Em 13 de janeiro de 2012.
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- Washington Mascarenhas Álvaro
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1 Nota Técnica nº 003/2012-SEM/ANEEL Em 13 de janeiro de Processo: / Assunto: Instauração de Audiência Pública, na modalidade Intercâmbio Documental, para subsidiar o processo de aprovação do Edital do Leilão nº 01/2012-ANEEL e anexos para contratação de energia proveniente de novos empreendimentos de geração em I. DO OBJETIVO Instruir o processo de elaboração das minutas dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado CCEAR, modalidades de quantidade e de disponibilidade, em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério de Minas e Energia MME para a realização de processo licitatório para contratação de energia proveniente de novos empreendimentos de geração em 2012, com início de suprimento em II. DOS FATOS 2. O Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004, disciplina a comercialização de energia elétrica e estabelece as diretrizes para os leilões de compra de energia elétrica pelos agentes de distribuição no Ambiente de Contratação Regulada ACR. Em seu art. 19, determina à ANEEL promover, direta ou indiretamente, licitação na modalidade de leilão, para a contratação de energia elétrica pelos agentes de distribuição do Sistema Interligado Nacional SIN, observando as diretrizes fixadas pelo MME. 3. A Portaria MME n 514, de 02 de setembro de 2011, estabelece diretrizes gerais para os processos dos leilões previstos no art. 19 do Decreto nº 5.163/2004. Tais diretrizes se aplicam tanto à elaboração dos editais dos leilões como dos CCEARs. 4. A Portaria MME n 554, de 23 de setembro de 2011, em seu art. 1, estabelece à ANEEL a atribuição de promover, direta ou indiretamente, no dia 22 de março de 2012, o leilão de compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração, denominado Leilão A-3 de 2012, para início de suprimento de energia elétrica em 1 de janeiro de A referida Portaria incumbe à ANEEL elaborar os Editais, seus Anexos e os correspondentes CCEARs, bem como adotar as medidas necessárias para a realização do Leilão, em conformidade com as diretrizes definidas pelo MME. Assim, estabelece a negociação de energia cuja contratação deverá ser formalizada por meio das seguintes modalidades de CCEARs:
2 (Fl. 2 da Nota Técnica nº 003/2012-SEM/ANEEL, de 13/01/2012). a) CCEAR por disponibilidade, com prazo de suprimento de vinte anos, para empreendimentos de geração a partir de fonte eólica e de termelétricas a biomassa ou a gás natural em ciclo combinado, diferenciado por fontes e por Custo Variável Unitário CVU igual ou diferente de zero; e b) CCEAR por quantidade, com prazo de suprimento de trinta anos, para empreendimentos hidrelétricos. III. III.1 DA ANÁLISE Das diretrizes do Leilão 6. Em relação às diretrizes a serem observadas pela ANEEL na elaboração dos CCEARs, conforme disposto na Portaria MME n 554, de 2011, destacam-se os seguintes pontos: a) para projetos de geração eólica, além das condições para Cadastramento e Habilitação Técnica estabelecidas na Portaria MME nº 21, de 18 de janeiro de 2008, os empreendedores deverão atender aos seguintes requisitos, que, no caso de não cumprimento, implicam na desclassificação dos empreendimentos e rescisão dos CCEARs que tenham sido celebrados em decorrência do leilão 1 : apresentação, no ato do cadastramento, de declaração do empreendedor de que os aerogeradores a serem instalados são máquinas novas, sem nenhuma utilização anterior, seja para fins de teste de protótipo ou para produção comercial; e (ii) no caso de importação de aerogeradores, estes deverão ter potência nominal igual ou superior a kw; b) para projetos de geração termelétrica a gás natural em ciclo combinado, além das condições de para Cadastramento e Habilitação Técnica estabelecidas na Portaria MME nº 21, de 2008, os empreendedores deverão atender aos seguintes requisitos 2 : apresentação de cronograma do projeto indicando a data de fechamento do ciclo combinado, não ultrapassando 31 de dezembro de 2015; e (ii) declaração de um único fator i, associado à operação em ciclo combinado, que será utilizado para o cálculo do Custo Variável Unitário CVU 3 ; c) o CCEAR referente à contratação de energia proveniente de empreendimentos de geração termelétrica a gás natural em ciclo combinado deverá prever 4 : 1 Nos termos do art. 4º da Portaria MME nº 554/ Nos termos do art. 5 da Portaria MME n 554/ O valor do CVU, obtido a partir do fator de conversão i, será utilizado no cálculo do Índice de Custo Benefício ICB e da garantia física, bem como para despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS, inclusive fora da ordem de mérito por razões elétricas ou energéticas, em todo o período de operação comercial do empreendimento. 4 Nos termos do art. 6 da Portaria MME n 554/2011.
