Análise do Desempenho. 2º Trimestre de Relações com Investidores

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Transcrição:

Análise do Desempenho 2º Trimestre de 2002 Relações com Investidores

Ambiente Econômico No primeiro semestre, a confiança dos investidores no mercado financeiro, já fragilizada pelo lento crescimento das economias avançadas, deteriorou-se ainda mais com as notícias de irregularidades nos balanços de grandes empresas norteamericanas. O agravamento da aversão ao risco gerou movimentos de baixa nas principais bolsas do mundo, acelerou a desvalorização do dólar frente ao euro e ao iene e deprimiu os preços dos títulos dos países emergentes negociados no mercado internacional. Além desses fatores, a proximidade das eleições e a expectativa de mudanças na condução da política econômica do próximo governo também contribuíram para elevar o risco-brasil que fechou o semestre em 1.527 pontos, 665 pontos base acima dos apresentados no início de janeiro de 2002. A despeito das condições adversas, as captações externas realizadas por instituições financeiras brasileiras, incluindo a operação de US$ 300 milhões do Banco do Brasil, classificada em nível de segurança máxima (AAA) pelas agências internacionais Moody s e Standard & Poor s, não foram contagiadas pela elevação do risco soberano. A cotação da moeda brasileira, no final de junho, atingiu R$ 2,84/dólar, ante R$ 2,32 de dezembro de 2001 (variação nominal de 22,4%). A desvalorização cambial pressionou a inflação. A variação acumulada em doze meses pelo IPCA atingiu, no final de junho, o percentual de 7,7%, influenciada principalmente pela alta dos preços administrados por contratos e monitorados. Assim, o Banco Central interrompeu a flexibilização da política monetária, mantendo a taxa SELIC em 18,5% ao ano, a partir de abril. Diante desse cenário de nível de atividade lento, redução dos rendimentos reais, juros altos e alta volatilidade dos indicadores, o custo das operações de crédito aumentou, exigindo dos bancos maior atenção no gerenciamento de seus ativos e passivos. % 2T01 1T02 2T02 1S01 1S02 Dólar Ptax Venda 6,6 0,1 22,4 17,9 22,4 IGPDI Acumulado 3,1 0,6 3,7 4,7 4,3 IGPM Acumulado 2,9 0,7 3,0 4,3 3,7 Selic Acumulado 3,8 4,3 4,3 7,6 9,3 TR Acumulado 0,6 0,6 0,7 0,9 1,4 3

Demonstrações Contábeis Balanço Patrimonial Consolidado Legislação Societária jun/01 mar/02 jun/02 s/ jun/01 S/ mar/02 Circulante e Realizável a Longo Prazo 142.389 164.131 165.421 16,2 0,8 Disponibilidades 3.339 7.157 7.353 120,2 2,7 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 5.966 9.562 4.875-18,3-49,0 Títulos e Valores Mobiliários 49.885 64.925 68.591 37,5 5,6 Títulos Disponíveis para Negociação 0 0 3.325 - - Títulos Disponíveis para Venda 0 0 40.377 - - Títulos Mantidos até o Vencimento 0 0 24.542 - - Derivativos 0 0 346 - - Relações Interfinanceiras 8.947 11.298 11.011 23,1-2,5 Relações Interdependências 47 227 227 383,0 0,0 Operações de Credito 36.394 42.802 46.473 27,7 8,6 Setor Publico 4.014 4.239 4.853 20,9 14,5 Setor Privado 34.444 41.025 44.311 28,6 8,0 (Provisão Para Créditos de Liquidação duvidosa) -2.064-2.462-2.691 30,4 9,3 Operações de Arrendamento Mercantil 98 64 70-28,6 9,4 Operações de Arrendamento e Subarrendamento a Receber 512 476 480-6,3 0,8 (Rendas A Apropriar de Arrendamento Mercantil) -399-394 -389-2,5-1,3 (PCLD de Arrendamento Mercantil) -15-18 -21 40,0 16,7 Outros Créditos 37.327 27.832 26.578-28,8-4,5 Créditos por Avais e Fianças Honrados 31 29 26-16,1-10,3 Carteira de Cambio 7.866 7.047 8.377 6,5 18,9 Rendas a Receber 394 260 308-21,8 18,5 Negociação e Intermediação de Valores 174 503 81-53,4-83,9 Créditos específicos 8.762 2.814 420-95,2-85,1 Operações especiais 4 4 4 0,0 0,0 Crédito Tributário 12.354 11.906 11.832-4,2-0,6 Diversos - Demais 8.269 5.672 5.796-29,9 2,2 (Provisão Para outros Créditos de Liquidação duvidosa) -527-402 -266-49,5-33,8 Outros Valores e Bens 554 437 417-24,7-4,6 (Prov. para desvalorizações) -185-194 -196 5,9 1,0 Despesas Antecipadas 17 21 23 35,3 9,5 Permanente 4.355 4.460 4.489 3,1 0,7 Investimentos 1.190 1.333 1.369 15,0 2,7 Imobilizado de Uso 2.194 2.226 2.231 1,7 0,2 Imobilizado de Arrendamento 685 642 623-9,1-3,0 Diferido 286 259 266-7,0 2,7 Total do Ativo 146.743 168.591 169.910 15,8 0,8 4

Demonstrações Contábeis Balanço Patrimonial Consolidado Legislação Societária Passivo / Patrimônio Líquido Jun/01 mar/02 jun/02 s/ jun/01 s/ mar/02 Circulante e Exigível a Longo Prazo 138.513 159.398 161.838 16,8 1,5 Depósitos 71.264 78.627 79.710 11,9 1,4 Depósitos à Vista 15.060 17.237 18.319 21,6 6,3 Depósitos de Poupança 20.609 21.614 22.639 9,9 4,7 Depósitos Interfinanceiros 4.249 4.454 5.165 21,6 16,0 Depósitos a Prazo 31.345 35.322 33.588 7,2-4,9 Captações no Mercado Aberto 29.520 39.341 37.508 27,1-4,7 Recursos de Aceites e emissão de Títulos 1.194 1.132 831-30,4-26,6 Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no exterior 1.194 1.132 831-30,4-26,6 Relações Interfinanceiras 2.915 2.882 2.801-3,9-2,8 Relações Interdependências 630 782 915 45,2 17,0 Obrigações por Empréstimos 6.608 8.931 10.925 65,3 22,3 Empréstimos no Exterior 6.608 8.931 10.925 65,3 22,3 Obrigações por Repasses do Pais - Instituições oficiais 5.274 4.763 4.705-10,8-1,2 Tesouro nacional 562 764 813 44,7 6,4 BNDES 1.847 2.259 2.343 26,9 3,7 CEF 0 0 0 - - Finame 1.459 1.716 1.435-1,6-16,4 Outras Instituições 1.406 24 114-91,9 375,0 Obrigações Por Repasses do exterior 2 2 2 0,0 0,0 Instrumentos Fin. Derivativos 0 0 704 - - Outras obrigações 21.107 22.938 23.737 12,5 3,5 Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados 729 1.059 1.526 109,3 44,1 Cart. de Cambio 4.295 2.699 2.486-42,1-7,9 Sociais e estatutárias 100 6 390 290,0 6.400,0 Fiscais e Previdenciárias 711 864 910 28,0 5,3 Negociação e Interm. de Valores 516 2.164 2.159 318,4-0,2 Fundos Financeiros e de desenvolvimento 1.736 1.773 1.841 6,0 3,8 Oper. especiais 2 2 2 0,0 0,0 Diversas 10.039 10.788 14.422 43,7 33,7 Passivo Atuarial 5.658 4.980 5.034-11,0 1,1 Dívida Subordinada 2.977 3.583 3.795 27,5 5,9 Demais 1.404 2.226 5.592 298,3 151,2 Resultados de exercícios Futuros 38 94 87 128,9-7,4 Patrimônio Liquido 8.192 8.749 7.984-2,5-8,7 Capital 5.587 7.436 7.436 33,1 0,0 Reservas de Capital 5 5 5 0,0 0,0 Reservas de Reavaliação 33 35 35 6,1 0,0 Reservas de Lucros 2.567 1.274 2.180-15,1 71,1 Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos 0 0-1.670 - - Contas de Resultado 0 349 0 - -100,0 Total Passivo 146.743 168.591 169.910 16,3 1,2 5

