ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO EXMO. DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS



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Transcrição:

f.- ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO EXMO. DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N 018.2010.001180-0/001 r Vara da Comarca de Guarabira RELATOR: Dr. João Batista Barbosa, Juiz convocado para substituir o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos 01 APELANTE: Severino Vicente Soares ADVOGADO: José Alberto Evaristo da Silva 02 APELANTE: Unibanco Seguros S/A ADVOGADO: Rostand Inácio dos Santos APELADOS: Os mesmos APELAÇÕES CÍVEIS COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT PROCEDÊNCIA APELO DA SEGURADORA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA SEGURADORA E CARÊNCIA DE AÇÃO REJEIÇÃO ALEGAÇÃO DE NÃO COMPROVAÇÃO DA INVALIDEZ PERMANENTE ALEGADA AUSÊNCIA DE DOCUMENTO QUE INDIQUE OCORRÊNCIA DE INVALIDEZ PERMANENTE AUSÊNCIA DE FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO QUE SE IMPÕE PROVIMENTO APELO PA PARTE PREJUDICADO. É' parte legítima para figurar no polo passivo de ação de cobrança para recebimento de indenização de seguro obrigatório (DPVAT) todas as seguradoras que fazem parte do consórcio previsto no artigo 7 da Lei N 6.194174. Nas ações de cobrança relativa ao seguro DPVAT, apesar de ser necessário o prévio pleito na via administrativa como pressuposto ao ingresso da demanda judicial, afasta-se a ausência de interesse processual quando a seguradora contesta judicialmente o pretenso direito da parte requerente, posto que, a partir desse momento, passa a existir pretensão resistida (lide). Em não tendo a vitima, pai te autora, demonstrado a alegada invalidez permanente, limitando sua prova a um laudo médico que não indica a ocorrência da invalidez, não há como reconhecer o direito à indenização pretendida, devendo a sentença de procedência ser reformada. Com efeito, a teor do que preconiza o art. 333, inciso 1, do Código de Processo Civil,

compete ao autor o ônus de coni provar o fato constitutivo do seu direito. Resta prejudicado o apelo da parte que pretendia a majoração do valor condenatório, haja.5 isia o provimento do apelo da seguradora para julgar totalmente improcedente o pedido inaugural. acima identificados. VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos ACORDA a Egrégia Terceira Câmara Cível do Colendo Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em rejeitar a preliminar e, no mérito dar provimento à apelação da seguradora e julgar prejudicado o apelo da parte autora. RELATÓRIO Trata-se de Apelações Cíveis iuterpostas por Severino Vicente Soares e Unibanco Seguros S/A contra a decisão do Juiz a quo (fls. 67/70), que julgou procedente a Ação de Cobrança de Seguro DPVAT. condenando a seguradora "(..) ao pagamento de R$ 2.000,00 (dois mil reais), em virf de da fratura em três dedos e no próprio pé esquerdo que sofreu o promovente acidente automobilístico já amplamente narrado nos autos, valor este devidamente corrigido a partir da citação(..)". O autor interpôs apelação às fls. 72/77, requerendo a reforma da sentença apenas para majorar o valor da condenação para RS 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) nos termos da legislação específica do DPVAT. Já a seguradora demandada interpôs seu apelo às fls. 80/95, alegando ilegitimidade passiva; carência de ação; que o autor não fez a comprovação documental de sua pretensão, posto que não há nos autos prova irrefutável de que a invalidez do autor se configurou em caráter permanente. Ao final, requer o provimento do recurso para julgar improcedente o pedido e, sucessivamente, requer a reforma parcial para fixação da condenação no montante previsto na tabela que quantifica as lesões para fins do seguro DPVAT. O apelante, em suas razões recursais de fls. 54/57, alega, em síntese, que fez prova da ocorrência de trânsito bem como das consequências do sinistro ocorrido, qual seja, a debilidade permanente. razão pela qual entende que a sentença guerreada merece ser reformada. Contrarrazões apresentadas pelo nutor (fls. 124/130). recursos apelatórios. A Procuradoria de Justiça opinou pelo desprovimento dos É o relatório. VOTO:

