CURSO TJMG Nível Médio Oficial de Apoio Nº

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CURSO TJMG Nível Médio Oficial de Apoio Nº DATA 08/06/2016 DISCIPLINA Redação Oficial PROFESSORA Rafaela Lôbo MONITORA Paula Moura AULA 01/01 Ementa REDAÇÃO OFICIAL... 2 Características dos documentos:... 2 1 Estilo:... 2 2 Semântica (sentido):... 3 3 Pronome de tratamento... 3 a) Uso do pronome de tratamento:... 3 b) Uso dos pronomes de tratamento.... 4 c) Endereçamento das comunicações... 5 d) Fechos para Comunicações... 6 e) Identificação do signatário.... 7 f) Padrão de Ofício... 7 Ata... 14 Atestado... 15 Declaração... 15 Certidão... 15 Certificado... 15 Circular... 15 Edital... 15 Parecer... 15 Procuração... 15 Requerimento... 16 Petição... 16 Abaixo-assinado:... 16 Memorial:... 16 Relatório:... 16 Correio eletrônico e-mail :... 16 Fax e telegrama... 16

REDAÇÃO OFICIAL É um conjunto de normas que regem as comunicações, sejam elas escritas ou não, de repartições públicas. Ela lidará tanto com a comunicação interna quanto externa das repartições públicas. Esses documentos podem ser produzidos por particulares, contudo serão denominado como redação comercial ou empresarial. Ex. O contrato fornecido pela CEF Caixa Econômica Federal é um exemplo de redação oficial, enquanto um contrato fornecido pelo banco Santander, por não ser parte integrante da Administração Pública direta ou indireta, será considerado redação comercial/empresarial. A redação comercial e empresarial tem o mesmo valor que a redação oficial o que as diferencia não é o conteúdo, mas a origem do documento. Características dos documentos: 1 Estilo: a) Impessoalidade: a comunicação é feita em nome do serviço público, pois guarda o elemento de ser feita através de uma instituição pública. Por isso, não pode possuir impressões individuais. São impressões individuais: - 1ª (primeira) pessoa: Não pode ser utilizado o eu pessoa, portanto ao utilizar a primeira pessoa será em nome da instituição representada. Ex. Atesto para os devidos fins... O eu neste caso é o profissional que representa o órgão/instituição. - Adjetivação: ao colocar adjetivos no documento acaba-se exprimindo alguma opinião, o que não pode ocorrer. Ex. O brilhante voto do douto digníssimo. Os documentos oficiais também seguirão os princípios da administração pública de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. b) Correção: os documentos devem refletir o padrão culto da língua. Sendo assim, o uso das normas gramaticais é imprescindível. Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. Os gramáticos mais conservadores entendem que na frase acima o sujeito foi preposicionado e, por isso, fere a norma culta. Por outro lado, os novos gramáticos já entendem que a frase está grafada de forma correta. ATENÇÃO! No âmbito da redação oficial a oração permanece como errada. Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.

c) Polidez: os textos devem ser polidos, educados. d) Harmonia: evita-se a sonoridade (rimas, cacofonia). e) Padronização/uniformidade: todos os documentos devem ser uniformes, sem estilo de escrita pessoal. f) Concisão: é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial, pois dependerá da capacidade daquele que estiver escrevendo o texto. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras, não é sinônimo de pequeno, mas de completude de informação. g) Clareza: claro é o texto que possibilita imediata compreensão do leitor. h) Precisão: não pode haver ambiguidade. Exemplo: O Ministro comunicou a seu secretariado que ele seria exonerado. Secretariado de quem? Quem será exonerado o ministro ou secretariado? 2 Semântica (sentido): O idioma está em constante mutação. O uso do texto impõe certos parâmetros de maneira diversa aos presentes na literatura ou no texto jornalístico. Isto é, apesar de reconhecer a língua como um sistema evolutivo, o Manual propõe regras vinculadas à estrutura normativa. Entende-se que, aqueles que possuem nível médio de instrução são capazes de revisar o documento oficial, sendo, portanto, desnecessária a figura de um revisor. Sendo assim, os profissionais formados na área de exatas, por exemplo, revisarão seus próprios textos. A falta de tempo não é desculpa para deixar de fazer uma estrutura documental completa e revisada. 3 Pronome de tratamento a) Uso do pronome de tratamento: pessoa. Apesar de o pronome de tratamento referir-se à segunda pessoa, o verbo ficará na terceira Ex. Vossa Senhoria nomeará o substituto; Vossa Excelência conhece o assunto. SINGULAR PLURAL

