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Licenciatura em Economia MICROECONOMIA II EXAME DE 1ª ÉPOCA 06/07/2009 A Antes de iniciar o teste, leia atentamente as observações que se seguem: A duração da prova é de 2 horas; A prova é constituída por duas partes, sendo a 1ª parte de questões de escolha múltipla e a 2ª parte de uma questão prática; A 1ª parte tem uma valoração de 8 valores (oito valores): a cada resposta certa é atribuído +1 valor e a cada resposta errada são atribuídos -0.333 valores ; Para a resolução da 1ª parte da prova, assinale a alínea que lhe parecer mais correcta na matriz de respostas fornecida, a qual deverá ser separada das restantes folhas; esta parte será corrigida por leitura óptica. Não deve rasurar ou riscar; caso se engane, deve pedir uma nova folha; A 1ª parte deverá ser resolvida nos primeiros 50 minutos da prova, sendo a matriz de respostas recolhida no fim desse período; A 2ª parte tem uma valoração de 12 valores (doze valores); Para a resolução da 2ª parte da prova, utilize as folhas de exame disponibilizadas; Escreva o seu nome completo em cada folha do exame entregue; Assinale o número de folhas entregues, incluindo a grelha de resposta à 1ª parte; Não é permitida qualquer forma de consulta, nem é permitido o uso de telemóveis durante a prova. Estes devem estar desligados e guardados durante a prova; Não são prestados esclarecimentos a quaisquer dúvidas; 1

1ª PARTE (8 valores) 1. Suponha que, para produzir uma unidade de produto, a combinação óptima de factores produtivos (trabalho e capital) de uma empresa é (2, 1); e para produzir duas unidades de produto, a combinação óptima de factores trabalho e capital é (3.25, 3.25). Se a empresa duplicar a sua produção variando proporcionalmente ambos os factores a partir da combinação (2, 1), a nova combinação de factores é (6, 3). O preço do factor trabalho é 3 e o preço do factor capital é 1. Com base nisto, conclui-se que a função de produção: a) ***Não tem um tipo de rendimentos de escala definido; b) Exibe rendimentos constantes à escala; c) Exibe rendimentos crescentes à escala; d) Exibe rendimentos decrescentes à escala. R: Aumentos de L e K na proporção de 2 para 1, respectivamente, proporcionam aumentos menos que proporcionais do volume de produção na vizinhança das combinações dadas. Isto é, a função de produção exibe rendimentos decrescentes à escala. Mas aumentos de L e K na proporção de 1 para 1, respectivamente, proporcionam aumentos mais que proporcionais do volume de produção na vizinhança das combinações dadas. Isto é, a função de produção exibe agora rendimentos crescentes à escala. Note que a combinação de factores (1.75, 1.75) situa-se na isocusto da combinação (2, 1) mas não permite produzir uma unidade de produto. 2. Se o volume de produção for inferior ao volume de produção típico: a) O custo marginal de período curto é inferior ao custo médio de período curto. b) O custo médio de período curto é inferior ao custo médio de período longo. c) O custo marginal de período curto é superior ao custo médio de período longo. d) *** Nenhuma das anteriores. 3. Considere uma indústria em concorrência perfeita, que enfrenta uma procura de mercado dada por: Q=1000-5P. Em período longo, cada empresa produz 10 unidades. Após a introdução de um imposto específico igual a 20, em período longo, apenas 20 empresas permaneceram no mercado. Então: a) Antes da introdução do imposto, o preço pago pelo consumidor era igual a 160. b) A quantidade transaccionada diminuiu 80 unidades. c) *** Saíram 10 empresas do mercado. d) Nenhuma das anteriores. R: A introdução de t=20 provoca um aumento do preço igual a 20. Que, por sua vez, provoca uma diminuição da quantidade procurada igual a 100. Como cada empresa produz 10 unidades (antes e depois da introdução do subsídio), saem 10 empresas. 