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!" #$%&!'"% (& ")*+" "(,-./%.%," %()0*/%. 1 2.1 CAR para a Região Sudeste/Centro- Oeste 8 2.2 CAR para a Região Sul 8 2.3 CAR para a Região Nordeste 9 2.4 CAR para a Região Norte 9 2.5 Recomendação Geral 9 %!..0..!,0. 2%3!+")%.&%%(& " %.&% 4.1 Premissas e Dados Específicos 11 4.1.1 Nível mínimo de segurança 11 4.1.2 Afluências 11 4.1.3 Usos Consuntivos 12 4.1.4 Carga de Energia 12 4.1.5 Geração Térmica 12 4.1.6 Geração de usinas não simuladas individualmente 13 4.1.7 Intercâmbio entre as Regiões Sudeste/Centro- Oeste e a Região Sul 13 4.1.8 Intercâmbio entre as Regiões Sudeste/Centro- Oeste e a Região Norte 14 4.1.9 Intercâmbio entre as Regiões Sudeste/Centro- Oeste e a Região Nordeste 14 4.1.10 Intercâmbio líquido das Regiões Sudeste/Centro- Oeste 14 4.2 Resultados para a CAR das Regiões Sudeste/Centro-Oeste 15 2%3!+"- 4 5.1 Premissas e Dados Específicos 17 5.1.1 Carga 17 5.1.2 Recebimento de energia pela Região Sul 18 5.1.3 Geração Térmica 18 5.1.4 Geração de usinas não simuladas individualmente 18 5.2 Construção da CAR do Sul 19 5.3 Determinação das Curvas de Segurança das Bacias 20 5.3.1 Bacia do Capivari-Cachoeira 20 5.3.2 Bacia do Jacuí 21 5.3.3 Bacia do Passo Fundo 22 5.3.4 Bacia do Uruguai 22 5.3.5 Bacia do Iguaçu 23 5.3.6 Composição das bacias 24 5.4 Curva de Armazenamento Mínimo 24

5.5 Resultados para a CAR da Região Sul 26 5 2%3!+"" )%.&% 4 6.1 Premissas e Dados Específicos 27 6.1.1 Nível mínimo de segurança 27 6.1.2 Defluência mínima 27 6.1.3 Afluências 27 6.1.4 Usos Consuntivos 28 6.1.5 Carga de Energia 28 6.1.6 Geração Térmica 29 6.1.7 Geração de usinas não simuladas individualmente 29 6.1.8 Intercâmbio entre a Região Nordeste e a Região Norte 30 6.1.9 Intercâmbio entre a Região Nordeste e as Regiões Sudeste/Centro-Oeste 30 6.1.10 Intercâmbio líquido da Região Nordeste 30 6.2 Resultados para a CAR da Região Nordeste 32 4 2%3!+"" &% 7.1 Premissas e Dados Específicos 33 7.1.1 Afluências às UHEs Tucuruí e Serra da Mesa 33 7.1.2 Defluência da UHE de Serra da Mesa 33 7.1.3 Unidades Geradoras Disponíveis 34 7.1.4 Carga 34 7.1.5 Geração Térmica 34 7.1.6 Geração de usinas não simuladas individualmente 35 7.1.7 Exportação/Importação de Energia da Região Norte no Período 2012-2013 35 7.1.8 Níveis Mínimos de Segurança 36 7.2 Construção da CAR do Norte 36 7.2.1 Determinação dos níveis de armazenamento requeridos para o reservatório de Serra da Mesa 37 7.2.2 Determinação dos níveis de armazenamento requeridos para o reservatório de Tucuruí 38 7.3 Resultados para a CAR da Região Norte 39!.&0)%6!3 0.780) ".%&0#%-0. (%9" 2% 0*+":!,0 9! 0 (%9" 2% 0*+")%.!(0.(+".! -0)0.!()!'!)0- %(&% (%9" 2!!&%.)% (&%,; #!".%(& %%3!/%. <0 0"<% =")"$0(%! "0)%>% # " (%9" 2%&%!(0*+")0.