Demonstração do Resultado Legislação Societária Fluxo no Trimestre Var. % Semestre 2T01 1T02 2T02 s 2T01 s 1T02 1S01 1S02 Var.% Receitas da Intermediação Financeira 4.827 5.715 9.412 95,0 64,7 8.822 15.128 71,5 Oper. de Crédito 2.653 2.810 3.603 35,8 28,2 5.097 6.413 25,8 Oper. de Arrend. Mercantil 28 27 27-3,6 0,0 54 54 0,0 Result. de Oper. TVM 1.201 2.372 3.196 166,1 34,7 2.127 5.568 161,8 Result. Instr. Financ. Derivativos -615-615 Result. de Oper. de Câmbio 702 157 2.780 296,0 1.670,7 1.099 2.937 167,2 Result. das Aplic. Compulsórias 242 349 422 74,4 20,9 444 771 73,6 Despesas de Intermediação Financeira -3.197-3.839-8.039 151,5 109,4-6.780-11.878 75,2 Oper. de Captação no Mercado -2.191-2.798-2.978 35,9 6,4-4.241-5.776 36,2 Oper. Emprést., Cessões e Repasses -1.143-448 -4.337 279,4 868,1-2.003-4.786 138,9 PCLD 137-593 -723-627,7 21,9-537 -1.317 145,3 Result. Bruto da Intermed. Financeira 1.629 1.876 1.374-15,7-26,8 2.041 3.250 59,2 Outras Rec. / Desp. Operacionais -1.431-1.222-638 -55,4-47,8-1.681-1.860 10,6 Receitas de Prestação de Serviços 919 1.029 1.138 23,8 10,6 1.797 2.167 20,6 Despesas de Pessoal -1.316-1.296-1.324 0,6 2,2-2.610-2.620 0,4 Outras Despesas Administrativas -884-887 -936 5,9 5,5-1.788-1.823 2,0 Despesas Tributárias -156-194 -180 15,4-7,2-309 -374 21,0 Result. Particip. Colig. e Controladas 582-20 1.005 72,7-5.125,0 1.440 985-31,6 Outras Receitas Operacionais 815 546 239-70,7-56,2 1.523 784-48,5 Outras Despesas Operacionais -1.391-399 -580-58,3 45,4-1.733-979 -43,5 Result. Operacional 198 655 735 271,2 12,2 361 1.390 285,0 Result. não Operacional 12 31 11-8,3-64,5 37 42 13,5 Result. antes da Tributação sobre o Lucro 210 686 746 255,2 8,7 397 1.432 260,7 Imposto de Renda e Contribuição Social -24-337 -195 712,5-42,1-74 -532 618,9 Participações Estatutárias no Lucro -19 0-77 305,3 - -19-77 305,3 Lucro Líquido 167 349 474 183,8 35,8 304 823 170,7 O Banco do Brasil encerrou o 2º trimestre de 2002 com lucro líquido de R$ 474 milhões, valor 183,8% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. O patrimônio líquido totalizou R$ 7.984 milhões e a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio foi de 24,1% no trimestre. O lucro líquido acumulado no semestre atingiu a marca recorde de R$ 823 milhões. Com base nesse desempenho, o BB destinou remuneração de R$ 307 milhões aos seus acionistas, sob a forma de dividendos. Desde junho de 2001, após a implementação do Programa de Fortalecimento, o Banco do Brasil vem apresentando seqüência de resultados favoráveis e consistentes. A expansão equilibrada da carteira de crédito, o crescimento constante da base de clientes, a austeridade no controle de despesas e a redução dos níveis de 6

exposição do Conglomerado a risco têm sido fundamentais para garantir o crescimento sustentado dos resultados da Instituição. O BB continua a ser líder no crédito no País. Em junho de 2002, a carteira de crédito do Banco do Brasil totalizou R$ 57 bilhões com crescimento de 18,4% sobre o mesmo período do ano anterior. O Banco também é o primeiro no ranking nacional em volume de ativos, com R$ 170 bilhões, aumento de 15,8% em relação a junho de 2001, em captações, com saldo de R$ 117 bilhões, evolução de 16,3% em relação ao 1º semestre de 2001 e na administração de recursos de terceiros, com R$ 63,6 bilhões, market share de 17,2% do mercado brasileiro. A atuação da Empresa a partir dos pilares negociais Varejo, Atacado e Governo fortalece o vínculo com os clientes. Com essa estruturação, o Banco do Brasil se aproxima das melhores práticas de mercado, conferindo maior autonomia negocial e administrativa às áreas responsáveis pelos segmentos de mercado e integrando a gestão de produtos, clientes e canais de distribuição. O Banco encerrou o semestre consolidando a posição de maior banco de varejo do País. Os 14,5 milhões de clientes contam com cerca de nove mil pontos de atendimento. Os produtos e serviços do BB são oferecidos por meio da maior rede de auto-atendimento da América Latina. São aproximadamente 33 mil terminais distribuído por mais de 2.700 cidades no País. No 2º trimestre de 2002 as receitas com operações de crédito totalizaram R$ 3.603 milhões, valor 35,8% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Evolução baseada no foco em operações Comerciais e de Atacado. Em junho de 2001, essas operações respondiam por 51,1% da volume do crédito no país, crescendo para 54,5% de participação em junho de 2002. A nova configuração da carteira de títulos do Banco e o comportamento da Selic e do câmbio possibilitaram o incremento de 166,1% no Resultado de Títulos e Valores Mobiliários do 2º trimestre do 2002 contra o mesmo período do ano anterior. As Receitas de Prestação de Serviços do 2º trimestre de 2002 apresentaram-se 23,8% superiores às registradas no 2º trimestre de 2001, possibilitando a evolução do índice de cobertura (RPS/Despesas de Pessoal) de 67,9% para 86%. Contribuíram para essa performance o crescimento das receitas de administração de fundos e a expansão das receitas de relacionamento com clientes. Do lado das despesas, o Banco também mostra progressos. As Despesas de Pessoal do 2º trimestre de 2002 ficaram praticamente estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior. As Outras Despesas Administrativas do 2º trimestre de 2002, mesmo com expansão da rede de atendimento e da base de clientes, cresceram somente 5,9% em relação ao 2º trimestre de 2001. O crescimento das receitas de forma mais acelerada do que a evolução das despesas mostra-se evidente no comportamento do Índice de Eficiência. No 2º trimestre de 2001, este índice registrou 69,7%, melhorando para 60,9% no 2º trimestre de 2002. 7

