Desenvolvimento da capacidade de representação gráfica. albertinafortunato



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Transcrição:

Desenvolvimento da capacidade de representação gráfica albertinafortunato

Os registos e marcas que a criança faz a partir das atividades de desenho e de pintura constituem alicerces significativos para todas as futuras atividades, quer sejam de desenho, de escrita ou de matemática escrita John Matthews, 2003

Desenha-se o que se vê (Gestalt, Eisner, 1967) ou o que se conhece (Goodenough, 1926) ou o que é atraente - o modo como os media apresentam conceitos/ objetos (Toku, 1997)

A possibilidade de expressão plástica e artística permite: dar significação aos objetos e desenvolver o pensamento simbólico, as imagens e as operações mentais (Piaget, 1971) a ação e manipulação concreta e imagética a criação de significados (Smith, 1982) incentivar a descoberta, a procura e a experimentação

O desenvolvimento da capacidade de compreender signos verbais e visuais possibilita a aprendizagem, a compreensão, a experimentação e a utilização desses mesmos signos... e depende do conhecimento aprofundado que se tem de outros domínios do conhecimento Parsons, 2002

Através do desenho e da pintura a criança: aprende a formar representações, manipula signos e símbolos e atribui significados

A função da educação artística é: sintonizar com o significado que a criança atribui a esta expressão participar numa relação recíproca entre principiante e perito... produtores e fazedores (Matthews, 1999).

Considerações sobre a criatividade no desenho Segundo Lowenfeld & Brittain (1970) Pássaro desenhado a partir da experiência e da memória da criança

Estádios de desenvolvimento do desenho - Herbert Read (1966) Garatuja (2-4) Linha (4) Simbolismo descritivo (5-6) Realismo descritivo (7-8) Realismo visual (9-10) Repressão (11-14) Revivalismo artístico (14+)

Estádios de desenvolvimento da expressão gráfica - Lowenfeld (1947) e Lowenfeld & Brittain (1977) Auto-expressão (garatuja, 2-4) Representação (pré-esquema, 4-7) Conceito da forma (esquema, 7-9) Realismo (turma, 9-11) Pseudonaturalismo (raciocínio 11-13)

Estádio da Garatuja ( 18 meses - 4 anos) - As crianças seguem uma ordem bastante previsível, 1º traços desordenados num papel que evoluem para desenhos com conteúdo reconhecível - Incapacidade sintética

Sem forma, sem intenção O embrião a partir da qual o grafismo se desenvolve Ondulado Controlo muscular mínimo Movimento do braço em varredura a partir do cotovelo ou do ombro Movimento emaranhado como uma caneta agarrada a um pêndulo ou fio

Garatuja desordenada: são realizados traços sem sentido, repetidos que variam em longitude e direcção. A criança pode olhar para os outros enquanto desenha, ignora os limites do papel e mexe todo o corpo para desenhar Garatuja controlada: ocorre quando a criança descobre um vínculo entre os seus movimentos e os traços no papel. A criança descobre o controle visual sobre os traços que faz.

Garatuja circular: explora movimentos controlados e demonstra capacidade para desenhar formas mais complexas. Início da precisão. Garatuja identificada: a criança começa a dar nome as seus desenhos - indício de mudança do cinestésico para o pensamento imaginativo. Desenvolve uma base para retenção visual. Desenha com uma intenção.

Estádio Pré-Esquemático - 4 a 7 anos Desenvolve uma ideia visual (= esquema) Criação da forma - relação entre o desenho e o objeto - na forma e não na cor O uso da cor é mais emocional do que lógico O desenho mostra o que a criança percebe como mais importante o objeto Não compreende o espaço (objetos colocados ao acaso no desenho)

4/5 anos - temas clássicos que procuram um certo realismo (paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais). A distribuição dos desenhos no papel começa a obedecer a uma certa lógica, (céu no alto da folha). Aparece ainda a tendência para a antropomorfização (sol com olhos e boca) 5/6 anos - os desenhos têm começo, meio e fim e muitos detalhes (cor). As figuras humanas aparecem vestidas. Os temas variam e não têm diretamente a ver com a vida da criança (indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo)

In Malchiodi (1998) In Lowenfeld (1947) Surgem formas circulares e lineares, que sugerem uma figura animal e/ ou humana que se torna mais elaborada (braços - mesmo que estejam ao lado das pernas, que representam o abdómen ou o corpo.

Unidades únicas (3 aos 7 anos) Desenho de objetos geométricos (cubo e cilindro) Partes do objeto (4 aos 13 anos) Todo integrado (a partir dos 8 anos)

Estádio Esquemático - 7 a 9 anos In Lowenfeld (1947) Descoberta de uma ordem nas relações espaciais Expressão a partir de um símbolo - linha de base A linha de base é universal - compreensão da relação entre criança e ambiente Espaço bidimensional - raras vezes surgem linhas que dão a noção de profundidade

Representações do espaço e tempo - inclusão num único desenho de diferentes sequências de tempo ou representação do tipo Raio X - simultaneidade interior e exterior como se o objeto fosse transparente. Relação entre cor e objeto - repetição das mesmas cores para os mesmos objetos = descoberta de lógica no mundo - operações concretas.