1ª Pessoa Eu Nós Autor 2ª Pessoa Tu / você Vós / vocês Leitor 3ª Pessoa Ele Eles Assunto Pronome pessoal do caso reto função de sujeito. O termo você não é um pronome reto, mas sim de tratamento. Tem origem no pronome Vossa Mercê. Por ser pronome de tratamento ele poderá ser sujeito ou objeto. A conjugação do verbo no pronome de tratamento é diferente, exemplo: Eu vou Tu vais Você vai Ele vai Nós vamos Vós ides Vocês vão Eles vão DICA! Nesse sentido, se o pronome de tratamento menos usual, como Vossa Senhoria, for trocado por você facilitará a identificação da conjugação que será utilizada. Assim, conforme dispôs o exemplo, Você nomeará o substituto / Vossa Senhoria nomeará o substituto.. Os pronomes possessivos que se referem a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa. Exemplo: Vossa Senhoria nomeará seu substituto (e não Vossa Senhoria nomeará vosso substituto). Observando a dica: Você nomeará seu substituto / Vossa Senhoria nomeará seu substituto. O gênero gramatical dos adjetivos deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere e não com o substantivo que compõe a locução. Exemplo: Vossa Excelência está atarefado (Masculino) Vossa Excelência está atarefada (Feminino) b) Uso dos pronomes de tratamento. Vossa Excelência para as seguintes autoridades: - Do Poder Executivo (Presidente, Governador); - Do Poder Legislativo (Deputado); - Do poder Judiciário (Juiz) Vossa Excelência Vossa Senhoria

A parte de cima da pirâmide são os cargos autos da área pública e os ocupantes desses cargos serão chamados de Vossa Excelência. Os cargos abaixo serão chamados de Vossa Senhoria. Além disso, este pronome de tratamento é utilizado para cargos baixos ou particulares. Meritíssimo, Ilustríssimo, Digníssimo estão previsto na gramática e nos dicionários, contudo não são utilizados na redação oficial. O único íssimo que permaneceu foi o Excelentíssimo. Obs. Olhar a lista dos pronomes no Manual de Redação da Presidência da República. Ex.: Vereador é Vossa Senhoria, salvo o vereador presidente da câmara de vereadores que será tratado como Vossa Excelência. Excelentíssimo Senhor é o vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder seguido do cargo respectivo. Ex.: Excelentíssimo Senhor Presidente da República. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo. Ex.: Senhor Senador. Na morfologia são Vossa Excelência Excelentíssimo Senhor considerados pronome de Vossa Senhoria Senhor tratamento. Na sintaxe Sujeito/Objeto Vocativo Vossa Excelência Excelentíssimo Senhor (Utilizado para Chefes de Poder) Vossa Excelência Senhor Vossa Senhoria Nem todo mundo que é Vossa Excelência será Excelentíssimo Senhor. O Excelentíssimo Senhor só será utilizado para o Chefe de Poder. Ex.: O ministro é um alto cargo, por isso é Vossa Excelência, contudo se ele não for o Presidente do Supremo Tribunal Federal ele será tratado como Senhor. Por outro lado, o Presidente da República além de ser Vossa Excelência será Excelentíssimo Senhor. Para Presidente da República não poderá abreviar o Vossa Excelência. c) Endereçamento das comunicações 1) Para Vossa Excelência: A Sua Excelência o Senhor Fulano de tal Ministro de Estado da Justiça (CEP) Brasília (ponto ou hífen) DF

Observações: - Não pode usar barra. - Não tem crase no A sua. - CEP tem que vir na mesma linha do nome da cidade. 2) Para Vossa Senhoria: Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares, o vocativo é senhor. Senhor (a) Fulano de Tal, (...) No envelope, deve constar do endereçamento: Ao (À) Senhor (a) Fulano de tal Rua ABC, nº 234 (CEP) Curitiba (ponto ou hífen) PR Doutor não é pronome de tratamento e sim titulação acadêmica. O manual da Presidência da República aboliu o uso do Doutor para aqueles que não possuam título acadêmico para tanto. Não se usa Digníssimo, Ilustríssimo e Meritíssimo para quem possui cargo público. DD Douto Digníssimo : não é utilizado. Será utilizado Sua Excelência e Sua Senhoria quando estiver falando sobre a pessoa, enquanto Vossa Excelência e Vossa Senhoria ao se falar com a pessoa. No endereçamento utiliza-se A Sua Excelência o Senhor, pois a correspondência irá passar pelo sistema de correio antes de chegar à pessoa. No texto da correspondência o tratamento será, por exemplo, Informo a Vossa Excelência..., pois no corpo do texto está falando diretamente com a autoridade. d) Fechos para Comunicações Não utilizar cordialmente, saudações. 1) Para autoridades superiores: Respeitosamente,... 2) Para autoridades de mesma hierarquia ou hierarquia inferior: Atenciosamente,... Respeitosamente, Atenciosamente, Atenciosamente NÃO pode ser trocado por Att., bem como Rtt. NÃO é respeitosamente.