4. Numa indústria em concorrência perfeita, a família de curvas de custo total das empresas é dada por CT (K,q) = q 3 5q 2 + (200 10K)q + 2,5K 2. A partir de uma situação inicial de equilíbrio de período longo, se a procura aumentar de Q=2000-4P para Q=2750-4P, no novo equilíbrio de período longo: a) *** Terão entrado 100 empresas no mercado. b) As empresas irão utilizar uma maior quantidade de factor fixo. c) O preço irá manter-se igual a 150. d) Nenhuma das anteriores. R: A partir da família de curvas, obtemos K=2q, CTpl = q 3 7,5q 2 + 200q, EME=7,5, K=15 e mincmdpl=143,75. Com P=143,75, temos Q=1425, e n=1425/7,5=190. Em período longo, o aumento da procura não tem efeito sobre o preço, que se mantém igual a 143,75. Assim, a quantidade procurada aumenta 750 unidades, entrando 100 empresas. 2

5. A empresa PESSIMUS vende telemóveis em segunda mão em dois mercados, Portugal e Espanha. A PESSIMUS tem custos marginais nulos. A procura nos mercados português e espanhol expressa-se, respectivamente, por P P = 100 - q P e P E = 70 0,5 q E. Na solução maximizadora do lucro: a) *** A PESSIMUS vende 50 telemóveis em Portugal. b) O preço dos telemóveis em Espanha é de 66,66 euros. c) A elasticidade preço da procura em Espanha é de 1,954. d) A PESSIMUS apenas vende telemóveis em Portugal. 6. Um monopolista sujeito a regulação enfrenta a seguinte função procura: P=200-q, e um custo marginal que se expressa por: c (q) = 50+q. a) Um preço máximo de 125 euros não maximiza o bem-estar social. b) ***Um preço máximo de 100 euros conduz a um excesso de procura. c) Um preço máximo de 175 euros será o mais indicado para este tipo de monopólio. d) Apenas é possível maximizar o bem-estar social se aplicarmos, ao mesmo tempo, um preço máximo e um subsídio. 7. Apenas no Brasil se pode encontrar um determinado minério. A companhia Vale do Rio exporta esse minério para a Holanda e para o Reino Unido, com funções procura distintas, e em situação de monopólio, sendo o preço de reserva maior na Holanda. O seu custo marginal é crescente. Por outro lado, a Vale do Rio vende também no Brasil, onde enfrenta um número elevado de concorrentes, com um produto idêntico. O governo holandês decidiu recentemente lançar um imposto específico sobre as importações (vendas) deste bem. Numa análise de período longo, e sabendo que a empresa continua a vender nos três países, com o imposto, esta empresa está certa de que venderá: a) A mesma quantidade no Brasil, mas a um preço mais elevado. b) Uma menor quantidade no Reino Unido. c) Uma menor quantidade no Reino Unido e uma maior quantidade na Holanda. d) ***Uma maior quantidade no Brasil. 8. A D. Letícia estima que tem uma probabilidade de 50% de perder o marido no próximo ano. Se o perder, verá a sua riqueza reduzida em 10%. Para se precaver, dirige-se à companhia de seguros Infidelidad que lhe propõe um seguro pelo qual deverá pagar um prémio de 40% sobre o valor segurado. A sua função utilidade é U(W)= ln W, sendo W a sua riqueza. A D. Letícia escolherá um montante anual de: a) Tem gosto (ou atracção) pelo risco. b) *** Escolherá segurar um montante anual igual a metade da sua riqueza inicial. c) A quantidade procurada de seguros, em função do prémio cobrado pela companhia, expressa-se por A= (50W- π )/2π, onde A é o montante segurado e π o prémio que paga à companhia de seguros. d) Escolherá segurar um montante anual igual a 10% da sua riqueza inicial. 3

2ª PARTE (12 valores) Questão I (6 valores) Considere um mercado perfeitamente competitivo de um determinado bem. O custo total médio, CTM de período curto da empresa típica, para a dimensão seleccionada K 0, é dado pela expressão 2q 2 50q + 783.113 + 1176/q. A escala eficiente mínima (escala óptima de produção), associada ao mínimo do custo médio de período longo, é 15. a) (3 valores) Suponha que o preço de mercado do bem é 559.113, o qual iguala o mínimo do CTM de período curto da empresa típica. Será racional a escolha da dimensão K 0 por parte de uma nova empresa que queira entrar no