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Transcrição:

7 Sondagem do NSI usando feixes de neutrinos convencionais: T2KK Neste capítulo vamos discutir os resultados das nossas análises sobre NSI baseado em feixe convencional de neutrinos vindos de JPARC a ser medidos em dois detetores idênticos, um em Kamioka no Japão e o outro em algum lugar na Coréia. O primeiro está localizado a 295 km (Kamioka) e o outro em torno de 1000 km do JPARC (T2KK), respectivamente. Iremos estudar as sensibilidades dos parametros ε µτ e ε ττ usando o canal de desaparecimento ν µ ν µ. Este estudo pode ser vista na ref (53). 7.1 Introdução Experimentos de oscilação de neutrinos em reatores e aceleradores com dois detetores idênticos e localizados em pontos distintos já foram propostos e podemos citar a Ref. (85) como a pioneira. A vantagem deste tipo de experimento é porque elimina os ruídos 1 ou minimizá-os na interferência do sinal de oscilação 2. O T2KK, como uma complementação do T2K, foi proposto e discutido nas refs. (109, 110), onde foi explorado o potencial físico de dois detetores, um em Kamioka e o outro na Coréia do Sul 3 que recebem um intenso fluxo de neutrino do J-PARC. Esses dois detetores quando combinados os dados, é esperado resolver todas as degenerescência em futuros experimentos de aceleradores (111, 112) e reatores (113, 114). Essas degenerescências incluem a fase de violação como δ, θ 13, o octante de θ 23 e o da hierarquia de massa, se é normal ou inversa (115, 116, 117, 118). Nesta seção vamos usar os T2KK para sondar o efeito da interação não padrão pela comparação dos detetores intermediário (Kamioka) e longe (Coréia), onde nos concentramos no canal ν µ ν µ, ou seja, o desaparecimento 1 Podemos chamar de ruídos os neutrinos cujos os sabores não vem da oscilação e que aumentam as incertezas nos dados experimentais. 2 São chamados de sinal os neutrinos vindos da oscilação dos sabores. 3 Aqui adotaremos simplesmente de Coréia, ao invés de Korea, em inglês, no entanto usaremos sua inicial K para designar o seu detetor.

T2KK 72 de ν µ. Isso nos permitirá tratar o problema no formalismo de duas gerações, com uma boa aproximação. 7.2 Método de análise A análise pode ser esquematizada da seguinte forma: Dois detetores idênticos, sendo um na Coréia e o outro em Kamioka com massa fiducial de 0,27 Mton cada, Um único detetor em Kamioka (HyperK) com massa fiducial de 4Mton, Um único detetor em algum lugar na Coréia com massa fiducial de 4Mton. A análise desses detetores separadamente ou combinados para outro mecanismo de oscilação como descoerência e Invariância da simetria de Lorentz pode ser vista no nosso artigo Ref. (53) e aqui trataremos apenas o NSI. Como já foi mencionado na introdução, vamos estudar os efeitos NSI na oscilação dos neutrinos apenas no subsistema ν µ ν τ aos invés de um tratamento em 3 gerações. A razão para o truncamento é porque na maioria dos problemas em oscilação pode ser feita a aproxição em duas gerações devido a limitações experimentais dos parâmetros de oscilação que já foram discutidos anteriormente, como δ, θ 13 e hieraquia de massa. Neste sub-sistema, as probabilidades P (ν µ ν µ ) e P ( ν µ ν ν ) não dependem muito desses parâmetros desconhecidos, contanto se restringe apenas na análise de nova física. Também nesses sub-sistema o efeito de matéria dos neutrinos com Terra é subdominate, piorando apenas a sensibilidade. Nós calculamos as probabilidades de oscilação dos neutrinos no canal de desaparecimentos de ν µ e ν µ numericamente considerando as densidade de matéria constantes e iguais a 2.3 g/cm 3 e 2.8 g/cm 3 para Kamioka e Coréia, respectivamente. A massa fiducial igual a 0.27 Mtoneladas para os detetores, quando combinados e 4 Mtoneladas para os detetores intermediários (Kamioka) e longe (Coréia) separadamente. O feixe de neutrinos está a 2.5 0 fora do eixo produzidos pelo J-PARC e u Usamos o mesmo tempo de exposição que foi de 4 anos para os neutrinos e anti-neutrinos. Para obter a sensibilidade do experimento com sistema de dois detetores a 295 km (Kamioka) e 1050 km (Coréia), usaremos a análise dos mínimos quadrados, χ 2 dada pela seguinte expressão χ 2 = 4 k=1 20 i=1 (N(µ) obs i N(µ) esp i ) 2 + σi 2 4 j=1 j σ j 2 (7-1)

