PAPEL DA MEDICINA NUCLEAR: TERANÓSTICO



Documentos relacionados
TUMORES NEUROENDÓCRINOS

TUMORES NEUROENDÓCRINOS:

Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios?

Setor de PET/CT & Medicina Nuclear PET/CT (FDG) Agradecimento a Dra. Carla Ono por ceder material científico

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo

A Medicina Nuclear no Diagnóstico dos Tumores Gastroenteropancreáticos

Carcinoma de tireóide ide na infância

Diretrizes Assistenciais. Protocolo de Conduta da Assistência Médico- Hospitalar - Pulmão

Seminário Metástases Pulmonares

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV?

Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) no Tratamento do. Câncer de Cabeça e Pescoço. Contexto da Medicina Baseada em Evidências

Tema: Tratamento da Doença Leptomeníngea

Tumores Neuroendócrinos

TUMORES NEUROENDÓCRINOS Endocrinologia. Ana Paula Santos Serviço de Endocrinologia IPO - Porto

A qualidade de vida de pacientes localmente avançados tratados com radioquimioterapia é melhor do que naqueles submetidos a laringectomia total?

Cancro do Pulmão. Serviço de Pneumologia Director: Dr. Fernando Rodrigues Orientador: Dr. José Pedro Boléo-Tomé

Estadiamento do Mediastino. PET-CT vs. Mediastinoscopia vs. EBUS

Estadiamento e Follow Up em Melanoma. Rafael Aron Schmerling

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Atuação da Acupuntura na dor articular decorrente do uso do inibidor de aromatase como parte do tratamento do câncer de mama


Atualidades na doença invasiva do colo uterino: Seguimento após tratamento. Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 29 a 31 de agosto de 2013

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO

TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO NO SEMINOMA E NÃO SEMINOMA DE ESTÁGIO I DE ALTO RISCO Daniel Fernandes Saragiotto

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes

SOBRE O AGEING@ COIMBRA

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino

30 de Abril 5ª feira Algoritmo de investigação: TVP e Embolia Pulmonar. Scores de Wells

Orientações sobre procedimentos em Medicina Nuclear. Oncologia

CARCINOMA DO OVÁRIO EM MULHER JOVEM QUANDO CONSERVAR?

IESC/UFRJ Mestrado em Saúde Coletiva Especialização em Saúde Coletiva Modalidade Residência Disciplina: Epidemiologia e Saúde Pública

Introdução. I ou 131 I -MIBG. PET com 18 F-FDG. PET com 18 F-DOPA. Conclusão

Juíz de Direito do 3º JESP do Juizado Especial da Comarca de Pouso Alegre

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV

Diretrizes Assistenciais. Protocolo de Conduta da Assistência Médico- Hospitalar - Meduloblastoma

MASCC/ISOO - Normas de Orientação Clínica baseadas na evidência para o tratamento da mucosite secundária ao tratamento oncológico

Rastreamento do câncer de pulmão

I Seminário de Controvérsias rsias em Aparelho Digestivo I Encontro Norte-Nordeste Nordeste de Videocirurgia no Aparelho Digestivo

Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira

Ana Isabel Oliveira. Hipertensão Endócrina Diagnóstico e tratamento SÍNDROMEDE CUSHING

Nódulo pulmonar de novo?

RADIOTERAPIA HIPOFRACIONADA EM MAMA: INDICAÇÕES E RESULTADOS

HUCFF-UFRJUFRJ ANM/2010

Oncologia. Oncologia. Oncologia 16/8/2011 PRINCÍPIOS DA CIRURGIA ONCOLÓGICA EM CÃES E GATOS. Patologia. Onkos tumor. Logia estudo

Cirurgia Torácica Videoassistida. Cancro do Pulmão

Papel da Imagem na Caracterização dos Meningiomas Medicina Nuclear (PET-RM / PET-CT) Ricardo Quartim Fonseca

Gomes,Gustavo V.; Abreu,Daniel D.G.; Magalhães,Gustavo S.C.; Calapodopulos,George H.;

Faculdade de Medicina de Lisboa Cadeira de Pediatria II Dra. Ana Paula Mourato

PROTOCOLO DE ACESSO A EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA GRUPO 35 SUBGRUPO

Feocromocitoma. Joaquim Garcia e Costa NÚCLEO DE ENDOCRINOLOGIA, DIABETES E OBESIDADE HOSPITAL CUF INFANTE SANTO

Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com

Fatores sócio econômicos interferem no prognóstico do Glioblastoma Multiforme

Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET-CT)

MEDICINA NUCLEAR TERAPÊUTICA DE HIPERTIROIDISMO. Susana Carmona

Atualização do Congresso Americano de Oncologia Fabio Kater

Cenário da Saúde da Criança e da Oncologia Pediátrica: avanços e desafios para a organização da rede assistencial

Radiopharmaceuticals: Status and Trends for Modern Medicine

TRATAMENTO SISÊMICO NEOADJUVANTE SEGUIDO DE CITORREDUÇÃO DE INTERVALO. Eduardo Vieira da Motta

7ª Reunião Luso-Galaica de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo. Caso Clínico. Hospital de Braga

FADIGA EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM RADIOTERAPIA CONVENCIONAL.

