CURSO DE CAPACITAÇÃO EM AEE TRABALHO FINAL DE CURSO Carla Vallejo Santana De Sordi Passo Fundo, janeiro de 2015
TEMA: Tecnologias Assistivas para Deficiente Visual em Acessibilidade. JUSTIFICATIVA: Atualmente passamos por uma mudança no ensino com relação à educação inclusiva. Logo, devemos buscar métodos para facilitar a alfabetização dos portadores de deficiência visual. Portanto este projeto justiçase sob o aspecto social incluindo os DV na sociedade. O Projeto em questão irá embasar um artigo que irá abordar a tecnologia assistiva para deficiente visual. Pois a tecnologia assistiva vem melhorando a funcionalidade de pessoas com deficiência. OBJETIVO GERAL: - Proporcionar á pessoa com deficiência visual maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação com a família, amigos e sociedade. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Compreender a importância da tecnologia assistiva; - Compreender a importância da tecnologia assistiva para o deficiente visual; - Alfabetizando com o auxílio de Tecnologia Assistiva; METODOLOGIA: O Projeto irá apresentar um estudo sobre a Tecnologia Assistiva para Deficiente Visual, iniciando uma análise sobre a deficiência e os acessos aos meios digitais estes utilizam leitores de tela e navegam pelo sistema operacional utilizando o teclado.
A Constituição Federal de 1988 já sinaliza para implementação, no nosso país, da educação inclusiva. O artigo 208, III, de nossa Carta Magna prescreve que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência. Em 9 de julho de 2008, o Senado Federal,por meio de Decreto Legislativo nº 186,tornou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo equivalentes a emendas constituição Brasileira.O artigo 24 desta Convenção expressa a garantia de que as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental inclusivo,de qualidade e gratuito,em igualdade de condições com os demais pessoas na comunidade em que vivem. O deficiente visual possui inúmeras dificuldades tanto no que se refere a sua vida social quanto particular. Para tanto se faz necessário estes indivíduos receberem educação de qualidade para que desta maneira sintam-se desde cedo incluídos na vida social, portanto cabe ao educador proporcionar uma educação na qual o DV viva em constante contato com indivíduos portadores de problemas semelhantes aos seus e educadores, e as novas Tecnologias Assistivas.Sendo assim ambas partes acabaram aprender a dividir espaço e vivenciais,sem contar na interação que ocorre entre eles. O papel do educador que trabalha com esta clientela é de fundamental importância,desta forma cabe este buscar especializar-se para assim oferecer melhores condições de ensino e futuramente uma vida social na qual o DV sinta se realmente inclusivo na sociedade podendo trabalhar e obter subsídios necessários para sugerir suas necessidades quanto ser humano.
As influências decorrentes da tecnologia assistiva na vida do DV: Há algum tempo atrás uma minoria de pessoas que enxergavam, conseguiam interpretar a escrita Braille, o que gerava um isolamento cultural de pessoas portadoras de DV, pois um cego escrevia para outro ler. Por ventura se um DV necessitasse ler determinado material, cujo, estivesse escrito em escrita convencional, este deveria ser reescrito em Braille ou gravado em áudio para ser utilizado. Mas com a tecnologia da computação foi possível avançar e proporcionar melhor qualidade de vida para estes indivíduos. Esta inovação possui baixo custo financeiro, e a partir de scaners o DV, pode ler documentos redigidos tradicionalmente, ou acessar através da internet documentos de qualquer parte do mundo, que por sua vez é traduzido para o português. Alem deste existem instrumentos eletrônicos que possibilitam imprimir e/ou fazer partituras e arranjos orquestrais, possibilita ao DV desenhar, e textos podem ser traduzidos e impressos. Para a pessoa cega, a comunicação pela internet e especialmente importante por duas razões: a eliminação da necessidade de locomoção, que é normalmente um entrave para o cego, e o fato de que do outro lado da internet, ninguém precisa saber se seu parceiro é ou não um deficiente visual. (BORGES, 2000, p. 68). Desta maneira o DV possui maior comodidade e conforto para levantar pesquisas e comunicar-se com o mundo exterior, posteriormente isto se reverte em maior qualidade de vida. Ausência total da visão podendo ser congênita ou adquirida utiliza o braile para suas atividades de leitura ou para terem acesso aos meios digital estes utilizam leitores de tela e navegam pelo sistema operacional utilizando teclado. O comitê de Ajudas Técnicas- CAT,criado pela portaria n 142/2006 da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Replública- SDRH/PR-,assim define a Tecnologia Assistiva (TA):
(...) Uma área do conhecimento, de natureza interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias,estratégias,práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada á atividade e participação,de pessoas com deficiencia,incapacidades ou mobilidade reduzida,visando sua autonomia,independência, qualidade de vida e inclusão social.(corde-comitê de Ajudas Técnicas- ATA VII,2007) Conforme Galvão Filho (2009), a TA tem o caráter de promover o empoderamento ás pessoas com deficiências, as medidas que se constitui como instrumento ou ferramenta mediadora e equiparada das oportunidades para as pessoas. O autor salienta que, apesar de a TA ser remota aos primórdios da humanidade, uma vez que qualquer pau utilizado como bengala, por exemplo, pode caracterizar o uso de um recurso de TA. Dentre as inúmeras categorias que compõem essa área, este estudo enfoca um recurso de tecnologia de informação de comunicação (TIC) acessível: o sofware- disponível gratuitamente-, Mecdaisy. O Projeto Mecdaisy,endossado pelo Ministério da Educação ( MEC) em parceria co a Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ),contempla dois momentos ou etapas: a produção e a reprodução de livros falados para deficientes visuais e para pessoas com limitações de movimentos em seus membros superiores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: SÁ, E.D.de.Alfabetização de alunos usuários do sistema Braille.Revista Benjamin Constant,Edição 40,agosto 2008.Entrevista concedida a Leonardo Raja Gabaglia. Disponível em: < htt:// WWW.ibc.gov.br> Acesso 20 janeiro 2015. BRASIL.Coordendoria Nacional para Integração da Pessoa de Deficiência. Ata VII Reunião do Comitê de Ajudas Técnicas. Brasília, CAT/CORDE, 2007. BARROS, DM. V.et. Educação e tecnologia: reflexão, inovação e práticas. Lisboa: [s. n.], 2011. BORGES, José Antonio. Uma realidade educacional para deficientes visuais. Disponível em: <http://www.intervox.nce.ufrj.br>. Acesso em: 05 abril de 2015. GALVÃO FILHO, T.A.Tecnologia assistiva para uma escola inclusiva: apropriação,demandas e perspectiva.tese ( Doutourado em Educação).Faculdade de Educação,Universidade Federal da Bahia,Salvador,2009. MORO W.L.Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Recursos da Web 2.0 em contexto hospitalar:rompendo a exclusão temporária de adolescentes com fibrose cística.233f.tese ( Doutorado em informática na Educação ) Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias. Programa de Pós- Graduação em Informática na Educação, Porto Alegre. 2011. PALLOFF, R.M.;PRATT,K.Constrindo comunidades de Aprendizagem no ciberespaço-estrategias eficientes para a sala de aula on-line.porto Alegre:Artmed.2002. RECUERO, R. Redes Sociais na internet. Porto Alegre; Ed. Meridional. 2009. SANTA ROSA, L.M.C.(ORG.)Tecnologias Digitais Acessíveis. Porto Alegre: JSM Comunicação, 2010. W3C. Introdução to Understanding WCAG 2.0. Disponível em: < htt://www.w3.org/tr/understanding-wcag20/intro.html> Acesso em janeiro de 2015. VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7 ed.são Paulo: Martins Fontes,2007.