#$%&!'"% (& ")*+" O objetivo desta Nota Técnica é subsidiar o processo de Audiência Pública a ser conduzido pela ANEEL para aprovação do uso das Curvas Bianuais de Aversão a Risco, biênio, no Planejamento e na Programação da Operação do SIN do Ciclo de Planejamento de 2012 e na formação do Preço de Liquidação das Diferenças PLD. A Resolução GCE nº 109, de 24 de janeiro de 2002, atribui ao ONS o papel de definir, em conjunto com MME, ANEEL e ANA, um mecanismo de representação de aversão a risco de racionamento. Essa disposição foi incorporada à legislação do Setor Elétrico por meio da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, Artigo 1º, parágrafo 4º, inciso III. Presentemente, esse mecanismo consiste em Curvas Bianuais de Aversão a Risco - CAR para o Sistema Interligado Nacional - SIN, as quais estabelecem requisitos de energia armazenada, em base mensal, adotados como referência de segurança para o atendimento do SIN, utilizando os recursos energéticos de custos mais elevados, de forma a preservar a segurança do atendimento à carga. Esta Nota Técnica apresenta as CAR propostas para o ano de 2012, com período de abrangência de 31 de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2013, para as Regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. A construção destas CAR tomou por base o Programa Mensal de Operação PMO de setembro/2011, no qual se destacam como principais informações atualizadas na 2ª Atualização Quadrimestral do Ciclo de Planejamento Anual de 2011: Cronogramas de obras de geração e transmissão acompanhados pelo Departamento de Monitoramento do Setor Elétrico DMSE/MME, ratificados pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico CMSE; Carga de energia elaborada pelo ONS e pela EPE para a 2ª Atualização Quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética Ano 2011; e Limites de transmissão inter-regionais calculados pelo ONS para a 2ª Atualização Quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética Ano 2011, descritos na NT ONS 112/2011 - Limites de Transferência de Energia entre Regiões e Geração Térmica por Restrições Elétricas para o período 2011/2015. Destacam-se os seguintes aperfeiçoamentos metodológicos incorporados a partir dessas CAR : Consideração de uma restrição de defluência mínima de 1.300 m 3 /s em Sobradinho, associada às restrições ambientais e de uso múltiplo da água. A

razão do uso desse valor, ao invés de 1.100 m 3 /s, como usualmente se tem utilizado no cálculo das CAR, se deve ao fato de que na prática esta restrição só pode ser alterada, com anuência da ANA, em situações absolutamente críticas e por curtos períodos de tempo, entre 3 e 4 meses, como por ocasião do racionamento de 2001 e nos meses críticos de 2004 e 2008. Além disso, para efeitos de aplicação dos POCP, e consequentemente para a definição dos níveis de segurança operativa a cada mês, é utilizado o valor de 1.300 m 3 /s, em conflito com o valor utilizado até então nas CAR e na definição dos níveis meta. Ou seja, considerando que a CAR é um mecanismo de segurança estrutural, não é adequada a utilização de uma premissa conjuntural, de curtíssima duração, com influência direta na definição dos níveis meta a serem utilizados nos POCP e com a própria política de antecipação preventiva de geração térmica decorrente do uso dessas CAR; Uso de uma CAR na Região Norte, já que esta Região atende à prerrogativa de ter uma curva de aversão a risco, em consonância com as demais Regiões do SIN, na medida em que possui disponibilidade de geração térmica local para garantia de requisitos mínimos de armazenamento (da ordem de 650 MWmed em 2012 15% da carga própria e 1.300 MWmed em 2013, 29% da carga própria), podendo inclusive esse recurso ser utilizado para evitar o desligamento da 2ª casa de força da UHE Tucuruí ao final de cada estação seca; Período de vigência da CAR de 31 de janeiro a 31 de dezembro do primeiro ano do biênio, com o objetivo de evitar variações abruptas entre os requisitos de armazenamento das CAR vigentes às 24 horas de 31 de dezembro do primeiro ano do biênio anterior (exemplo 2011, do biênio 2011/2012 das CAR ora vigentes) e os requisitos de armazenamento que seriam considerados nos cálculos das novas CAR atualizadas para as zero hora do dia 01 de janeiro e aprovadas pela ANEEL para uso no Ciclo de Planejamento Anual subsequente (exemplo 2012, do biênio ); com isso, a interpolação diária que se faz necessária para acompanhamento dos níveis de armazenamento em relação aos requisitos mensais das CAR se dará de forma suave entre as mudanças das CAR ao final e ao começo de cada ano de vigência de uma CAR bianual; e Consideração de um fator mínimo de redução na disponibilidade de geração máxima das fontes térmicas e não simuláveis programadas para o biênio de abrangência das CAR. Esse fator, de 10% em cada biênio, busca retratar a experiência recente de reprogramações sistemáticas dos cronogramas de obras dessas fontes apresentadas ao CMSE, com atrasos médios superiores a 30 meses, no total de aproximadamente 5.000 MW, que já deveriam ter entrado em operação comercial em dezembro de 2010, com impactos nas CAR de 2011 da ordem de 1.000 MWmed, trazendo assim a necessidade recorrente de proposições, pelo ONS, de revisões das CAR durante seu período de 5