Duas formas de desenvolver o realismo: Observação - ver os outros, copiar movimentos (e não os desenhos) Experimentação - indiscriminada - reconhecível - repetição bem sucedida (geralmente, desenham cada vez mais figuras humanas e animais; e cada vez menos plantas

Estádio Pré-operatório ao operatório concreto 4 aos 8 anos Crescente realismo intelectual Não desenha o que realmente vê, mas tudo o que lá está

Com o realismo surge também a noção de perspetiva Os desenhos transmitem uma impressão de profundidade e distância. São muito exigentes e muitas crianças deixam de desenhar por acharem que não têm jeito

Erros típicos: Transparências Perspetivas mistas Figuras ao lado umas das outras, sem profundidade Consideração apenas do ângulo reto

e ainda desenha árvores e outras formas, em ângulos retos, em relação à encosta

Construção do símbolo - 6 aos 9 anos - A criança produz formas que representam ideias (conceitos) - A superfície do papel corresponde ao mundo vertical (chão e céu) - A necessidade de cada vez mais detalhes - A cor não é aleatória (céu azul, relva verde) - As representações podem ter múltiplas camadas (imagens tipo Raio-X )

Alternativas de representação de uma cena - Dobragem - vista diferente em cada metade da folha dobrada - Olho de pássaro - cena vista de cima - Múltiplas perspetivas - um único desenho com 2 ou mais vistas que representam uma ideia complexa

Alvorecer do realismo e a descoberta do: - significado da cor - significado do espaço - significado do traçado

Estádio da Turma - (9 aos 12 anos): maior consciência visual (maior proporção entre elementos, maior interesse por detalhes) desaparece a representação tipo Raio X. temas diferentes conforme género sexual aumenta a aproximação entre cores e objetos descoberta do plano porque o espaço entre as linhas de base adquire significado

Realismo visual: Respeita o ponto de vista do observador Representa a perspetiva de forma adequada Mostra esquerda, direita, frente e trás Linhas retas, ângulos, curvas, distância Redução possível Detalhes e mais detalhes

Desenha mais detalhes Emergência de relações euclidianas e projetivas Aplicação relações topológicas Realismo não fotográfico experiência com o objeto

Consciência de que não se podem representar os objetos tal como são (parecem ser) e, por isso, menor espontaneidade e vivacidade Expressão de sentimento Subtileza da cor Objetos saem da linha de base Tridimensionalidade

Estádio pré-adolescente - (10-13) Maior autocrítica e cuidado Maior consciência pessoal e da diversidade humana que conduz a uma reavaliação da sua competência (desencorajamento) Mais detalhe, ilusão de profundidade, subtileza da cor, e uso de técnicas e procedimentos sofisticados

Transição: criação de um mundo simbólico no papel objetividade e não-dependência das interpretações sujeito-objeto

Estádio pseudo-realista - 12 a 14 anos Artistas visuais: Inspiração através de estímulos visuais; envolvimento espectador que olha a partir do exterior; cor muda sob condições externas Artistas não-visuais: Produção com base em interpretações subjetivas que denotam a sua relação emocional com o mundo; envolvimento de forma muito pessoal; cor é uma ferramenta que reflete uma reação emocional com o objeto

Aos 12 anos a competência é próxima dos adultos Estádio da Arte dos adolescentes - 14 a 17 anos - Desenha com acuidade e pormenor - Utilização de perspetiva, luz, sombra, profundidade, textura

O desenho é útil como avaliação - Desenhar uma casa é o que melhor identifica os extremos - O desenho revela muito sobre o desenvolvimento cognitivo - O mesmo estádio não significa soluções idênticas

Um desenho, por si só, pouco revela A motivação para o desenho altera-se Farta-se facilmente Prefere ir brincar Pode copiar os outros desenhos Um desenho livre (ou a falta de esquema do que se reproduz) pode não potenciar este tipo de expressão e não revelar o potencial da criança

Estádios de desenvolvimento estético - (Parsons, 1987) 1. preferência 2. beleza e realismo 3. expressividade, 4. estilo e forma 5. autonomia.

A educação artística pode proporcionar a oportunidade de aumentar a capacidade de ação, de experiência, de redefinição e a estabilidade que é necessária numa sociedade cheia de mudanças, de tensões e incertezas. Lowenfeld & Brittain, 1977

Referências: Alland, A., Jr. (1983). Playing with form: Children draw in six cultures. New York: Columbia University Press. Bahia, Sara (2011). Capacidade de representação gráfica. Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Liboa. Hurwitz, A. & Day, M. (1995).Children and Their Art. Harcourt Brace College Publishers, Texas

Lewis, D. & Greene, J. (1983). Your Child's Drawings: Their Hidden Meaning. London: Hutchinson and Co. Lowenfeld, V. & Brittain, W.L. (1970). Creative and Mental Growth. (6th ed.) (p. 109). NY: Macmillan. Lowenfeld, V. L. (1980). Desarrollo de la capacidade creadora, Buenos Aires, Editora Kapelusz. Malchiodi, C.A. (1998). Understanding Children s Drawing s. New York: The Guilford Press.

Parsons, M. (1987). How we understand art: A cognitive developmental account of aesthetic experience. Cambridge: Cambridge University Press. Rahal, A. & Rolim, D. B. (2003). Desenho infantil e sua aplicação na avaliação fonoaudiológica. Revista Cefac: Atualização científica em Fonoaudiologia. (5) 4, 1-7 Read, H. (1943). Education through art. London: Faber and Faber