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Transcrição:

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte MEMÓRIA da Reunião do Comitê de Compras Governamentais do dia 20 de julho Assunto: Ata da Reunião do Fórum das Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte Data / Horário / Local: 20/07/2011-14h00 Sala subsolo CNC Condução: Fabrício Arthur Galupo Magalhães, Orlando Spinetti da Mata e Robson José de Carvalho Schmidt Considerações: 1. O Sr Sérgio Nunes iniciou a reunião fazendo dando boa tarde a todos, explicando o caráter diferente da reunião pela presença de um especialista em Compras Governamentais para trazer informações para o Comitê. Solicitou a apresentação de todos. 2. Após a apresentação informou sobre a reunião anterior, com a validação dos tópicos que foram selecionados para discutir na reunião plenária dentro do Grupo de Assessoramente Técnico, as quais foram referendadas na Reunião do Comitê. Foram os seguintes assuntos: Antecipação de recebíveis para fornecedores do governo federal, com parceria com o CT de Financiamento e Investimento e o Acordo de Cooperação com os Correios para abordarem recebíveis e compras dos Correios, que tem um poder de compra de 1,8 bilhão. 3. Informou que já há ação semelhante na Petrobras. Amanhã o Acordo será assinado. 4. A Srª Dulce do Sebrae/Na comentou sobre a articulação com a Associação dos Tribunais de Contas, que foi assinado um Convênio para que os Tribunais de Contas Estaduais e Municipais onde houver, para que os TC atuem junto às prefeituras para a implantação da Lei Geral, mas que depende muito da mobilização e articulação nos Estados. Comentou que o Tribunal de contas é um organismo que por ter que fiscalizar, cobram a implantação da Lei nos Estados. O Fórum poderia chamar o pessoal dos TC. Citou o Ministro Augusto Nardes, recomendando que o Sr. Ministro pudesse vir ao Fórum para explanar a importância da atuação dos TCE e TCM. Precisa haver antes uma sensibilização para que não cheguem aos Municípios já cobrando, mas uma fiscalização orientadora. O Fórum poderia fazer essa ação e também com o Ministério Público, que também precisam ser sensibilizados para que atuem

de forma que seja efetiva e não contrária aos interesses. 5. O Sr. Orlando entendeu ser pertinente a observação da Srª Dulce, recomendando que não se possa errar na dose dos pedidos de intervenção. Pediu que o Convênio e a Resolução sejam trazidos para leitura e entendimento no Fórum, para que as entidades possam se articular nos estados para que essa fiscalização aconteçam. Lembrou da independência dos Tribunais, sugerindo que as boas experiências sejam disseminadas para os demais. 6. O Sr Flávio da FIESP lembrou da ação no Comitê de Financiamento e Investimento, um eixo de Coerção e Controle, para o caso de não pagamento pelo Município. Seria semelhante a um cadastro positivo. O Uso desse Convênio com a Atricon pode ser usado para saber quem está aplicando a lei, são os TC, pois o TCU está com uma proposta de análise de eficiência do poder público. Pode-se constituir um Grupo de Trabalho para levantar a legislação para a aplicação das leis, para que com o TCU seja verificado se o arcabouço jurídico existente é suficiente para o que os gestores apliquem a lei. 7. O Sr. Sérgio Nunes entendeu que as propostas apresentadas foram boas e podem ser analisadas em maior profundidade. 8. O Sr. Mario Dória do Paraná comentou que o Governo com o Sebrae encontraram uma solução. Pegaram os municípios que não estavam com a Lei Geral implantada, fizeram um ofício perguntando se tinham qualquer problema para implantação, oferecendo suporte técnico, consultoria para que seja implantado. 9. O Sr. Cícero da PB acredita que ficar indo nos municípios não resolve. Campina Grande, por exemplo, o Prefeito não tem interesse por questão de recolhimento de tributos. Compras Governamentais também muitos não têm interesse em regulamentar. Entende que tem que vir uma determinação de cima para baixo, de outra forma não conseguiremos que os municípios que ainda não regulamentaram a lei o façam. 10. O Sr. Michel de AL disse que acha que a imposição não é boa. Uma das dificuldades é a falta de planejamento, não há levantamento do volume que se compra. Estão querendo controlar junto às secretarias compra a compra, para verem o que podem comprar de MPE. Promoverão posteriormente a sensibilização dos gestores. Dia 3 de agosto apresentarão o projeto no Estado e se comprometeu a disseminar para o Fórum. 11. O Sr. Rogério Santanna, durante 7 anos e meio foi secretário da SLTI e no último ano Presidente da Telebrás, trabalhou na lei geral durante o exercício da função no MPOG. Falou que a lei somente não resolve sem uma infranorma que regulamente. No caso do Governo Federal acompanhou a regulamentação e pela experiência se não houver uma infranorma o gestor não fará. Recomenda o uso de sistema eletrônico, para que não precise saber muito da lei, pois o sistema fará automaticamente.