T2KK 73 onde o número de eventos esperado N(µ) esp i N(µ) exp i por ser igual a = N non QE i (1 + f(µ) i j j) + N QE i (1 + f(µ) i j j) (7-2) j=1,3,4 j=1,2,4 onde Ni obs é o número de eventos po ser observado para um dado conjunto de parâmetro de oscilação que nesta tese chamamos de parâmetros de entrada. O N(µ) exp i é o número de eventos esperados. Os índices k=1, 2, 3 e 4 correspondem as quartos combinações dos detetores (L=3000 km e L=7000 km) para os neutrinos e antineutrinos. O índice i corresponde à binagem da energia reconstruída dos neutrinos por múons. O alcance de energia para os eventos dos múons é 200 a 12000 MeV. estamos considerando um total de 20 bins com uma largura de 50 MeV. O termo σ i significa as incertezas estatísticas nos dados esperados. O segundo termos na definição correspondem as incertezas sistemáticas no N(µ) esp i e nos ruídos. N non QE i e correspondem ao número de eventos de múons vindo do processo não N non QE i quase estático e quase estático, respectivamente. Durante os ajuste, os valores de N(µ) esp i são re-calculado para cada escolha dos cojuntos de parâmetros para minimizar o χ 2. Os erros sistemáticos são definidos pelo parâmetros j enquanto que f(µ) i j representa uma função que relaciona a taxa de eventos no i-ésimo bin para variação do parâmetro j. Nesta tese, consideramos a sensibilidade a 90%( 99%) CL com um grau de liberdade é definido por χ 2 min (oscilação + NSI) χ2 min (oscilação) 2.71(6.63) (7-3) Para dois graus de liberdade, temos χ 2 min χ 2 min 9.21 para 99% CL 4.61 para 90% CL e 7.3 O Efeito da Interação Não Padrão para: No subsistema µ τ, a equação de movimento, Eq. (5-3), se particulariza i d ν µ (7-4) dt ν τ = U 0 0 U + a 0 ε µτ ν µ, 0 m 2 32 /2E ε µτ ε ττ ε µµ ν τ

T2KK 74 P(ν µ ν µ ) [%] m 2 23 =2.5x10-3 ev 2, sin 2 θ 23 =, θ 13 =0, all the ε s, except for ε µτ, are 0, Normal Hierarchy Kamioka Korea 100, ε ττ ) = (0,0) 80 ) = (0.2, 0) (ε 60 µτ ) = ( 0.2,0) ) = (0.4,0) 40 ) = ( 0.4,0) 20 P(ν µ ν µ ) [%] 0 100 80 60 40 20 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 ) = (0,0) ) = (0,) or (0,-) ) = (0,2.0) or (0,-2.0) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 Neutrino Energy (GeV) 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 Neutrino Energy (GeV) Figura 7.1: As probabilidades de oscilações padrão em vermelho e quando os parâmetros NSI estão ligados de acordo com a legenda. Na primeira coluna está Kamioka e na segunda Coréia, na primeira linha temos neutrinos e enquanto que na segunda linha temos antineutrinos. Observamos ao comparar os gráficos que que o impacto do parâmetro ε µτ é muito maior na probabilidade de oscilação do que o parâmetro ε µτ. onde a = 2G F N e definidos no capítulo 2, a matriz U é matriz de mistura 2 2 definida pela Eq. (3-7) com o ângulo de mistura dado por θ 23 e m 2 32 = m 2 3 m2 2. Resolvendo a equação de movimento (7-4) de forma aproximada, desprezando os termos proporcionais a ε 2, encontramos a probabilidade de oscilação (96) P (ν µ ν µ ) = 1 sin 2 2θ 23 sin 2 32 ε µτ cos φ µτ sin 2θ 23 (al) sin 2 2θ 23 sin 2 32 + cos 2 2 2θ 23 sin 2 32 32 1 2 (ε ττ ε µµ ) sin 2 2θ 23 cos 2θ 23 (al) sin 2 32 2 sin 2 32 32 m 2 + O 21 + O(s 13 ) + O(ε 2 ), (7-5) m 2 31 onde 32 m 2 32L/4E e φ µτ é a fase de ε µτ. 7.4

