Aula #4 Novas Mídias New Media Art: Tecnologia aplicada a arte. NEW MEDIA: Soma de novas tecnologias e métodos de comunicação e distribuição (celular, internet, gps, dispositivos wi-fi, dispositivos virtuais, mídia locativa, robótica) NEW MEDIA ART: Artistas que reconfiguram essa mídia, que primeiramente só teria uma função útil, transformando ela em um canal de expressão, em um aparato poético e de infinitas possibilidades, subvertendo as limitações da mídia/dispositivo em questão. Vídeo celular, arte locativa, web art, arte digital, instalação, etc.
A Tecnologia Amplifica Nossos Sentidos Com as possibilidades dessa tecnologia aplicada a arte, eu descubro novas maneiras de sentir. O espectador é um elemento senso-motriz, que percebe através dos sentidos, mas tem a capacidade de mobilidade nesse entorno. Elementos sensíveis, a nível audiovisual ou a nível plástico, para a construção de um conceito concreto. No final o objetivo é a experiência do sensível, e sentir é uma das formas mais altas de conhecimento. Obras interativas, maior imersão do espectador na obra, usar de novos sentidos.
Mobile Art (vídeo celular) Transgredir os limites desse dispositivo (resolução, som e cor) em busca de uma materialidade da imagem, como também de uma maior intimidade e principalmente espontaneidade (acaso) no fazer artístico. A Cultura do Desespetacular: Pelo porte minúsculo e de baixa resolução, o artista precisa subverter a ideia do espetáculo e criar obras que dialogam com algo mais íntimo CAPACIDADE AFETIVA: Videografias de Contato (Webcam, redes sociais, inclusão digital, exposição pessoal) Com o celular houve uma ampliação de capacidade perceptiva: se ligar para o japão... trocar imagens e sons de afeto, sentimentos para dimensão espacial significativa. O modelo de percepção construído aí influencia formas de conduzir o cotidiano, assim a sociedade se reorganiza em função dessas formas de relacionamento e vivências, e consequentemente em relação a invenções poéticas dentro desse espectro. Dois Lados 1o: Obras que nunca seriam desenvolvidas se não existisse essa mídia (intimidade, acaso, facilidade, etc) 2o: Lixo audiovisual pela facilidade e banalização dessa mídia (imagem). Uma espécie de obsessão pelo registrar. Uma experiência só é completa quando existe o compartilhamento das imagens. Analógica (poucas poses) x Digital (infinitas fotos) De repente existem câmeras e videocâmeras por toda parte. Todo mundo está trocando, capturando, gravando e arquivando imagens. Mas, quando vou a algum lugar hoje em dia, raramente levo uma câmera. É um jeito de não ter alguma coisa entre o mundo e eu. Talvez seja uma forma de preservar um espaço para memórias e experiências que não estão presas ao plano da imagem nem retocadas ou recortadas. Gary Hill Fragilidade dessa inclusão: formatos acessíveis, momentos constrangedores, etc.
Poéticas da Espontaneidade Uma câmera, não importa o tamanho ou a resolução, é sempre um objeto perigoso: o fato de Um simples botão ser o que separa você (a sua imagem/representação) do mundo, gera uma espécie de fragilidade que parece ser ainda um sintoma subestimado. A imagem na grande mídia não tem sua potência classificada pelo poder do seu registro ou representação, mas apenas por sua capacidade viral (na internet) ou de assimilação apelativa e comercial (na tv em geral). Vídeo viral: Dentinho Mesmo não tendo um apelo conceitual, ele diz muito sobre essa inclusão digital e a fragilidade dessa exposição. O jovem não conceitualizou, nem pensou/programou o vídeo. Foi espontâneo, criação de um impulso, principal sintoma do formato das mídias de bolso. Refunda a noção de arte. Problematiza e complexifica nossa noção de intimidade/imagem. Ponto Positivo: Essa acessibilidade, além de produzir novas percepções poéticas, desloca o audiovisual de um elitismo que felizmente anda encontrando outras alternativas. Tornando todo cidadão um agente subjetivo em potencial, contextualizando, criticando e compartilhando suas impressões, sejam elas quais forem.
Nem Só O Que Anda é Móvel Conceito: Vídeos de desintegração semiológica baseados em paisagens de guerra e/ou intervenções virais. Projeto multimídia baseado em conteúdo audiovisual com potencial subversivo/semiológico. Formas de se pensar eventuais transformações estéticas a partir de registros amadores, videos terrorismos e cartas mensagens. Busca pequenas transformações em nossos padrões automáticos de interpretação de imagens audiovisuais Moysés, Dentista (2008) Igor Amin Obsessão pela vigilância A câmera, reconfigurada nesse objeto estranho, se torna um agente independente. O filme acontece automaticamente. Impulso espontâneo, que só poderia ser produzido pelo tamanha e praticidade do dispositivo
Free Tibet Igor Amin, Vinícius Cabral Imagem que a mídia nos condiciona. Fomos criados em meio a estéticas de guerra e de apelação através de imagens alienadas. Realizadores questionam essas imagens e nossa alienação perante isso. Nossa imagem do Tibet. E se perguntam o que significa esse Free Tibet : Tão ouvido mas pouco compreendido. Tudo não passa de uma imagem condicionada. O plano do filme é essa imagem.
the things that happen when i think of you - Juliana Mundim Relatos documentais (video diário) com pequenas inserções surreais que definem uma certa delicadeza (ao pensar em você). Insights afetivos. Apesar de não existir uma exposição direta da artista, percebemos uma sensibilidade bastante particular.