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Gabarito P2 Álgebra Linear I 2008.2 1) Decida se cada afirmação a seguir é verdadeira ou falsa. Se { v 1, v 2 } é um conjunto de vetores linearmente dependente então se verifica v 1 = σ v 2 para algum número real σ. Falso. É suficiente considerar os vetores de R 2, v 1 = (1, 2), v 2 = 0 = (0, 0). Estes vetores são linearmente dependentes: 0 v 1 + 1 v 2 = 0. Obviamente, para todo número real σ se verifica σ v 2 = 0 v 1. Considere os subespaços vetorias de R 3 V = { v = (x, y, z): x y z = 0}, U = { v = (x, y, z): x + y z = 0}, e uma transformação linear T : R 3 R 3 tal que A imagem de T é todo o espaço R 3. T (V) = U e T (U) = V. Verdadeiro. Considere o vetor v = (1, 0, 1) que pertence à interseção dos sub-espaços V e U e os vetores v 2 = (1, 1, 0) de V e v 3 = (0, 1, 1) de U. Estes três vetores formam uma base de R 3. Por hipótese, T (V) = U e T (U) = V, portanto estes três vetores são imagens de vetores w 1, w 2 e w 3 : T ( w i ) = v i, i = 1, 2, 3. Isto automaticamente implica que a imagem de T é R 3. Completaremos o argumento com detalhe. Dado qualquer vetor u de R 3 temos que, como os vetores v 1, v 2, v 3 formam uma base e T é linear, u = λ1 v 1 + λ 2 v 2 + λ 3 v 3 = = λ 1 T ( w 1 ) + λ 2 T ( w 2 ) + λ 3 T ( w 3 ) = = T (λ 1 w 1 + λ 2 w 2 + λ 3 w 3 ) = T ( w),

onde w = λ1 w 1 + λ 2 w 2 + λ 3 w 3. Logo a imagem de T é todo o R 3. Considere as retas r 1 que contém o ponto P e é paralela ao vetor v e a reta r 2 que contém o ponto Q e é paralela ao vetor w. Se P Q ( v w ) = 0 então as retas r 1 e r 2 são concorrentes. Falso. Duas retas paralelas r 1 e r 2 diferentes sempre verificam P Q ( v w ) = 0. Note que nesse caso temos w = σ v e portanto P Q ( v w ) = 0. Considere os planos A distância entre π e ρ é 1. π : x + y + z = 1, ρ: x + y + z = 0. Falso. Para calcular a distância consideramos qualquer ponto A de π, por exemplo A = (1, 0, 0), e a reta r perpendicualar aos planos que contém o ponto A, r = (1 + t, t, t), t R. Determinanos o ponto B de interseção de r e ρ: 1 + t + t + t = 0, t = 1/3, B = (2/3, 1/3, 1/3). A distância entre os planos é o módulo do vetor BA = (1/3, 1/3, 1/3). Este vetor tem módulo 3/3 = 1/ 3 1. A transformação T : R 2 R 2, T (x, y) = ( x, y), verifica T (0, 0) = (0, 0) e é linear.

Falso. Considere, por exemplo, T (1, 1) = (1, 1) e T ( 1, 1) = (1, 1). Se T fosse linear T ((1, 1) + ( 1, 1)) = T (0, 0) = (0, 0), e também T ((1, 1)+( 1, 1)) = T (1, 1)+T ( 1, 1) = (1, 1)+(1, 1) = (2, 0) (0, 0). Obtemos uma contradição. Prova tipo A Itens V F N 1.a x 1.b x 1.c x 1.d x 1.e x Prova tipo B Itens V F N 1.a x 1.b x 1.c x 1.d x 1.e x Prova tipo C Itens V F N 1.a x 1.b x 1.c x 1.d x 1.e x

