RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO - SINTÉTICO



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A seguir são apresentadas as etapas metodológicas da Pesquisa CNT de Rodovias.

Transcrição:

1 RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO - SINTÉTICO TC 006.396/2012-7 Fiscalização 208/2012 DA FISCALIZAÇÃO Modalidade: conformidade Ato originário: Acórdão 2.382/2011 - Plenário Objeto da fiscalização: Obras de Revitalização do Crema 2ª Etapa - BR 316/MA Funcionais programáticas: 26.782.2075.20DU.0021/2012 - Manutenção de Trechos Rodoviários - no Estado do Maranhão 26.782.1457.20DU.0021/2011 - Manutenção de Trechos Rodoviários - no Estado do Maranhão Tipo da obra: Rodovia - Manutenção Período abrangido pela fiscalização: 1/6/2011 a 18/5/2012 DO ÓRGÃO/ENTIDADE FISCALIZADO Órgão/entidade fiscalizado: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - MT Vinculação (ministério): Ministério dos Transportes Vinculação TCU (unidade técnica): 1ª Secretaria de Controle Externo Responsável pelo órgão/entidade: nome: Jorge Ernesto Pinto Fraxe cargo: Diretor Geral do Dnit período: a partir de 2/9/2011 Outros responsáveis: vide rol na peça: Rol de responsáveis - fiscalis 208_2012 PROCESSO DE INTERESSE - TC 006.396/2012-7

2 RESUMO Trata-se de auditoria realizada no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - MT, no período compreendido entre 2/3/2012 e 25/5/2012. A presente auditoria teve por objetivo fiscalizar o processo de licitação das obras de revitalização - CREMA 2ª Etapa na BR-316/MA, trecho: Div PA/MA - Entr. BR-226/343(A) (Div.MA/PI); subtrecho: Entr. BR-135 (B)/ MA-020 (Peritoró) - Entr. BR-226/343 (A) (Div. MA/PI); km 424,60 - km 620,90; extensão total 196,30 km);realizada com recursos do PT 26.782.2075.20DU.0021. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo aplicados de acordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante indicadas: 1 - A previsão orçamentária para a execução da obra é adequada? 2 - Há projeto básico/executivo adequado para a licitação/execução da obra? 3 - O orçamento da obra encontra-se devidamente detalhado (planilha de quantitativos e preços unitários) e acompanhado das composições de todos os custos unitários de seus serviços? 4 - Os preços dos serviços definidos no orçamento da obra são compatíveis com os valores de mercado? 5 - Os quantitativos definidos no orçamento da obra são condizentes com os quantitativos apresentados no projeto básico / executivo? Para a realização deste trabalho, foram utilizadas as diretrizes do roteiro de auditoria de conformidade. Para responder às questões de auditoria levantadas, foram realizadas análises documentais, comparação de dados, cálculos e pesquisas em sistemas informatizados. A auditoria consistiu basicamente na aplicação da técnica de exame documental relativamente ao Edital 039/2012-15, aos demais documentos do processo licitatório e também ao projeto de engenharia. Além disso, foram realizadas inspeções nos dias 26/3/2012 e 27/3/2012, nos locais onde serão executadas as obras, com o objetivo de conferir o estado geral das rodovias e de verificar indiretamente os levantamentos realizados. Constataram-se impropriedades no Projeto Executivo do Crema 2ª Etapa da BR-316/MA, decorrentes de: superestimativa nos quantitativos de fresagem, ocasionando um indício de sobrepreço de R$ 2.813.557,97; utilização de base de brita graduada no acostamento, sem presença de estudos alternativos de soluções técnicas mais econômicas; indício de sobrepreço nos serviços de base e subbase de brita graduada no valor de R$ 1.522.980,27; e utilização de jazidas comerciais em detrimento da exploração não comercial de agregados. Os benefícios quantificáveis desta auditoria somaram R$ 4.336.538,24 (jul/2011), decorrente de superestimativa nos quantitativos de fresagem e de equívoco na composição de preço dos serviços de base e de sub-base de brita graduada. Ademais, entre os benefícios não quantificáveis verificados nesta fiscalização, pode-se mencionar provável alteração do material a ser aplicado na base do acostamento da rodovia, possível

3 exploração não comercial de agregados, bem como, aprimoramento da gestão de projetos e de licitação, melhoria nos controles internos e manutenção da expectativa do controle. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 166.362.462,28, que corresponde ao valor total estimado pelo Dnit no Edital de Licitação 039/2012-15, republicado em 20/4/2012, conforme estabelecido pela Portaria - TCU-222/2003. Propõe-se oitiva do Dnit para as constatações elencadas neste relatório, com fundamento no inciso V, artigo 250 do Regimento Interno do Tribunal.

4 S U M Á R I O Título Página 1 - APRESENTAÇÃO 5 2 - INTRODUÇÃO 6 2.1 - Deliberação que originou o trabalho 6 2.2 - Visão geral do objeto 6 2.3 - Objetivo e questões de auditoria 8 2.4 - Metodologia Utilizada 9 2.5 - Volume de recursos fiscalizados 9 2.6 - Benefícios estimados da fiscalização 9 3 - ACHADOS DE AUDITORIA 9 3.1 - Projeto executivo deficiente ou desatualizado. (IG-C) 10 3.2 - Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado. (IG-C) 19 3.3 - Estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira deficiente. (IG-C) 23 4 - CONCLUSÃO 26 5 - PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO 27 6 - ANEXO 29 6.1 - Dados cadastrais 29 6.1.1 - Projeto básico 29 6.1.2 - Execução física e financeira 29 6.1.3 - Editais 30 6.1.4 - Histórico de fiscalizações 30 6.2 - Deliberações do TCU 31 6.3 - Relatório, voto e AC 1699/2012-P. 33 6.4 - Anexo Fotográfico 49