vigência e no seu horizonte de abrangência, como o ocorrido no Ciclo de Planejamento de 2011. Esse fator permite ainda absorver potenciais atrasos decorrentes da eventual troca de combustível de algumas térmicas a óleo vencedoras dos leilões de energia nova, conforme a Lei nº 12.385, de 03/03/2011, dando-se assim uma maior estabilidade no uso dessas CAR e evitando-se a definição de requisitos de armazenamentos mínimos que poderão provocar gerações térmicas a maior quando da aplicação dos POCP, decorrentes do uso excessivo dos reservatórios pela sinalização de CMOs irreais na fase de Programação Mensal. A aplicação deste fator de 10% de segurança representa, no biênio, redução de oferta de 394 MWmed em 2012 e 1.076 MWmed em 2013, assim distribuídos: no SE/CO 150 MWmed em 2012 e 270 MWmed em 2013; no Sul 30 MWmed em 2012 e 46 MWmed em 2013 e no Nordeste 214 MWmed em 2012 e 760 MWmed em 2013. Para o subsistema Norte não houve aplicação de fator de redução uma vez que seu parque gerador em expansão encontra-se com suas obras iniciadas seguindo o cronograma previsto. 4

"(,-./%.%," %()0*/%. Em consonância com os dados e informações do PMO de setembro de 2011, e com os aperfeiçoamentos metodológicos apresentados anteriormente, os itens a seguir apresentam os valores das CAR das Regiões Sudeste/Centro- Oeste, Sul, Nordeste e Norte. 2.1 CAR para a Região Sudeste/Centro-Oeste A Curva Bianual de Aversão a Risco proposta para as Regiões Sudeste/Centro-Oeste é a indicada na Tabela 2.1-1, a seguir, que, mantidas as premissas de formulação, garante o pleno atendimento à carga, mesmo na hipótese da ocorrência das afluências do 4º biênio mais crítico do histórico para o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste 1933/1934, em 2012 e 2013, mantendo-se o nível mínimo de segurança de 10% EAR máx em cada mês do horizonte definido. Tabela 2.1-1 SE/CO - Curva Bianual de Aversão a Risco (% EAR máx) 31/jan 28/fev 31/mar 30/abr 31/mai 30/jun 31/jul 31/ago 30/set 31/out 30/nov 31/dez 2012 13% 24% 30% 34% 34% 32% 28% 23% 17% 13% 10% 10% 2013 20% 26% 32% 35% 36% 34% 30% 25% 19% 14% 10% 10% 2.2 CAR para a Região Sul A Curva Bianual de Aversão a Risco proposta para a Região Sul é a indicada na Tabela 2.2-1, a seguir, que, mantidas as premissas de formulação, garante o pleno atendimento à carga, mesmo na hipótese de ocorrência das afluências do pior ano do histórico para o Subsistema Sul 1945, em 2012 e 2013, mantendo-se o nível mínimo de segurança de 13% EAR máx em cada mês do horizonte definido. Tabela 2.2-1 Sul - Curva Bianual de Aversão a Risco (% EAR máx) 31/jan 28/fev 31/mar 30/abr 31/mai 30/jun 31/jul 31/ago 30/set 31/out 30/nov 31/dez 2012 33% 33% 34% 31% 25% 26% 29% 26% 34% 43% 47% 45% 2013 39% 36% 36% 33% 27% 28% 32% 22% 15% 13% 13% 13% Adicionalmente, deve ser adotado, como mecanismo complementar de aversão a risco, a curva de segurança da bacia do rio Iguaçu, apresentada no Item 5.3.5, em função da necessidade de se manter uma geração mínima nes- 1

