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Tema: Semi-oclusão por àscaris Objetivos Definir e identificar sinais e sintomas da Semi-oclusão por áscaris. Formular plano assistencial de enfermagem para a criança portadora de semioclusão. Identificar os sinais de perigo na oclusão e semi-oclusão intestinal. Conteúdos Semi-oclusão por àscaris Metodologia de ensino Aula expositiva Leitura obrigatória Wong pags 729-731 CRC/Enf. 2
Introdução As infecções por parasitas intestinais representam um problema de saúde pública mundial de difícil solução. A OMS estimulou em 1987, que mais de 900 milhões de pessoas no mundo estavam parasitadas por Áscaris Lumbricóides. Tem alta prevalência em nosso país, principalmente na população pobre e em crianças, devido as precárias condições de saneamento básico, habitação e educação. CRC/Enf. 3
DEFINIÇÃO A oclusão intestinal por Áscaris constitui uma das etiologias da Síndrome de Obstrução Intestinal, que ocorre pelo deslocamento maciço de uma grande carga de parasitas no lúmen intestinal, formando novelos ou massas de vermes que freqüentemente impactam a junção ileocecal, constituindo a mais importante complicação da ascaridíase. CRC/Enf. 4
CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS Dor abdominal de início brusco, difusa, em cólica de intensidade crescente, com defesa, repetindo-se em curtos intervalos acometendo durante horas. Quadro clínico e radiológico de oclusão intestinal mecânica( na maioria dos casos de instalação progressiva). Náuseas, desidratação. CRC/Enf. 5
CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS Um ou mais tumores abdominais móveis de forma e consistência variáveis na topografia do intestino delgado. Eliminação anal ou oral de ascaris. Imagem radiológica do bolo de ascaris,identificados pelo revestimento opaco da queratina dos vermes. Parada de eliminação de gases e fezes: é bem comum, porém o paciente pode evacuar no início da crise dolorosa. CRC/Enf. 6
CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS Presença de vômito (não constante). Hipertermia. Ruídos hidroaéreos: Timbre metálico e numerosos no início da moléstia. CRC/Enf. 7
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Volvo intestinal atentando que a própria alça intestinal obstruída pode também sofrer torção causando sangramento digestivo,quadro toxêmico e sinais de irritação peritoneal. Invaginação intestinal Apendicite aguda CRC/Enf. 8
DADOS LABORATORIAIS Hemograma- leucocitose e eosinofilia RX simples de abdome Imagem em miolo de pão, presença de ar no tubo digestivo dos ascaris, alças intestinais distendidas e distribuição irregular de gases no abdome. US abdominal CRC/Enf. 9
TRATAMENTO Hospitalização Dieta oral zero. Hidratação venosa. SNG para descompressão gástrica e administração de medicamentos. Posição semi-fowler. Combate ao espasmo intestinal doloroso. Verificar presença de peristalse. CRC/Enf. 10
TRATAMENTO Avaliação pela cirurgia pediátrica durante o período da internação. Após aspiração gástrica administrar óleo mineral 20 ml 2/2 hs (exceto na vigência de íleo paralítico).nos intervalos manter SNG aberta e elevada,aspirando a cada nova introdução do óleo. Fazer isso sucessivamente até que a criança elimine o óleo via anal e as massas se desfaçam. CRC/Enf. 11
TRATAMENTO Após eliminação do óleo,administrar sob prescrição, Piperazina (dose 50 a 70 mg/kg/dia) dividido em 2 a 3 doses(máximo de 3,5g). * Piperazina - paralisa o parasita por bloqueio muscular por hiperpolarização neuromuscular reversível. Outra opção terapêutica: Mebendazol 100mg 2X dia ou Albendazol 400mg dose única (>2 anos) CRC/Enf. 12
Brasília, 27 de fevereiro de 2009 15h30 Lista de substâncias controladas recebe novas inclusões Proibidas A 1 Benzilpiperazina (BZP) e a 1 (3 Trifluormetilfenil)piperazina (TFMPP) foram incluídas na lista F2 da portaria, que classifica as substâncias psicótropicas, de uso proibido no Brasil. A Anvisa levou em consideração recomendação do Departamento de Polícia Federal, já que a substância, produzida em laboratórios, estava sendo utilizada como droga. As substâncias psicotrópicas são aquelas que podem causar dependência física ou psíquica. Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa Site oficial da Anvisa CRC/Enf. 13
TRATAMENTO Após eliminação do óleo,iniciar dieta líquida,depois pastosa(evitando constipantes),salvo em caso de persistência das massas. CRC/Enf. 14
Repetir RX após tratamento!
INDICAÇÃO CIRÚRGICA Analisar o tempo de tratamento clínico e o estado da criança. Não devemos,em evidência de grandes massas sem melhora clínica,ficar aguardando resolução,pois as conseqüências podem ser graves (volvo,necrose, perfuração da alça). Presença de quadro toxêmico com alteração de hemograma. CRC/Enf. 16