5 1 - APRESENTAÇÃO Trata-se de auditoria realizada no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), no período compreendido entre 2/3/2012 e 25/5/2012, conforme designações das Portarias de Fiscalização 356 e 1377, respectivamente de 5/3/2012 e de 22/5/2012. A presente fiscalização tem por objetivo fiscalizar o Edital 039/2012-15, referente à concorrência pública para contratação de empresa para execução das obras de revitalização (recuperação, restauração e manutenção) rodoviária Crema 2ª Etapa, na BR-316/MA, trecho: Div PA/MA - Entr. BR-226/343(A) (Div.MA/PI); subtrecho: Entr. BR-135 (B)/ MA-020 (Peritoró) - Entr. BR-226/343 (A) (Div. MA/PI); km 424,60 - km 620,90. Segundo o Dnit, o Crema (Contrato de Restauração e Manutenção) tem por objetivo repassar a terceiro, sob um único contrato, todas as atividades inerentes à conservação de um trecho rodoviário, ao longo de determinado período de anos, seguindo o modelo de concessão rodoviária. De acordo com a Instrução de Serviço - IS DG/DNIT 05, de 9/12/2005, o Crema é dividido em duas fases: Crema 1ª Etapa, com duração de dois anos, e Crema 2ª Etapa, com duração de cinco anos. O Crema 1ª Etapa é composto por intervenções de caráter funcional (não atingem a estrutura do pavimento), como os serviços de conservação da faixa de domínio e de manutenção das pistas e do acostamento. Durante essa primeira fase, o Dnit deve realizar levantamentos e estudos necessários para a elaboração do Crema 2ª Etapa. Nesse segundo período, devem ocorrer obras de recuperação funcional e estrutural de todo o trecho. De acordo com a IS 03, de 15/5/2008, nos três primeiros anos do Crema 2ª Etapa ocorrerá a restauração do trecho, restando para os dois anos subsequentes apenas a conservação. Segundo o Manual de Conservação Rodoviária (Dnit, 2005), conservar "compreende o conjunto de operações rotineiras, periódicas e de emergência com o objetivo de preservar as características técnicas e físico-operacionais (...), dentro de padrões de serviço estabelecidos". Em outras palavras, pode-se afirmar que conservação é a atividade pela qual são mantidos os níveis de serviço e conforto projetados, permitindo à rodovia atingir sua vida útil no prazo estabelecido ou aumentar esse tempo, por meio de intervenções mais profundas. No referido manual observa-se que a conservação rodoviária é formada por um conjunto de operações. Três delas já foram citadas na própria definição, são elas: conservação de rotina, periódicas e de emergência. A esse grupo somam-se outros dois procedimentos que são: a restauração e os melhoramentos. Segundo o Dnit, apesar de conceitualmente distintas, as operações rotineiras, periódicas e de emergência apresentam, muitas vezes, os mesmos serviços, diferenciando-se quanto ao motivo ou momento em que são aplicadas. A conservação rotineira é formada por serviços comuns, cujo objeto é manter a funcionalidade dos dispositivos rodoviários (limpeza de bueiros e roçada da faixa de domínio). A conservação periódica é composta por atividades que devem ser executadas periodicamente, de modo a reparar ou corrigir defeitos (tapa-buraco e o fechamento de trincas). As intervenções de emergência são aquelas originadas por eventos extraordinários que demandam ação

6 imediata (deslizamento de uma encosta). Ainda segundo o Dnit, a restauração difere-se dos conceitos anteriores. Enquanto conservar é, em essência, manter uma estrada em funcionamento, restaurar parte do pressuposto de que não é mais economicamente viável conservar, sendo necessárias intervenções mais profundas. A rodovia encontra-se em tal estado que não há outra opção senão recuperá-la estruturalmente pela restauração ou pela reconstrução do pavimento. Melhoramentos consistem em adições ao projeto original da rodovia, modificando as características existentes por meio de novas estruturas ou soluções, como as terceiras-faixas, por exemplo. Importância socioeconômica A BR-316/MA, subtrecho Entr. BR-135(B)/MA-020 (Peritoró) Entr. BR-226/343 (Div. MA/PI), segmento km 424,60 - km 620,9, conceitualmente pode ser considerada como parte do sistema rodoviário que liga importantes capitais do nordeste, Teresina, capital do Estado do Piauí, a São Luis, capital do Estado do Maranhão. Ademais, a BR-316-MA segue em direção ao Pará, fazendo a conexão da região Nordeste à região Norte do País. 2 - INTRODUÇÃO 2.1 - Deliberação que originou o trabalho Em cumprimento ao Acórdão 2.382/2011 - Plenário, realizou-se auditoria no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - MT, no período compreendido entre 2/3/2012 e 25/5/2012. Assim como as demais auditorias realizadas pelo TCU no programa Crema 2ª Etapa, conduzido pelo Dnit para manutenção das rodovias federais, esta auditoria foi motivada pela importância desse tipo de obra no sistema de transportes do país e pelo volume de recursos envolvidos no referido programa, que pode alcançar R$ 16 bilhões. 2.2 - Visão geral do objeto O Edital 039/2012-15 refere-se à concorrência pública para contratação de empresa para execução das obras de revitalização rodoviária (recuperação, restauração e manutenção) Crema 2ª Etapa, na BR- 316/MA, trecho: Div PA/MA - Entr. BR-226/343(A) (Div.MA/PI); subtrecho: Entr. BR-135 (B)/ MA- 020 (Peritoró) - Entr. BR-226/343 (A) (Div. MA/PI); km 424,60 - km 620,90; extensão de 196,30 km. O Edital foi inicialmente publicado em 16/2/2012, com valor inicial de R$ 134.171.596,10 (data-base: julho/2011), com data para entrega de documentação inicialmente prevista o dia 22/3/2012 (DOU nº 34, Seção 3, p.130). Entretanto, o processo foi suspenso em 9/3/2012 pela Superintendência Regional do Dnit no Estado do Maranhão, por determinação da Comissão Permanente de Licitação, em virtude da necessidade de alteração de alguns itens do Projeto (DOU nº 48, Seção 3, p. 145).

7 Posteriormente, em 20/4/2012, o Edital foi republicado com o valor de R$ 166.362.462,28 (data-base: julho/2011), com data prevista para entrega das propostas para o dia 23/5/2012 (DOU nº77, Seção 3, p. 161). O acréscimo no valor do orçamento deveu-se à decisão de reinserir itens do projeto original que haviam sido suprimidos e/ou modificados para que fosse atendida uma limitação de custo imposta pelo Dnit de R$ 700.000,00/km. Tais itens referem-se principalmente ao aumento de espessura da camada de CBUQ da pista, serviços relativos às ruas laterais e interseções e inclusão de serviços de proteção ambiental (Volume 4 - Orçamento e Plano de Execução de Obra - Apresentação). O Edital menciona que as despesas dos serviços contratados com base na referida licitação correrão à conta dos recursos alocados no PT 26.782.1457.20DU.0021, que se refere ao ano de 2011. A dotação constante na LOA 2011 (Lei 12.381/82011) para o referido PT era de R$ 326.295.650,00. Já em 2012, a previsão orçamentária para execução desta obra consta do PT 26.782.2075.20DU.0021 - Manutenção de trechos rodoviários no Estado do Maranhão, sendo que a dotação constante na LOA 2012 (Lei 12.595/2012) para o referido PT é de R$ 323.190.100,00.

8 2.3 - Objetivo e questões de auditoria A presente auditoria teve por objetivo fiscalizar o processo de licitação das obras de revitalização - Crema 2ª Etapa, na BR-316/MA, trecho: Div PA/MA - Entr. BR-226/343(A) (Div.MA/PI); subtrecho:

9 Entr. BR-135 (B)/ MA-020 (Peritoró) - Entr. BR-226/343 (A) (Div. MA/PI); km 424,60 - km 620,90; realizada com recursos do PT 26.782.2075.20DU.0021 (2012). A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo aplicados de acordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante indicadas: 1) A previsão orçamentária para a execução da obra é adequada? 2) Há projeto básico/executivo adequado para a licitação/execução da obra? 3) O orçamento da obra encontra-se devidamente detalhado (planilha de quantitativos e preços unitários) e acompanhado das composições de todos os custos unitários de seus serviços? 4) Os preços dos serviços definidos no orçamento da obra são compatíveis com os valores de mercado? 5) Os quantitativos definidos no orçamento da obra são condizentes com os quantitativos apresentados no projeto básico / executivo? 2.4 - Metodologia utilizada A auditoria consistiu basicamente na aplicação da técnica de exame documental relativamente ao Edital 039/2012-15, aos demais documentos do processo licitatório e também ao projeto de engenharia. Além disso, foram realizadas inspeções nos dias 26/3/2012 e 27/3/2012, nos locais onde serão executadas as obras, com o objetivo de conferir o estado geral das rodovias e de verificar indiretamente os levantamentos realizados. 2.5 - Volume de recursos fiscalizados O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 166.362.462,28. Refere-se ao valor total estimado pelo Dnit para o Edital de Licitação 039/2012-15 (data-base: julho/2011), republicado em 20/4/2012, conforme estabelecido pela Portaria 222/2003 do TCU. 2.6 - Benefícios estimados da fiscalização O projeto utilizado como base para o Edital 039/2012-15 representa potencial prejuízo ao Erário de R$ 4.336.538,24 (jul/2011), decorrente de superestimativa nos quantitativos de fresagem e de equívoco na composição de preço dos serviços de base e de sub-base de brita graduada. Ademais, entre os benefícios não quantificáveis verificados nesta fiscalização, pode-se mencionar a possível alteração do material a ser aplicado na base do acostamento da rodovia, o aprimoramento da gestão de projetos e de licitação, como também, a melhoria nos controles internos e a manutenção da expectativa do controle. 3 - ACHADOS DE AUDITORIA