sa bacia que permita a adequada operação da malha de transmissão de 500 kv de fronteira dos Subsistemas SE/CO e Sul, propiciando a maximização do recebimento de energia pela Região Sul. Essas restrições de armazenamento, individualizadas ou por bacia, devem ser consideradas na elaboração do PMO através de suas representações no modelo DECOMP. 2.3 CAR para a Região Nordeste A Curva Bianual de Aversão a Risco proposta para a Região Nordeste é a indicada na Tabela 2.3-1, a seguir, que, mantidas as premissas de formulação, garante o pleno atendimento à carga, mesmo na hipótese de ocorrência das afluências do biênio mais desfavorável do histórico para o Subsistema Nordeste 2000/2001, em 2012 e 2013, mantendo-se o nível mínimo de segurança de 10% EAR máx em cada mês do horizonte definido. Tabela 2.3-1 NE - Curva Bianual de Aversão a Risco (% EAR máx) 31/jan 28/fev 31/mar 30/abr 31/mai 30/jun 31/jul 31/ago 30/set 31/out 30/nov 31/dez 2012 10% 10% 13% 23% 24% 23% 20% 17% 14% 10% 11% 24% 2013 35% 37% 38% 37% 34% 30% 25% 20% 15% 11% 10% 10% 2.4 CAR para a Região Norte A Curva Bianual de Aversão a Risco proposta para a Região Norte é a indicada na Tabela 2.4-1, a seguir, mantendo-se o nível mínimo de segurança de 10% EAR máx em cada mês do horizonte definido. Tabela 2.4-1 Norte - Curva Bianual de Aversão a Risco (% EAR máx) 31/jan 28/fev 31/mar 30/abr 31/mai 30/jun 31/jul 31/ago 30/set 31/out 30/nov 31/dez 2012 - - - - - 76% 63% 45% 34% 26% 20% 17% 2013 - - - - - 75% 63% 45% 34% 26% 21% 17% Obs.: Aplicação da curva limitada ao período junho-dezembro de cada ano. 2.5 Recomendação Geral Recomenda-se que as Curvas Bianuais de Aversão a Risco possam ser revistas a qualquer época, na ocorrência de fatos relevantes que alterem de forma significativa as premissas adotadas nesta Nota Técnica.?

%!..0..!,0. As Curvas Bianuais de Aversão a Risco apresentadas na presente Nota Técnica foram determinadas considerando as seguintes premissas básicas, além daquelas específicas de cada Região, que serão descritos nos itens referentes a cada Região. Consideração da complementaridade hidrológica entre os Subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste, o que possibilita o auxílio recíproco não concomitante, através dos intercâmbios entre esses Subsistemas, na determinação das respectivas Curvas de Aversão a Risco; Consideração de simultaneidade de condições hidrológicas críticas nas Regiões Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste, configurando os valores-limite de suprimentos de energia pela Região Nordeste para as Regiões Norte e Sudeste/Centro-Oeste; Carga de energia projetada pelo ONS e pela EPE para a 2ª Atualização Quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética Ano 2011; Cronograma de obras de geração conforme o Programa Mensal de Operação PMO de setembro/2011, conforme determinado em reunião colegiada no DMSE/CMSE/MME em 17/08/2011, com participação do MME, ANEEL, EPE, CCEE e ONS e ratificada pelo CMSE; Limites de transmissão inter-regionais calculados pelo ONS para a 2ª Atualização Quadrimestral do Planejamento Anual da Operação Energética Ano 2011; Informações relativas ao histórico de vazões naturais e coeficientes de evaporação líquida aprovadas pela Resolução Autorizativa nº 243, de 11 de maio de 2004, da ANEEL e atualizadas pelo ONS, segundo os Procedimentos de Rede; Usos consuntivos da água (cenário tendencial), conforme Resoluções nº 209 a 216, de 22 de abril de 2004, da ANA; Fator de redução de 10% na geração máxima das usinas térmicas programadas entre janeiro de 2012 e dezembro de 2013, bem como nas fontes não simuláveis, como usinas eólicas, biomassa e PCHs, também programadas para o biênio.