Prova tipo D Itens V F N 1.a x 1.b x 1.c x 1.d x 1.e x 2) Prova tipo A: a) Considere a base β = { u 1 = (1, 0, 1), u 2 = (2, 1, 1), u 3 = (a, b, c)} de R 3 (as coordenadas dos vetores da base β estão escritas na base canônica E). Considere o vetor v cujas coordenadas na base canônica são ( v ) E = (4, 1, 2). Sabendo que as coordenadas do vetor v na base β são ( v ) β = (2, 1, 1) determine as coordenadas do vetor u 3 = (a, b, c) na base canônica. b) Considere uma transformação linear T : R 3 R 3 tal que a matriz de T na base canônica é 1 1 1 [T ] E = 1 1 a b c d e sua imagem é o plano vetorial V cujos vetores v = (x, y, z) verificam x + y + z = 0. Determine explicitamente valores para a, b, c e d.

c) Considere o subespaço vetorial a base de W W = { u = (x, y, z) R 3 : x + y z = 0}, γ = {(1, 1, 2), (0, 1, 1)} e o vetor v = (3, 1, 4) de W (as coordenadas dos vetores da base γ e do vetor v estão escritas na base canônica E). Determine as coordenadas ( v ) γ do vetor v = (3, 1, 4) na base γ. Prova tipo B: a) Considere a base β = { u 1 = (0, 1, 1), u 2 = (1, 2, 1), u 3 = (a, b, c)} de R 3 (as coordenadas dos vetores da base β estão escritas na base canônica E). Considere o vetor v cujas coordenadas na base canônica são ( v ) E = (1, 4, 2). Sabendo que as coordenadas do vetor v na base β são ( v ) β = (1, 2, 1) determine as coordenadas do vetor u 3 = (a, b, c) na base canônica. b) Considere uma transformação linear T : R 3 R 3 tal que a matriz de T na base canônica é 1 1 1 [T ] E = 1 1 a b c d e sua imagem é o plano vetorial V cujos vetores v = (x, y, z) verificam x y + z = 0. Determine explicitamente valores para a, b, c e d. c) Considere o subespaço vetorial a base de W W = { u = (x, y, z) R 3 : x + y z = 0}, γ = {(1, 1, 2), (1, 0, 1)} e o vetor v = (1, 3, 4) de W (as coordenadas dos vetores da base γ e do vetor v estão escritas na base canônica E). Determine as coordenadas ( v ) γ do vetor v = (1, 3, 4) na base γ.

Prova tipo C: a) Considere a base β = { u 1 = (1, 0, 1), u 2 = (1, 1, 2), u 3 = (a, b, c)} de R 3 (as coordenadas dos vetores da base β estão escritas na base canônica E). Considere o vetor v cujas coordenadas na base canônica são ( v ) E = (2, 1, 4). Sabendo que as coordenadas do vetor v na base β são ( v ) β = (1, 1, 2) determine as coordenadas do vetor u 3 = (a, b, c) na base canônica. b) Considere uma transformação linear T : R 3 R 3 tal que a matriz de T na base canônica é 1 1 1 [T ] E = 1 1 a b c d e sua imagem é o plano vetorial V cujos vetores v = (x, y, z) verificam x y + z = 0. Determine explicitamente valores para a, b, c e d. c) Considere o subespaço vetorial a base de W W = { u = (x, y, z) R 3 : x y z = 0}, γ = {(2, 1, 1), (1, 1, 0)} e o vetor v = (4, 1, 3) de W (as coordenadas dos vetores da base γ e do vetor v estão escritas na base canônica E). Determine as coordenadas ( v ) γ do vetor v = (4, 1, 3) na base γ. Prova tipo D: a) Considere a base β = { u 1 = (1, 1, 0), u 2 = (2, 1, 1), u 3 = (a, b, c)}