10 3.1 - Projeto executivo deficiente ou desatualizado. 3.1.1 - Tipificação do achado: Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C) Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de IG-P da LDO - O indício de irregularidade não se enquadra no disposto do art. 91, 1º, inciso IV da Lei nº 12.465/2011 (LDO 2012), haja vista a baixa materialidade do indício de sobrepreço em relação ao valor orçado no Edital. 3.1.2 - Situação encontrada: Constataram-se impropriedades no Projeto Executivo do Crema 2º Etapa da BR-316/MA, decorrentes de: superestimativa nos quantitativos de fresagem, ocasionando um indício de sobrepreço que pode chegar ao valor de R$ 2.813.557,97 e utilização de base de brita graduada no acostamento, sem presença de estudos alternativos de soluções técnicas mais econômicas. QUANTIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS DE FRESAGEM CONTÍNUA E DESCONTÍNUA Constataram-se indícios de superestimativa nos quantitativos de fresagem contínua e descontínua que podem acarretar um sobrepreço de até R$ 2.813.557,97 (ver Quadro dos Quantitativos dos Serviços de Fresagem anexo a esse achado). O Manual de Conservação do Dnit, na página 105, define fresagem como o processo pelo qual se corta parte das camadas superficiais do pavimento existente, conferindo-lhe um novo perfil. Dentre outras situações, a fresagem pode ser utilizada objetivando diminuir o potencial de reflexão de trincas existentes em uma camada inferior de um pavimento em direção à superfície. Com o objetivo de avaliar os quantitativos de fresagem previstos no projeto de Crema 2ª Etapa da BR- 316/MA (Peritoró - Divisa MA/PI), a equipe de auditoria analisou os critérios utilizados nos projetos para definir a necessidade de fresagem. Nessa avaliação, verificou-se que o projeto previu fresagem contínua de 2,0 cm em toda a extensão do trecho, estando ele em boa ou péssima condição. Tal procedimento adotado pela projetista se mostra contrário aos critérios preconizados pelo Dnit, que estabelece condicionantes, como quantidades de trincas, panelas e remendos para o cálculo do percentual de área do pavimento existente a ser fresado. A partir dos resultados de auditoria anterior deste Tribunal (TC 000.751/2011-1), o Dnit emitiu a Nota Técnica 34/2011, de autoria da Coordenação de Projetos de Infraestrutura - CGDESP/DPP, a qual informa que o percentual de área a ser fresada para cada segmento homogêneo é obtido considerando os defeitos da superfície do pavimento levantados em campo, de acordo com os procedimentos das

11 normas DNIT 007/2003 - PRO e DNIT 006/2003 - PRO. Além disso, tal nota técnica dispõe que a área a ser fresada é determinada somando-se os percentuais dos seguintes tipos de defeitos: trincas FC-2 e FC-3, remendos (R) e panelas (P), e adicionando-se um percentual de 10%, proposto pela referida Coordenação de Projetos, em decorrência do intervalo de tempo existente entre a data do levantamento realizado e do efetivo início das obras de restauração. Oportuno ressaltar que no Acórdão 3260/2011-TCU/Plenário, que tratou da conformidade dos projetos de Crema 2ª Etapa, o item 9.1.6 determinou ao Dnit a revisão dos quantitativos de fresagem contínua e descontínua, tomando por base a metodologia proposta pela Coordenação de Projetos de Infraestrutura, consubstanciada na sua Nota Técnica 34/2011. Também, considerando que o Dnit não dispõe de normativo para quantificar, em projeto, as parcelas dos volumes de fresagem que correspondem à fresagem contínua e à descontínua, a Coordenação de Projetos apresentou a proposição de adotar a composição de fresagem contínua (5 S 02 990 11) para segmentos homogêneos onde a área a ser fresada corresponde a valores acima de 50%. Para segmentos homogêneos onde a área a ser fresada corresponde a valores abaixo de 25%, propôs-se a adoção da composição de fresagem descontínua (5 S 02 990 12). Para os demais casos, ou seja, percentuais entre 25% e 50%, sugeriu-se uma avaliação caso a caso. De posse dessas informações, a equipe de auditoria avaliou a aderência dos projetos da BR-316/MA Crema - 2ª Etapa às proposições da Coordenação de Projetos, dispostas na referida Nota Técnica. Dessa análise, verificou-se que os volumes dos serviços de fresagem não foram calculados conforme as proposições retrocitadas. Para chegar ao quantitativo de fresagem contínua e descontínua, a equipe adotou o cálculo preconizado pela Nota Técnica 34 (percentual de trincas FC-2, FC-3, remendos e panelas + 10% desse resultado), obtendo-se um percentual da área total a ser fresada em cada segmento homogêneo. Conforme disposto na Nota Técnica, quando a área total a ser fresada do segmento ficar entre 25% e 50% é necessário uma análise caso a caso. Para efeito de cálculo, a equipe considerou duas possibilidades: 1 - para áreas com percentuais de fresagem superiores a 25%, considerou-se o segmento como fresagem contínua, e para áreas com percentual de fresagem inferiores a 25%, adotou-se fresagem descontínua; 2 - para áreas com percentuais de fresagem superiores a 50%, considerou-se o segmento como fresagem contínua, e para áreas com percentual de fresagem inferiores a 50%, adotou-se fresagem descontínua.