2%3!+")%.&%%(& "%.&% 4.1 Premissas e Dados Específicos A seguir são apresentados as premissas e os dados específicos utilizados na determinação da Curva Bianual de Aversão a Risco CAR para as Regiões Sudeste/Centro-Oeste no biênio. 4.1.1 Nível mínimo de segurança Foi considerada a garantia de nível mínimo de segurança, correspondente a 10% do armazenamento máximo das Regiões Sudeste/Centro-Oeste, ao longo de todo o período de vigência da CAR. 4.1.2 Afluências Foi adotada, para o biênio, a repetição do 4º biênio mais crítico do histórico para o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste 1933/1934, equivalente a afluências anuais de 85% e 66% MLT. Os valores em % da MLT e das energias naturais afluentes correspondentes são mostrados, a seguir, nas Tabelas 4.1.2-1 e Tabela 4.1.2-2, respectivamente. Tabela 4.1.2-1 CAR SE/CO - Energia natural afluente (% MLT) - biênio 1933/1934 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 117% 86% 73% 83% 81% 75% 79% 80% 77% 81% 68% 87% 85% 2013 83% 62% 64% 65% 63% 56% 56% 56% 66% 61% 50% 81% 66% 1933/1934 76% Tabela 4.1.2-2 CAR SE/CO - Energia natural afluente (MW médios) - biênio 1933/1934 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 64.666 49.941 39.200 33.781 23.905 18.783 16.602 14.065 13.595 17.141 18.270 35.616 28.797 2013 45800 35933 34301 26208 18512 13918 11737 9810 11720 12784 13431 33171 22.277 1933/1934 25.537 Obs.: Valores calculados para altura de queda correspondente a 65% de armazenamento.

4.1.3 Usos Consuntivos Os valores utilizados devido aos usos consuntivos, em energia, estão apresentados na Tabela 4.1.3-1, a seguir. Tabela 4.1.3-1 CAR SE/CO - Energia associada aos usos consuntivos (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 405 383 577 857 749 1.105 1.174 1.093 1.146 587 678 428 765 2013 477 468 600 889 779 1.148 1.220 1.136 1.192 610 702 444 805 Obs.: Valores calculados para altura de queda correspondente a 65% de armazenamento. 4.1.4 Carga de Energia A carga considerada no estudo está detalhada na Tabela 4.1.4-1, a seguir. A média anual para 2012 é de 37.770 MW médios, o que representa um acréscimo de 4,8% em relação à carga de 2011. Para 2013 a média prevista é de 39.600 MW médios. Tabela 4.1.4-1 CAR SE/CO - Carga (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 37.315 38.276 38.736 38.117 37.408 37.184 37.280 37.870 38.034 38.222 37.770 37.067 37.770 2013 39.124 40.132 40.613 39.965 39.222 38.987 39.088 39.706 39.878 40.076 39.601 38.864 39.600 4.1.5 Geração Térmica A Tabela 4.1.5-1, a seguir, apresenta o despacho de geração térmica adotado para o Subsistema SE/CO, considerando um fator de redução de 10% na disponibilidade de geração máxima das fontes térmicas programadas para o biênio (redução de 52 MWmed em 2012 e 149 MWmed em 2013). Tabela 4.1.5-1 CAR SE/CO - Geração térmica máxima (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 7.942 8.127 8.071 7.989 8.065 8.135 8.375 8.375 8.405 8.413 8.413 8.407 8.226 2013 8.589 9.104 9.121 9.121 9.086 9.085 9.121 9.121 9.098 9.098 9.121 9.121 9.066 As disponibilidades da geração térmica máxima no período, sem a aplicação do fator, para o Subsistema SE/CO, encontram-se no Anexo I.

4.1.6 Geração de usinas não simuladas individualmente A geração de usinas não simuladas individualmente considerada no estudo foi a utilizada no PMO de setembro de 2011, que considera um fator de redução de 10% na disponibilidade de geração máxima das fontes não simuláveis programadas para o biênio (redução de 98 MWmed em 2012 e 121 MWmed em 2013). Os valores são apresentados na Tabela 4.1.6-1, a seguir. As disponibilidades da geração máxima de usinas não simuladas individualmente no período, sem a aplicação do fator, para o Subsistema SE/CO, encontram-se no Anexo II. Tabela 4.1.6-1 CAR SE/CO - Usinas não simuladas individualmente (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 2.461 2.466 2.748 3.268 3.828 3.874 3.933 3.964 4.079 4.242 4.254 3.363 3.540 2013 2.636 2.637 2.910 3.594 4.122 4.213 4.217 4.227 4.181 4.369 4.382 3.423 3.743 4.1.7 Intercâmbio entre as Regiões Sudeste/Centro-Oeste e a Região Sul Tendo em vista a variabilidade das afluências na Região Sul, bem como sua complementaridade hidrológica com o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, adotou-se um perfil anual de intercâmbios que considera transferências nulas no período dezembro a abril, tipicamente menos favorável na Região Sul, e recebimento pelo Sudeste/Centro-Oeste de maio a novembro, limitado à disponibilidade para exportação da Região Sul. Os intercâmbios adotados para o período são apresentados na Tabela 4.1.7-1, a seguir. Tabela 4.1.7-1 CAR SE/CO - Intercâmbios com o Subsistema Sul (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 0 0 0 0 1.720 1.720 1.720 1.720 1.720 1.720 1.720 0 1.003 2013 0 0 0 0 2.400 2.400 2.400 2.400 2.400 2.400 2.400 0 1.400