mercado, supondo que esta entrada não alterava o preço de mercado? Justifique. b) (3 valores) Considere também que o número N de empresas a operar no mercado é 100. A curva de custo médio de período longo é dada pela expressão 2q 2 60q + 1000. Suponha agora que, devido a um choque exógeno positivo, a nova curva da procura de mercado (na forma inversa) é P(Q) =2411.9 1.058Q, onde P é o preço de mercado e Q é a quantidade procurada no mercado. Como se deverão comportar as empresas neste mercado em equilíbrio de período curto (q, Q, P)? E em equilíbrio de período longo (q, Q, P, N)? Justifique. a) Não. A quantidade que minimiza o CTM PC, 14, é deduzida da restrição P = min CTM PC e da condição CTM PC = Cmg PC : P = min CTM PC = CTM PC = Cmg PC, o que implica P = Cmg PC, ou seja, 559.133 = 6q 2 100q + 783.113. A quantidade obtida também é a quantidade de equilíbrio da empresa em período curto. Por consequência, dado que esta quantidade é inferior à escala óptima de produção, o volume de produção típico para a dimensão K 0 é inferior a (portanto, diferente de) 14. A igualdade P = Cmg PL (condição de equilíbrio da empresa em período longo) não é assim satisfeita para o volume de produção típico para a dimensão K 0 : Cmd PL = CTM PC > P > Cmg PL = Cmg PC. Assim, ao preço corrente de mercado, não se recomendaria a entrada de novas empresas com a dimensão K 0, mas, antes, com uma dimensão maior. b) Consideremos primeiro o ajustamento de mercado em período curto. Maximizando o lucro, resulta da condição de 1ª ordem, P=CMg. Por outro lado, P(Q) =2411.9 1.058*100q, de onde resulta q=16 e P=719.1. Em período curto, as empresas têm lucros no montante de 2407.8 euros. Consideremos finalmente o ajustamento de mercado em período longo. O min CmdPL, 550, é obtido após substituir a escala óptima de produção na curva CmdPL: CmdPL(15) = 550. A este preço, e produzindo cada empresa 15 unidades, Q=1759.8 e n=117.32. O ajustamento de período 4

longo conduz a uma entrada de novas empresas, redução do preço e da quantidade produzida por cada empresa. Questão II (6 valores) A empresa «Lobbydamota» é a única empresa do país Eurojusto a produzir um produto inovador designado por Pressing. A função inversa da procura pode ser expressa pela seguinte função: p=87.5-q, em que p designa o preço e q a quantidade procurada de Pressing. 1 Sabe-se que a função custo total desta empresa pode ser resumida através de: CT=50q-0.25q², em que CT designa o custo total de produção em período longo e q designa a quantidade produzida de Pressing. a) Determine a quantidade a fornecer pela Lobbydamota e o seu lucro. Estamos perante um monopólio natural? Justifique. 87.5-2q=50-0.5q, Solution is: 25.0 Sim, o monopólio é natural, pois o custo médio é sempre decrescente. b) A ERPES (Entidade Reguladora de Preços e Eficiência Social) pretende fixar por portaria um preço máximo para este produto que maximize o bem-estar social. Determine esse preço e represente graficamente o equilíbrio resultante dessa medida. Como o monopólio é natural, o melhor que o regulador consegue é igualar o preço ao custo médio. 50-0.25q=87.5-q, Solution is: 50.0 p=87.5-50= 37. 5 LT=37.5 50-(50 50-0.25 50 50)= 0.0 2 Depois de um fenómeno de reestruturação técnica do sector, a função custo total desta empresa passou a ser resumida pela função: CT=25q+0.25q², em que CT designa o custo total de produção em período longo e q designa a quantidade produzida de Pressing. Entretanto, a ERPES deixou de impor um preço máximo a este produto. Por outro lado, a empresa descobriu um novo mercado, o Obamistão, onde pode vender o seu produto em concorrência perfeita, a um preço de 47.5 unidades monetárias. Determine o lucro da empresa, justificando a sua resposta. 87.5-2q=47.5, Solução é: 20.0 Rmg agregada: 87.5-2q, q<=20 47,5, q>20 25+0.5q=47.5, Solution is: 45.0 20 unidades para o Eurojusto, a um preço de 67,5 e 25 para o outro Mercado, a um preço de 47.5. 5