e) Identificação do signatário. (Espaço para assinatura) Nome Cargo A Identificação do signatário é regra, salvo para Presidente da República. Para eles poderá constar apenas a assinatura, pois é obrigatório que se saiba quem é o Presidente bem como quem ocupou a presidência. Após o vocativo não se utiliza o nome. Os nomes não podem carregar função, por exemplo, Senador José da Silva, por isso o cargo virá abaixo do nome. Tendo em vista que, hoje a pessoa pode ser senadora e amanhã não mais. Por outro lado, o nome pode carregar posto ou graduação. Ex.: Doutorado, mestrado, tenente, sargento. Caso o senador tenha feito um mestrado antes do nome constará a referência M José da Silva, SGT José da Silva. Padrão de Ofício Padrão ofício é um padrão de diagramação que segue três documentos, o ofício, o aviso e o memorando. externamente. Ofício: Carta Pública. Serve para qualquer tipo de informação. Pode ser utilizado interna e Aviso: Emitido por Ministro para pessoas da mesma importância. Memorando ou papeleta: Comunicação interna. Ocorre entre pessoas de um mesmo nível hierárquico ou de nível hierárquico diferente. Ao enviar um ofício a resposta será através de outro ofício. Enquanto no memorando, a resposta pode voltar no mesmo memorando que foi enviado ou em folha de continuação. Quando se opta pelo ofício internamente? Serão informações com um grau de importância maior, ex. pedido de exoneração. Exemplo de Ofício: O cabeçalho: [Ministério] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] [Endereço para correspondência] [Endereço continuação] [Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] O cabeçalho poderá aparecer no rodapé. Nesse caso, a fonte será times, tamanho 10. Os 5cm permanecerão, para que seja colocado o timbre ou logomarca.

As letras presentes no ofício informam de onde o ofício foi enviado. Ofício não poderá ser abreviado como Of.. Após o local e data, de forma geral, coloca-se o ponto final, mas no manual da presidência existem exemplos com e sem ponto. Será utilizado A Sua Excelência o Senhor, pois o envelope utilizado será o de mala direta. Ele possui um plástico que permite visualizar alguns dados escritos, no caso o endereçamento. O assunto deverá caber em apenas uma linha. O vocativo ficará a 5 (cinco) cm de distância da folha. 3 (três) cm de margem + 2,5cm que serve para dar espaço de parágrafo. Além disso, após o vocativo será utilizada a vírgula e não será colocado o nome da pessoa. Os textos serão numerados quando existirem mais de dois parágrafos. Além disso, todos os parágrafos iniciarão com 2,5cm de distância. No primeiro parágrafo do exemplo abaixo há um erro, em que o Presidente da República foi reverenciado como Senhor, contudo, de acordo com a norma e o padrão da redação oficial, será Excelentíssimo Senhor. A primeira página não terá numeração, mas é contada. A segunda página não tem 5 cm iniciais, mas sim 3,5 cm, pois a logomarca será colocada apenas na primeira página, nas demais colocar marca d água. É indispensável que tenha um fragmento do documento junto do elemento textual final (fecho ou assinatura). Pode utilizar frente e verso, mas é preciso que a folha esteja espelhada.

Exemplo de Aviso: Como o aviso é de Ministro para Ministro o endereçamento não será completo, pois permanecerá em Brasília e dentro dos Ministérios. A sua Excelência o Senhor [Nome e cargo] Também terá numeração nos parágrafos quando exceder a dois parágrafos.

Exemplo de memorando: Diferente do ofício e aviso, o memorando virá com a sigla, Mem.. Não necessariamente tem local e data, já que poderá constar apenas a data. Não coloca o nome da pessoa que irá receber o documento, mas sim o cargo. Acima de dois parágrafos eles serão numerados. Não é necessário outro memorando para responder, pode se fazer no próprio memorando enviado.

