Are communities saturated? On the relationship between α, β and γ diversity Ana Clara Corsi, Mariana Citta Aguiar, Sirlene Rodrigues e Tatiana Orli Milkewitz Sandberg Michel Loreau Ecol. Lett., 3, 73 76.
Abstract Gráficos de Diversidade local X Diversidade regional são interpretados como evidências de saturação da comunidade devido a interação entre espécies. Michel Loreau Usando os conceitos de diversidade alfa, beta e gama o autor mostra que as curvas de riqueza local-regional são determinadas pelo modo como a diversidade total é dividida entre diversidade beta e alfa, e são dependentes da escala empregada. A saturação se dá por limitações físicas, mas não por interação entre espécies.
Abstract Gráficos de Diversidade local X Diversidade regional são interpretados como evidências de saturação da comunidade devido a interação entre espécies. Ou fechadas, quando espécies imigrantes não conseguem se estabelecer devido à exclusão competitiva ou outra interação interespecífica, ou quando a taxa de imigração é compensada pela taxa de extinção (Stohlgren, 2008)
Abstract Gráficos Diversidade local X Diversidade regional interpretados como evidências de saturação da comunidade devido a interação entre espécies. Usando os conceitos de diversidade alfa, beta e gama o autor mostra que as curvas de riqueza local-regional são determinadas pelo modo como a diversidade total é dividida entre diversidade beta e alfa e são uma questão de escala. A saturação se dá por limitações físicas, mas não por interação entre espécies.
Tipos de Diversidade Diversidade Alfa (diversidade local, número de espécies numa pequena área homogênea) Diversidade Beta (diversidade entre habitats, observada na heterogeneidade da estrutura da comunidade, na sua composição e proporção de espécies) Diversidade Gama (diversidade regional, relacionada ao número total de espécies observadas em todos os habitats dentro de uma área geográfica)
Tipos de diversidade Diversidade alfa = 2 Diversidade beta = 6 Diversidade gama = 8
Tipos de diversidade Diversidade alfa = 2 Diversidade beta = 0 Diversidade gama = 2
Curva de saturação e relação entre as diversidades A diversidade de espécies de uma região é determinada por fatores locais, regionais, biogeográficos e históricos. Não saturada Saturada
Curva de saturação e relação entre as diversidades Se a diversidade α se mantiver contante, mas a diversidade γ aumentar, a diversidade β aumentará também, compensando. Não podemos considerar estas três diversidades em separado, são variáveis dependentes. Não saturada Saturada
Curva de saturação e relação entre as diversidades A diversidade α pode sim ser mantida constante, desde que as outras variáveis respondam a essa alteração (compensando o aumento de alguma delas). Isso depende sumariamente das escalas espaciais em que as divisões foram feitas (Whittaker, 1972, 1977). Não saturada Saturada
Não há na literatura nenhum protocolo de como definir a escala entre as diferentes diversidades.
Modo como a diversidade total é dividida Diversidade local como apenas alguns indivíduos X Diversidade local próxima a diversidade total
Curvas de riqueza: problemas metodológicos Caley & Schlutter (1997) e Srivastava (1999) demonstraram que as curvas de riqueza regional-local mudam gradualmente de uma curva de saturação para uma reta linear como consequência do aumento gradual do habitat local considerado, sem nenhuma alteração nas interações envolvidas. Fonte: Caley, M.J. and Schluter, D. 1997. The relationship between local and regional diversity, Ecology, 78, 70 80.
Processos homogenizadores Movimentações entre as regiões: migração dispersão Reduzem a diversidade β ao mesmo tempo que aumentam a diversidade α. Permitem que espécies extintas localmente retornem para a região! Dalfa = 2 Dbeta = 1 Dgama = 3
Processos homogenizadores Movimentações entre as regiões: migração dispersão Reduzem a diversidade β ao mesmo tempo que aumentam a diversidade α. Permitem que espécies extintas localmente retornem para a região! Dalfa = 3 Dbeta = 0 Dgama = 3
Ambientes heterogêneos Se o ambiente for muito diferente, pode gerar uma diversidade beta muito alta! Reduzem a diversidade α ao mesmo tempo que aumentam a diversidade β.
Importância da escala nas interações biológicas Para a maioria dos organismos, a hierarquia entre múltiplas escalas é caracterizada por diferentes padrões e processos que ocorrem a nível de população, espécies ou entre indivíduos.
Importância da escala Aparentemente, as escalas integram um continuum e diferem entre os organismos que estão interagindo. Para qualquer escala, a equação de partições da diversidade se mantém.
Conclusão Ricklefs (1987) dizia que. Muitos processos influenciam em diferentes níveis os padrões ecológicos observados: migração, dispersão, história evolutiva, heterogeneidade ou homogeneidade ambiental, efeito de escala, metologia da amostragem, esforço amostral, etc. Há muitos processos que podem gerar os padrões observados, portanto não podemos inferir processos a partir de padrões!
Bibliografia Caley, M.J. and Schluter, D. 1997. The relationship between local and regional diversity, Ecology, 78, 70 80. Loreau, M. (2000). Are communities saturated? On the relationship between alpha, beta and gamma diversity. Ecol. Lett., 3, 73 76. Vellend, M., (2010). Conceptual synthesis in community ecology. Q. Rev. Biol. 85, 183 206. doi:10.1086/652373 Ricklefs, R.E. Community Diversity: Relative Roles of Local and Regional Processes. Science, New Series, Vol. 235, No. 4785, pp. 167-171. 1987.