Demonstração do Resultado Com realocações Fluxo no Trimestre Var. % Semestre 2º tri/01 1º tri/02 2º tri/02 s/ 2T01 s/ 1T02 1º sem/01 1º sem/02 Var.% A) Receitas da Intermediação Financeira 5.711 6.068 10.191 78,4 67,9 10.880 16.259 49,4 Operações de Crédito (7) 2.516 2.810 3.603 43,2 28,2 4.960 6.413 29,3 Operações de Arrendamento Mercantil 28 27 27-3,6 0,0 54 54 0,0 Resultado de Operações com Tit. Val. Mobiliários (1) 1.201 2.487 3.082 156,6 23,9 2.127 5.568 161,8 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos - - -615 - - -615 Resultado de Operações de Câmbio 702 157 2.780 296,0 1.670,7 1.099 2.937 167,2 Resultado das Aplicações Compulsórias 242 349 422 74,4 20,9 444 771 73,6 Ganho(Perda) Cambial sobre PL Financeiro no Exterior (5) 602-50 977 62,3-2.054,0 1.383 927-33,0 Outras Receitas Operacionais (2) e (3) 420 288-84 -120,0-129,2 813 205-74,8 B) Despesas da Intermediação Financeira -3.334-3.246-7.315 119,4 125,4-6.244-10.561 69,1 Operações de Captação no Mercado -2.191-2.798-2.978 35,9 6,4-4.241-5.776 36,2 Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses -1.143-448 -4.337 279,4 868,1-2.003-4.786 138,9 C) Margem Financeira Bruta 2.377 2.822 2.876 21,0 1,9 4.637 5.698 22,9 Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (6) -586-593 -591 0,9-0,3-1.260-1.184-6,0 D) Margem Financeira Líqüida 1.791 2.229 2.285 27,6 2,5 3.377 4.514 33,7 Receitas de Prestação de Serviços 919 1.029 1.138 23,8 10,6 1.797 2.167 20,6 Despesas Tributárias sobre Faturamento (4) -133-166 -152 14,3-8,4-246 -318 29,3 E) Margem de Contribuição 2.578 3.091 3.272 26,9 5,9 4.928 6.363 29,1 F) Despesas Administrativas -2.262-2.211-2.288 1,1 3,5-4.462-4.499 0,8 Despesas de Pessoal (8) -1.354-1.296-1.324-2,2 2,2-2.610-2.620 0,4 Outras Despesas Administrativas -884-887 -936 5,9 5,5-1.788-1.823 2,0 Outras Despesas Tributárias (4) -24-28 -28 16,7 0,0-63 -56-11,1 G) Resultado Comercial 316 881 983 211,1 11,6 467 1.864 299,1 H) Outros Componentes do Resultado -70-111 -230 228,6 107,2-20 -342 1.610,0 Outras Receitas Operacionais (2), (3) e (8) 390 257 323-17,2 25,7 705 580-17,7 Outras Despesas Operacionais (3) e (9) -440-399 -580 31,8 45,4-782 -979 25,2 Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (5) -20 31 27-235,0-12,9 57 58 1,8 I) Resultado Operacional 245 769 753 207,3-2,1 446 1.523 241,5 Resultado não Operacional 12 31 11-8,3-64,5 37 42 13,5 J) Resultado antes de Participações e IR e IE 258 800 764 196,1-4,5 483 1.565 224,0 Participações Estatutárias -19 0-77 305,3 - -19-77 305,3 Imposto de Renda e Contribuição Social -24-337 -195 712,5-42,1-74 -532 618,9 K) Resultado antes dos Itens Extraordinários 214 463 492 129,9 6,3 389 956 145,8 L) Itens Extraordinários -47-114 -18-61,7-84,2-85 -132 55,3 Reversão não recorrente de provisão para risco de crédito (6) 967 0 0-100,0-967 0-100,0 Provisão extraordinária para risco de crédito (6) -244 0-132 -45,9-244 -132-45,9 Excedente de Ganho Cambial - - - - - - - - Efetivação de rendas de operações de crédito-medidas de 137 0 0-100,0-137 0-100,0 Ajustes (7) Complemento de 50% sobre Contribuição à Previ (8) 44 0 0-100,0-6 0-100,0 Outras provisões (9) -951 0 0-100,0 - -951 0-100,0 Reversão não recorrente de provisão para ajuste de títulos (1) - -114 114 - -200,0 - - - M) Lucro Líquido 167 349 474 183,8 35,8 304 823 170,7 8

Análise do Resultado Realocado A seguir, são explicitados os ajustes realizados na Demonstração do Resultado para obtenção da DRE realocada. Esclarecemos que esses ajustes não alteram o resultado final, pois objetivam tão somente dispor, de maneira mais coerente, os itens de despesas e receitas, respeitando a dinâmica do desempenho de uma instituição financeira. Basicamente os ajustes procuraram: a) permitir que a margem financeira registrada no período reflita efetivamente o ganho de todos os ativos rentáveis, buscando informar ao mercado qual é o spread obtido pela divisão dessa margem pelo Ativo, exceto o Permanente. Para isso foi necessário: integrar na Margem Financeira aquelas rendas contabilizadas em Outras Receitas Operacionais, mas com características de intermediação, provenientes de ativos rentáveis registrados no grupamento de Outros Créditos do Balanço; identificar em item específico dentro da margem financeira o ganho/(perda) cambial, no período, sobre os ativos e passivos financeiros no exterior (PL Financeiro); manter na margem financeira valores relativos a reajustes cambiais negativos que foram contabilizados em outras receitas e despesas operacionais para evitar inversão de saldo de rubricas cujas naturezas são de intermediação financeira; b) segregar os impactos de eventos extraordinários, de modo a demonstrar o resultado recorrente do Banco no período. Receitas da Intermediação Financeira (1) Para manter a consistência e a comparabilidade, a provisão para desvalorização de Títulos e Valores Mobiliários no montante de R$ 114 milhões foi realocada. Esse valor foi provisionado no 1º trimestre de 2002 de acordo com o critério vigente antes da implementação da Circular BCB 3.068. Como esse procedimento sofreu reversão no trimestre seguinte, essa realocação devolveu ao RTVM do 1º trimestre de 2002 o valor da despesa efetuada e excluiu do RTVM do 2º trimestre de 2002 o valor da receita de reversão. As contrapartidas desses ajustes foram lançadas em itens extraordinários; (2) Realocação de Outras Receitas Operacionais com características de intermediação financeira (2º trimestre de 2001 R$ 420 milhões; 1º trimestre de 2002 R$ 247 milhões; 2º trimestre de 2002 R$ (42) milhões; 1º semestre de 2001 R$ 813 milhões; 1º semestre de 2002 R$ 205 milhões ) para o item Outras Receitas Operacionais dentro da apuração da margem financeira bruta; Fluxo no Trimestre Fluxo no Ano 2T01 1T02 2T02 1S01 1S02 Atualização da Dívida do INSS 1 210 - - 380 - Rendas de Créditos Específicos 178 215-74 363 141 Rendas de Outras Operações 32 32 32 70 64 Total 420 247-42 813 205 1 A dívida do INSS foi quitada em dezembro de 2001 com recebimento de títulos. A partir de janeiro de 2002, as receitas desses créditos passaram a compor a rubrica tvm. 9