Exemplo de exposição de motivos de caráter informativo. É um texto que um Ministro faz, por exemplo, para expor algo ao Presidente. Após local e data será colocado o vocativo. Não terá o endereçamento, por ter sido enviado por um Ministro. Não terá assunto. Entre o vocativo e o parágrafo único terá 1,5cm de distância para dar ênfase ao vocativo.

Exemplo de mensagem Ela é direcionada entre os chefes dos poderes. O local e data ficarão no final. Tudo que for parecido com uma carta (ofício/memorando) a data e o local estarão dispostos no início, nos demais documentos o local e data ficará no final do documento, ex. atestado.. Ata Texto em que se escrevem as ocorrências e resoluções de uma reunião, sessão ou assembleia. Deve ser assinada pelos participantes, pelo presidente e pelos secretários. Contém: Título; texto (sem rasuras e sem espaços em branco); deve conter ainda dia; mês; ano; hora; local; nome sobrenome dos presentes que participam; declarações do presidente e secretários; assuntos tratados conforme ordem de pauta; fecho e assinatura. Não terá espaço de parágrafo. Faltando alguma coisa será colocado ao final em tempo e acrescentado os acontecimentos/dados faltantes. Caso escreva uma palavra ou expressão erroneamente ela não será riscada, mas colocará logo na frente a expressão digo com a respectiva correção. Quando a ata estiver digitada cada manual descreverá a sua forma. Observe que, mesmo a ata sendo digitada não serão colocados espaços de parágrafo.

Deverá ser impressa no momento que foi escrita. Além disso, será impressa e colada no livro de ata, onde se carimbará e assinará entre a folha e o livro, pois se alguém arrancar é possível visualizar a fraude. Atestado Declara algo, deve ser emitido por especialista ou autoridade competente. Ex. sanidade mental, óbito, boa conduta, nascimento. Contém: timbre; título; texto; local e data; assinatura. Declaração Documento com opinião, conceito, resolução. Quando baseada em algo legal é atestado. Contém: timbre; título; texto; local e data; assinatura. Certidão Afirmação da existência ou não de atos ou fatos (reprodução de livro). Não havendo ato escrito será certificado. Contém: Timbre; título; texto corrido; local e data (no texto); assinatura. Certificado Atesta a existência de um fato de que se é testemunha. Não é cópia de ato escrito. Contém: timbre; órgão emissor; título; texto; local e data; assinatura. Circular Instruções das autoridades aos chefes de serviços. Cientifica as pessoas sobre resoluções/editais. Não tem destinatário. Caso seja dirigido a mais de uma entidade, torna-se oficio-circular. Contém: timbre; título (circular nº, de / / ); emenda (resumo do assunto, localiza-se à margem esquerda); invocação; texto; fecho; local e data; assinatura; destinatário; iniciais. Edital Divulgação de atos deliberativos de correspondência. Tem de ser publicado no Diário Oficial. Contém: timbre; título; ementa; texto; local e data; assinatura e visto. Parecer Texto redigido por órgãos técnicos sobre assuntos submetidos a consideração dos mesmos, pretende dar respostas de natureza técnica. Contém: timbre; número do parecer; texto; local; data e assinatura. Procuração Texto em que o outorgante concede ao outorgado poderes para agir em seu nome.

Contém: timbre; título; texto; local e data; assinatura. Requerimento Texto em que se pede algo à autoridade competente. Deve ser dirigido ao cargo, não à pessoa. Contém: invocação; preâmbulo (nome, nacionalidade, estado civil, idade, residência e profissão do requerente); texto; fecho; local e data; assinatura. Petição Texto em que se pede algo à autoridade competente, sem certeza de despacho favorável. Abaixo-assinado: Requerimento coletivo. Memorial: Petição coletiva ou resumo de processo. Relatório: Exposição, relato minucioso de informações úteis a pessoas e órgãos interessados, pode ser individual, coletivo, periódico, eventual, científico, técnico, etc... Contém: timbre; título; invocação; texto; local; datas e assinatura. Correio eletrônico e-mail : Por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos. Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental. Arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato rich text. Fax e telegrama Menos usual com a chegada do correio eletrônico, mas ainda utilizado. Necessário fazer cópia do fax e guarda-la, pois muitas folhas de fax apaga com o passar do tempo. Caso necessário o documento original será apresentado em momento posterior.