Tabela 5.1- Características e condições operacionais para a coluna de absorção. Altura, L Concentração de entrada de CO 2, C AG

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Transcrição:

5 Resultados Neste capítulo, são apresentados sob forma de tabelas os dados operacionais e as propriedades físico-químicas utilizados no processo de absorção CO 2 -MEA. Em seguida são apresentados a comparação e os resultados obtidos. Eles são mostrados por meio de figuras, considerando diferentes condições de entrada do fluxo de líquido e do fluxo de gás, e as principais grandezas que influenciam no processo. 5.1 Dados Operacionais e Físicos Químicos Na Tabela 5.1 são mostradas as principais características e condições operacionais de uma coluna de absorção, baseadas em Akanksha et al., (2007). As propriedades físico-químicas utilizada nas simulações encontram-se na Tabela 5.2, com suas correspondentes referências. Tabela 5.1- Características e condições operacionais para a coluna de absorção Parâmetro Valor Diâmetro, D 0,014 m Altura, L 1 m Concentração de entrada de CO 2, C AG 12%mol Temperatura da solução 298 K Pressão 101,32 kpa Concentração de entrada de MEA, C B 30% em peso Faixa de velocidade de líquido 0,02 a 0,055 m/s Faixa de velocidade de gás w G 0,11 a 0,35 m/s Faixa de Número de Reynolds do gás R eg 115 a 350 Faixa de Número de Reynolds do líquido R el 4 a 32

Capítulo 5. Resultados 62 Tabela 5.2- Propriedades físico-químicos utilizados no sistema CO 2 -MEA Dado Valor Referência Densidade, L 1010 kg/m 3 Akanksha Viscosidade, L 2,41x10-3 kg/m.s Akanksha Condutividade térmica de líquido, k 0,4837 W/m.K Akanksha Tensão superficial, 55,1x10-3 N/m Akanksha Difusividade do CO 2 líquido, D A 1,42x10-9 m 2 /s Akanksha Difusividade de MEA, D B 1,10x10-9 m 2 /s Akanksha Difusividade do CO 2 gás, D G 1,67x10-5 m 2 /s Akanksha Densidade da mistura de gás, G 1,248 kg/m 3 Akanksha Viscosidade da mistura de gás, G 1,72x10-5 kg/m.s Akanksha Constante de Henry, H o 0,316x10-3 kg/m.s Akanksha Calor de reação, H R 65x10 6 J/kmol Akanksha Calor de solução, H S 19,5x10 6 J/kmol Akanksha Coeficiente global de transferência de Ludwing 204,417 W/m 2 K calor da água de refrigeração, U Temperatura de água refrigeração, T R 298 K Johnson Número de Nusselt, Nu 3,66 Kolev Condutividade térmica da mistura de Reid 2,4162 W/m.K gases, G Capacidade térmica molar da mistura, C G 30,1 J/kmol K Warren Capacidade de térmica do líquido, C p 36,8 x10 5 J/m 3 K Kohl 5.2 Validação de Modelo A maioria das configurações utilizadas no processo de absorção de CO 2 foi baseada no trabalho de Akanksha et al., (2007). Visando comparar os resultados obtidos no presente trabalho com os dados da literatura, selecionou-se os trabalhos experimental e numérico deles. Nas Figuras 5.1 e 5.2, são comparados os resultados obtidos neste trabalho como os resultados experimentais e simulados apresentados por Akanksha et al.,

R A (kg/s) R A (kg/s) Capítulo 5. Resultados 63 (2007). 3,0x10-5 Dados experimentais de Akanksha Simulado por Akanksha Simulado neste trabalho 2,0x10-5 1,0x10-5 0,0 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 Velocidade de gلs(m/s) Figura 5.1- Comparação da taxa de absorção de CO 2 (R A ) com os dados experimentais e simulados por Akanksha et. al, (2007) para =0,0412m/s. 3,0x10-5 Dados experimentais de Akanksha Simulado por Akanksha Simulado neste trabalho 2,0x10-5 1,0x10-5 0,0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 Velocidade de líquido (m/s) Figura 5.2- Comparação da taxa de absorção de CO 2 (R A ) com os dados experimentais e simulados por Akanksha et. al, (2007) para u G =0,3467m/s. Uns dos testes realizados para a comparação fez-se variando a velocidade do gás e mantendo-se constante a velocidade do líquido. O resultado obtido é a taxa de absorção que é apresentado na Figura 5.1, verifica-se que os resultados do presente trabalho estão mais afastados dos dados experimentais do que os