(3) Realocação, para a Margem Financeira Bruta, de R$ 41 milhões no 1º trimestre de 2002 e R$ (41) milhões no 2º trimestre de 2002 contabilizados em Outras Receitas Operacionais. Realocação para a Margem Financeira Bruta de R$ 140 mil no 1º trimestre de 2002 e R$ (140) mil no 1º trimestre de 2002 contabilizados em Outras Despesas Operacionais. Os valores referem-se a reajuste cambial negativo de ativos e passivos financeiros, que não foi contabilizado nas respectivas contas de Despesas e Receitas da Intermediação Financeira para evitar inversão do saldo das rubricas contábeis, conforme normas do Banco Central; Despesas Tributárias (4) Foram realocados para compor a margem de contribuição R$ 133 milhões no 2º trimestre de 2001, R$ 166 milhões no 1º trimestre de 2002, R$ 152 milhões no 2º trimestre de 2002, R$ 246 milhões no 1º semestre de 2001 e R$ 318 milhões no 1º semestre de 2002 referentes a impostos (Pasep, Cofins, ISSQN) incidentes diretamente sobre o faturamento do Banco; Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (5) Realocação, para compor a margem financeira, do ganho cambial sobre PL Financeiro (ativos financeiros (-) passivos financeiros no exterior). Esse valor está contabilizado originalmente no item Resultado de Participações em Coligadas e Controladas (2º trimestre de 2001 R$ 602 milhões; 1º trimestre de 2002 R$ (50) milhões; 2º trimestre de 2002 R$ 977 milhões; 1º semestre de 2001 R$ 1.383 milhões; 1º semestre de 2002 R$ 927 milhões; ). O ajuste é necessário porque os ativos e passivos, após a consolidação, já não estão mais registrados no permanente e sim nos respectivos itens dentro do ativo e passivo circulante e realizável/exigível a longo prazo. Sem a realocação, o spread obtido pelos ativos menos o permanente fica indevidamente reduzido; Itens Extraordinários (6) no 2º trimestre de 2001 e no 2º trimestre 2002, em função de revisão da carteira de crédito, as provisões para risco de crédito foram reforçadas em R$ 244 milhões e R$ 132 milhões. Além disso no 2º trimestre de 2001 foram realocados R$ 967 milhões referentes à reversão de provisão das operações de crédito objeto do Programa de Fortalecimento; (7) no 2º trimestre de 2001, foram transferidos para Itens Extraordinários R$ 137 milhões contabilizados originalmente no item Operações de Crédito, referentes à efetivação de rendas das operações de crédito objeto do Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais. (8) no 2º trimestre de 2001, foram realocados R$ 6 milhões de Outras Receitas Operacionais e R$ 38 milhões de Despesas de Pessoal para Itens Extraordinários relativos à reversão da provisão contabilizada de dezembro de 2000 a março de 2001. Essa provisão estava sendo constituída conforme item 3 do fato relevante de 19 de dezembro de 2000 e referia-se a 50% da contribuição patronal que passou a ser feita à Previ desde a implantação da paridade em 16 de dezembro de 2000. O Banco decidiu reverter a provisão, em junho de 2001, por entender que a decisão do Diretor Fiscal, de 06 de abril de 2001, eliminava a justificativa de sua manutenção. 10

(9) segregação nos Itens Extraordinários de outras provisões extraordinárias contabilizadas originalmente, no 2º trimestre de 2001, em Outras Despesas Operacionais (R$ 111 milhões de revisão do passivo previdenciário, R$ 203 milhões de atualização de contingência fiscal e R$ 637 milhões de ajustes na carteira de títulos). 11

I. MARGEM FINANCEIRA BRUTA Fluxo no Trimestre Var. % Semestre 2º tri/01 1º tri/02 2º tri/02 s/ 2T01 s/ 1T02 1º sem/01 1º sem/02 Var.% A) Receitas da Intermediação Financeira 5.711 6.068 10.191 78,4 67,9 10.880 16.259 49,4 Operações de Crédito 2.516 2.810 3.603 43,2 28,2 4.960 6.413 29,3 Operações de Arrendamento Mercantil 28 27 27-3,6 0,0 54 54 0,0 Resultado de Operações com Tit. Val. Mobiliários 1.201 2.487 3.082 156,6 23,9 2.127 5.568 161,8 Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos - - -615 - - -615 Resultado de Operações de Câmbio 702 157 2.780 296,0 1.670,7 1.099 2.937 167,2 Resultado das Aplicações Compulsórias 242 349 422 74,4 20,9 444 771 73,6 Ganho(Perda) Cambial sobre PL Financeiro no Exterior 602-50 977 62,3-2.054,0 1.383 927-33,0 Outras Receitas Operacionais 420 288-84 -120,0-129,2 813 205-74,8 B) Despesas da Intermediação Financeira -3.334-3.246-7.315 119,4 125,4-6.244-10.561 69,1 Operações de Captação no Mercado -2.191-2.798-2.978 35,9 6,4-4.241-5.776 36,2 Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses -1.143-448 -4.337 279,4 868,1-2.003-4.786 138,9 C) Margem Financeira Bruta 2.377 2.822 2.876 21,0 1,9 4.637 5.698 22,9 Expansão dos Ativos Rentáveis A Margem Financeira Bruta do 2º trimestre de 2002 totalizou R$ 2.876 milhões, montante 21,0% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Essa performance é explicada pela melhoria da composição patrimonial em relação ao 2º trimestre de 2001. Os ativos rentáveis médios ganharam participação no ativo total médio, crescendo de 75,7% para 77,6%. Tal evolução foi impulsionada pelo crescimento da carteira de crédito, do volume de títulos e pela redução da participação do crédito tributário médio, que caiu de 8,5% no 2º trimestre de 2001 para 7,1% no 2º trimestre de 2002. Do lado das fontes, observa-se estabilidade na proporção de passivos onerosos médios sobre passivos totais médios. Evolução da Composição Patrimonial - % 26,3 31,6 24,3 29,9 23,6 28,4 21,3 28,8 22,2 29,0 22,4 29,0 73,7 68,4 75,7 70,1 76,4 71,6 78,7 71,2 77,8 71,0 77,6 71,0 1T01 2T01 3T01 4T01 1T02 2T02 Ativos Rentáveis Passivos Onerosos Demais Ativos* Demais Passivos** 12

Análise de Volume e Taxa A análise abaixo apresenta a abertura da contribuição das variações em volume de Ativos (-) Permanente e taxa de spread para a formação da Margem Financeira Bruta. Análise de Volume e Taxa 2º tri/01 2º tri/02 Var. abs. Comp. % Ativos (-) Permanente 141.231 163.072 21.842 Spread* 1,68326% 1,76375% 0,08050% Volume de 2T02 com taxa de 2T01 2.745 368 73,69 Volume de 2T01 com taxa de 2T02 2.491 114 22,79 Interseção volume e taxa 18 3,53 Margem Financeira Bruta 2.377 2.876 499 100,00 * Margem Financeira Bruta/Ativos (-) Permanente Se o volume médio de Ativos (-) Permanente do 2º trimestre de 2002 fosse aplicado à taxa de spread do mesmo período do ano anterior, o Banco teria um incremento de R$ 368 milhões na Margem Financeira Bruta. Por outro lado, mantendo o volume de Ativos (-) Permanente do 2º trimestre de 2001 e utilizando o spread do trimestre encerrado, observa-se um incremento de R$ 114 milhões na Margem. A combinação do crescimento de taxa e de volume gera uma contribuição de R$ 18 milhões. A análise mostra que o incremento de R$ 499 milhões na margem financeira deu-se predominantemente por meio da expansão do volume de aplicações. Análise de Volume e Taxa Ganho proveniente do aumento de taxa Ganho proveniente da combinação do aumento de taxa com o aumento de volume 2T02 2T01 1,76375 1,68326 114 18 Ganho proveniente do aumento de volume 2.377 368 141.231 163.072 2T01 2T02 13