RADIOTERAPIA. (Tumores de Pulmão) Mauro Cabral de Rosalmeida

RASTREAMENTO EM CÂNCER CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS E IMPLICAÇÕES

Indicações e Particularidades da VNI nos Doentes com BQ. Cidália Rodrigues Serviço de Pneumologia - Hospital Geral CHUC

BENEFÍCIO CLÍNICO DA TERAPÊUTICA MÉDICA NO CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS METASTIZADO - A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO -

Sessão Televoter Diabetes. Jácome de Castro Rosa Gallego Simões-Pereira

MEDICINA NUCLEAR Lidia Vasconcellos de Sá 2011

Tratamento de Tumores Neuroendócrinos Gastroenteropancreáticos com 177 Lu-DOTA-TATE: Experiência do Instituto Português de Oncologia do Porto

Paciente de Alto Risco

Abordagem do doente com DPOC Agudizada

GUIA PET-CT DEPARTAMENTO DE MEDICINA MOLECULAR TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE POSITRÕES COM TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA MEDICINA DE EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO

Rinite. Asma. montelucaste. Margarete Arrais MD, Pneumologista

Comitê Gestor dos Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços COGEP

Impacto do encaminhamento para ambulatório de câncer hereditário na qualidade de vida de pacientes portadoras de câncer de mama

Câncer Colorretal Hereditário

16/04/2015 CÂNCER DE PULMÃO. Rastreamento do Câncer de Pulmão: Solução ou Complicação?

DETECÇÃO, DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

Recomendações do tratamento do câncer de rim estadio T1

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

CIRURGIA COLORRECTAL LAPAROSCÓPICA

SAMAR-IPEN lexidronam (153 Sm)

Caso Clínico. Andrea Canelas

André Salazar e Marcelo Mamede CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY. Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil.

Diretrizes Assistenciais. Protocolo de Conduta da Assistência Médico- Hospitalar CP Operado

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA

La Salete Martins. Hospital Santo António, CHP Porto

André Luís Montagnini Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo - HC/FMUSP

TEMA: Tratamento com Sunitinibe (Sutent ) do Carcinoma de Células Renais metastático (do tipo carcinoma de células claras).

Recomendações do Grupo de Estudos de Tumores Neuroendócrinos da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (GE-TNE)

I Data: 17/01/2006. III Tema: Bifosfonados Ácido zolendrônico. IV Especialidade(s) envolvida(s): Oncologia. V Questão Clínica/Mérito:

Lesões Talâmicas. Nuno Morais Joana de Oliveira Miguel Afonso João Abreu Lima José António Moreira da Costa

Tratamento da Doença do Enxerto contra o Hospedeiro Aguda (DECHa) pós-transplante de medula óssea com a infusão de células mesenquimais multipotentes.

Observação em Promoção da Saúde e Doenças Crónicas

Avaliação da dor torácica no serviço de urgência. Carina Arantes Interna de formação específica de cardiologia

Arn Migowski. Diretrizes Nacionais para a Detecção Precoce do Câncer de Mama

Neoplasias dos epitélios glandulares II

GAL-IPEN citrato de gálio (67 Ga)

Estágio Opcional em Anestesia Fora do Bloco Operatório

Transcrição:

O FUTURO DA PRÁTICA DA ONCOLOGIA EM PORTUGAL: BASEADA NO ÓRGÃO VERSUS ENTIDADE NOSOLÓGICA CASE STUDY: TUMORES NEUROENDÓCRINOS PAPEL DA MEDICINA NUCLEAR: TERANÓSTICO Inês Lucena Sampaio Assistente Hospitalar do Serviço de Medicina Nuclear do IPO-Porto

Expressão de Recetores da Somatostatina Cintigrafia com análogos da somatostatina- 111 In-DTPA 0 -octreótido ou 99m Tc-HYNIC-[D-Phe1,Tyr3 octreótido] PET/CT com análogos da somatostatina- 68 Ga-octreótido ou 68 Ga-octreotato Mecanismos de Captação de Neuroaminas Cintigrafia com 123 I-MIBG PET/CT com 18 F-FDOPA Metabolismo da Glicose PET/CT com 18 F-FDG

