Porto Alegre, Dezembro de 2015 Análise de indicadores do mês de novembro No mês, a exportação alcançou cifra de US$ 13,806 bilhões. Sobre novembro de 2014, as exportações registraram retração de 11,8%, e de 9,7% em relação a outubro de 2015, pela média diária. As importações totalizaram US$ 12,609 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, as importações registraram queda de 30,2%, e de 5,8% sobre outubro de 2015, pela média diária. No período, a corrente de comércio alcançou valor de US$ 26,416 bilhões. Sobre igual período do ano anterior apresentou queda de 21,7%, pela média diária. O saldo comercial do mês apresentou superávit de US$ 1,197 bilhão, revertendo o valor negativo alcançado em igual período de 2014, US$ 2,427 bilhões. No mês, as exportações por fator agregado alcançaram os seguintes valores: produtos básicos (US$ 5,864 bilhões), manufaturados (US$ 5,572 bilhões) e semimanufaturados (US$ 2,016 bilhões). Sobre o ano anterior, retrocederam as exportações de básicos (-14,3%), semimanufaturados (-13,5%) e manufaturados (- 7,0%). Acumulado de doze meses Em períodos de doze meses, as exportações somaram US$ 191,842 bilhões. Sobre o período dezembro/2013- novembro/2014, quando as exportações atingiram US$ 228,456 bilhões, houve queda de 15,4%, pela média diária. As importações totalizaram US$ 178,103 bilhões, retração de 22,0% sobre o mesmo período anterior, de US$ 230,168 bilhões, pela média diária. O saldo comercial, em doze meses, acumula superávit de US$ 13,739 bilhões, revertendo o déficit alcançado em equivalente período anterior (US$ 1,712 bilhão). A corrente de comércio retrocedeu 18,7%, pela média diária, de US$ 458,624 bilhões para US$ 369,945 bilhões.
DADOS ESTATÍSTICOS Balança Comercial do Brasil Mês Exportação Importação Saldo Valor (A) Var. % Valor (B) Var. % (A) - (B) Janeiro 13.704.044.559 --- 16.878.002.142 --- -3.173.957.583 Fevereiro 12.092.230.670-11,76% 14.934.021.118-11,52% -2.841.790.448 Março 16.978.968.634 40,41% 16.520.783.983 10,63% 458.184.651 Abril 15.156.274.767-10,74% 14.665.373.384-11,23% 490.901.383 Maio 16.769.183.205 10,64% 14.008.386.737-4,48% 2.760.796.468 Junho 19.628.438.412 17,05% 15.100.918.254 7,80% 4.527.520.158 Julho 18.533.065.548-5,58% 16.147.171.005 6,93% 2.385.894.543 Agosto 15.485.353.065-16,44% 12.796.238.913-20,75% 2.689.114.152 Setembro 16.148.183.035 4,28% 13.203.691.399 3,18% 2.944.491.636 Outubro 16.048.986.692-0,61% 14.053.172.726 6,43% 1.995.813.966 Novembro 13.806.364.678-13,97% 12.609.426.083-10,27% 1.196.938.595 Total 174.351.093.265 160.917.185.744 13.433.907.521 Balança Comercial do Rio Grande do Sul Mês Exportação Importação Saldo Valor (A) Var. % Valor (B) Var. % (A) - (B) Janeiro 966.618.939 --- 706.970.081 --- 259.648.858 Fevereiro 874.469.400-9,53% 827.029.936 16,98% 47.439.464 Março 1.252.565.776 43,24% 1.024.382.833 23,86% 228.182.943 Abril 1.646.675.630 31,46% 927.023.038-9,50% 719.652.592 Maio 1.582.944.084-3,87% 798.111.150-13,91% 784.832.934 Junho 1.726.316.835 9,06% 880.978.001 10,38% 845.338.834 Julho 1.825.835.992 5,76% 1.116.429.413 26,73% 709.406.579 Agosto 1.595.126.238-12,64% 734.038.583-34,25% 861.087.655 Setembro 2.096.791.690 31,45% 703.781.233-4,12% 1.393.010.457 Outubro 1.528.684.557-27,09% 802.371.625 14,01% 726.312.932 Novembro 1.308.269.057-14,42% 840.736.337 4,78% 467.532.720 Total 16.404.298.198 9.361.852.230 7.042.445.968 BALANÇA COMERCIAL REGIÕES/ESTADOS Elaboração: Federasul
EXPORTAÇÃO / IMPORTAÇÃO BRASIL Elaboração: Federasul
EXPORTAÇÃO / IMPORTAÇÃO RIO GRANDE DO SUL Elaboração: Federasul
RIO GRANDE DO SUL Exportações do Rio Grande do Sul avançaram 24,8% em novembro As exportações do Rio Grande do Sul cresceram 24,8% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2014, e totalizaram US$ 1,31 bilhão. A principal contribuição veio dos produtos básicos (commodities), que registraram avanço de 307% devido à demanda elevada por soja da China. Por sua vez, o setor industrial gaúcho respondeu por 81,6% de tudo que o Estado embarcou e aumentou em 9,2% suas vendas no período, somando US$ 1,07 bilhão. Este foi apenas o segundo crescimento nessa base de comparação desde março. O outro havia sido em setembro, quando houve a contabilização de uma plataforma de petróleo e gás como exportação. De um total de 23 segmentos fabris que realizaram embarques, oito cresceram, oito caíram e sete se mantiveram estáveis. As categorias com as maiores contribuições positivas foram celulose e papel (313,3%), madeira (300%) e alimentos (12,5%). Já produtos químicos (-10,3%) e máquinas e equipamentos (-7,5%) sofreram as quedas mais significativas. Fonte: Jornal do Comércio BRASIL Desemprego fica em 7,5% em novembro, maior no mês desde 2008 A taxa de desemprego brasileira ficou em 7,5% em novembro, informou o IBGE. É a maior taxa para o mês desde 2008, quando ficou em 7,6%. O dado faz parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que engloba