4.1.8 Intercâmbio entre as Regiões Sudeste/Centro-Oeste e a Região Norte A Região Norte caracteriza-se como exportadora de janeiro a maio de cada ano, com prioridade para as Regiões Sudeste/Centro-Oeste em todo o biênio. Os valores levam em conta as disponibilidades de exportação pelo Norte identificadas através de simulação do reservatório de Tucuruí para a respectiva condição hidrológica crítica. Os intercâmbios adotados são apresentados na Tabela 4.1.8-1, a seguir. Tabela 4.1.8-1 CAR SE/CO - Intercâmbios com o Subsistema Norte (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 600 2.920 3.150 3.150 3.540 970 0 0 0 0 0 0 1.194 2013 1.070 3.150 3.150 3.150 3.540 2.040 0 0 0 0 0 0 1.342 4.1.9 Intercâmbio entre as Regiões Sudeste/Centro-Oeste e a Região Nordeste Considerou-se o suprimento pela Região Nordeste às Regiões Sudeste/Centro- Oeste entre junho de 2012 e dezembro de 2013. Os intercâmbios considerados para o período são apresentados na Tabela 4.1.9-1, a seguir. Tabela 4.1.9-1 CAR SE/CO - Intercâmbios com o Subsistema Nordeste (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 0 0 0 0 0 635 701 1.526 310 224 152 112 305 2013 3.806 3.949 3.957 3.927 3.957 3.944 3.924 3.924 2.288 2.001 1.748 1.833 3.272 Cabe destacar que na definição destes intercâmbios adotou-se como premissa a disponibilidade de energia na Região Nordeste tendo como base a restrição de vazão mínima no rio São Francisco de 1.300 m 3 /s, conforme justificado no Item 6.1.2. 4.1.10 Intercâmbio líquido das Regiões Sudeste/Centro-Oeste A Tabela 4.1.10-1, a seguir, apresenta os montantes de intercâmbio líquido das Regiões Sudeste/Centro-Oeste considerados para o período (intercâmbios com o Sul, Norte e Nordeste). Valores positivos indicam recebimento e valores negativos indicam suprimento.

Tabela 4.1.10-1 CAR SE/CO - Intercâmbio líquido (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2011 600 2.920 3.150 3.150 5.260 3.325 2.421 3.246 2.030 1.944 1.872 112 2.502 2012 4.876 7.099 7.107 7.077 9.897 8.384 6.324 6.324 4.688 4.401 4.148 1.833 6.013 As obras de transmissão com influência nos intercâmbios inter-regionais e os valores limite associados estão indicados no Anexo III. 4.2 Resultados para a CAR das Regiões Sudeste/Centro-Oeste Com base nas premissas explicitadas, foram determinados os armazenamentos mínimos necessários para que, em nenhum mês do horizonte da CAR, o armazenamento equivalente do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste fosse inferior ao seu nível mínimo de segurança, de 10% do seu armazenamento máximo. Os resultados, obtidos para a afluência do biênio 1933/1934, constituem a Curva Bianual de Aversão a Risco das Regiões Sudeste/Centro-Oeste para o biênio e são apresentados na Figura 4.2-1 e Tabela 4.2-1, a seguir, respectivamente. No Anexo IV está apresentado o detalhamento dos cálculos para a determinação da CAR. Figura 4.2-1 CAR SE/CO - Curva Bianual de Aversão a Risco Armazenamento (%EARmax) 13% 32%28% 24%30%34%34% 26%32% 35%36% 34% 30% 23% 25% 20% 17% 19% 13%10%10% 14% 10%10%

Tabela 4.2-1 CAR SE/CO - Curva Bianual de Aversão a Risco (% EAR max) 31/jan 28/fev 31/mar 30/abr 31/mai 30/jun 31/jul 31/ago 30/set 31/out 30/nov 31/dez 2012 13% 24% 30% 34% 34% 32% 28% 23% 17% 13% 10% 10% 2013 20% 26% 32% 35% 36% 34% 30% 25% 19% 14% 10% 10% O máximo requisito de armazenamento das Regiões Sudeste/Centro-Oeste indicado pela CAR proposta para o ano de 2012 é de 34% EAR máx, em 30 de abril. Isto corresponde a uma redução de 2% EAR máx em relação ao valor máximo da CAR dessa Região utilizada em 2011. 5