TNE: DEFINIÇÃO North American Neuroendocrine Tumor Society (NANETS) (NANETS Guidelines, The Pathologic Classification of Neuroendocrine Tumors, A Review of Nomenclature, Grading, and Staging Systems, 2010): Neuroendocrine neoplasms, defined as epithelial neoplasms, arise in most organs of the body Sistema Gastroenteropancreático (+++) Pulmão (++) Glândulas Supra-renais Tiróide Pele Sistema Genitourinário

INTRODUÇÃO- ESTUDOS DIAGNÓSTICOS MIBG ANÁLOGOS DA SOMATOSTATINA Cintigrafia com 123 I-MIBG 70% dos TNEs gastro-entéricos são MIBG +, mas frequentemente a intensidade de captação é muito baixa Cintigrafia com 111 In-Pentatreótido A maioria dos TNEs bem diferenciados apresenta elevada expressão de recetores da somatostatina: +++ ssrt2

TNE: DIAGNÓSTICO 68 Ga-DOTA-NOC PET/CT CAPTAÇÃO FISIOLÓGICA Hipófise Baço Fígado Glândulas suprarrenais Pâncreas (+++ cabeça/apófise unciforme) Sistema urinário (rins e bexiga) S (sensibilidade) global > 92% E (especificidade) global > 92%

CASO CLÍNICO- Primário Desconhecido Sexo fem. 48 anos, com metastização hepática de neoplasia neuroendócrina bem diferenciada diagnosticada em 1995. 1996, 2005 e 2008-111 In-Octreótido: metastização hepática com expressão de recetores da somatostatina. EDA, TC abdominal, Rx do trânsito delgado e rx esofagogastroduodenal negativos (1996). 2010-68 Ga-DOTA-NOC: primário ID (biópsia-1cm) PET/CT com 68 Ga-DOTA-NOC Cintigrafia com 111 In-Pentatreótido Informação adicional: metástase mesentérica

TNE: DIAGNÓSTICO EUROPEAN ASSOCIATION NUCLEAR MEDICINE GUIDELINES EANM 2010- INDICAÇÕES: TUMORES COM EXPRESSÃO SSRT (+++ TNE bem diferenciados) Estadiamento Restadiamento Determinação da expressão de SSRT Seleção para PRRNT (Peptide Receptor RadioNuclide Therapy) - análogos da somatostatina marcados com 177 Lu ou 90 Y Avaliação da resposta à terapêutica- a esclarecer

TNE: DIAGNÓSTICO PET/CT: 68 Ga-DOTA-NOC vs 18 F-FDG PET/CT com 68 Ga-DOTA-NOC PET/CT com 18 F-FDG

TNE: DIAGNÓSTICO GRAUS VARIÁVEIS DE DIFERENCIAÇÃO Entre doentes Em diferentes lesões Em áreas diferentes da mesma lesão 18 F-FDG PET: identifica lesões com menor grau de diferenciação Pior Prognóstico Cirurgia + Tx adicionais (ex: QT)

TNE: DIAGNÓSTICO 18 F-FDG PET/CT 1 Avaliação de TNE de alto grau/pouco diferenciados (G3) Papel complementar na avaliação de tumores bem diferenciados de grau intermédio (G2) em casos selecionados 1- Valentina Ambrosini et al, Eur J Nucl Med Mol Imaging (2012) 39 (Suppl1): S52-S60

TNE E MEDICINA NUCLEAR: TERANÓSTICO 68 Ga-DOTA-NOC 177 Lu-DOTA-TATE Emissor β + Agente Quelante Análogo da somatostatina Emissor β - e γ Análogo da somatostatina Estudo Imagem PET afinidade para ssrt2, ssrt3 e ssrt5 Estudo Imagem Cintigrafia afinidade para ssrt2 Terapêutica

TNE: TERAPÊUTICA RADIOMETABÓLICA JOINT GUIDELINES IAEA, EANM E SNMMI 2013 PRINCIPAIS INDICAÇÕES TNE GEP e Pulmonares com expressão de sstr2 Candidatos ideais: doentes com TNE bem ou moderadamente diferenciados (G1 ou G2 - Classificação da OMS 2010) Nota: em doentes com CNE (G3)- raramente uma opção terapêutica; considerar após insucesso de QT e se as lesões apresentarem expressão significativa sstr2 OUTRAS INDICAÇÕES Feocromocitoma Paraganglioma Neuroblastoma Carcinoma Medular da Tiróide