de R 3 (as coordenadas dos vetores da base β estão escritas na base canônica E). Considere o vetor v cujas coordenadas na base canônica são ( v ) E = (4, 2, 1). Sabendo que as coordenadas do vetor v na base β são ( v ) β = (2, 1, 1) determine as coordenadas do vetor u 3 = (a, b, c) na base canônica. b) Considere uma transformação linear T : R 3 R 3 tal que a matriz de T na base canônica é 1 1 1 [T ] E = 1 1 a b c d e sua imagem é o plano vetorial V cujos vetores v = (x, y, z) verificam x y z = 0. Determine explicitamente valores para a, b, c e d. c) Considere o subespaço vetorial a base de W W = { u = (x, y, z) R 3 : x y + z = 0}, γ = {(1, 2, 1), (0, 1, 1)} e o vetor v = (3, 4, 1) de W (as coordenadas dos vetores da base γ e do vetor v estão escritas na base canônica E). Determine as coordenadas ( v ) γ do vetor v = (3, 4, 1) na base γ. Respostas: (a) (Prova tipo A) (Prova tipo B) (Prova tipo C) (Prova tipo D) u 3 = (0, 0, 1). u 3 = ( 1, 1, 1). u 3 = (0, 0, 1/2). u 3 = (0, 1, 0). (b) (Prova tipo A) b = 0, c = 0, a + d = 1 e d 0.

(Prova tipo B) b = 0, c = 0, a d = 1 e d 0. (Prova tipo C) b = 2, c = 2, a d = 1 e d 2. (Prova tipo D) b = 2, c = 2, a + d = 1 e d 2. (c) (Prova tipo A) (Prova tipo B) (Prova tipo C) (Prova tipo D) ( v ) γ = (3, 2). ( v ) γ = (3, 2). ( v ) γ = (3, 2). ( v ) γ = (3, 2). 3) Considere uma base β = { u 1, u 2, u 3 } de R 3. a) Prove que também é uma base de R 3. γ = { u 1, u 2, u 1 + u 2 + u 3 } b) Suponha que as coordenadas do vetor v na base β são ( v ) β = (1, 2, 1). Determine as coordenadas de ( v ) γ = (y 1, y 2, y 3 ) de v na base γ. c) Considere o subespaço vetorial W = { u = (x, y, z) R 3 : x y z = 0} e o vetor u = (2, 1, 1) de W (as coordenadas do vetor u estão escritas na base canônica E). Determine uma base ϱ de W tal que as coordenadas ( u ) ϱ de u na base ϱ sejam ( u ) ϱ = (2, 0) (as coordenadas dos vetores da base ϱ devem estar escritas na base canônica E).

Resposta: (a) É suficiente verificar que os vetores u 1, u 2, u 1 + u 2 + u 3 são linearmente independentes (três vetores linearmente independentes de R 3 formam uma base). Para isso, veremos que a única combinação linear destes vetores dando o vetor nulo é a trivial. Escrevemos Isto é equivalente a λ 1 u 1 + λ 2 u 2 + λ 3 ( u 1 + u 2 + u 3 ) = 0. (λ 1 + λ 3 ) u 1 + (λ 2 + λ 3 ) u 2 + λ 3 u 3 = 0. Como os vetores u 1, u 2, u 3 são linearmente independentes temos que Portanto, necessariamente, se verifica λ 1 + λ 3 = 0, λ 1 + λ 2 = 0, λ 3 = 0. λ 1 = λ 2 = λ 3 = 0 e os vetores são linearmente independetes. (b) Da definição de coordenadas em uma base Isto é equivalente a v = y1 u 1 + y 2 u 2 + y 3 ( u 1 + u 2 + u 3 ). v = (y1 + y 3 ) u 1 + (y 2 + y 3 ) u 2 + y 3 u 3. Da unicidade de coordenadas em uma base e de ( v ) β = (1, 2, 1) obtemos que y 1 + y 3 = 1, y 2 + y 3 = 2, y 3 = 1. Portanto y 1 = 0, y 2 = 1, y 3 = 1.