2%3!+"- 5.1 Premissas e Dados Específicos A Curva Bianual de Aversão a Risco da Região Sul apresentada na presente Nota Técnica foi determinada considerando-se os seguintes dados e premissas específicas de cada bacia: Garantia de níveis mínimos de segurança de armazenamento em cada bacia ou aproveitamento individualizado para impedir a operação a fio d água, durante o período dezembro a abril, considerando-se ainda um atraso de um mês no início da estação chuvosa e o atendimento, durante esse período, de restrições de vazão mínima de natureza ambiental e de uso múltiplo da água. Para o cálculo das curvas de segurança das bacias, no período de janeiro a abril, consideraram-se as vazões correspondentes do período histórico de Nov/1942-Abr/1943, o pior semestre verificado na bacia dos rios Iguaçu (37% MLT) e Uruguai (23% MLT), responsáveis por cerca de 74% da energia armazenada na Região Sul, o segundo pior na bacia do Passo Fundo (23% MLT), o terceiro pior na bacia do Jacuí (33% MLT) e o quarto pior no Capivari-Cachoeira (70% MLT). Extensão da simulação até o mês de maio para considerar o atraso no início da estação chuvosa observada no ano de 1943. Cálculo dos níveis mínimos dos aproveitamentos das bacias do Iguaçu e do Uruguai considerando-se a restrição de descargas mínimas nos aproveitamentos de Salto Caxias e Itá, respectivamente, correspondente à geração mínima de uma máquina em cada aproveitamento. No caso da bacia do Jacuí, determinaram-se níveis mínimos de segurança para garantir a restrição ambiental em Dona Francisca. As bacias do Passo Fundo e do Capivari - Cachoeira apresentam restrições apenas de natureza elétrica, bastando a manutenção do nível mínimo de segurança de 5% V.U. para se evitar a operação a fio d água. 5.1.1 Carga A carga considerada no estudo está detalhada na Tabela 5.1.1-1, a seguir. A média anual para 2012 é de 10.127 MW médios, o que representa um acréscimo de 4,5% em relação à carga de 2011. Para 2013 a média prevista é de 10.513 MW médios. 4

Tabela 5.1.1-1 CAR Sul - Carga (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 10.457 10.673 10.737 10.266 9.968 9.969 9.888 9.884 9.764 9.851 9.978 10.104 10.127 2013 10.858 11.082 11.148 10.659 10.350 10.350 10.266 10.262 10.138 10.229 10.360 10.491 10.513 5.1.2 Recebimento de energia pela Região Sul Os recebimentos pelo Sul foram determinados com a adoção do critério N-1, em conformidade com os Procedimentos de Rede. Atualmente, a separação elétrica da Região Sul é um evento de probabilidade muito reduzida, devido à robustez do sistema de interligação com o SE/CO, o que permite recebimentos superiores a 50% da carga da Região. Os recebimentos adotados para o período são apresentados na Tabela 5.1.2-1, a seguir. Tabela 5.1.2-1 CAR Sul - Recebimento proveniente do Sudeste/Centro-Oeste (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2011 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 2012 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.1.3 Geração Térmica A Tabela 5.1.3-1, a seguir, apresenta o despacho de geração térmica máximo, adotado para o Subsistema Sul. Não foi aplicado fator de redução uma vez que não existem fontes térmicas programadas no biênio para essa Região. Tabela 5.1.3-1 CAR Sul - Geração térmica máxima (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 1.495 1.502 1.502 1.502 1.502 1.502 1.502 1.502 1.502 1.502 1.502 1.502 1.502 2013 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 1.536 5.1.4 Geração de usinas não simuladas individualmente A geração de usinas não simuladas individualmente considerada no estudo foi a utilizada no PMO de setembro de 2011, que considera um fator de redução de 10% na disponibilidade de geração máxima das fontes não simuláveis programadas para o biênio (redução de 30 MWmed em 2012 e 46 MWmed em 2013). Os valores são apresentados na Tabela 5.1.4-1, a seguir. 1