Crescimento da Liquidez O estudo do gráfico abaixo revela significativo crescimento da liquidez. Em junho de 2001, a diferença entre os Ativos de Liquidez e os Passivos de Liquidez totalizava R$ 20.144 milhões, crescendo para R$ 29.572 milhões em junho de 2002. Ativos de Liquidez (-) Passivos de Liquidez * 21.076 20.144 18.250 26.391 29.644 29.572 mar/01 jun/01 set/01 dez/01 mar/02 jun/02 * Ativos de Liquidez = Disponibilidades + Aplic. Interfinanceiras de Liquidez + TVM TVM Vinculados ao Bacen Passivos de Liquidez = Depósitos Interfinanceiros + Captações no Mercado Aberto Mesmo com o crescimento de 34,0% dos Ativos de Liquidez, alavancado pelo recebimentos de títulos do Programa de Securitização e da dívida do INSS, a participação das operações de crédito no total de ativos apresentou incremento. Em junho de 2001, os ativos de crédito respondiam por 24,9% do total de ativos, evoluindo para 27,5% de participação em junho de 2002. Análise dos Ativos de Liquidez Saldos de final de período em jun/01 comp.% mar/02 comp.% jun/02 comp.% Ativos de Liquidez 53.913 36,7 73.439 43,6 72.245 42,7 Op. Crédito 36.493 24,9 42.865 25,4 46.542 27,5 Demais Ativos 56.337 38,4 52.286 31,0 50.425 29,8 Ativos Totais 146.743 100,0 168.591 100,0 169.213 100,0 14

Aumento da Taxa de Aplicação O comportamento dos indexadores dos ativos de liquidez do Banco, principalmente Selic e Dólar, conjugado com o foco em operações de crédito de maior rentabilidade proporcionaram o aumento da taxa de aplicação dos ativos (-) permanente médios do BB de 17,2% no 2º trimestre de 2001 para 27,4% no 2º trimestre de 2002 Taxa de Aplicação - % 2T01 1T02 2T02 1S01 1S02 Ativos Permanente 141.231 163.978 163.072 139.278 144.414 Receitas de intermediação financeira 5.711 6.068 10.191 10.880 16.259 Rec. Da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) 4,0 3,7 6,2 7,8 11,3 Rec. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) an. 17,2 15,6 27,4 16,2 23,8 Ativos de Liquidez: Disponibilidades em Moeda Estrangeira O volume médio das Disponibilidades em Moeda Estrangeira cresceu de R$ 2.306 milhões no 2º trimestre de 2001 para R$ 5.228 milhões no 2º trimestre de 2002. Esse movimento, conjugado com a variação de 22,4% do dólar no trimestre, possibilitou incremento de R$ 697 milhões nas rendas provenientes desses ativos. Saldos médios em 2T01 1T02 2T02 1S01 1S02 Disponibilidades em Moeda Estrangeira 2.306 4.926 5.228 2.062 5.077 Rendas com Disponibilidades em Moeda Estrangeira 481 13 1.178 761 1.192 Taxa Anualizada 113,47 1,09 125,46 87,35 52,45 Ativos de Liquidez: Aplicações Interfinanceiras e Títulos O resultado de Títulos e Valores Mobiliários apresentou crescimento absoluto de R$ 1.638 milhões. Contribuíram para essa variação o significativo crescimento do volume médio de TVM e Aplicações Interfinanceiras e a evolução da taxa de aplicação desses ativos. O crescimento no volume médio da carteira de títulos do 2º trimestre de 2002 em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior foi alavancado pela entrada de R$ 4,6 bilhões em títulos recebidos na quitação do débito do INSS junto ao BB (dezembro de 2001) e R$ 4 bilhões referentes ao recebimento da última tranche de títulos vinculados ao programa de securitização de dívidas rurais. Saldos médios em 2T01 1T02 2T02 1S01 1S02 Tít. e Val. Mobiliários e Aplic. Interfinanceiras 49.711 66.899 65.189 48.456 66.044 Res. Títulos e Valores Mobiliários s/hedge 1.444 2.487 3.082 2.853 5.568 Taxa Anualizada 12,14 15,72 20,29 12,12 17,57 15

A taxa de aplicação de Títulos e Valores Mobiliários e Aplicações Interfinanceiras evoluiu de 12,1% no 2º trimestre de 2001 para 20,3% no 2º trimestre de 2002. Esse movimento deve-se à trajetória ascendente da taxa Selic, principal indexador dos ativos de liquidez do Banco e ao novo perfil de rentabilidade alcançado pela carteira de títulos após o Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais realizado em junho de 2001. A oscilação desse indicador no 2º trimestre de 2002 foi de 4,3%, contra 3,8% no mesmo período do ano anterior. Além disso, cerca de 5% da carteira de títulos do Banco é composta por NTN-D e NBC-E, papéis indexados ao dólar. Indexadores da Carteira de Títulos jun/02 15,5% 2,7% 4,7% 9,7% 67,4% TMS IGP-M Dólar TR Demais Operações de Crédito O foco do Banco do Brasil nas operações de crédito Comerciais e de Varejo tem possibilitado a melhoria da taxa de aplicação do crédito. Em junho de 2001, o saldo dessas operações respondia por 51,1% do total das operações no país, enquanto as operações relacionadas ao Agronegócio detinham 29,8% de participação. Um ano depois, as operações Comerciais e de Varejo passaram a responder por 54,5% do volume de crédito no país, contra 27,6% de participação das operações do Agronegócio. A configuração atual da carteira possibilitou um incremento da taxa de aplicação de 24,6% no 2º trimestre de 2001 para 32,2% no 2º trimestre de 2002, o que resultou num crescimento de R$ 1.110 milhões nas receitas de crédito. Saldos médios em 2T01 1T02 2T02 1S01 1S02 Operações de Crédito + Leasing 41.571 44.561 47.873 41.081 41.255 Rec. Operações de Crédito + Leasing 2.349 2.651 3.459 4.639 6.110 Taxa Anualizada - % 24,59 26,00 32,19 23,86 31,81 16

Desde a implementação das medidas do Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais as operações de crédito do Banco tem apresentado configuração mais competitiva. A participação das operações ligadas ao Agronegócio diminuiu e o direcionamento estratégico do Banco mostrou-se mais evidente na predominância de operações Comerciais e de Varejo. Mix das Operações de Crédito Jun/01 Mar/02 Jun/02 15,2 4,0 25,9 14,6 2,9 2,8 24,6 15,2 25,7 29,8 25,2 28,4 29,4 27,6 28,8 Varejo Comercial Agronegócios Internacional Demais Operações de Crédito : Varejo No início deste ano as operações de crédito foram reclassificadas de acordo com os parâmetros da nova atuação mercadológica do Banco. Entre as mudanças, destacase a transferência das operações de BB Giro Rápido da carteira Comercial para a carteira de Varejo Ao final de junho de 2002, as operações de Varejo totalizaram R$ 12.182 milhões, respondendo por 25,7% do total de operações de crédito no país. O principal produto de Varejo, CDC (Crédito Direto ao Consumidor ), encerrou o mês de junho de 2002 com saldo de R$ 6,9 bilhões, crescimento de 15% em relação a junho do ano anterior. Essa linha é um dos melhores exemplos de crédito massificado e automatizado. Os clientes pessoa física com limite de crédito do BB possuem valores pré-aprovados para contratação desse produto. A liberação do crédito pode ser feita até mesmo na Internet ou nos Terminais de Auto Atendimento. O valor médio do contrato de CDC é de R$ 1,1 mil. Outro aspecto positivo das características do CDC está presente na sinergia gerada entre os pilares de Atacado e Varejo. Um dos focos do Atacado é a expansão dos convênios de folha de pagamento, que resulta num crescimento da base de clientes que recebem proventos pelo Banco. O BB possui modalidades de CDC especialmente direcionadas para esse público. Essas linhas, por terem suas prestações descontadas simultaneamente ao pagamento de salários, possuem risco de crédito reduzido. Em junho de 2002, essas operações representavam 36,9% do total do CDC. Operações de Varejo 6,7 6,9 R$ bilhões 6,0 1,9 2,0 2,0 1,4 1,4 1,1 0,8 0,9 1,0 0,8 0,8 0,9 CDC Cheque Especial BB Giro Rápido Cartões Demais jun/01 mar/02 jun/02 17