TNE: TERAPÊUTICA RADIOMETABÓLICA Peptide Receptor Radionuclide Therapy PRRNT: 177 Lu-DOTA-TATE ou 90 Y-DOTA-TOC PROTOCOLO IPO-PORTO RADIOFÁRMACO 177 Lu-DOTA-TATE ADMINISTRAÇÃO Via endovenosa lenta (com infusão de aminoácidos para proteção renal) ATIVIDADE MÉDIA 5,55 GBq (150mCi) CINTIGRAFIA APÓS-TERAPÊUTICA 3 a 24 h após cada ciclo

TNE: TERAPÊUTICA RADIOMETABÓLICA PeptideReceptorRadioNuclideTherapy- SEGURANÇA EFEITOS COLATERAIS AGUDOS AMINOÁCIDOS Náuseas (+++) Vómitos RADIOFÁRMACO Dor Síndrome carcinóide

TNE: TERAPÊUTICA RADIOMETABÓLICA PROTOCOLO IPO-PORTO: 177 Lu-DOTA-TATE 1º Ciclo 177 Lu-DOTA-TATE 2º Ciclo 177 Lu-DOTA-TATE 3º Ciclo 177 Lu-DOTA-TATE Intervalo de 3 meses Intervalo de 3 meses Avaliação inicial Clínica Analítica Imagiológica Avaliação 5 e 10 semanas após cada ciclo Clínica (IK; sintomas) Analítica (HG + BQ) Avaliação 3 a 6 meses após o 3º ciclo Clínica Analítica Imagiológica

PeptideReceptorRadioNuclideTherapy- SEGURANÇA Eur J Endocrinol January 1, 2015 EFEITOS COLATERAIS SUBAGUDOS OU CRÓNICOS MAIS FREQUENTE- TOXICIDADE HEMATOLÓGICA [<15% GRAU 3/4 WHO)

Quality of Life Questionnaire of the European Organization for the Research and Treatment of Cancer- foram consideradas melhorias diferenças de pelo 10 pontos nos scores de estado global/qualidade de vida, sintomas e Índice de Karnofsky Independentemente do outcome do tratamento registou-se em 40-70% dos casos (dependendo da sintomatologia prévia) uma melhoria da qualidade de vida e dos sintomas: em 70% náuseas e vómitos; em 67% diarreia; em 63% anorexia; em 60% obstipação; em 59% insónia; em 53% dor; em 49% astenia; em 44% dispneia.

PeptideReceptorRadioNuclideTherapy- RESPOSTA 0BJETIVA Eur J Endocrinol January 1, 2015

PeptideReceptorRadioNuclideTherapy- SOBREVIVÊNCIA Estudo retrospetivo 310 doentes com TNE GEP Tempo de sobrevivência mediano 46 meses Fator preditivo de sobrevida mais importante- resposta à terapêutica: Progressão vs Estabilização/Resposta (CT/RM- Southwest Oncology Group Solid Tumor Response Criteria)

Estudo prospetivo randomizado 230 doentes com TNE ID e Cólon direito ( midgut tumours )

CASO CLÍNICO- TNE PÂNCREAS 61 anos Dx (Março/2011): TNE bem diferenciado do pâncreas G2, irressecável com mtx. hepática Tratamentos prévios: Análogos da somatostatina (desde Abril/2011) 177 Lu-DOTA-TATE (Junho/2011) atendendo ao estadiamento e por progressão clínica Sintomas: astenia marcada e mal estar geral Evolução clínica após PRRNT: Franca melhoria (IK 50 80). 36 meses sem evidência de progressão; 68 Ga-DOTA-NOC PET Junho/2014 novas lesões hepáticas; assintomático. 68 Ga-DOTA-NOC PET/CT INICIAL 9,4 MESES APÓS 3º CICLO DE PRRNT

CONCLUSÃO TNEs GEP Bem Diferenciados A Medicina Nuclear tem um papel importante na abordagem clínica, através do uso de moléculas marcadas com emissores radionuclídeos diagnósticos ou terapêuticos -> TERANÓSTICO 68 Ga-DOTA-NOC PET/CT -> gold-standard (> 92% de S e E) 18 F-FDG PET/CT- casos selecionados (valor prognóstico/orientação terapêutica)

CONCLUSÃO TNEs GEP Bem Diferenciados Terapêutica radiometabólica/prrnt ( 177 Lu-DOTA-TATE ou 90 Y- DOTA-TOC)- benefícios reais em termos de eficácia e segurança: - Melhoria qualidade de vida/sintomas na maioria dos doentes - Tempo Mediano Livre de Progressão de Doença 16 a 33 meses - Tempo Mediano de Sobrevivência Global: 22 a 46 meses - Toxicidade hematológica relevante (grau 3/4 OMS) < 15% dos doentes - Toxicidade renal (grau 3/4 OMS) < 3% dos doentes

MUITO OBRIGADA