As disponibilidades da geração máxima de usinas não simuladas individualmente no período, sem a aplicação do fator, para o Subsistema Sul, encontram-se no Anexo II. Tabela 5.1.4-1 CAR Sul - Usinas não simuladas individualmente (MW médios) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MÉDIA 2012 822 777 737 764 944 953 1.030 1.067 1.068 1.109 1.079 1.054 950 2013 1.003 918 899 915 1.098 1.085 1.164 1.175 1.196 1.239 1.212 1.188 1.091 5.2 Construção da CAR do Sul Na definição da CAR do Subsistema Sul devem ser contemplados os requisitos de vazão mínima a jusante de aproveitamentos hidrelétricos, por razões ambientais e de uso múltiplo, e as expectativas de gerações mínimas em usinas/bacias, em vista da relevância e prioridade atribuída aos mesmos. Nesse caso, a representação a sistema equivalente para o cálculo da CAR da Região Sul é insuficiente, pois essa abordagem é incapaz de levar em consideração a distribuição espacial da energia armazenada no sistema de reservatórios dessa Região e simultaneamente o atendimento a esses requisitos de vazão mínima. De forma a se considerar essas especificidades do Subsistema Sul na determinação da CAR, é necessária a consideração de curvas de segurança por bacia, apenas para o período seco. A CAR da Região Sul deve então ser determinada de modo a contemplar um limite inferior de armazenamento resultante da composição dos níveis das curvas de segurança de cada bacia durante esse período. Devido a estas restrições de vazões mínimas por razões ambientais e de uso múltiplo da água, torna-se impossível a alocação plena na curva de carga de todos os recursos de geração térmica, intercâmbios e do parque hidrelétrico disponíveis na Região. Portanto, é adotada uma geração hidrelétrica mínima como uma restrição na simulação do reservatório equivalente, evitando-se o simples abatimento na carga daqueles recursos. Adicionalmente, a determinação da CAR da Região Sul deve levar em conta que esta Região encontra-se sujeita a dois fatores de risco na garantia de seu atendimento energético: O primeiro, associado à ocorrência de regimes hidrológicos severos em diferentes períodos do ano, quando os estoques armazenados em seus reservatórios, bem como sua geração térmica local, necessitam da complementação energética do SIN através da interligação Sul-Sudeste/Centro-Oeste.?

O segundo, que na ocorrência deste regime hidrológico severo, haja simultaneamente uma indisponibilidade forçada em um dos equipamentos da referida interligação, com a consequente limitação na capacidade de suprimento do SIN para a Região Sul. Neste contexto, entende-se que a CAR, por constituir-se em um mecanismo de aversão ao risco, deve contemplar a ocorrência simultânea destes fatores de risco, além da consideração dos requisitos da vazão mínima já mencionados, dotando os reservatórios da Região Sul de armazenamentos tais que suportem os sobreditos fatores de risco por um período definido de tempo, sem ter que se impor restrições no pleno atendimento à carga. Para tanto, foi estabelecida uma série hidrológica de referência e um limite de transferência de energia para a Região, dimensionado de forma a considerar a contingência na malha de transmissão que imponha a restrição mais significativa ao suprimento à Região Sul. A determinação da Curva Bianual de Aversão a Risco da Região Sul se faz por simulações recursivas, utilizando-se as afluências correspondentes ao ano crítico histórico e considerando-se os níveis de segurança sistêmicos, determinados pela composição dos níveis das bacias, como restrições de armazenamento do reservatório equivalente. Considerando o ciclo anual de regularização do sistema da Região Sul, foi adotada a repetição da série crítica nos dois anos analisados. A repetição da série de 1945 em dois anos sucessivos não acarreta elevação dos requisitos de armazenamento da Região Sul no 1º ano, pois, como será mostrado, a CAR apresenta um ciclo anual bem definido, passando pelo seu valor mínimo, 13%, tornando seus cálculos para este ano independentes dos valores do ano subsequente. De modo a atenuar as variações amostrais inerentes à série histórica, que se refletem em mudanças abruptas dos requisitos de armazenamento, adotou-se um procedimento de suavização, por meio do uso de médias móveis de ordem 3 dos valores de energias naturais afluentes. 5.3 Determinação das Curvas de Segurança das Bacias 5.3.1 Bacia do Capivari-Cachoeira Devido à inexistência de restrições de geração mínima associadas ao uso múltiplo da água ou a restrições ambientais, considerou-se apenas o nível mínimo de segurança de 5% para evitar a operação a fio d água.