12. Em seguida, apresentou o slide Participação das MPE nas Compras Governamentais, no qual apresenta a evolução percentual da participação nos i tens de compras das MPE fornecidos ao Governo Federal no período de 2002 a 2010. Salientou o salto que teve. 13. Ressaltou que na sua gestão à frente da SLTI quase todos os dispositivos foram regulamentados exceto a Cédula de Crédito Microempresarial, pois dependia do Tesouro Nacional, de onde não evoluiu. A maior participação das MPE no volume aconteceu devido empenho da SLTI, com parceria do Sebrae, bem como pela infranorma, no caso o Decreto 6.204/2007. Quanto mais automatizado melhor, para que ajude o gestor. O MPOG tem o sistema que é oferecido gratuitamente, por adesão. Há outros como o do Banco do Brasil da CEF e de outros estados. 14. No outro slide comenta sobre a Lei 12349/2010, implementação prática da MP 495, que possibilita a promoção do desenvolvimento sustentável, complementando a lei 8666/93. Há dois dispositivos que podem ser melhor explorado pelo Fórum em favor das MPE. Um dele é a mudança do dispositivo da lei 8666/93 com relação à eficiência, visibilidade, melhor opção econômica, mas não mencionava o desenvolvimento sustentável. É melhor comprar de empresas em uma situação de baixo desenvolvimento a ter que depois promover programas de bolsa família, por exemplo. 15. A outra alteração importante é da margem de preferência para produtos nacionais, revistas a cada 5 anos, que geram emprego e renda e as MPE são as maiores geradoras; efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais. Desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País. Importante alavancador da inovação, que podem resolver alguns problemas no Brasil na substituição de importação, precisando que o Governo garanta a compra, para que a tecnologia possa ser desenvolvida. Na área da Saúde poderia ser utilizada. Forças Armadas, Petrobras, Marinha e outras podem se utilizar desse mecanismo para induzir a inovação nas MPE. Lembra que o custo á até 25% a mais do que se pode comprar no mercado internacional. A cada 5 anos se faz uma revisão para saber se está dando resultado, medida que passado um ano da sanção da lei ainda não se implementou. Na Telebras teve uma iniciativa nesse sentido. 16. Na Telebras teve a implementação com a compra restrita de bens e serviços desenvolvidos no Brasil. Um exemplo foi de agentes monoclonais, mas pra que se possa desenvolver precisa que seja assegurada a compra por 5 anos, 9 anos ou mais, como se faz nos Estados Unidos. No caso das compras de TI o País precisa ter cuidado, pois é uma área sensível, como as telecomunicações. Hoje por exemplo roteadores, processadores, softwares, que têm códigos fechados, que não se sabe o que tem e podem mandar informações para fora. Vendem

normalmente a preços muito baratos, mas podem estar servindo a interesses de outros países. Tendo empresas que podem desenvolver tecnologia interna o Governo pode aportar recursos, não se fala da ordem de investimento. Essa lei criou apenas a possibilidade, mas não a obrigatoriedade, se não for feita a infranorma, não sairá do papel. É uma grande oportunidade para as MPE, pois se enquadram no critérios. Lembra da importância da criação da Cédula de Microcrédito Empresarial, mecanismos muito utilizado na Itália, por exemplo, o Fórum precisa insistir para que saia do papel. Não é uma tarefa fácil, mas é muito importante para apoio às MPE. Sugere uma alteração da lei se for possível. Encerrou a apresentação. 17. O Sr. Fabrício agradeceu pela apresentação como representante da SLTI onde ele trabalhou. Comenta sobre a lei 12349/2010 que é de regulamentação do Ministério da Fazenda, o que está sendo feito em conjunto com o MP. 18. Sr. Joseomy do CE acredita que se não houver uma militância, uma infranorma, uma fiscalização por parte das associações de municípios, em cima das compras das prefeituras. O Ceará, que tem expertise na área têxtil, acabou comprando uniformes escolares do Paraná. Nos 184 municípios, 123 estão regulamentados, mas nem na capital de fato funciona. 19. O Sr Flávio da FIESP, comenta sobre a criação de instrumentos para a antecipação de recebíveis, pois como está na lei não tem condições. Dessa forma ou com fundo garantidor e outros não se consegue antecipar. O governo paga no ritmo dele, mas não no que se precisa para o fornecedor. O uso do empenho como garantia é proibido, mas estão se criando mecanismos que estão viabilizando a antecipação dos recebíveis. No caso do Banco do Brasil começou em São Paulo, mas deve ser estendido para os demais estados. 20. Com relação ao TCU, o Sr. Flávio lembrou dos itens autoaplicáveis. Segundo o Dr. Jair Santana, jurista renomado, em apresentações para o Sebrae, ele diz que são autoaplicáveis os artigos 42, 43, 44 e 45 da Lei Complementar 123/2006. 21. O Consultor Robson Schmidt lembrou também aos presentes, que embora no município ou mesmo estado a lei não esteja regulamentada, com relação às compras do Governo Federal, por força do Dec 6.204/2007, os editais dos Órgãos da Administração Direta, Fundações e Autarquias devem conceder os benefícios da LC 123/2007, podendo inclusive a licitação ser impugnada. Se uma unidade do Exército realizar uma licitação até R$ 80 mil reais deve dar exclusividade para MPE. Idem para as Universidades Federais em estados onde ainda não foram regulamentados devem conceder os benefícios. Desta forma tem que se distinguir: a regulamentação tardia e os empates fictos (5% no pregão e 10% nas demais licitações) são

