ENSINAR MATEMÁTICA UTILIZANDO MATERIAIS LÚDICOS. É POSSÍVEL?



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Transcrição:

1 de 7 ENSINAR MATEMÁTICA UTILIZANDO MATERIAIS LÚDICOS. É POSSÍVEL? Jéssica Alves de Oliveira Maria José dos Santos Chagas Tatiane de Fátima Silva Seixas RESUMO: De uma maneira geral, existe, por parte dos alunos, um grande medo da Matemática. A maior parte dos estudantes diz que não gosta da matéria e não consegue aprendê-la. A Matemática, em si, é o desenvolvimento do raciocínio lógico e a capacidade de resolver problemas. Os professores de Matemática devem buscar alternativas para despertar nos alunos a vontade de aprendê-la. Os jogos lúdicos são uma maneira de ensinar, de certa forma, brincando, pois a participação do aluno é essencial para seu aprendizado. Com essa prática, além de aprender, o aluno desenvolverá o raciocínio lógico, a capacidade de socialização, além de criar outros jogos a partir do apresentado. Ele aprenderá, de forma natural, o que antes lhe parecia uma dificuldade incapaz de ser vencida. A Ludicidade é um dos recursos que o professor de Matemática pode utilizar. Pôde-se perceber, por meio da pesquisa realizada, que é possível ensinar matemática utilizando materiais lúdicos. PALAVRAS-CHAVE: Matemática. Materiais Lúdicos. Aprendizagem.

2 de 7 INTRODUÇÃO O papel do educador é buscar despertar no aluno o interesse pelos estudos, garantindo uma boa receptividade dos conteúdos por parte do aprendiz, o que permitirá uma qualidade do ensino e, como resultado, obter o reconhecimento pelo seu trabalho. Por meio das atividades lúdicas, educador e educandos devem ter uma vivência mais harmônica, utilizando esse rico material nas práticas educativas, havendo assim uma interação entre eles. Indispensável no relacionamento entre as pessoas, o prazer pelo fazer e fazer bem gera uma maior afetividade, autoconhecimento, cooperação, autonomia, imaginação e criatividade construindo laços de amizade e integração, A criança quando brinca sozinha não tem o mesmo prazer daquele que brinca com um(a) amigo(a). Os jogos lúdicos, que buscam trabalhar em equipes, facilitam essa proximidade com o outro ao mesmo tempo que executando suas atividades eles aprendem, divertem-se, socializam sem se dar conta de que é algo difícil estudar Matemática. A curiosidade que os move para participar da brincadeira é a mesma que move os cientistas em suas pesquisas. Dessa forma, é desejável buscar conciliar a alegria da brincadeira com a aprendizagem escolar. A Uma educação que envolva os aspectos lúdicos do jogar/brincar distancia-se das concepções tradicionais que priorizam o mero repasse de conteúdos, a disciplina e o ordenamento sistêmico. O papel pedagógico do jogo nas práticas educativas não pode ser considerado apenas um simples divertimento, mas uma forma alegre de educar, dando maior significado às tarefas escolares. Os educadores matemáticos devem procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, a concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem, por meio de jogos, como dominó, quebracabeça, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e divertido. O ensinar faz parte do brincar, os jogos além do envolvimento dos mesmos por parte de grupos ou até mesmo por si torna um aprendizado novo, algo descoberto. Através dos jogos e brincadeiras os alunos, muitas vezes, revelam sua própria imagem e criatividade.

