Escalada Tarifária do Setor Elétrico
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- João Batista de Sá Campos
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1 Escalada Tarifária do Setor Elétrico Priscila Lino FIESP São Paulo, 19 de agosto de
2 Retrospectiva 2012 Set/12: Edição da MP n o 579 que trata da renovação das concessões: Anúncio de redução das tarifas de energia em 20% em média (16% no residencial); Redução alcançada com aporte 3,3 bilhões a fundo perdido na CDE. Out/12: início do despacho pleno dos geradores termoelétricos; Dez/12: o sistema atinge o menor nível de armazenamento histórico...; Leilão A-1: governo não realiza o certame. NOVO RECORDE MELHOR armaz. da história PIOR armaz. da história 2
3 Retrospectiva 2013 Jan/13: anúncio em cadeia nacional ratificando a redução de tarifas: Ampliação da redução das tarifas no residencial de 16% para 18%; Ampliação do aporte a fundo perdido do Tesouro para de 3,3 para 9 bilhões. Distribuidoras iniciam o ano descontratadas: 2 GW med PLD médio 260 R$/MWh. Auxílio financeiro (empréstimo) de 10 bi do Tesouro Nacional às distribuidoras: Uso dos recursos disponíveis no fundo RGR que seriam para o pagamento das indenizações. Elevação abrupta do ESS; Resolução CNPE N o 3: Incorporação da versão ao risco no PLD; Mudança na alocação do ESS. Leilões de Energia Existente: Fracasso do Leilão A-0 (teto 172 R$/MWh); Leilão A-1: 2,5 GW med 177 R$/MWh (concentração de geradores estatais). 3
4 Retrospectiva 2014 Sistema inicia com o pior nível de armazenamento da história; Distribuidoras iniciam o ano mais um vez descontratadas: 2,5 GW med PLD médio 655 R$/MWh. Novo socorro financeiro às distribuidoras: Empréstimo de 21,2 bilhões com criação da Conta ACR (11,2 + 6,6 + 3,4 bilhões); Aporte do Tesouro de 4 bilhões na CDE (1,2 via empréstimo efetuado em jan/15 e 3,8 a fundo perdido que nunca chegou a ser depositado...). Leilões de Energia Existente (preços elevados): Leilão A-0: contrata 2,0 GW med à 270 R$MWh; Leilão A-1: contrata 0,6 GW med à 200 R$/MWh. Aneel estabelece a redução do teto do PLD: Receio de iniciar 2015 com nova crise financeira; Medida aumenta o ESS de Restrição Operativa. Governo permanece negando o Tarifaço. 4
5 R$/MWh - valores nominais E o ano de 2015 chegou e com ele, o realismo tarifário... Eliminação de todo o subsídio do Tesouro Nacional no fundo da CDE e repasse integral dos custos associados às indenizações ainda não pagas: cota ampliada de 1,6 para 18,9 bi; Alteração da regra de alocação do ESS de Restrição Operativa: custos de térmicas com CCEARs compensados pelos consumidores cativos; Aumento das bandeiras tarifárias: cobertura de 17 bilhões; RTE das distribuidoras: Repasse dos custos da CDE e da compra de energia (Itaipu, leilões etc) - cobertura de 24 bilhões. 338 Tarifa de Fornecimento Residencial (média de 30 distribuidoras) % % % Projeção de reajuste médio para 2015 de 10%, fruto do repasse da 1 o parcela da Conta ACR -18% % +3% Dez/2012 Mar/2013-RTE Dez/2013 Dez/2014 Jan/2015(*) Mar/2015-RTE/BVM(*) (+) Reajuste 2015 Sem impostos - Fonte: SAMP/ANEEL, (*)REN-B1/ANEEL 5
6 Situação ao final de 2014/início de 2015 SIN (% max) 31/Jan O racionamento em 2014 foi evitado porque o governo decidiu esvaziar os reservatórios, na esperança de vazões favoráveis Redução do consumo industrial devido ao (início) dos problemas econômicos + flexibilização de restrições de usos múltiplos 72% 75% 56% 33% 39% 50% 57% 48% 73% 73% 76% 54% 64% 78% 63% 75% 38% 43% Armazenamento no final de Janeiro de 2015 O risco foi transferido para este ano 22% Recomendação da PSR no final do período úmido de 2015: reduzir o consumo entre 6 e 8% para chegar a 10% de armazenamento em Novembro 6