O BB Giro Rápido encerrou o período com saldo de R$ 1,4 bilhão, evolução de 27,3% em relação a junho de 2001. Essa linha de crédito faz parte do Programa Brasil Empreendedor, possui teto de R$ 50 mil e prazo máximo de 12 meses, com renovações automáticas e sucessivas. O produto é a solução de atendimento massificado em crédito para o segmento de micro e pequenas empresas. O gráfico abaixo mostra a estabilidade nas taxas de aplicação da carteira de Varejo. Taxa anualizada de aplicação no Varejo - % 58,2 60,6 61,6 63,1 61,3 61,2 1T01 2T01 3T01 4T01 1T02 2T02 Operações de Crédito : Comercial As operações Comerciais do Banco do Brasil encerraram o mês de junho de 2002 com saldo de R$ 13.650 milhões. Operações Comerciais R$ bilhões 5,8 5,2 3,7 0,9 2,0 1,7 2,7 2,6 1,4 1,2 1,4 1,5 0,0 1,8 1,8 Recebíveis Conta Garantida Investimento Capital de Giro - Outros Demais jun/01 mar/02 jun/02 O principal produto dessa carteira é o crédito baseado em recebíveis. Essas operações apresentaram crescimento de 56,8% em relação ao mês de junho de 2001 Essa expressiva evolução, mesmo num cenário restritivo de crédito, não prejudica a qualidade da carteira do Banco, visto que essa operações são auto-liquidáveis e possuem curto prazo. Das operações baseadas em recebíveis, os destaques são o desconto de cheques e o BB Vendor. O desconto de cheques, responsável por 39,5% do total de recebíveis, além de proporcionar o incremento das receitas com a tarifa de custódia, possui risco 18

de inadimplemento pulverizado, em função do baixo valor médio e dos prazos dos cheques negociados. O BB Vendor responde por 27,4% do total de recebíveis. É um produto direcionado principalmente para clientes do Pilar Atacado. Por meio do Vendor, a empresa recebe de imediato o valor de suas vendas parceladas e o Banco do Brasil se encarrega de cobrar do comprador, de acordo com prazos e taxas negociadas pela empresa. Algumas das vantagens para o cliente são a oportunidade de alavancar vendas e faturamento, a partir do oferecimento de maior prazo aos compradores, e a obtenção imediata de recursos. Algumas das vantagens para o Banco são o estreitamento do relacionamento com o cliente e a atuação na sua cadeia produtiva. A Conta Garantida destina-se ao suprimento de necessidade de capital de giro para médias e grandes empresas. O aprimoramento dos processos de análise de clientes e de operacionalização do produto possibilitou o crescimento de 122,2% nessas operações. O gráfico abaixo ilustra a evolução das taxas de aplicação da carteira comercial. As taxas registradas no 3º trimestre 2001 e no 2º trimestre de 2002 apresentam-se mais altas do que as demais devido a variações positivas do dólar nesses períodos. Taxa anualizada de aplicação no Crédito Comercial - % 25,9 28,0 33,8 22,5 26,4 38,3 1T01 2T01 3T01 4T01 1T02 2T02 Operações de Crédito: Agronegócios O Banco do Brasil é o principal agente financeiro da cadeia do agronegócio brasileiro e, a cada safra, o volume de recursos destinado aos seus integrantes é incrementado. Em junho de 2002, O saldo de operações de crédito de Agronegócios atingiu R$ 13.074 milhões, crescimento de 11,7% no ano. O principal produto dessa carteira é o custeio agropecuário, que, em junho de 2002, respondia por 39,8% do total. 5,3 5,0 5,2 4,0 3,6 3,4 Operações de Agronegócios R$ bilhões 0,6 0,7 0,8 0,5 0,5 0,4 0,6 0,8 0,5 0,4 0,4 0,4 1,4 1,4 1,5 Custeio Investimento Pronaf FCO - Fundo FCO - BB FCO - Comparti. Demais dez/01 mar/02 jun/02 19

O BB, ao administrar fundos e programas governamentais, além da relevância social, recebe remuneração compatível com o s custos operacionais e com os riscos envolvidos e garante o retorno sobre o patrimônio líquido estabelecido pelo Conselho de Administração. O gráfico abaixo mostra o histórico do recebimento de receitas a título de equalização de taxas. Receitas de Equalização de Taxas - 114 102 114 121 122 82 1T01 2T01 3T01 4T01 1T02 2T02 Câmbio: Ganho sobre PL Financeiro No Exterior e Outras Operações O ganho cambial sobre PL financeiro no exterior do 2º trimestre de 2002 totalizou R$ 977 milhões, valor 62,3% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. O comportamento desse item é fortemente relacionado à variação cambial. No 2º trimestre de 2001 o dólar teve oscilação positiva de 6,6%. O ganho de R$ 602 milhões registrado nesse período foi gerado numa configuração de PL no exterior diferente da atual. Até o final de junho de 2001, o Banco possuía cerca de US$ 3 bilhões em Bradies contabilizados em subsidiárias no exterior. 2 As receitas provenientes de outras operações de câmbio apresentaram crescimento absoluto de R$ 1.380 milhões. O expressivo aumento dessa conta é explicado pela variação cambial incidente em contratos de câmbio vinculados a operações de ACC/ACE. 2T01 1T02 2T02 1S01 1S02 ganho cambial s/ PL financeiro no exterior 602-50 977 1.383 927 outras operações de câmbio 221 144 1.601 339 1.745 2 Ao final de junho de 2001, no âmbito do Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais, os Bradies foram trocados por LTF e NTN-D, que passaram a ser contabilizados no balanço do Banco Múltiplo. 20

