dado importante a ser monitorado daqui para frente. Revisão de preço e alteração de recomendação. Nossa visão sobre a GOL é neutra, baseada na avaliação da progressão moderada de RPK nos mercados interno e externo, respectivamente. Acreditamos que a estratégia da empresa de focar em passageiros corporativos e internacionais vai contribuir para o desempenho de receita. Este tipo de cliente é menos sensível às mudanças no ticket médio. No entanto, a desaceleração da atividade econômica pode reduzir o crescimento de viagens corporativas. A Companhia lançou seu Guidance 2015 projetando: a) zero ASK (oferta); b) taxa de câmbio entre R$ 2,95 - R$ 3,15; Preço do combustível de aviação (QAV) entre R$ 2.10 R$ 2,30; e c) margem EBIT entre 2% - 5%. Estes indicadores influenciam o orçamento da empresa para o ano. Avaliamos esse guidance como excessivamente conservador, apesar do ano desafiador para a economia brasileira. Vemos a Medida Provisória MP-652/2014, que altera os limites de acionistas estrangeiros (atualmente em 20% do capital votante) como benéfico, em termos de atração de capital para as companhias aéreas brasileiras. Além disso, uma nova estrutura acionária pode apoiar o financiamento da empresa para a expansão da frota ao longo dos próximos anos através de um follow-on. A Companhia pode entrar no mercado de aviação regional, que exigiria aeronaves menores tais como os Embraer E-Jets, além dos Boeings tradicionais. Apesar do risco de moeda, aderimos ao guidance relativo à margem EBIT. Nossa previsão é que a empresa vai terminar o ano com uma margem de EBIT de 3,3%. Desta forma, nós reduzimos o nosso preço-alvo para R$ 9,50 (de R$ 18,00) para Dez/2015 e nós mudamos a nossa recomendação para Market Perform (de ) dado o nível de riscos. As nossas premissas de avaliação incluem WACC de 12,6%, com taxa de crescimento nominal na perpetuidade de 3,5%. O prêmio de risco médio para o período é de 6,0%. Nós usamos um beta alavancado para a empresa de 1,6. Vale ressaltar, que nós ainda consideramos a empresa com uma boa gestão e acreditamos que eles estejam preparados para enfrentar as turbulências e desafios que possam surgir. 9 / 11

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