autoaplicáveis em qualquer licitação, quer tenha sido ou não regulamentada a lei. Nas compras do Governo Federal todos os itens devem ser aplicados. 22. Segundo o Dr. Rogério Santana se não houver um trabalho muito forte com os gestores. No nível médio, as pessoas que implementam na prática. Havendo dúvidas jurídicas: no serviço público, infelizmente, a omissão é mais bem remunerada, pois não se corre o risco de ter o seu CPF comprometido. Precisa se ter uma capacitação para os gestores, militância dentro dos estados e municípios. No caso do Governo Federal tudo ficou obrigatório e por sistema, pois facilita para o gestor. Sem sistemas eletrônicos para se sanar as dúvidas fica muito difícil. 23. Em Alagoas está se começando o processo da militância, onde tem um percentual grande de MPE. É um Estado dependente das Usinas de cana de açúcar. Em nível Estadual estão estudando o abatimento dos impostos estaduais quando ganham a licitação. Desenvolvimento sustentável o governo do estado tem receio de comprar com preços maiores, pois vai contra a economicidade. 24. O Sr. Rogério disse que existe um estudo na SLTI que demonstra que se paga preços menores pela maior participação das MPE nas licitações. Segundo a OCDE mostra que cartéis se sustentam até 7 integrantes. Depois disso não se consegue entendimento. Por isso quanto mais participantes se tiver nas licitações melhor para preço e evitar combinações de preços. No caso do Governo Federal a comprovação de regularidade fiscal tardia facilita, pois só recolherá os impostos se ganhar a licitação. Caso já haja necessidade de se mudar a lei devese fazer os devidos movimentos. 25. O Sr. Joseomy recomendou que o Conselho de Contabilidade seja envolvido para poder orientar às MPE 26. A representante do Tesouro Nacional comenta que a Lei incrementa o poder de compra do Governo Federal, com relação à Cédula está sendo discutida e analisada outras formas de tratamento desse assunto. Existe a intenção de regulamentar. Precisa ser regulamentada, mas que seja aplicável. 27. O Dr. Rogério Santana lembrou que mesmo com a 8666/93 se pode fazer as compras em lotes. A lei é muito complexa. A Lei deveria ter sido atualizada no tempo. Abrir envelope no tempo da informática é desatualizado. Faz 7 anos que se está tentando atualizar, mas devido

à lobbies não se consegue mudar. Hoje 80% das compras do Governo Federal já são pelo pregão eletrônico. Concorrência pela 8666/93 não se consegue realizar antes de 7 meses. 28. O Sr. Weniston da UAMSF, do Sebrae/NA, comentou sobre a chamada interna para o incentivo de eventos Fomenta Encontro de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Compras Governamentais, que o evento nacional será em São Paulo, no World Trade Center, nos dias 23 e 24 de novembro, onde todos desde já estão convidados, com essa chamada estimularam que os Estados façam eventos estaduais e regionais. O Sebrae aportou 3,5 milhões de reais para esses eventos, devendo ter em 2012 de 25 a 30 eventos em todo o Brasil. Essa ação contribui para a implementação da lei, pois somente no papel a lei não é suficiente, pois precisam de ações concretas. Propõe ao comitê o levantamento da participação das MPE nas compras públicas. Alguns estados têm, mas a maioria não. No âmbito municipal é quase inexistente. O Fórum deveria trabalhar pelo menos junto aos Estados e às Capitais para que, a exemplo do realiza o Governo Federal, deveriam trabalhar nesse levantamento. 29. A Srª Dulce comentou que o sistema do Governo Federal estando disponível gratuitamente para os estados então deve existir uma falta de vontade de se levantar esse resultado. 30. O Sr. Fabrício lembrou que esse assunto já foi levantado no Fórum para que se obtenha essas informações. 31. O Dr. Rogério ressaltou que o Sistema do Governo Federal é disponibilizado gratuitamente de várias maneiras, disponibilizando a fonte do sistema, com compromisso de disponibilizarem posteriormente para demais estados. O processamento de dados é pago pelo Serpro, automaticamente via carta de adesão, sem passar por departamento jurídico, podendo operar o mesmo pelas pessoas autorizadas. Lembra ter visto mais de 500 adesões por estados e municípios. 32. O Sr. Orlando ressaltou as estratégia da abordagem dos Tribunais, sugerindo que se deve resgatar para o Fórum e focar agora na obtenção dos levantamentos dos dados de compras, por exemplo. 33. O Sr. Flávio sugeriu que se levante os compradores que não estão cumprindo com os itens autoaplicáveis, para que sejam instados a concederam os mesmos.