(m/s) Capítulo 5. Resultados 64 resultados numéricos de Akanksha. Por outro lado, observa-se na Figura 5.1 que a quantidade de CO 2 absorvido cresce mais rapidamente comparado com a Figura a 5.2, na medida em que se aumenta a velocidade de gás. Outro resultado da taxa de absorção variando-se a velocidade do líquido e mantendo-se constante a velocidade do gás é apresentada na Figura 5.2. Mostra-se que os resultados obtidos estão mais próximos aos dados experimentais do que os resultados numéricos de Akanksha. 5.3 Perfis de Velocidades do Líquido Da solução da equação de quantidade de movimento linear, obtêm-se os perfis de velocidades do filme líquido na direção z, apresentando a velocidade mínima na parede e a máxima na interface gás líquido. Conforme as Figuras 5.3 e 5.4. 8,0x10-2 =0,412m/s e u G =0,11m/s 6,0x10-2 =0,412m/s e u G =0,35m/s 4,0x10-2 2,0x10-2 0,0 0,0 5,0x10-5 1,0x10-4 1,5x10-4 2,0x10-4 x (m) Figura 5.3- Perfil de velocidades do filme líquido para o primeiro caso O primeiro caso da simulação foi obtido variando-se a velocidade do gás e mantendo-se constante a velocidade do líquido. Na Figura 5.3 têm-se os perfis de velocidades do filme líquido, e observa-se que para o valor mínimo e máximo da velocidade do gás, os perfis de velocidade do líquido são bem semelhantes, e vêse também, a espessura do filme líquido é aproximadamente igual.

(m/s) Capítulo 5. Resultados 65 1,0x10-1 =0,02m/s e u G =0,3467m/s 8,0x10-2 =0,055m/s e u G =0,3467m/s 6,0x10-2 4,0x10-2 2,0x10-2 0,0 0,0 5,0x10-5 1,0x10-4 1,5x10-4 2,0x10-4 2,5x10-4 x (m) Figura 5.4- Perfis de velocidades do filme líquido para o segundo caso Na Figura 5.4 apresenta-se o segundo caso da simulação variando-se a velocidade do líquido e mantendo-se constante a velocidade do gás. Observa-se que para o valor mínimo e máximo da velocidade do líquido, os perfis de velocidade do filme líquido são bem distintos, em contrapartida, a espessura do filme para a velocidade máxima do líquido é bem maior do que para a velocidade mínima do líquido. 5.4 Perfis da Região do Líquido Variando a Velocidade do Gás Os resultados obtidos variando a velocidade do gás e mantendo-se constante a velocidade do líquido são mostrados nas Figuras de 5.5 a 5.10. Elas representam o comportamento das grandezas ao longo da coluna de absorção, por exemplo, temperatura do filme líquido, concentração de CO 2 absorvido e a concentração de MEA.

Capítulo 5. Resultados 66 Figura 5.5- Variação da temperatura na região do líquido ao longo da coluna para u G =0,11m/s e =0,0412m/s Figura 5.6- Variação da temperatura na região líquido ao longo da coluna para u G =0,35m/s. e =0,0412m/s

Capítulo 5. Resultados 67 Nas Figuras 5.5 e 5.6, são apresentadas as variações da temperatura na região do líquido. Em ambas a temperatura aumenta ao longo da coluna, na direção z do topo para o fundo, e na direção x da parede para a interface gáslíquido. Na parede, a temperatura é menor do que na interface, devido ao esfriamento da MEA com a água de resfriamento que circula na camisa externa da coluna. Na interface, há troca de calor da região do gás para a região do líquido e troca de calor pela reação química que ocorre próxima da zona da interface. Observa-se também, nas duas Figuras, que quanto maior o fluxo de gás, maior é o aumento de temperatura da MEA. Figura 5.7- Variação da concentração de CO 2 absorvido na região do líquido ao longo da coluna para u G =0,11m/s. e =0,0412m/s Nas Figuras 5.7 e 5.8, são mostradas as variações da concentração de CO 2 absorvido em MEA. Observando-se que toda a concentração de CO 2 concentra-se na zona próxima à interface. O aumento da concentração ocorre na direção z do topo para o fundo da coluna das duas Figuras. Quanto maior for o fluxo de gás maior sera a quantidade de CO 2 absorvido em MEA. Nota-se também que entre as duas Figuras há uma variação brusca da concentração no topo da coluna.