(c) Devemos encontrar dois vetores linearmente independentes w 1 e w 2 de W tais que u = 2 w 1 + 0 w 2. Nesse caso a base é ϱ = { w 1, w 2 }. Portanto, w 1 = 1 u = (1, 1/2, 1/2). 2 Assim, w 2 pode ser qualquer vetor de W não nulo e não paralelo a w 1. Algumas possibilidades (há infinitas) são ϱ = { w 1 = (1, 1/2, 1, 2), w 2 = (1, 1, 0)}, ϱ = { w 1 = (1, 1/2, 1, 2), w 2 = (0, 1, 1)}, ϱ = { w 1 = (1, 1/2, 1, 2), w 2 = (1, 0, 1)}. 4) Considere a transformação linear T : R 3 R 3 que verifica T (1, 1, 0) = (2, 2, 1), T (1, 0, 1) = (3, 4, 2), T (0, 1, 1) = (3, 2, 1). a) Determine a matriz de T na base canônica. b) Determine o conjunto U de vetores w de R 3 que verificam T ( w ) = (2, 2, 2). c) Determine a imagem im(t (R 3 )) de T, im(t (R 3 )) = { v tal que existe w R 3 tal que v = T ( w )}.

Resposta: (a) Devemos determinar T (1, 0, 0), T (0, 1, 0) e T (0, 0, 1). Para determinar T (1, 0, 0) escrevemos (1, 0, 0) = x (1, 1, 0) + y (1, 0, 1) + z (0, 1, 1). Obtemos o sistema linear de equações Escalonando obtemos, 1 = x + y, 0 = x + z, 0 = y + z. 1 = x + y, 1 = y + z, 0 = y + z. e Portanto Logo 1 = x + y, 1 = y + z, 1 = 2 z. z = 1/2, x = 1/2, y = 1/2. (1, 0, 0) = 1 ( ) (1, 1, 0) + (1, 0, 1) (0, 1, 1). 2 Como T é linear, T (1, 0, 0) = 1 2 ( T (1, 1, 0) + T (1, 0, 1) T (0, 1, 1) ) = = 1 2 = 1 2 ( (2, 2, 1) + (3, 4, 2) (3, 2, 1) ) = (2, 4, 2) = (1, 2, 1). Da linearidade de T obtemos também (2, 2, 1) = T (1, 1, 0) = T (1, 0, 0) + T (0, 1, 0) = (1, 2, 1) + T (0, 1, 0). Logo Analogamente, T (0, 1, 0) = (1, 0, 0). (3, 2, 1) = T (0, 1, 1) = T (0, 1, 0) + T (0, 0, 1) = (1, 0, 0) + T (0, 0, 1).

Logo T (0, 0, 1) = (2, 2, 1). Portanto, a matriz de T na base canônica é: 1 1 2 2 0 2. 1 0 1 Verifique seu resultando aplicando esta matriz aos vetores (1, 1, 0), (1, 0, 1) e (0, 1, 1). (b) Para determinar w = (x, y, z) devemos resolver o sistema linear de equações 1 1 2 x 2 2 0 2 y = 2. 1 0 1 z 2 Obtemos o sistema x + y + 2 z = 2, 2 x + 2 z = 2, x + z = 2. As duas últimas equações implicam que o sistema é impossível (escalonando obtemos 0 = 1). Portanto o sistema é impossível e não existe nenhum vetor w tal que T ( w ) = (2, 2, 2). (c) A imagem im(t (R 3 )) de T é gerada pelos vetores T (1, 0, 0), T (0, 1, 0) e T (0, 0, 1), ou seja, pelos vetores (1, 2, 1), (1, 0, 0) e (2, 2, 1). Observe que os dois primeiros vetores geram o plano vetorial W cujo vetor normal é i j k (1, 2, 1) (1, 0, 0) = 1 2 1 = (0, 1, 2). 1 0 0 Isto é, W: y 2 z = 0. Observe que T (0, 0, 1) = (2, 2, 1) pertence ao plano W. Portanto, a imagem de T é im(t (R 3 )) = { v = (x, y, z): y 2 z = 0}. Dois comentários:

1. V. pode responder ao item (b) usando este resultado: como o vetor (2, 2, 2) não pertence a imagem de T não existe nenhum vetor w tal que T ( w ) = (2, 2, 2). 2. Para resolver o item (c) v. não necessita usar a base canônica, pode usar as imagens de qualquer base, por exemplo as imagens da base β = {(1, 1, 0), (1, 0, 1), (0, 1, 1)} que são dadas no enunciado.