12 Para condição 1, a superestimativa de serviços pode resultar em um sobrepreço de R$ 2.813.557,97 (jul/2011);na condição 2, o sobrepreço alcança o valor de R$ 2.753.108,81(jul/2011) (ver Quadro dos Quantitativos dos Serviços de Fresagem anexo a esse achado). Importa ressaltar, também, que o projeto previu que se fizesse fresagem contínua de 2,0 cm em toda extensão do lote. Isso significa dizer que o projeto adotou a mesma solução de fresagem (contínua), na mesma espessura (2,0 cm), para segmentos com pavimentos em condições distintas. Como exemplo, cita-se o trecho de 57.200m entre os kms 475,6 e 532,8, cujo percentual de trincas, panelas e remendos varia de 0 a 12%, possui a mesma solução na fresagem se comparados ao trecho entre os kms 532,8 e 556,6, na qual o percentual de trincas, panelas e remendos varia de 22 a 89,7% (ver Ficha resumo de projeto). No que tange às diretrizes para se determinar a espessura da fresagem, não se mostra razoável adotar um valor fixo de 2,0 cm para todo o lote. Embora o Dnit não possua indicação da forma como deve ser definida essa espessura, pode-se citar como parâmetro a Instrução de Projeto 9/2004 da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, que assim estabelece: "O projetista deverá considerar, quando em estudo da solução por fresagem do revestimento asfáltico (seja ela parcial ou total), que deve ser adotado h ef [espessura efetiva do revestimento betuminoso] igual a zero, ou seja, nula, pois a fresagem só se justifica em situação de extrema degradação do revestimento asfáltico, quando sua condição estrutural, em termos de contribuição para redução de deflexões, é inexpressiva" (grifos nossos). Com base nesse conceito, avalia-se que não é razoável que se realize fresagem com espessura uniforme em todo trecho, haja vista que o levantamento de vários segmentos homogêneos do projeto demonstra que o percentual de trincas, panelas e remendos, é bem pequeno, o que em alguns casos possibilitaria a redução ou até a eliminação da necessidade de fresagem. Por fim, é preciso ressaltar que a decisão de se fresar continuamente 2,0 cm da extensão total de pista do trecho foi decidida nas Reuniões Técnicas ocorridas em 23 e 24 de setembro de 2009, com a participação de representantes da projetista e do Dnit, como se pode obervar na ata das referidas reuniões, anexa a este relatório. UTILIZAÇÃO DE BASE DE BRITA GRADUADA NO ACOSTAMENTO Na análise do projeto de restauração da BR-316/MA, subtrecho Peritoró (km 424,6) - divisa MA/PI (km 620,9), verificou-se a utilização de base em brita graduada no acostamento de todo o trecho de 196,3 km de rodovia, perfazendo um montante de R$ 23.843.702,35, o que representa R$ 121.465,63 por km (14,33% do valor da obra).

13 O problema reside na aparente incoerência em se optar por um material nobre (brita) e de preço elevado para a recuperação da base do acostamento, cuja demanda em termos de esforços é secundária, enquanto a pista de rolamento, elemento principal da rodovia, permanecerá com base de solo laterítico, acrescida apenas de camadas de CBUQ. O Manual de Pavimentação do Dnit estabelece que o acostamento deve ser dimensionado para suportar apenas 1% do tráfego da pista de rolamento. Ou seja, no que diz respeito às solicitações da estrutura da rodovia, o acostamento apresenta um papel secundário, com carga de dimensionamento cem vezes inferior à pista de rolamento. Relata o projeto, que a decisão de optar pela base de brita graduada partiu de reuniões realizadas em 23 e 24/09/2009 entre dois projetistas e um analista do DNIT, cuja solução está descrita numa ata presente no projeto. No volume 3, a Memória Justificativa de Projeto descreve que o solo laterítico presente na estrutura do pavimento (base e sub-base) e nas diversas jazidas da região, apesar de atender teoricamente aos requisitos geotécnicos das normas do Dnit, não possui comportamento adequado no campo, fraturando-se, fazendo refletir suas trincas nas camadas superiores do pavimento. Por meio do Ofício 041/2012 SRMA/Dnit, a Superintendência Regional respondeu o Questionário de Auditoria 02-208/2012, justificando nos mesmos termos do projeto executivo, que a laterita presente na região não possui comportamento adequado na rodovia, apresentando patologia de trincas e diminuindo a vida útil do pavimento. Conforme relatado no projeto, a ocorrência de brita é bem escassa na região, e, para atender às obras de restauração desse trecho, há apenas uma pedreira (Pedreira Baú), localizada a 44,12 km dessa rodovia, com acesso pelo km 127,36 desse trecho de 196,3 km, o que contribui para o serviço de transporte de brita ser responsável pela maior parte dos custos dos serviços de base de brita graduada desse projeto (R$ 139,23 R$/m³ de R$ 252,50/m³ - 55,1%) (referência: julho/2011). O serviço de base de brita graduada consiste em adquirir a brita em diversas granulometrias na pedreira, levá-la ao canteiro de obra para usinagem a fim de obter a composição ideal que atenda a faixa estabelecida no projeto, e a partir daí, transportar até a pista para aplicação. Apesar de ser visível a presença de trincas no pavimento em muitos trechos da rodovia, avalia-se que o projeto poderia ter contemplado estudos alternativos de natureza técnica e econômica, incluindo, por

14 exemplo, a adição de areia, brita, cimento, ou cal, ao material das diversas jazidas presentes na região, com o intuito de obter um material estável e com preço razoável em virtude da redução dos custos dos materiais e de seus transportes presentes na composição do serviço. Ademais, pondera-se que ao se colocar base de brita graduada no acostamento em contato lateral com a base de laterita do pavimento existente, poderá ocorrer um trinca longitudinal em virtude dos diferentes coeficientes de dilatação térmica dos materiais, propiciando a infiltração de água e danificando o pavimento.

15 Cálculo do Volume de Fresagem (Fonte: Ficha Resumo do Projeto - Volume 1 - Relatório de Projeto e Documentos para Concorrência) Rodovia BR-316 Maranhão Subtrecho: Entr: BR-135/MA-020 (Peritoró) - Divisa MA/PI Edital 039/2012-15 Extensão: 197,34 km Segmento Avaliação do Pavimento Soluções Adotadas no Projeto Pista Acostamento Solução Recomendada pela Nota Técnica 34/201 Condição 1: Àrea de fresagem: 0-25% = fresagem descontínua; > 25% = fresagem contínua; Condição 2: Àrea de fresagem: 0-50% = fresagem descontínua; > 50% = fresagem contínua; Km inicial Km final Extensões (km) Largura (m) Subtrecho FC2+FC3+P+R %trincamento IGG IRI (mm/m) Fresagem, remoção e limpeza (cm) Área a ser fresada (m²) Volume a ser fresado (m³) Binder CBUQ - Faixa A (cm) Binder Macadame Betuminoso (cm) Revestimento CBUQ Faixa B (cm) Escarificação + Reestabilização: 10cm Brita Graduada:10cm TSD: Tratamento superficial duplo (cm) % da área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) % da área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) + 10% Área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) + 10% Volume a ser fresado no projeto (m³) Volume de fresagem contínua (m³) Volume de fresagem descontínua (m³) Volume de fresagem contínua (m³) Volume de fresagem descontínua (m³) 424,60 427,60 3,0 7,0 1 73,0 121 4,0 2 21000 420 6 0 4 20 2,5 73,0 80,3 16.863,0 337,3 337,26 0,00 337,26 0,00 427,60 430,60 3,0 7,0 2 50,0 76 3,8 2 21000 420 6 0 4 20 2,5 50,0 55,0 11.550,0 231,0 231,00 0,00 231,00 0,00 430,60 433,60 3,0 7,0 3 3,0 100 2,4 2 21000 420 6 0 4 20 2,5 3,0 3,3 693,0 13,9 0,00 13,86 0,00 13,86 433,60 436,60 3,0 7,0 4 7,0 28 3,0 2 21000 420 6 0 4 20 2,5 7,0 7,7 1.617,0 32,3 0,00 32,34 0,00 32,34 436,60 439,60 3,0 7,0 5 2,0 19 3,0 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 2,0 2,2 462,0 9,2 0,00 9,24 0,00 9,24 439,60 442,60 3,0 7,0 6-13 2,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 442,60 445,60 3,0 7,0 7-14 2,7 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 445,60 448,60 3,0 7,0 8-19 2,8 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 448,60 451,60 3,0 7,0 9 2,0 12 2,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 2,0 2,2 462,0 9,2 0,00 9,24 0,00 9,24 451,10 454,60 3,5 7,0 10 12,0 21 4,3 2 24500 490 7 0 4 20 2,5 12,0 13,2 3.234,0 64,7 0,00 64,68 0,00 64,68 454,60 457,60 3,0 7,0 11 36,0 103 3,0 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 36,0 39,6 8.316,0 166,3 166,32 0,00 0,00 166,32 457,60 460,60 3,0 7,0 12 72,1 147 2,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 72,1 79,3 16.655,1 333,1 333,10 0,00 333,10 0,00 460,60 463,20 2,6 7,0 13 63,2 143 3,8 2 18200 364 7 0 4 20 2,5 63,2 69,5 12.652,6 253,1 253,05 0,00 253,05 0,00 463,20 466,60 3,4 7,0 14 20,1 113 4,3 2 23800 476 7 0 4 20 2,5 20,1 22,1 5.262,2 105,2 0,00 105,24 0,00 105,24 466,60 469,60 3,0 7,0 15 61,7 102 3,4 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 61,7 67,9 14.252,7 285,1 285,05 0,00 285,05 0,00 469,60 470,90 1,3 7,0 16 44,9 104 3,6 2 9100 182 7 0 4 20 2,5 44,9 49,4 4.494,5 89,9 89,89 0,00 0,00 89,89 470,90 475,60 4,7 7,0 17 18,0 62 3,8 2 32900 658 7 0 4 20 2,5 18,0 19,8 6.514,2 130,3 0,00 130,28 0,00 130,28 475,60 478,60 3,0 7,0 18-22 3,8 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 478,60 481,60 3,0 7,0 19-0 3,5 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 481,60 484,60 3,0 7,0 20 1,0 24 3,5 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 1,0 1,1 231,0 4,6 0,00 4,62 0,00 4,62 484,60 487,60 3,0 7,0 21 5,0 20 2,5 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 5,0 5,5 1.155,0 23,1 0,00 23,10 0,00 23,10 487,60 490,60 3,0 7,0 22 1,0 19 3,8 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 1,0 1,1 231,0 4,6 0,00 4,62 0,00 4,62 490,60 493,60 3,0 7,0 23 1,0 14 3,2 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 1,0 1,1 231,0 4,6 0,00 4,62 0,00 4,62 493,60 496,60 3,0 7,0 24-9 2,5 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 496,60 499,60 3,0 7,0 25 2,0 28 2,7 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 2,0 2,2 462,0 9,2 0,00 9,24 0,00 9,24 499,60 502,60 3,0 7,0 26-27 3,3 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 502,60 505,60 3,0 7,0 27-29 3,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 505,60 508,60 3,0 7,0 28-33 2,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 508,60 512,00 3,4 7,0 29-9 2,3 2 23800 476 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00