Capítulo 5. Resultados 68 Figura 5.8- Variação da concentração de CO 2 absorvido na região do líquido ao longo da coluna para u G =0,35m/s. e =0,0412m/s Figura 5.9- Variação da concentração de MEA na região do líquido ao longo da coluna para u G =0,11m/s e =0,0412m/s

Capítulo 5. Resultados 69 Figura 5.10- Variação da concentração de MEA na região do líquido ao longo da coluna para u G =0,35m/s e =0,0412m/s As variações da concentração de MEA são mostradas nas Figuras 5.9 e 5.10. A concentração de MEA na zona próxima a parede, diminui lentamente do topo para o fundo da coluna, enquanto na interface, ocorre um decréscimo acentuado especificamente próximo ao fundo da coluna. Para baixos fluxos de gás, a queda não é tão pronunciada, como se pode distinguir nas duas Figuras. Tem-se também que o decréscimo da concentração de MEA aumenta nas zonas de maior temperatura 5.5 Perfis da Região do Líquido Variando a Velocidade do Líquido Neste caso, mantendo-se constante a velocidade do gás como mostradas nas Figuras de números 5.11 a 5.16 é apresentado o comportamento das grandezas ao longo da coluna de absorção, tais como: temperatura, concentração de CO 2 absorvido e concentração de MEA.

Capítulo 5. Resultados 70 Figura 5.11- Variação da temperatura na região do líquido ao longo da coluna para =0,02m/s e u G =0,3467m/s Figura 5.12- Variação da temperatura na região do líquido ao longo da coluna para =0,055m/s e u G =0,3467m/s

Capítulo 5. Resultados 71 Nas Figuras 5.11 e 5.12 mostram-se os resultados das variações da temperatura na região do líquido. Neste caso, o comportamento das variações é análogo às Figuras 5.5 e 5.6, já obtidas variando a velocidade do gás. A diferença deste caso, é que há maior aquecimento do filme líquido devido ao uso da velocidade máxima do gás na simulação. Figura 5.13- Variação da concentração de CO 2 absorvido na região do líquido ao longo da coluna para =0,02m/s e u G =0,3467m/s. Nas Figuras 5.13 e 5.14, são mostrados os resultados do comportamento de CO 2 absorvido em MEA. O comportamento da concentração de CO 2 absorvido é similar ao obtido variando-se a velocidade do gás ilustrado nas Figuras 5.7 e 5.8. Observa-se que no topo da coluna, não há variação brusca da concentração conforme as Figuras 5.13 e 5.14, diferentemente do que ocorre quando se varia a velocidade do gás, mostrado nas Figuras 5.7 e 5.8.

Capítulo 5. Resultados 72 Figura 5.14- Variação da concentração de CO 2 absorvido na região do líquido ao longo da coluna para =0,055m/s u G =0,3467m/s Figura 5.15- Variação da concentração de MEA na região do líquido ao longo da coluna, para =0,02m/s e u G =0,3467m/s.

Capítulo 5. Resultados 73 Na Figura 5.15, pode-se observar que, para velocidade de líquido muito baixo, a concentração de MEA decresce de forma quase uniforme em toda a espessura do filme e ao longo da coluna, o que não ocorre quando a velocidade do líquido é aumentada, como mostrado na Figura 5.16. Neste caso, o comportamento do resultado é semelhante aos encontrados nas Figuras 5.9 e 5.10. Dessa forma, variando-se a velocidade do líquido, o comportamento da concentração de MEA varia bruscamente na zona próxima a parede. Figura 5.16- Variação de concentração de MEA na região do líquido ao longo da coluna, para =0,055m/s e u G =0,3467m/s. 5.6 Perfis da Região de Gás Na região do gás apresenta-se os perfis da concentração de gás CO 2, da temperatura de gás e as porcentagens de CO 2 absorvido, simulados para os dois casos. O primeiro variando-se a velocidade do gás, e mantendo-se constante a velocidade do líquido e, em seguida, o segundo caso variando-se a velocidade do líquido e mantendo-se constante a velocidade do gás