seis regiões metropolitanas do país (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre). No mês anterior o desemprego havia ficado em 7,9% e, em novembro do ano passado, em 4,8%. O aumento reflete a piora no mercado de trabalho, impactado pelo ambiente recessivo na economia. A taxa ficou estável em relação a outubro, mas já mostra tendência de queda, o que é histórico para esse período. De modo geral, em novembro a taxa cai ou fica estável com relação ao mês anterior. Já o aumento na comparação anual foi motivado pelo crescimento do grupo de desempregados e queda no dos ocupados - explica Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. A população desocupada foi estimada em 1,8 milhão de pessoas e não apresentou variação frente a outubro. Em relação a novembro de 2014, o quadro foi de elevação de 53,8 % ou mais 642 mil pessoas à procura de emprego. A população ocupada foi estimada em 22,5 milhões para o conjunto das seis regiões, ficando estável em relação a outubro e caindo em 3,7% (menos 858 mil pessoas) na comparação com novembro de 2014. Regionalmente, a análise mensal mostrou que a taxa de desocupação frente a outubro ficou estável em todas as seis regiões metropolitanas. Contudo, na comparação com novembro de 2014, houve crescimento da taxa em todas as regiões: em Recife, de 6,8% para 10,8% (4,0 ponto percentual); em Salvador a taxa passou de 9,6% para 12,3% (2,7 pp); em Belo Horizonte de 3,7% para 6,1% (2,4 pp); no Rio de Janeiro de 3,6% para 5,9% (2,3 pp); em São Paulo de 4,7% para 7,4% (2,7 pp) e em Porto Alegre, de 4,2% para 6,7% (2,5 pp). Fonte: O Globo
ARTIGO Panorama Brasil Por Samy Dana em parceria com Yan Kaled Barbosa * A agência de classificação de risco Moody s colocou o rating do Brasil em revisão para possível rebaixamento na semana passada. A deterioração da economia, do cenário político e a probabilidade pequena de reversão das tendências negativas são os principais fatores que levaram à perspectiva negativa da Moody s. A classificação atual do Brasil é Baa3, apenas um ponto acima do grau especulativo. Segundo a Moody s, o processo de impeachment contra a presidente iniciado em dezembro traz maiores incertezas acerca da capacidade do Brasil de executar medidas de consolidação fiscal em 2016. Para a agência, é necessário que o país mostre sua capacidade de retomar o crescimento anual do PIB em 2% e gerar superávits primários similares nos próximos anos para manter o grau de investimento. A agência disse que também irá avaliar a situação da dívida pública. Caso o Brasil sofra um rebaixamento pela segunda agência em setembro o país perdeu o grau de investimento pela Standard & Poor s a fuga de capitais deve aumentar consideravelmente, pois diversos fundos de investimentos têm como regra a aplicação de recursos apenas em países detentores do selo de bom pagador de ao menos duas agências de classificação de risco. Entre julho e outubro o Brasil foi o país emergente que sofreu a maior fuga de capital, em parte pela expectativa dos mercados de perda do selo de bom pagador pelas agências Moody s e Fitch. A fuga de capitais limita a oferta de crédito às fontes locais, o que é caro, devido a pouca competição do sistema bancário brasileiro e à necessidade do Banco Central Brasileiro de elevar os juros para controlar a inflação, desestimulando sistematicamente o investimento. Na quinta-feira da semana passada foi divulgada a pesquisa Conta-Satélite de Saúde 2010 2013, realizada pelo IBGE e que mostra que os gastos das famílias e instituições sem fins lucrativos com saúde foram maiores do que os do governo em 2013. Apenas 47% dos gastos com saúde vieram do governo, apesar do aumento dos aportes destinados à saúde no período. A pesquisa revela, ainda, que o consumo final de bens e serviços de saúde atingiu 8% do PIB naquele ano, chegando à R$ 424 bilhões. O percentual do PIB gasto pelo governo foi de 3,6% em 2013, mas, segundo especialistas, o ideal seria algo em torno de 6%. Neste sentido, destaca-se a necessidade de um sistema público de saúde bem estruturado. Os ganhos econômicos de uma boa política pública no setor da saúde excedem os seus custos: uma população que adoece menos e que recebe tratamento médico melhor trabalha em média mais dias no ano e de forma mais produtiva. Além disso, uma taxa de mortalidade menor elevará a oferta de trabalho no futuro. O atual desafio do Brasil é o de tomar medidas de curto prazo como as necessárias para que o seu rating não seja rebaixado sem negligenciar as medidas de longo prazo relevantes como o investimento em saúde. * Samy Dana Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV. * Yan Kaled Barbosa, graduando em administração pela Fundação Getulio Vargas e trainee pela Consultoria Júnior de Economia Elaboração: Melissa Scheffel Assessoria Comércio Exterior FEDERASUL Acesse nosso site: www.federasul.com.br E-mail para contato: comex@federasul.com.br Fone: (51) 3214-0200