34. O Sr. Mário Dória disse que no Paraná o entendimento dos itens autoaplicáveis não estão tendo problema. Farão 5 Fomentas regionais. 35. O Sr. Weniston mencionou que no Fomenta Nacional terá um painel de prefeitos com boas práticas. Acontecerá nos dias 23 e 24 de novembro. 36. O Dr. Rogério Santana recomendou a criação de um porta fólio de casos exitosos, pois ação repressiva não é boa. Ter a documentação das boas práticas para disseminação. Criar ambiente com legislação, sistemas, organizadamente, para que possam acessar. O Fomento é uma grande oportunidade de divulgar as boas práticas, que ajuda mais do que reprimir. 37. O Sr. Augusto Carvalho da FIESP comentou que a lei 8666/93 democratizou muito a licitação pública, que antes dela os compradores faziam o que queriam, dando as obras para quem queriam e pelo preço que queriam. Para as MPE à época foi muito boa. Muitos mecanismos de direcionamento de exigências de documentações acabavam inviabilizando a participação de quem não era o alvo da licitação. Não acredita que colocar o promotor na prefeitura não é interessante, mas pegar pareceres já favoráveis e divulgar isso para que possam se sentir obrigados a cumprirem a lei. 38. A Srª Judite do AM disse que com a Associação Amazonense de Municípios não se conseguiria atingir os municípios. A RedeSim, por exemplo, deve ser implementada até o final do ano. Assim, a parceria com a Associação de Municípios é importante. 39. A Srª Ivana, do RN, não teve acesso à lei 123, mas perguntou se no caso da autoaplicação, existe algum tipo de punição para quem não a obedece. 40. O Sr Orlando da CNC, lembrou que o prazo da Lei Complementar 123 deveria ter sido implementada em 180 dias a partir do dia 14 de dezembro de 2006. LC deve ser cumprida, passível de responsabilização do gestor público. 41. O Consultor Robson Schmidt do Sebrae Na, fez uma sínteses das sugestões: 42. Apresentação e sugestões do Dr. Rogério Santana; levantamento dos indicadores; capacitação de gestores; Fomentas nos Estados; Ações junto aos Tribunais de Contas dos Estados, itens autoaplicáveis que não estão sendo cumpridos; regulamentação da Lei

12349/2010 para que sejam aplicados os dispositivos favoráveis às MPE. 43. O Sr. Mário Dória sugeriu que nos Fomentas se tenha um mesmo discurso, com relação à legalidade da regulamentação. 44. O Sr. Augusto sugeriu que se peguem os pareceres favoráveis à autoaplicação dos artigos da LC 123/2006, para que os gestores possam aplicar. 45. No Ceará tem Comissão Central de Licitação. 46. O Sr. Moacir da Femicro da BA comentou que no Governo da BA muitas das licitações exclusivas foram desertas, pois alegam os empresários de MPE que o governo não paga, por isso eles não participam, para não quebrarem. Se não houver engajamento de toda a sociedade para que a lei seja cumprida. Há muitos problemas que têm que ser equacionado. Sugere que o Fórum desenvolva uma cartilha para passar para os Fóruns Regionais, para que sejam repassados para as MPE. 47. A reunião foi encerrada. Próxima Reunião: Dia 10 de agosto de 2011 às 10 horas na CNC Memória elaborada por: Robson José de Carvalho Schmidt Pendências/Encaminhamentos: Responsável pela Sugestão Dulce Caldas Encaminhamentos Ação Responsável Prazo Trazer Ministro Augusto Nardes para apresentação no Fórum Sebrae NA 60 dias Moacir Femicro BA Cartilha para Fóruns Regionais Fabrício SLTI 30 dias

adaptar cartilha Robson Cartilhas dos Estados para site do Fórum Robson 30 dias