16 Rodovia BR-316 Maranhão Subtrecho: Entr: BR-135/MA-020 (Peritoró) - Divisa MA/PI Edital 039/2012-15 Extensão: 197,34 km Segmento Avaliação do Pavimento Soluções Adotadas no Projeto Pista Acostamento Solução Recomendada pela Nota Técnica 34/201 Condição 1: Àrea de fresagem: 0-25% = fresagem descontínua; > 25% = fresagem contínua; Condição 2: Àrea de fresagem: 0-50% = fresagem descontínua; > 50% = fresagem contínua; Km inicial Km final Extensões (km) Largura (m) Subtrecho FC2+FC3+P+R %trincamento IGG IRI (mm/m) Fresagem, remoção e limpeza (cm) Área a ser fresada (m²) Volume a ser fresado (m³) Binder CBUQ - Faixa A (cm) Binder Macadame Betuminoso (cm) Revestimento CBUQ Faixa B (cm) Escarificação + Reestabilização: 10cm Brita Graduada:10cm TSD: Tratamento superficial duplo (cm) % da área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) % da área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) + 10% Área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) + 10% Volume a ser fresado no projeto (m³) Volume de fresagem contínua (m³) Volume de fresagem descontínua (m³) Volume de fresagem contínua (m³) Volume de fresagem descontínua (m³) 512,00 514,60 2,6 7,0 30 12,0 13 3,1 2 18200 364 5 0 4 20 2,5 12,0 13,2 2.402,4 48,0 0,00 48,05 0,00 48,05 514,60 517,60 3,0 7,0 31-0 3,7 2 21000 420 5 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 517,60 520,60 3,0 7,0 32-0 3,9 2 21000 420 5 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 520,60 523,60 3,0 7,0 33-0 3,9 2 21000 420 6 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 523,60 526,60 3,0 7,0 34-0 3,4 2 21000 420 6 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 526,60 529,60 3,0 7,0 35-0 2,6 2 21000 420 6 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 529,60 532,80 3,2 7,0 36-0 2,4 2 22400 448 6 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 532,80 535,60 2,8 7,0 37 55,2 105 2,5 2 19600 392 0 7 4 20 2,5 55,2 60,7 11.901,1 238,0 238,02 0,00 238,02 0,00 535,60 538,60 3,0 7,0 38 77,3 132 3,1 2 21000 420 0 7 4 20 2,5 77,3 85,0 17.856,3 357,1 357,13 0,00 357,13 0,00 538,60 541,60 3,0 7,0 39 84,2 139 2,7 2 21000 420 0 7 4 20 2,5 84,2 92,6 19.450,2 389,0 389,00 0,00 389,00 0,00 541,60 544,60 3,0 7,0 40 89,7 133 2,5 2 21000 420 0 7 4 20 2,5 89,7 98,7 20.720,7 414,4 414,41 0,00 414,41 0,00 544,60 547,60 3,0 7,0 41 27,8 88 2,9 2 21000 420 0 7 4 20 2,5 27,8 30,6 6.421,8 128,4 128,44 0,00 0,00 128,44 547,60 550,60 3,0 7,0 42 22,0 88 3,0 2 21000 420 0 7 4 20 2,5 22,0 24,2 5.082,0 101,6 0,00 101,64 0,00 101,64 550,60 553,60 3,0 7,0 43 52,3 124 3,4 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 52,3 57,5 12.081,3 241,6 241,63 0,00 241,63 0,00 553,60 556,60 3,0 7,0 44 30,1 107 2,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 30,1 33,1 6.953,1 139,1 139,06 0,00 0,00 139,06 556,60 559,60 3,0 7,0 45 4,6 56 3,3 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 4,6 5,1 1.062,6 21,3 0,00 21,25 0,00 21,25 559,60 562,60 3,0 7,0 46 2,7 68 3,4 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 2,7 3,0 623,7 12,5 0,00 12,47 0,00 12,47 562,60 565,60 3,0 7,0 47 3,4 63 3,4 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 3,4 3,7 785,4 15,7 0,00 15,71 0,00 15,71 565,60 568,60 3,0 7,0 48 7,5 52 3,0 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 7,5 8,3 1.732,5 34,7 0,00 34,65 0,00 34,65 568,60 571,60 3,0 7,0 49 9,9 76 3,2 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 9,9 10,9 2.286,9 45,7 0,00 45,74 0,00 45,74 571,60 574,60 3,0 7,0 50 42,4 98 2,6 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 42,4 46,6 9.794,4 195,9 195,89 0,00 0,00 195,89 574,60 577,60 3,0 7,0 51 34,9 106 2,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 34,9 38,4 8.061,9 161,2 161,24 0,00 0,00 161,24 577,60 580,60 3,0 7,0 52 6,3 83 3,3 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 6,3 6,9 1.455,3 29,1 0,00 29,11 0,00 29,11 580,60 583,60 3,0 7,0 53 9,8 90 3,4 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 9,8 10,8 2.263,8 45,3 0,00 45,28 0,00 45,28 583,60 586,60 3,0 7,0 54 15,0 97 3,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 15,0 16,5 3.465,0 69,3 0,00 69,30 0,00 69,30 586,60 589,60 3,0 7,0 55 15,4 107 3,9 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 15,4 16,9 3.557,4 71,1 0,00 71,15 0,00 71,15 589,60 592,60 3,0 7,0 56 15,3 85 3,1 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 15,3 16,8 3.534,3 70,7 0,00 70,69 0,00 70,69 592,60 595,90 3,3 7,0 57 24,9 170 3,6 2 23100 462 7 0 4 20 2,5 24,9 27,4 6.327,1 126,5 126,54 0,00 0,00 126,54 595,60 598,60 3,0 7,0 58 20,2 117 3,8 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 20,2 22,2 4.666,2 93,3 0,00 93,32 0,00 93,32 598,60 601,60 3,0 7,0 59 22,3 71 2,7 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 22,3 24,5 5.151,3 103,0 0,00 103,03 0,00 103,03 601,60 604,60 3,0 7,0 60 50,7 112 2,5 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 50,7 55,8 11.711,7 234,2 234,23 0,00 234,23 0,00