APELO DA SEGURADORA Da Ilegitimidade Passiva da Seguradora Primeiramente, sustenta a apela :ate ser parte ilegítima para a causa, em virtude de haver sido concedido à swiradora Líder dos Consórcios autorização exclusiva para operar os seguros. Ora, detém o recorrente legitimidade passiva para a presente ação, porquanto integrante do grupo de seguradoras que respondem pelas indenizações decorrentes de DPVAT ( Art. 7 da Lei n 6.194/74). Nesse sentido, julgado do STJ: "AGRAVO REGIMENTAL. SEGURO OBRIGATÓRIO. LEGITIMIDADE. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. PRECEDENTES. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 e 356/STF. MATÉRIA DE PROVA. SÚMULA 7. - A indenização pelo seguro obrigatório (DPVAT) pode ser (obrada de qualquer seguradora que opere no complexo, mesmo antes da vigência da Lei n. 8.441/92, independentemente da identificação dos veículos envolvidos na colisão ou do efetivo pagamento dos prêmios. Precedentes. -(...) (AgRg no Ag 751.535/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/08/2006, DJ 25/09/2006 p. 268). Portanto, rejeita-se a alegação de ilegitimidade da parte e o pedido de inclusão da Seguradora Líder no pólo passivo da demanda. Da Carência de Ação, por Falta de Interesse de Agir Também não merece acolhimento a alegação de ausência de interesse processual do promovente para demandar Judicialmente pela cobrança da verba referente ao seguro obrigatório DPVAT. É que, apesar de entender ser necessário o acionamento na via administrativa, torna-se prescindível esse pleito quando a seguradora contesta judicialmente o mérito da questão. Se em via judicial o pleito está sendo negado, entendo que em via administrativa receberia o mesmo encaminhamento. Por tais razões, desacolhe-se o argumento aventado. Da não comprovação de ocorrência de invalidez peri,lanente A presente lide versa sobre indenização decorrente de seguro obrigatório DPVAT, que se caracteriza por ser um contrato legal, de cunho eminentemente social, com regras definidas em normas próprias, regido pelas Leis n's 6.194/74 e 8.441/92, tendo como objetivo garantir às vílirnas, indenizações em caso de morte e invalidez permanente, oriundas de acidentes cai Nados por veículos ou por suas cargas. Destarte, para os casos de de invalidez, estabelece o art. 5. da Lei 6.194/74, com as modificações introduzidas pela Lei 8.441/92, o seguinte: "Art. 5 0 O pagamento da indenização.crá efetuado mediante simples prova do acidente e do dano decorrente. independentemente da existência de

culpa, haja ou não resseguro, abolida qualquer franquia de responsabilidade do segurado. Na hipótese em apreço, todavia, a parte autora não se desincumbiu satisfatoriamente do encargo de demonstrar o imprescindível fato constitutivo do seu alegado direito. É que, apesar da comprovação do acidente, o autor não demonstrou a ocorrência de invalidez pe! manente, limitando sua prova a um laudo médico (fl. 18) que não indica ocorrênda de invalidez, não havendo, pois, como reconhecer o direito à indenização pretendida. Frise-se que, para o recebimento do seguro DPVAT, basta apenas que se comprove o acidente e o dano dele decorrente, não sendo necessariamente exigido o laudo emitido pelo IML. Entretanto, no caso dos autos, além de não haver o referido laudo, não há outro documento que indique a ex istência da invalidez. Consigno, por ser relevante, que o documento de f. 18 reportado na r. sentença como prova principal a acudir o direi o perseguido pelo promovente, embora registre fratura do quarto Metatarciano (pé esquerdo), nada diz sobre a invalidez ou debilidade permanente, não servindo como prova suficiente ao desate da questão. Ressalte-se, ainda, que o autor, cm audiência de Conciliação (fl. 58), informou que não tinha mais prova a produzir, quando poderia, nesse momento processual, ter requerido a realização de prova pericial para certificar a possível invalidez ou debilidade permanente. Com efeito, a teor do que preconiza o art. 333, inciso I, do Código de Processo Civil, compete ao autor o ônus de comprovar o fato constitutivo do seu direito. Logo, a inexistência de comprovação da invalidez permanente da vítima de acidente automobilístico inviabilizo o recebimento da indenização proveniente do seguro DPVAT. impõe. Portanto, a improcedência do pedido inicial é medida que se APELO DA PARTE Destarte, havendo a reforma da sentença para afastar a condenação imposta à seguradora e julgar improcedente o pleito inicial, torna-se prejudicado o apelo da parte que almeja apenas a majoração da condenação. Ante o exposto, DOU PROv 'MENTO AO APELO DA SEGURADORA para julgar improcedente o pedido inicial, ao tempo em que JULGO PREJUDICADO O APELO DO AUTOR. nos termos acima expostos. Inverto o ônus da sucumbência, observada a ressalva do art. 12 da Lei n 1.060/50, nos moldes fixados na sentença. É como voto. Presidiu a Sessão o Exmo. Sr. Des. Genésio Gomes Pereira Filho. Participaram do julgamento, o Dr. João Batista Barbosa, Juiz convocado para substituir o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos, o Exmo. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides e o Exmo. Des. Genésio Cinmes Pereira Filho.

Presente ao julgamento o Dr. Fi nncisco de Paula Ferreira lavor, Promotor de Justiça convocado. João Pesso de -nove 2012. Jo Barbosa vocado

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