7 Desde então, a demanda desabou... Primeira projeção p/ 2015: +3,2% com relação a 2014 Primeira revisão: crescimento nulo Segunda revisão (agosto): -1,6% Crescimento de 1,5% com relação a 2013 Isto equivale a: Perder 3,2 GW médios de demanda em 2015 Esta redução da demanda diminuiu a preocupação com segurança de suprimento Infelizmente por uma razão ruim Fonte: ONS Ou Dois anos de crescimento de carga Ou racionar 11% da demanda a partir do Segundo semestre 7
8 Pelo lado comercial só confusão Geradores hidroelétricos: problema do GSF Geradores termelétricos: quando despachar vira um problema Consumidores: herança maldita 8
9 Perspectivas pós
10 Segurança de suprimento: conjuntural Fonte: ONS (PMO Julho) Reservatórios chegariam no final do ano a 27% em média Risco de racionamento em 2016: 5% (sudeste) Corte de carga > 5% da demanda Corte de carga > 1% 9% de risco 10
11 Segurança de suprimento: estrutural Redução de demanda + contratação de oferta nova em leilões passados producirá uma sobreoferta estrutural, mesmo com atrasos na oferta (premissa PSR) Balanço oferta x demanda de garantía física Fonte: PSR, base PMO de Julho com ajustes feitos pela PSR (Valores de 2015 de Julho a Dezembro) 11
12 Vulnerabilidade do balanço à oferta futura Balanço oferta x demanda de garantía física Excesso estrutural depende da implementação da nova oferta a partir de 2018 Fonte: PSR, base PMO de Julho com ajustes feitos pela PSR (Valores de 2015 de Julho a Dezembro) 12
13 R$/MWh - valores nominais Tarifas do ACR: o que (ainda) estaria por vir? Insuficiência de recursos da bandeira tarifária Indenizações das concessões das geradoras Ativos de transmissão existentes em 2000 R$ 64 bilhões Dívida da Eletrobrás com a Petrobras (CCC) Auxílio às hidrelétricas por conta do GSF Medidas do governo para reforçar a geração +39% Tarifa de Fornecimento Residencial (média de 30 distribuidoras) % Indenizações % 385 Custos Extras de Geração Reajuste % +3% % Dez/2012 Mar/2013-RTE Dez/2013 Dez/2014 Jan/2015(*) Mar/2015-RTE/BVM(*) (+) Reajuste Passivos Sem impostos - Fonte: SAMP/ANEEL, (*)REN-B1/ANEEL 13
14 R$/MWh - valores nominais Exemplo: realocação da CDE do industrial para o residencial Transferência de R$ 10 bilhões para o mercado regulado % +39% Tarifa de Fornecimento Residencial (média de 30 distribuidoras) % Indenizações 385 Custos Extras de Geração % Reajuste % +3% % Dez/2012 Mar/2013-RTE Dez/2013 Dez/2014 Jan/2015(*) Mar/2015-RTE/BVM(*) (+) Reajuste Passivos Sem impostos - Fonte: SAMP/ANEEL, (*)REN-B1/ANEEL 14
15 A tarifa vai crescer para sempre? Fatores que influenciarão 2016 Despacho térmico Revisão dos valores da bandeira tarifária Retirada de componentes financeiras (CVAs) das tarifas Exemplo: compensação do GSF acumulado de Itaipu (55 R$/MWh) Cobertura do GSF Gastos da CDE Indenizações Provavel insuficiência de recursos em 2015 Alocação temporal de despesas 15
16 E para o futuro Financiabilidade será o tema do setor Menor amortização, menor alavancagem e flexibilidade Taxa de câmbio em novo patamar Novos contratos mais caros (insegurança regulatória) TIR dos investidores aumentou para 14% Estimativa de CME da EPE passou para 154 R$/MWh; nossa estimativa é 180 R$/MWh Esta estimativa de CME ainda não considera a taxa de câmbio de 3,5 e o aumento dos custos de financiamento para 16% ao ano Excesso de oferta em relação à demanda devido à contração econômica e saída de consumidores para o ACL (a seguir) No passado as distribuidoras podiam reduzir os contratos dos existentes; com as cotas, o espaço de manobra é bem menor 16
17 MUITO OBRIGADA www,psr-inc,com
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