Captação O aumento observado na taxa de remuneração das fontes está relacionado à mudança de composição das captações de mercado e ao comportamento dos indexadores. Taxa de Captação - % 2T01 1T02 2T02 1S01 1S02 Ativos - Permanente 141.231 163.978 163.072 139.278 144.414 Despesas intermediação financeira 3.334 3.246 7.315 6.244 10.561 Desp. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) 2,4 2,0 4,5 4,5 7,3 Desp. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) an. 9,8 8,2 19,2 9,2 15,2 Captações de Mercado A presença do BB em todo o território nacional, a solidez da Instituição e a força da marca permitem ao Banco do Brasil a manutenção da liderança no volume de captações. No 2º trimestre de 2002, as captações de mercado alcançaram volume de R$ 117 milhões, montante 17,3% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Evolução da Captação 118,0 117,2 100,8 15,1 17,2 18,3 20,6 21,6 22,6 35,3 31,3 33,6 29,5 39,3 37,5 4,2 4,5 5,2 Depósitos Interfinanceiros Depósitos à Vista Depósitos de Poupança Depósitos a Prazo Captações no M ercado Aberto total jun/01 mar/02 jun/02 Saldos médios em 2T01 1T02 2T02 1S01 2S01 Poupança 20.529 21.566 21.963 20.387 21.764 Despesa de Depósitos de Poupança 415 456 463 788 920 Taxa Anualizada 8,32 8,74 8,71 7,88 8,63 Depósitos Interfinanceiros 4.032 4.487 4.776 3.739 4.631 Despesas de Depósitos Interfinanceiros 62 48 79 124 127 Taxa Anualizada 6,30 4,31 6,80 6,72 5,55 Depósitos a Prazo 31.902 33.591 34.491 31.103 34.041 Despesas de Depósitos a Prazo 851 803 983 1.636 1.786 Taxa Anualizada 11,11 9,91 11,89 10,79 10,77 Captações no Mercado Aberto 27.562 39.600 36.444 26.843 38.022 Despesas com Captações no Mercado Aberto 823 1.452 1.404 1.615 2.856 Taxa Anualizada 12,48 15,49 16,33 12,40 15,59 Analisando a composição das captações de mercado, percebe-se estabilidade nas fontes que exigem menor remuneração, Depósitos Interfinanceiros, compostos predominantemente por recursos externos, Depósitos à Vista, e Poupança. Os Depósitos a Prazo cederam espaço para as Captações no Mercado Aberto, cuja 21

participação evoluiu de 27,9% no 2º trimestre de 2001 para 31,5% no 2º trimestre de 2002. Esse produto, direcionado a clientes de grande porte e fortemente correlacionado à TMS, apresentou aumento de custo, de 12,5% no 2º trimestre de 2001 para 16,3% no último trimestre. Composição das Captações de Mercado Jun/01 Mar/02 Jun/02 14,9% 14,7% 15,7% 27,9% 4,1% 34,0% 3,9% 31,5% 4,1% 20,8% 18,5% 19,0% 32,3% 28,9% 29,8% Captações Empréstimos no Exterior Depósitos à Vista Depósitos Interfinanceiros Poupança Depósitos a Prazo Captações no Mercado Aberto Entre as captações onerosas, destacam-se, também, as Obrigações por Empréstimos no Exterior. O volume médio desse item atingiu R$ 9.834 milhões no trimestre encerrado, variação de 58,8% em relação ao saldo médio do 2º trimestre de 2001. Além desse incremento, o aumento da taxa de captação, justificado pelo comportamento do câmbio, contribuiu para o crescimento de R$ 3 bilhões nessas despesas. Saldos médios em 2T01 1T02 2T02 1S01 2S01 Obrigações por Empréstimos do Exterior 6.194 9.148 9.834 5.646 9.491 Desp. por Obr. Empr., Repasses e Banq. no Ext. 938 259 3.938 1.590 4.196 Taxa Anualizada 75,79 11,79 284,62 64,24 107,98 Spread Preservado Na comparação das taxas do 2º trimestre de 2001 contra o último trimestre, nota-se a elevação das taxas de remuneração das fontes de 9,8% para 19,2%. O incremento do custo de captação foi mais do que compensado pela melhoria na taxa de aplicação, justificando a elevação do spread que alcançou 7,2% no 2º trimestre de 2002, contra 6,9% no mesmo período de ano passado. Spread 2T01 1T02 2T02 1S01 2S01 Ativos Permanente 141.231 163.978 163.072 139.278 144.414 Receitas de intermediação financeira 5.711 6.068 10.191 10.880 16.259 Despesas intermediação financeira 3.334 3.246 7.315 6.244 10.561 MFB 2.377 2.822 2.876 4.637 5.698 Rec. Da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) 4,0 3,7 6,2 7,8 11,3 Rec. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) an. 17,2 15,6 27,4 16,2 23,8 Desp. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) 2,4 2,0 4,5 4,5 7,3 Desp. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) an. 9,8 8,2 19,2 9,2 15,2 Margem Financeira Bruta/(Ativos Permanente) 1,7 1,7 1,8 3,3 3,9 Margem Financeira Bruta/(Ativos Permanente) an. 6,9 7,1 7,2 6,8 8,0 O quadro do spread analítico propicia melhor compreensão da formação do spread por meio do cruzamento de itens patrimoniais médios com suas respectivas contas de resultado. 22

Quadro Spread Analítico Saldos médios em 2T01 1T02 2T02 1S01 2S01 (A) Ativos Rentáveis - (a+b+c+d+e) 110.247 131.068 130.014 107.313 113.260 Disponibilidades em Moeda Estrangeira (a) 2.306 4.926 5.228 2.062 5.077 Rendas com Disponibilidades em Moeda Estrangeira I 481 13 1.178 761 1.192 Taxa Anualizada 113,47 1,09 125,46 87,35 52,45 Títulos e Valores Mobiliários (b) 49.711 66.899 65.189 48.456 66.044 Res. Títulos e Valores Mobiliários s/hedge II 1.444 2.487 3.082 2.853 5.568 Taxa Anualizada 12,14 15,72 20,29 12,12 17,57 Operações de Crédito + Leasing (c) 41.571 44.561 47.873 41.081 41.255 Rec. Operações de Crédito + Leasing III 2.349 2.651 3.459 4.639 6.110 Taxa Anualizada - % 24,59 26,00 32,19 23,86 31,81 Depósito Compulsório Rentável (d) 6.692 10.534 11.046 6.500 10.790 Renda das Aplicações Compulsórias IV 242 349 422 444 771 Taxa Anualizada 15,29 13,91 16,17 14,14 14,79 Outros Ativos Rentáveis (e) 9.967 4.148 678 9.213 2.413 Out. Rec. Oper. Caracter. Int. Fin. V 420 247-43 813 205 Taxa Anualizada 17,93 26,06-22,92 18,42 17,67 (B) Créditos Tributários 12.349 12.001 11.843 12.337 11.922 (C) Demais Ativos 18.635 20.910 21.215 19.628 18.902 (D) Ativo Permanente 4.378 4.421 4.492 4.357 4.457 ATIVO TOTAL (A+B+C+D) 145.609 168.399 167.565 143.635 148.871 (E) Passivos Onerosos (f+g+h+i+l+m+n) 102.106 119.619 118.959 99.496 119.289 Poupança (f) 20.529 21.566 21.963 20.387 21.764 Despesa de Depósitos de Poupança VI 415 456 463 788 920 Taxa Anualizada 8,32 8,74 8,71 7,88 8,63 Depósitos Interfinanceiros (g) 4.032 4.487 4.776 3.739 4.631 Despesas de Depósitos Interfinanceiros VII 62 48 79 124 127 Taxa Anualizada 6,30 4,31 6,80 6,72 5,55 Depósitos a Prazo (h) 31.902 33.591 34.491 31.103 34.041 Despesas de Depósitos a Prazo VIII 851 803 983 1.636 1.786 Taxa Anualizada 11,11 9,91 11,89 10,79 10,77 Captações no Mercado Aberto (i) 27.562 39.600 36.444 26.843 38.022 Despesas com Captações no Mercado Aberto IX 823 1.452 1.404 1.615 2.856 Taxa Anualizada 12,48 15,49 16,33 12,40 15,59 Obrigações por Empréstimos do Exterior (j) 6.194 9.148 9.834 5.646 9.491 Desp. por Obr. Empr., Repasses e Banq. no Ext. X 938 259 3.938 1.590 4.196 Taxa Anualizada 75,79 11,79 284,62 64,24 107,98 Obrigações por Repasses (l) 6.042 4.720 4.819 6.127 4.769 Despesas com Obrigações por Repasses XI 122 88 114 256 202 Taxa Anualizada 8,32 7,68 9,81 8,54 8,66 Fundos Financeiros e de Desenvolvimento (m) 4.643 5.345 5.532 4.543 5.439 Desp. com Fundos Fin. e de Desenvolvimento - XII 83 96 151 157 247 Taxa Anualizada 7,34 7,40 11,35 7,01 9,29 Obrigações de tvm no exterior (n) 1.200 1.162 1.100 1.107 1.131 Desp. tvm no exterior XIII 27 25 33 51 58 Taxa Anualizada 9,31 8,80 12,58 9,39 10,49 (F) Demais Passivos 35.325 39.789 39.885 36.001 20.725 Depósitos à Vista 14.741 17.150 18.196 14.881 17.673 Outros Passivos 20.584 22.639 21.689 21.121 3.053 (G) Patrimônio Líquido + Contas de Resultado 8.179 8.991 8.721 8.137 8.856 Demais despesas XIV 14 20 150 28 170 PASSIVO TOTAL (E+F+G) 145.609 168.399 167.565 143.635 148.871 23