17 Rodovia BR-316 Maranhão Subtrecho: Entr: BR-135/MA-020 (Peritoró) - Divisa MA/PI Edital 039/2012-15 Extensão: 197,34 km Segmento Avaliação do Pavimento Soluções Adotadas no Projeto Pista Acostamento Solução Recomendada pela Nota Técnica 34/201 Condição 1: Àrea de fresagem: 0-25% = fresagem descontínua; > 25% = fresagem contínua; Condição 2: Àrea de fresagem: 0-50% = fresagem descontínua; > 50% = fresagem contínua; Km inicial Km final Extensões (km) Largura (m) Subtrecho FC2+FC3+P+R %trincamento IGG IRI (mm/m) Fresagem, remoção e limpeza (cm) Área a ser fresada (m²) Volume a ser fresado (m³) Binder CBUQ - Faixa A (cm) Binder Macadame Betuminoso (cm) Revestimento CBUQ Faixa B (cm) Escarificação + Reestabilização: 10cm Brita Graduada:10cm TSD: Tratamento superficial duplo (cm) % da área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) % da área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) + 10% Área a ser fresada (%FC-2 + %FC-3 + % Panela + %Remendo) + 10% Volume a ser fresado no projeto (m³) Volume de fresagem contínua (m³) Volume de fresagem descontínua (m³) Volume de fresagem contínua (m³) Volume de fresagem descontínua (m³) 604,60 607,60 3,0 7,0 61 150 2,6 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 607,60 610,60 3,0 7,0 62 129 3,0 2 21000 420 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 610,60 613,20 2,6 7,0 63 103 3,0 2 18200 364 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 613,20 615,40 2,2 7,0 64 43 4,4 2 15400 308 7 0 4 20 2,5 - - - - 0,00 0,00 0,00 0,00 615,40 617,80 2,4 7,0 65a 9,9 73 4,9 2 16800 336 7 0 4 20 2,5 9,9 10,9 1.829,5 36,6 0,00 36,59 0,00 36,59 617,80 618,40 0,6 7,0 65b 42,4 69 9,4 2 4200 84 7 0 4 20 2,5 42,4 46,6 1.958,9 39,2 39,18 0,00 0,00 39,18 618,40 621,90 3,5 7,0 66 34,9 25 7,3 2 24500 490 7 0 4 20 2,5 34,9 38,4 9.405,6 188,1 188,11 0,00 0,00 188,11 1.386.700,00 27.734,00 287.880,67 5.757,61 4.548,56 1.209,05 3.313,90 2.443,72 Preço Unit. (R$) 130,72 Preço Unit. (R$) 130,72 179,68 130,72 179,68 Total 3.625.388,48 Subtotais (R$) 594.587,68 217.242,82 433.192,38 439.087,29 Total (R$) 811.830,51 872.279,67 Diferença em R$ entre a quantidade de fresagem projetada e a recomendada pela Nota Técnica 34/2011 Dnit - Considerando fresagem contínua para trechos com percentual de fresagem superiores a 50% 2.753.108,81 Discriminação Volume total de fresagem (m³)* Preço Total (R$) Diferença (R$) Diferença em R$ entre a quantidade de fresagem projetada e a recomendada pela Nota Técnica 34/2011 Dnit - Considerando fresagem contínua para trechos com percentual de fresagem 2.813.557,97 Projeto Condição 1 Condição 2 27.734,00 3.625.388,48 Proj - Cond1 2.813.557,97 5.757,61 811.830,51 Proj - Cond2 2.753.108,81 5.757,61 872.279,67 Cond 2 - Cond 1 60.449,16 * refere-se ao somatório do volume de fresagaem contínua e descontínua, sendo que o projeto previu apenas fresagem contínua.

18 3.1.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Edital 039/2012-15, 20/4/2012, CONCORRÊNCIA, Obras do Crema 2ª Etapa, na BR- 316/MA, trecho: Div PA/MA - Entr. BR-226/343(A) (Div.MA/PI); subtrecho: Entr. BR-135 (B)/ MA- 020 (Peritoró) - Entr. BR-226/343 (A) (Div. MA/PI); km 424,60 - km 620,90. Estimativa do valor potencial de prejuízo ao erário: 2.813.557,97. 3.1.4 - Causas da ocorrência do achado: Falhas no controle. 3.1.5 - Critérios: Acórdão 3260/2011, item 9.1.6, Tribunal de Contas da União, Plenário Lei 8666/1993, art. 6º, inciso IX; art. 6º, inciso X; art. 7º, 1º; art. 7º, 2º; art. 7º, caput ; art. 12, inciso III; art. 12, inciso IV; art. 12; art. 40, 2º, inciso I; art. 40, caput Norma Técnica - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - Dnit - Nota Técnica nº 34/2011-CGDESP/DPP/Dnit (itens 1.1, 1.2 e 1.3) Norma Técnica - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - Dnit - Manual de Conservação - DNIT 2005 Norma Técnica - Dnit - IPR - 719/2006 Manual de Pavimentação - Pag. 152 3.1.6 - Evidências: Aprovação Projeto Executivo - BR-316/MA (Peritoró - Timon), folhas 2/3. Edital_edital0039_12-15_0 (Original). Edital_edital0039_12-15_1 (Republicado). Aviso_edital0039_12-15_0 (publicação). Aviso_edital0039_12-15_2 (suspensão), folha 1. Aviso_edital0039_12-15_3 (republicação), folha 1. Volume 3 - Memória Justificativa (p. 54/58), folhas 54/58. Volume 3 - Memória Justificativa (Ata Reuniões Técnicas p. 19/21), folhas 19/21. Instrução de Projeto nº 9/2004 da SIURB/SP (p.10), folha 10. Nota Técnica nº 34-2011 - CGEDESP-DPP, folhas 1/3. Considerações Gerais de Projeto e Ata sobre as soluções adotadas. Ofício 41_2012-SRMA-Dnit. Manual de Pavimentação Dnit - Acostamento.