C AG (kmol/m 3 ) C AG (kmol/m 3 ) Capítulo 5. Resultados 74 8,0x10-3 u G =0,11m/s 6,0x10-3 u G =0,20m/s u G =0,25m/s u G =0,30m/s u G =0,35m/s 4,0x10-3 2,0x10-3 0,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 z (m) Figura 5.17- Perfis da concentração de CO 2 ao longo da coluna para =0,0412m/s e variando a velocidade de gás 8,0x10-3 =0,02m/s 6,0x10-3 =0,03m/s =0,04m/s =0,05m/s =0,55m/s 4,0x10-3 2,0x10-3 0,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 z (m) Figura 5.18- Perfis da concentração de CO 2 ao longo da coluna, para u G =0,3467m/s e variando a velocidade de líquido. Nas Figuras 5.17 e 5.18 são apresentados os resultados das variações da concentração de CO 2 na região de gás ao longo da coluna. Os resultados do

T G (K) Capítulo 5. Resultados 75 primeiro caso, são apresentados na Figura 5.17, mostrando-se os perfis da concentração para diferentes velocidades de gás, observa-se que a concentração começa a diminuir no momento em que o gás entra em contato em contracorrente com a MEA. Conforme se avança na direção z a queda da concentração vai se tornando invariável, especialmente próximo ao topo da coluna. Nas curvas mostradas, mantêm-se a velocidade de líquido constante e varia-se a velocidade de gás para cada curva. Para a menor velocidade de gás, obtém-se a maior queda da concentração, enquanto para a maior velocidade de gás tem-se a menor queda. Dessas curvas obteve-se a maior taxa de transferência de massa de CO 2 de 1,1545x10-5 kg/s para velocidade do gás (u G =0,035m/s) e a menor taxa de 5,102x10-6 kg/s para velocidade de gás (u G =0,11 m/s). Os resultados do segundo caso da simulação são apresentados na Figura 5.18 O comportamento é semelhante entre as curvas, o que não acorre na simulação do primeiro caso. A variação da taxa de transferência de massa é menor quando comparando com o primeiro, uma vez que a taxa de transferência de massa é da ordem de 1,50x10-5 kg/s. 325 u G =0,11m/s 320 315 u G =0,20m/s u G =0,25m/s u G =0,30m/s u G =0,35m/s 310 305 300 295 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 z (m) Figura 5.19- Perfis da temperatura na região do gás ao longo da coluna, para =0,0412m/s e variando a velocidade de gás.

T G (K) Capítulo 5. Resultados 76 325 =0,020m/s 320 315 =0,030m/s =0,040m/s =0,050m/s =0,055m/s 310 305 300 295 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 z (m) Figura 5.20- Perfis da temperatura na região do gás ao longo da coluna, para u G =0,3467m/s e variando a velocidade de líquido. Nas Figuras 5.19 e 5.20 são apresentadas as variações da temperatura de CO 2 na região do gás ao longo da coluna. Na primeira Figura é evidenciada a influencia da variação da velocidade de gás nos perfis da temperatura. Para a menor velocidade de gás, há maior troca de calor entre a região de gás é a região de líquido, e para a maior velocidade de gás ocorre o contrário Na Figura 5.20 tem-se a influencia da variação da velocidade de líquido nos perfis da temperatura. Conforme se aumenta a velocidade de líquido resfriamos mais o a corrente gasosa. Na Tabela 5.1 encontram-se as porcentagens de CO 2 absorvido nos dois casos de estudo, calculados pelas concentrações de CO 2 no fundo e no topo da coluna. Tabela 5.3- Porcentagens de CO 2 absorvido %C0 2 Absorvido para =0,0412 m/s (caso primeiro) u G =0,11 m/s u G =0,20 m/s u G =0,25 m/s u G =0,30 m/s u G =0,35 m/s 99,69 98,36 97,31 96,13 94,88 %C0 2 Absorvido para u G =0,3467 m/s (caso segundo) =0,020 m/s =0,030 m/s =0,040 m/s =0,050 m/s =0,055 m/s 95,82 95,39 95,01 94,67 94,51