Quadro Spread Analítico Saldos médios em 2T01 1T02 2T02 1S01 2S01 Receitas de intermediação financeira 5.711 6.068 10.191 10.880 16.259 receitas provenientes de ativos rentáveis (I+II+III+IV+V) 4.937 5.747 8.099 9.511 13.845 ganho cambial s/ PL financeiro no exterior 602-50 977 1.383 927 resultado de derivativos 0 0-615 0-615 outras operações de câmbio 221 144 1.601 339 1.745 efeito do hedge -243 0 0-726 0 outras rec. Operacionais 0 41-41 0 0 Derivativos -243 0-615 -726-615 recuperação de créditos baixados como prejuízo 194 187 171 374 357 Desp. com Inter. Fin. (VI+VII+VIII+IX+X+XI+XII+XIII) 3.334 3.246 7.315 6.244 10.561 Ativos Permanente 141.231 163.978 163.072 139.278 144.414 Ativos Rentáveis 110.247 131.068 130.014 107.313 113.260 MFB 2.377 2.822 2.876 4.637 5.698 SPREAD (%) Rec. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) 4,0 3,7 6,2 7,8 11,3 Rec. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) an. 17,2 15,6 27,4 16,2 23,8 Desp. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) 2,4 2,0 4,5 4,5 7,3 Desp. da Interm. Financeira/(Ativos Permanente) an. 9,8 8,2 19,2 9,2 15,2 Margem Financeira Bruta/(Ativos Permanente) 1,7 1,7 1,8 3,3 3,9 Margem Financeira Bruta/(Ativos Permanente) an. 6,9 7,1 7,2 6,8 8,0 Receita da Interm. Financeira/Ativos Rentáveis 5,2 4,6 7,8 10,1 14,4 Receita da Interm. Financeira/Ativos Rentáveis an. 22,4 19,8 35,2 21,3 30,8 Desp. da Interm. Financeira/Ativos Rentáveis 3,0 2,5 5,6 5,8 9,3 Desp. da Interm. Financeira/Ativos Rentáveis an. 12,7 10,3 24,5 12,0 19,5 Margem Financeira Bruta/Ativos Rentáveis 2,2 2,2 2,2 4,3 5,0 Margem Financeira Bruta/Ativos Rentáveis an. 8,9 8,9 9,1 8,8 10,3 24

II. MARGEM FINANCEIRA LÍQUIDA Fluxo no Trimestre Var. % Semestre 2º tri/01 1º tri/02 2º tri/02 s/ 2T01 s/ 1T02 1º S/01 1ºS/02 Var.% C) Margem Financeira Bruta 2.377 2.822 2.876 21,0 1,9 4.637 5.698 22,9 Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa -586-593 -591 0,9-0,3-1.260-1.184-6,0 D) Margem Financeira Líqüida 1.791 2.229 2.285 27,6 2,5 3.377 4.514 33,7 Gerenciamento do Risco de Crédito A Margem Financeira líquida compreende o resultado da intermediação financeira reduzido pelas provisões para risco de crédito. Esse item finalizou o 2º trimestre de 2002 com saldo de R$ 2.285 milhões, valor 27,6% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi preservado por conta do melhor gerenciamento do risco de crédito. No 2º trimestre de 2002 foram registradas despesas de provisão para risco de crédito de R$ 591 milhões, valor 32,2 % superior ao volume de créditos baixados como prejuízo no período e 113,4% maior do que o saldo líquido da perda (baixa para prejuízo (-) volume de créditos recuperados no período). Em junho de 2002, as operações vencidas acima de um dia representaram 5,6% do total, contra 6,8% em março de 2002. Caso sejam consideradas somente as operações vencidas com mais de 60 dias, a participação de junho 2002 cai para 3,5%, redução de 70 pontos base em relação a março de 2002. Índices de Atraso 1º tri/02 2º tri/02 Total da Carteira de Crédito 52.831 57.031 Operações Vencidas 3.583 3.202 Operações Vencidas/Total da Carteira - % 6,8 5,6 Operações Vencidas + 15 dias 3.501 3.126 Operações Vencidas + 15 dias/total da Carteira - % 6,6 5,5 Operações Vencidas + 60 dias 2.240 1.973 Operações Vencidas + 60 dias/total da Carteira - % 4,2 3,5 Baixa para Prejuízo 547 447 Recuperação 187 171 Saldo Perda 360 277 Saldo Perda/Total da Carteira - % 2,8 2,0 Provisão/Total da Carteira - % 5,5 5,2 Provisão/Operações Vencidas +15 dias - % 3,3 3,8 Provisão/Operações Vencidas + 60 dias - % 128,7 150,9 A carteira de crédito do Banco na visão consolidada (operações de crédito, arrendamento mercantil, ACC/ACE e outros créditos) encerrou o mês de junho com 25

saldo de R$ 57.031 milhões, crescimento de 7,9% em relação ao trimestre anterior, mantendo a posição de liderança no crédito entre as instituições financeiras no país. Distribuição da Carteira de Crédito Saldos var. % mar/02 jun/02 s/ mar/02 Carteira de Crédito 52.831 57.031 7,9 Varejo 11.804 12.182 3,2 Comercial 12.706 13.650 7,4 Agronegócios 12.408 13.074 5,4 Internacional 6.819 7.203 5,6 Exterior 7.804 9.601 23,0 Demais 1.289 1.321 2,5 O modelo de gestão de risco de crédito do BB é parte integrante da administração consolidada de riscos globais dos negócios da Instituição, conforme mudanças previstas no Novo Acordo de Basiléia. Atualmente a gestão do risco de crédito do BB é realizada pelo Comitê de Risco Global, que avalia propostas apresentadas pela Comissão de Risco de Crédito. Esta comissão é composta por oito membros permanentes com direito a voto, que atuam em colegiado e cuja coordenação está a cargo do diretor da área de crédito. O contínuo aperfeiçoamento de modelos proprietários de gestão do risco de crédito no BB tem permitido menor risco das operações. A melhoria da qualidade da carteira de crédito pode ser observada pelo comportamento do índice de atraso. Evolução do Índice de Atraso 6,1 6,6 7,4 6,8 5,6 4,4 4,4 4,4 4,2 3,5 jun/01 set/01 dez/01 mar/02 jun/02 Op. Vencidas/Carteira Op. Vencidas + 60 dias/carteira 26