19 Ficha resumo de projeto - Edital 039_2012_15 - Ficha resumo de projeto - Edital 039_2012_15 - com indicação dos trechos a serem fresados.. 6_3_LOCALIZAÇÃO DAS OCORRENCIAS_Pedreira. 6_3_LOCALIZAÇÃO DAS OCORRENCIAS_Pedreira - Localização de ocorrências: pedreira. Volume 1 - Relatório de Documentos para Licitação - CREMA 2º Etapa BR 316. Memória de cálculo fresagem Edital 39/2012-15, folhas 1/3. Composições dos serviços de brita graduada do projeto. Oficio 053 2012 SRMA Dnit. 3.1.7 - Conclusão da equipe: Constatou-se que o projeto não seguiu as determinações contidas na Nota Técnica Dnit 34/2011 e no item 9.1.6 do Acórdão 3.260/2011-TCU/Plenário, as quais estipulam a forma de cálculo da área a ser fresada em cada segmento homogêneo, além de definirem os critérios para adoção da fresagem descontínua ou contínua. Esse fator ocasionou o indício de sobrepreço da ordem de R$ 2.813.557,97 (jul/2011). Verificou-se, também, que o projeto de restauração do acostamento não contemplou o estudo de outras soluções técnicas alternativas mais econômicas, com o intuito de reduzir o custo da obra, fato em desacordo ao disposto no inciso III do art. 12 da Lei 8.666/1993. Como o Dnit ainda não foi ouvido em relação a todas essas inconsistências, convém proceder sua oitiva para que se manifeste acerca dos quantitativos de fresagem contínua e descontínua e em relação à utilização de base de brita graduada no acostamento sem a realização de estudos técnico-econômicos que indicassem a impossibilidade de se utilizar outras soluções menos onerosas, em atenção ao art. 250, inciso V do Regimento Interno do Tribunal. 3.2 - Sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado. 3.2.1 - Tipificação do achado: Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C) Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de IG-P da LDO - O indício de irregularidade não se enquadra no disposto do art. 91, 1º, inciso IV da Lei nº 12.465/2011 (LDO 2012), haja vista a baixa materialidade do indício de sobrepreço em relação ao valor orçado no Edital. Além disso, é possível que haja correção do preço desse serviço na proposta do licitante vencedor, afastando o potencial prejuízo relatado nesse achado. 3.2.2 - Situação encontrada: Constatou-se um equívoco nas composições de custo unitário dos serviços de base e sub-base de brita graduada presentes no projeto do Edital 039/2012-15, que resultou num indício de sobrepreço de R$

20 1.522.980,27 (julho/2011). Na composição principal dos serviços "5 S 02 230 50 - Base estabilizada granulometricamente (brita graduada)" e "5 S 02 230 50 - Sub base estabilizada granulometricamente (brita graduada)", consta a composição auxiliar "1A 00 395 51 - Usinagem de brita graduada", com custo unitário no valor de R$ 131,10/m³. Entretanto, em consulta a essa composição de usinagem de brita graduada no projeto, encontra-se o valor de R$ 122,48/m³. Em comparação com a composição do Sicro 2 "1 A 01 395 01 - Usinagem de brita graduada" (julho/2011/ma), e levando-se em conta as DMTs de projeto, chega-se ao valor de usinagem de brita graduada de R$ 122,48/m³, o mesmo encontrado na composição auxiliar do projeto. Assim, o valor correto do serviço de base e sub-base de brita graduada é de R$ 252,50/m³, e considerando o total de 138.327 m³ desses serviços no projeto, chega-se ao indício de sobrepreço de R$ 1.522.980,27(julho/2011)(ver quadro ao final do achado).

21 CURVA ABC - CONTEMPLANDO O CÁLCULO DO SOBREPREÇO DOS SERVIÇOS DE BASE E DE SUB-BASE DE BRITA GRADUADA EDITAL 039/2012-15 - BR 316/MA - Subtrecho: Peritoró - Divisa MA/PI Código Descrição Unidade Quantidade Preço (R$) Valor Total (R$) % % Acum. Preço unit. recalculado (R$) Valor total devido (R$) Diferença (R$) 5 S 02 230 50 Base e Sub-base de brita graduada BC m3 138.327,00 263,51 36.450.547,77 21,91% 21,91% 252,50 34.927.567,50 1.522.980,27 5 S 02 540 52 CBUQ -binder AC/BC t 213.011,00 138,43 29.487.112,73 17,72% 39,63% Aquisição CAP-50/70 t 23.466,52 1.156,54 27.139.969,04 16,31% 55,95% 5 S 02 540 51 CBUQ -capa de rolamento AC/BC t 159.659,44 137,57 21.964.349,16 13,20% 69,15% Transporte CAP-50/70 t 23.466,52 314,44 7.378.812,55 4,44% 73,59% 5 S 02 531 50 Macadame betuminoso por penetração BC m3 26.898,00 190,14 5.114.385,72 3,07% 76,66% 1.0 Manutenção/Conservação mês 60,00 78.457,15 4.707.429,00 2,83% 79,49% 5 S 02 501 51 Tratamento superficial duplo c/ emulsão BC m2 960.658,00 4,66 4.476.666,28 2,69% 82,18% 2 S 04 910 55 Meio-fio de concreto - MFC 05 AC/BC m 129.409,00 34,46 4.459.434,14 2,68% 84,86% 5 S 02 990 11 Fresagem contínua do revest. betuminoso m3 30.929,00 130,72 4.043.038,88 2,43% 87,29% Aquisição CM-30 t 1.524,08 1.817,87 2.770.579,31 1,67% 88,96% 4 S 06 110 01 Pintura faixa c/termoplástico-3 anos (p/ aspersão) m2 70.025,00 39,08 2.736.577,00 1,64% 90,60% Aquisição RR-2C t 2.881,97 890,97 2.567.748,81 1,54% 92,15% Total do sobrepreço (R$) 1.522.980,27 3.0 INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CANTEIRO DE OBRAS CJ 1,00 2.530.595,13 2.530.595,13 1,52% 93,67% Transporte de material betuminoso a frio t 5.638,25 283,77 1.599.966,20 0,96% 94,63% 4 S 06 121 01 Forn. e colocação de tacha reflet. bidirecional und 67.935,00 13,02 884.513,70 0,53% 95,16% 2 S 03 324 50 Concr.estr.fck=15MPa-c.raz.c/adit conf.lanç.ac/bc m3 1.846,00 435,18 803.342,28 0,48% 95,64% 5 S 04 999 07 Demolição de dispositivos de concreto simples m3 6.217,84 118,96 739.674,25 0,44% 96,09% Aquisição RR-1C c/ polímero t 556,25 1.238,06 688.670,88 0,41% 96,50% Aquisição RR-1C t 675,95 922,78 623.753,14 0,37% 96,88% 4.0 MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DE PESSOAL E EQUIPAMENTOS CJ 1,00 559.613,16 559.613,16 0,34% 97,21% Reestruturação da base com adição do material frezado m³ 90.485,00 5,96 539.290,60 0,32% 97,54% 5 S 02 400 00 Pintura de ligação m2 3.080.479,00 0,16 492.876,64 0,30% 97,83% 2 s 04 401 53 Valeta prot.de aterro c/revest.concr.vpa 03 AC/BC unid 3.540,00 100,25 354.885,00 0,21% 98,05% 4 S 06 200 02 Forn. e implantação placa sinaliz. tot.refletiva m2 931,75 331,6 308.968,30 0,19% 98,23% 4 S 06 110 03 Pintura setas e zebrado term.-5 anos (p/ extrusão) m2 5.150,50 59,73 307.639,37 0,18% 98,42% 5 S 02 300 00 Imprimação m2 1.175.304,00 0,23 270.319,92 0,16% 98,58% 2 S 04 900 56 Sarjeta triangular de concreto - STC 06 AC/BC m 6.460,00 38,1 246.126,00 0,15% 98,73% Bermalonga m 4.206,00 36,45 153.308,70 0,09% 98,82% 5 S 02 110 00 Regularização do subleito m2 181.300,00 0,84 152.292,00 0,09% 98,91% 2 s 04 401 05 Valeta prot.corte/aterro s/rev. - VPC 05/VPA 05 unid 3.540,00 40,42 143.086,80 0,09% 99,00% 4 S 06 120 01 Forn. e colocação de tacha reflet. monodirecional und 11.275,00 12,64 142.516,00 0,09% 99,08% Escavação, carga e transporte de mat. 1º categoria DMT 200 a 1000m3 19.386,50 7,02 136.093,23 0,08% 99,17% almofadas m² 9.000,00 14,09 126.810,00 0,08% 99,24% 5 S 01 100 01 Esc. carga transp. mat 1a cat DMT 50m m3 57.203,40 1,91 109.258,49 0,07% 99,31%