3 (Fl. 3 da Nota Técnica nº 003/2012-SEM/ANEEL, de 13/01/2012). o escalonamento da entrega de energia em dois patamares anuais, desde que, pelo menos trinta por cento da garantia física do empreendimento seja contratada no primeiro ano; e (ii) penalidades, além das previstas no art. 19, 6, do Decreto nº 5.163, de 2004, por não fechamento do ciclo combinado na data indicada no ato de outorga; d) o CCEAR referente à contratação de energia proveniente de empreendimentos de geração termelétrica a biomassa sem outorga e com CVU igual a zero deverá prever a possibilidade de escalonamento da entrega de energia nos três primeiros anos contratuais, desde que, pelo menos trinta por cento da garantia física do empreendimento seja contratada no primeiro ano 5 ; e e) quanto às instalações de acesso, os empreendedores interessados em compartilhar as ICGs 6 para acesso à Rede Básica a partir de 1º de janeiro de 2015, deverão requerer Cadastramento específico à EPE. III.2 Da elaboração das minutas dos CCEARs 7. Após o processo de aprimoramento pelo qual passaram as minutas de CCEARs em 2011, em razão do 12º Leilão de Energia Nova LEN, o A-3/2011, foi publicada a Portaria nº 541/2011, a qual trouxe algumas diretrizes adicionais a serem incorporadas aos contratos. Tais diretrizes já foram contempladas nos contratos referentes ao 13º LEN, o A-5/2011, ocorrido em dezembro/ Dessa forma, com base nos modelos de contratos adotados para os 12º e 13º LENs, ambos realizados em 2011, e em observância às diretrizes dispostas na Portaria MME nº 554/2011, foram elaboradas cinco minutas de CCEAR, a saber: i. CCEAR por quantidade para fonte hidro; ii. CCEAR por disponibilidade para fonte eólica; iii. CCEAR por disponibilidade para UTE a gás natural; iv. CCEAR por disponibilidade para UTE a biomassa com CVU igual a zero; e v. CCEAR por disponibilidade para UTE a biomassa com CVU maior do que zero. III.2.1 Dos CCEARs por quantidade, por disponibilidade Eólica, Gás Natural e Biomassa com CVU igual a zero 9. Em relação aos contratos por quantidade, eólica, gás natural e biomassa com CVU igual a zero, destaca-se que as minutas elaboradas são bastante próximas daquelas utilizadas no 13º LEN. 10. A principal diferença está na possibilidade de escalonamento da entrega de energia para os empreendimentos sem outorga a gás natural e biomassa com CVU igual a zero. Para usinas a gás natural é 5 Nos termos do art. 7º da Portaria MME nº 554/ Instalações de Transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada.
4 (Fl. 4 da Nota Técnica nº 003/2012-SEM/ANEEL, de 13/01/2012). permitido o escalonamento em dois anos, assim como no 12º LEN, e para as usinas a biomassa o escalonamento é de até três anos. III.2.2 Dos CCEARs por disponibilidade Biomassa com CVU maior do que zero 11. De acordo com a Portaria nº 554/2011, há a possibilidade de habilitação de empreendimentos a biomassa com CVU maior do que zero. Na reformulação dos contratos anteriormente citada não está prevista tal hipótese, já que as Portarias do MME referentes aos 12º e 13º LEN não previam a habilitação dessas usinas. Assim, foi elaborada uma nova minuta, contemplando as características inerentes a essa contratação: a) definição dos montantes de energia a serem entregues pelo vendedor ao comprador, sendo essa definição feita com base no tipo de despacho da usina e no estágio de implantação do empreendimento; b) tratamento para a energia associada à inflexibilidade contratual, dissociando as obrigações de entrega de energia da geração da usina; c) reformulação dos critérios de reajuste da receita de venda, considerando o disposto na Portaria nº 42/2007; e d) inserção, no anexo I do contrato, de todos os parâmetros técnicos e comerciais associados à contabilização e faturamento da energia contratada (inflexibilidade contratual, disponibilidade máxima contratual, percentual de comprometimento da usina com o contrato, dentre outros). IV. DO FUNDAMENTO LEGAL 12. As argumentações expressas nesta Nota Técnica são fundamentadas nos seguintes instrumentos legais e regulatórios: V. DA CONCLUSÃO Leis nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e nº , de 15 de março de 2004; Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004; e Portarias MME nº 21, de 18 de janeiro de 2008, nº 258, de 28 de julho de 2018, nº 514, de 2 de setembro de 2011, e nº 554, de 23 de setembro de Diante do exposto, é entendimento desta Superintendência que as minutas propostas de CCEAR por quantidade e por disponibilidade, elaboradas com base nos conceitos apresentados nesta Nota Técnica, e em consonância com o disposto na Portaria MME nº 554, de 2011, reúnem condições de serem apreciadas pela diretoria da ANEEL para fins de instauração de audiência pública destinada a colher subsídios e informações para seu aprimoramento.
5 (Fl. 5 da Nota Técnica nº 003/2012-SEM/ANEEL, de 13/01/2012). III.3 DA RECOMENDAÇÃO 14. Com respaldo na competência da SEM de auxiliar a Comissão Especial de Licitação CEL, nos termos do art. 4º da Portaria ANEEL nº 1.588, de 2010, e dada a atribuição da ANEEL de expedir o modelo de CCEAR, conferida pelo Decreto nº 5.163/2004, e em cumprimento ao disposto no 3º do art. 4º da Lei nº 9.427/1996, recomenda-se que seja instalada Audiência Pública, na modalidade Intercâmbio Documental, com vistas a colher subsídios para a elaboração de ato regulamentar, a ser expedido pela ANEEL, para aprovação dos modelos de CCEAR anexos ao Edital do Leilão nº 01/2012-ANEEL. RENATA ROSADA DA SILVA Especialista em Regulação De acordo RICARDO TAKEMITSU SIMABUKU Superintendente de Estudos do Mercado Substituto
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