3 de 7 Educadores matemáticos devem procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento matemático. Referimo-nos àqueles que implicam conhecimentos matemáticos. Vygotsky afirmava que através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista, sendo livre para determinar suas próprias ações. Segundo ele, o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido. Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para sanar as lacunas que se produzem na atividade escolar diária. Neste sentido, verificamos que há três aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São eles: o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais. Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, a aluno aprende, sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social que o rodeia. Os jogos podem ser utilizados pra introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos e preparados com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos de importância. Devemos utilizá-los não como instrumentos recreativos na aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos. Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem.(borin,1996,9)

4 de 7 Segundo Malba Tahan, 1968, ''para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam, de certa forma, dirigidos pelos educadores''. O objetivo não é ensiná-los a jogar, mas observar como jogam e auxiliá-las a construir regras e pensar de modo que elas entendam. Os jogos com regras são importantes para o desenvolvimento do pensamento lógico, pois a aplicação sistemática das regras encaminha a deduções. São mais adequados para o desenvolvimento de habilidades de pensamento do que para o trabalho com algum conteúdo específico. As regras e os procedimentos devem ser apresentados aos jogadores antes da partida e preestabelecer os limites e possibilidades de ação de cada jogador. A responsabilidade de cumprir normas e zelar pelo seu cumprimento encoraja o desenvolvimento da iniciativa, da mente alerta e da confiança em dizer honestamente o que pensa. Os jogos estão em correspondência direta com o pensamento matemático. Em ambos temos regras, instruções, operações, definições, deduções, desenvolvimento, utilização de normas e novos conhecimentos. RAVANELLI (2000), em seu trabalho os jogos como recurso com a matemática pesquisa possibilidades de trabalho com jogos matemáticos. Observou as reações das crianças, suas hipóteses, as estratégias formuladas. Concluiu que a utilização de jogos é uma boa alternativa para o fazer educativo, dentro de um ambiente próprio, com atividades agradáveis, alegres, participativas. Não é necessário ressaltar a grande importância da solução de problemas, pois vivemos em um mundo o qual cada vez mais, exige que as pessoas pensem, questionem e se arrisquem propondo soluções aos vários desafios os quais surgem no trabalho ou na vida cotidiana. O desenvolvimento da prática educativa da Matemática, através dos jogos lúdicos, demonstrou que os vários conteúdos matemáticos trabalhados tornou-se prazeroso para os alunos. Eles perceberam que é possível aprender Matemática de forma lúdica, recreativa e divertida, tendo maior aprendizagem em relação aos conteúdos estudados, bem como contribuindo para o aumento da criatividade, criticidade e inventividade no ensino da Matemática. De acordo com Brasil (1998), a Matemática dá a sua contribuição à formação do cidadão, pois desenvolve metodologias que enfatizam a construção de estratégias, a

5 de 7 comprovação e justificativa de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na própria capacidade para enfrentar desafios. Mas o que se vê nas escolas são dificuldades tanto por parte de professores quanto dos alunos. Os alunos não conseguem aprender a matemática que lhes é ensinada na escola, muitas vezes são reprovados nesta disciplina, ou então, mesmo sendo aprovados têm dificuldades em utilizar o conhecimento que tenham adquirido. Ensinar matemática por meio de atividades lúdicas é uma maneira que encontramos de proporcionar a interação entre os alunos e a disciplina, mostrando como ela pode ser de fácil aprendizado. A ideia é que haja um encantamento por essa matéria por parte dos alunos, disse o bolsista Matheus Alves. Segundo Brasil (1998), os jogos contribuem na formação de atitudes necessárias para a aprendizagem de matemática, dentre elas, enfrentar desafios, lançar-se à busca de soluções, desenvolvimento da crítica, da intuição. O jogo, pode fixar conceitos, motivar os alunos, propiciar a solidariedade entre colegas, desenvolver o senso crítico e criativo, estimular o raciocínio, descobrir novos conceitos. (Alves, 2001). O papel pedagógico dos jogos deve ser capaz de apresentar à criança exigência de esforço e de competência para os quais ela tenha respostas, Deve apresentar fins concretos, superando as dimensões alienantes e integrando a criança no todo. Se a escola quiser e puder unir o trabalho escolar e o jogo de forma útil e prazerosa deve agir como diz Claraparede apud Bueno (1977 p.61): A escola deve preparar para a vida, e até ser a vida. É preciso então incluir nela o trabalho. O jogo é apenas uma preparação para o trabalho, exercício, propedêutica... Se a criança brinca é porque ela é ainda incapaz de trabalhar, o jogo é apenas um subsídio do trabalho. Não convém que esse trabalho substituto venha tomar o lugar da realidade, Não convém que a escola deva desembocar na vida.