22 EDITAL 039/2012-15 - BR 316/MA - Subtrecho: Peritoró - Divisa MA/PI Código Descrição Unidade Quantidade Preço (R$) Valor Total (R$) % % Acum. Plantio de capim vetiver m² 18.555,00 5,43 100.753,65 0,06% 99,37% 2 S 04 901 71 Sarjeta canteiro central concreto - SCC 03 AC/BC m 2.000,00 44,2 88.400,00 0,05% 99,42% 2 S 06 210 51 Pórtico metálico AC/BC und 2,00 43.027,15 86.054,30 0,05% 99,47% Biomanta 300g/m² - RT 600 kgf/m m² 10.034,00 8,53 85.590,02 0,05% 99,52% 3 S 05 101 01 Revestimento vegetal com mudas m² 15.500,00 5,43 84.165,00 0,05% 99,57% 5 S 02 201 00 Recomposição camada de base s/ adição de material m2 98.951,00 0,84 83.118,84 0,05% 99,62% 2 S 04 100 51 Corpo BSTC D=0,60 m AC/BC/PC m 200,00 379,77 75.954,00 0,05% 99,67% 5 S 01 511 00 Compactação de aterros a 100% proctor normal m3 22.136,00 3,3 73.048,80 0,04% 99,71% Sonorizadores m 210,00 301,26 63.264,60 0,04% 99,75% 2 S 04 200 60 Corpo BSCC 2,00 x 2,00 m alt. 2,50 a 5,00 m AC/BC m 22,00 2.497,16 54.937,52 0,03% 99,79% 2 S 04 500 58 Dreno longit.prof. p/corte em solo - DPS 08 AC/BC m 240,00 161,62 38.788,80 0,02% 99,81% Regularização manual de talude m² 13.394,00 2,69 36.029,86 0,02% 99,83% Biomanta 400g/m² - RT 690 kgf/m m² 1.800,00 19,88 35.784,00 0,02% 99,85% 2 S 04 930 51 Caixa coletora de sarjeta - CCS 01 AC/BC und 20,00 1.682,18 33.643,60 0,02% 99,87% 2 S 04 201 52 Boca BSCC 2,00 x 2,00 m normal AC/BC und 2,00 14.081,20 28.162,40 0,02% 99,89% 2 S 03 940 00 Compactação manual m3 2.030,00 13,28 26.958,40 0,02% 99,91% 2 S 04 120 51 Corpo BTTC D=1,00 m AC/BC/PC m 12,00 2.118,63 25.423,56 0,02% 99,92% Biomanta 300g/m² - RT 650 kgf/m m² 2.160,00 9,16 19.785,60 0,01% 99,93% 5 s 05 102 00 Hidrossemeadura m² 18.555,00 1,03 19.111,65 0,01% 99,94% Plantio de leguminosas m² 3.000,00 5,96 17.880,00 0,01% 99,95% Reflorestamento unid. 470,00 24,5 11.515,00 0,01% 99,96% Adubação de solo com adição de calcário e matéria orgânica m² 3.000,00 3,39 10.170,00 0,01% 99,97% 2 S 04 950 99 Dissipador de energia - DED 01 AC/BC und 30,00 306,7 9.201,00 0,01% 99,97% 2 S 04 940 53 Descida d'água tipo rap.canal retang.-dar 03 AC/BC m 70,00 125,89 8.812,30 0,01% 99,98% sebes ou paliçadas m² 400,00 21,42 8.568,00 0,01% 99,98% 2 S 04 121 51 Boca BTTC D=1,00 m normal AC/BC/PC und 2,00 3.797,97 7.595,94 0,00% 99,99% 2 S 04 100 53 Corpo BSTC D=1,00 m AC/BC/PC m 9,00 739,72 6.657,48 0,00% 99,99% 5 S 01 000 00 Supressão vegetal m² 14.201,00 0,37 5.254,37 0,00% 100,00% 2 S 04 101 53 Boca BSTC D=1,00 m normal AC/BC/PC und 2,00 2.089,12 4.178,24 0,00% 100,00% Barreira de geotextil m² 200,00 15,73 3.146,00 0,00% 100,00% Regularização mecanizada de talude m² 1.080,00 0,24 259,20 0,00% 100,00% Total 166.362.462,30

23 3.2.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Edital 039/2012-15, 20/4/2012, CONCORRÊNCIA, Obras do Crema 2ª Etapa, na BR- 316/MA, trecho: Div PA/MA - Entr. BR-226/343(A) (Div.MA/PI); subtrecho: Entr. BR-135 (B)/ MA- 020 (Peritoró) - Entr. BR-226/343 (A) (Div. MA/PI); km 424,60 - km 620,90. Estimativa do valor potencial de prejuízo ao erário: 1.522.980,27 3.2.4 - Causas da ocorrência do achado: Deficiência na fiscalização e aprovação do objeto. 3.2.5 - Critérios: Lei 8666/1993, art. 6º, inciso X; art. 7º, 2º, inciso II; art. 40, 2º, inciso II Lei 12465/2011, art. 125, caput 3.2.6 - Evidências: Composições dos serviços de brita graduada do projeto. Composições dos serviços de brita graduada do projeto recalculada. Orçamento do Edital 039_2012_15. Composição do serviço auxiliar de usinagem de brita graduada do Sicro 2 - Composição do serviço de usinagem de brita graduada do Sicro 2. 3.2.7 - Conclusão da equipe: Constatou-se um equívoco nas composições de custo unitário dos serviços de base e sub-base de brita graduada presentes no projeto do Edital 039/2012-15, que resultou num indício de sobrepreço de R$ 1.522.980,27 (julho/2011). Como o Dnit ainda não foi ouvido com relação a essa inconsistência, convém proceder sua oitiva para que se manifeste acerca do indício de sobrepreço nesses serviços, com base no artigo 250, inciso V do Regimento Interno do Tribunal. 3.3 - Estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira deficiente. 3.3.1 - Tipificação do achado: Classificação - grave com recomendação de continuidade (IG-C) Justificativa de enquadramento (ou não) no conceito de IG-P da LDO - O indício de irregularidade não se enquadra no disposto do art. 91, 1º, inciso IV da Lei 12.465/2011 (LDO 2012), tendo em vista que sua materialidade depende de estudos ausentes. 3.3.2 - Situação encontrada: