ESTUDO DO ACASO (MULTIFUNCIONALIDADE) Angela Maria Fernandes Fraga Funcionária efetiva de Empresa Pública do Estado da Bahia, exercendo o cargo de Assistente Administrativo. Estudante do 5º semestre de graduação do curso de Serviço Social da UNIGRAN Centro Universitário da Grande Dourados. SUMÁRIO 1.0 Multifuncionalidade 1.1 Introdução 1.2 Desenvolvimento 1.3 Conclusão 1.4 Referencias 1.1 Introdução A aplicação da diversificação das aptidões no trabalho das empresas tornou-se um tema moderno, embora sua discussão ainda seja bastante tímida, tentativa essa que visa a otimização da produtividade, tanto por parte dos empregados, quanto dos empregadores. Denominada de flexibilização de mão-de-obra a sua finalidade principal é diversificar e ampliar o leque de tarefas, atividades e funções desenvolvidas pelos trabalhadores, para que todos estejam aptos ao exercício de funções diversificadas, visando a eficácia de todo o conjunto empresarial com a acumulação progressiva de conhecimentos e habilidades em outras áreas e, conseqüentemente, atingir o desenvolvimento de trabalhos mais complexos e mais abrangentes. Trabalho apresentado na Disciplina de Metodologia Científica do 2º semestre do ano de 2009, curso de Serviço Social da Faculdade Unigran Centro Universitário da Grande Dourados. 1
Esse sistema de polivalência representa o conjunto de procedimentos de uma organização, para que o remanejamento de tarefas ou funções entre o funcionalismo possa oferecer o mesmo nível de qualidade de seus produtos ou serviços, mas, as empresas brasileiras têmse deparado com intensas e variadas dificuldades, mostrando que ainda estão relativamente longe de contar com as condições ideais para a prática da multifuncionalidade. (RÉGNIER, 1997). 1.2 Desenvolvimento A multifuncionalidade é, pois, o resgate do antigo faz de tudo que havia nas empresas, figura absorvida pelas especializações, pois, tornouse necessário conhecer de tudo um pouco, para que as empresas não fiquem limitadas a manter em seus quadros funcionais apenas elementos que desenvolvam o trabalho tradicional, com repetitividade de movimentos e de ações, executando o conhecido trabalho multifuncional. Nas empresas industriais brasileiras, especialmente aquelas cujo trabalho é caracteristicamente manufatureiro, a presença humana ocupa posição principal no processo produtivo, onde o trabalho manual desqualificado (TMD), para ser realizado, não necessita de qualquer tipo de educação formal, pois se caracterizam pela constante repetição das tarefas. Os trabalhadores são usualmente chamados de peões, operários ou camponeses, que constituem os cargos da mais alta rotatividade dentro das empresas (SANTINI, 1999: 21) Nas tecnologias modernas os novos arranjos administrativos estão exigindo cada vez mais da mão-de-obra a capacidade de transferir conhecimentos de um campo para outro, mobilidade mental, como é denominada por muitos estudiosos, que requer uma forte preparação em técnicas específicas e, sobretudo, uma formação cultural ampla. 2
Em um contexto competitivo baseado na contínua evolução das tecnologias e nas crescentes modernizações das práticas administrativas, verifica-se a necessidade de uma força de trabalho capaz de captar o que já existe, entender, adaptar e modificar procedimentos, de maneira que possa ajustar os referidos avanços às condições concretas de cada instituição. Mas, para isso, são de suma importância a educação e a qualificação profissional, e é nesse sentido que tal investimento torna-se fator crucial. Atualmente, vivenciamos um momento de profundas modificações em todas as áreas trabalhistas, tornando-se necessária a polivalência e a multifuncionalidade no mercado, que passou a exigir profissionais com várias habilidades, os multi-especialistas, profissionais que possuem uma ou mais formações específicas e também têm conhecimento de noções genéricas sobre outros assuntos. Como exemplo, para ilustrar essa nova realidade, podemos citar o check-in nas empresas de aviação, onde a mesma funcionária que faz a recepção dos passageiros e demonstra habilidades no atendimento, dominando perfeitamente a informática e outros idiomas, recolhe os bilhetes de embarque na porta da aeronave e direciona os passageiros para seus assentos, desenvolvendo, assim, os serviços de comissária de bordo, retornando, após essas atividades, para novo check-in, ou seja, não só executa outras tarefas, como realiza o trabalho de outras pessoas. Hoje em dia não basta ser competente, é preciso parecer competente, pois, as atitudes tomadas ao longo da carreira ficam gravadas de forma positiva ou não na mente das pessoas. A famosa frase de Guy Falks reflete essa nova situação: mais importante que desejar é ser desejado. Esse é o fator que motiva o novo profissional, tendo em vista que para alcançar o sucesso é preciso criar uma boa imagem pessoal, além da manutenção de relações de amizade, através de processo de constante de troca de informações, por intermédio de e:mails, telefonemas, reuniões, simpósios ou conferências. 3
.3 CONCLUSÃO. Várias empresas já pensam na hipótese de transformar seus funcionários em polivalentes (multifuncionais) e algumas até já o fazem, para atingir um caminho que possam levá-las a uma maior competitividade no mercado, mas esse processo de transformação deverá ocorrer de maneira natural, contínua, consistente e, principalmente, identificada como necessária. Estudos têm sido desenvolvidos a respeito da mudança no perfil requerido pelas empresas no momento da admissão dos funcionários, até com introdução de conceito de Quociente Emocional (QE), com vistas a demonstrar que a noção tradicional e isolada de inteligência é insuficiente para o sucesso organizacional na atualidade, onde ganham força os aspectos relacionados à dimensão emocional do homem, dentre as quais as habilidades para o relacionamento e para lidar com situações de instabilidade, complexidade e incerteza. É de importância fundamental, também, a formação de equipes interdisciplinares para condução do processo, a fim de que o objetivo maior seja alcançado, que é o crescimento da economia deste País, com o crescimento da oferta de empregos e a melhoria de qualidade de vida do nosso povo. 4. REFERÊNCIAs: CHIAVENATO, Idalberto. Indrodução à Teoria Geral da Administração. 4 ed São Paulo: Makron Books, 2993 921P. GUNN, Thomas G. As indústrias do século 21. São Paulo: McGraW-Hill, 1993 264p. NYKODYM, N, ARISS, Sonny S, SIMONETTI, Jack L. et alli. Uma estrutura para 2001. HSM Management, ano 1, n.5, p.70-78, 1997. RÉGNIER, Karla Von Dollinger. Alguns elementos sobre a racionalidade dos modelos Taylorista, Fordista e Toyotista. Boletim Técnico do SENAC, v.23, n2: Rio de Janeiro, Maio/ago/1997. 4
SAMPAIO, Aluysio, LIMA, Paulo Jorge de. Dicionário jurídico trabalhista. São Paulo: Fulgor, 1 962. SANTINI, Berenice. A polivalência funcional na indústria brasileir: um estudo de caso. Santa Cruz do Sul, UNISC, 1997. 63 p. Monografia (Especialização em Gestão da Qualidade Total) Universidade de Santa Cruz do Sul, RS, 1997. SIMON. Alexandre T. Agostinho, Oswaldo L. Estágios de passagem da estrutura convencional para a flexível. Revista Máquinas e Metais, mar. 1994, p.164-177. WISDOM. Gestão Organanizacional Ltda Informação por Correio Eletr^}onico: http://www.wisdom.com.br/wd002por.htm. http://br.answers.yahoo.com http;//www.via6.com http;//www.administradores.com.br 5