6 de 7 Ensinar Matemática utilizando materiais lúdicos é possível?. Totalmente possível o que falta na verdade são esses materiais nas escolas, principalmente públicas e estaduais, podem ser oferecidos a alguns, mas ainda não está sendo para todos. O Objetivo é ensinar, então devemos buscar os recursos necessários para que essa aprendizagem aconteça de fato. METODOLOGIA Para elaboração deste artigo foram realizadas pesquisas na Internet, nos sites de Educação, Projetos Pedagógicos envolvendo a matemática lúdica, Educativos matemáticos e relatos de alguns citados nos textos pesquisados. Essa pesquisa foi realizada no mês de outubro e início de novembro, com durações de aproximadamente 02 (duas) horas cada dia. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com as pesquisas realizadas, percebe-se claramente as possibilidades de ensinar Matemática através da utilização de materiais lúdicos. Pedagogicamente são recursos viáveis e que proporcionam uma aprendizagem mais tranquila, com participação dos alunos que aprendem brincando. O ensino da Matemática está presente em nossa vida diária, em várias situações do nosso dia a dia o que o torna indispensável ao aprendizado e sabemos que a própria disciplina apresenta uma carga horária maior que as outras disciplinas no Ensino Fundamental. Se são recursos benéficos ao aluno, é necessário que a escola adquira e inove os materiais lúdicos como estímulo ao aluno, ao professor que buscará sempre trazer algo novo para utilização desse recurso. É importante focalizar que a prática de projetos envolvendo a matemática tem um potencial bastante positivo, pois, além de aumentar o aprendizado das crianças, favorece de maneira mais simples o enlace com o conhecimento e fortalece alguns vínculos do cotidiano escolar. A escola precisa encarar o ensino da matemática na educação infantil com o mesmo grau de importância que qualquer outra área do conhecimento. Aprender matemática, assim como aprender a ler e escrever, é um processo que se estende por toda vida do sujeito. A prática educativa torna-se mais eficaz quando o professor é o agente mediador e a criança um sujeito participativo do processo de ensino/aprendizagem.

7 de 7 REFERÊNCIAS FURTADO, Cynthia e tal. Educar Brincando: Ensinar matemática, utilizando brinquedos de miriti nas séries iniciais. Disponível em http://www.webartigos.com/artigos. Acesso: 17/10/13 SILVA, Elizabeth. Recreação com jogos de matemática. Rio de Janeiro, Sprint,2001 p.24. Disponível em http:// www.mundojovem.pucrs.br/projetos-pedagógicos/projeto-ludicomotivacao-aulas-matematica.acesso em 10/10/2013 PIMENTEL, Adele Emília Schlukat e tal. Matemática Lúdica: Aprender Brincando. Disponível http://www.ceped.ueg.br/anais/iedipe/gt5/1p-poster_matematica.htm. Acesso: 20/10/2013 OLIVEIRA, Sandra Alves de Oliveira. O lúdico como motivação nas aulas de Matemática. Disponível em http://www.mundojovem.com.br/projetos-pedagogicos/projeto-ludicomotivacao-aulas-matematica. Acesso: 23/10/2013 AMARAL, Valter. Teoria sobre jogos educativos. Disponível em http://descobertamat.blogspot.com/brp/jogos-educativos.html) Acesso em 24/10/2013 GROENWALD, Claudia Lisete Oliveira. TIMM, Ursula Tatiana. Utilizando curiosidades e jogos matemáticos em sala de aula. Disponível em http://www.somatematica.com.br/artigos/a1/. Acesso: 15/11/2013.Disponível em http://marcosteodorico.blogspot.com.br/2009/11/jogos-mtrizesinfantis.html. Acesso em 31/10/2013