T2KK 75 Kamioka Korea Kamioka + Korea ε ττ /3 - - - - < 1σ 1-2 σ 2-3 σ all combined ν ν ν + ν - - -0.10-5 0 5 0.10-5 0 5 0.10 ε µτ /3-5 0 5 0.10 Figura 7.2: As regiões permitidas no sistema ε µτ ε ττ para 4 anos de exposição, para neutrinos (painéis superiores), antineutrinos (painéis do meio) e a combinação de neutrino + antineutrinos (painéis inferiores). Em todos os casos são aplicados para Kamioka, Coréia e Kamioka+Coréia. Estamos tomando como dados de entrada ε µτ e ε ττ nulos e, considerando os parâmetros m 2 32 e θ 23 fixos, iguais a m 2 32 = 2.5 10 3 ev 2 e sin 2 θ 23 =. A massa fiducial sendo a mesma em todos os casos igual a 4 Mtoneladas. Resultados Podemos notar que a forte dependência do parâmetro ε ττ ε µµ na Eq. (7-5), que desaparece quando sin 2 θ 23 =, mostrando portanto forte dependência. Por simplicidade, vamos tomar ε µµ =0 e além disso, admitimos que ε µτ é real, sendo assim, a sua fase, φ µτ, é nula. A Fig. 7.1 mostra as probabilidades de oscilação em função da energia (em GeV) nos detetores em Kamioka (primeira coluna) e na Coréia (segunda coluna). Nela comparamos a probabilidade sem o efeito dos ε s (em vermelho) em ambos os detetores com os casos em que apenas um parâmetro NSI está presença. Nos gráficos superiores observamos os impactos do ε µτ apenas enquanto que nos inferiores os impactos do ε ττ. Podemos notar que o impacto do ε µτ é bem maior na probabilidade de oscilação do que ε ττ. Isso pode ser

T2KK 76 Kamioka Korea Kamioka + Korea ε ττ /3 - - - - 1σ 2 σ 3 σ all combined ν ν ν + ν - - -0.10-5 0 5 0.10-5 0 5 0.10 ε µτ /3-5 0 5 0.10 Figura 7.3: O mesmo da fig. 7.2 com θ 23 variando. entendido observando o terceiro termo da Eq.(7-5), onde nele vemos o termo cos 2 2θ 0 acompanha o ε ττ, enquanto que no segundo, sin 2 2θ 1 que acompanha ε µτ. A análise dos dados atmosféricos no MACRO e no SK, mostrado na Fig. 5.1 nos fornece os limites dos parâmetros NSI com as mesmas aproximações (46) os seguintes valores: ε µτ < 9 ε ττ < 0.15 (7-6) a 99%CL com 2 graus de liberdade (DOF). Para outros parâmetros NSI pode ser visto na ref.(49). A Fig. 7.2 mostra as regiões permitidas no plano dos parâmetros NSI ε µτ ε ττ para regiões < 1σ (vermelho), 1 < σ < 2 (laranja) e 2 < σ < 3 (azul). Nesta Fig. temos três colunas com três painéis cada, sendo que na coluna da esquerda temos as regiões permitidas para o detetor Kamioka, enquanto no centro para Coréia e na direita, a combinação Kamioka+Coréia. Em todos os painéis estamos considerando fixo os parâmetros m 32 e sin 2 2θ 23. Comparamos esses painéis s, podemos observar que a região permitida é menor

T2KK 77 2.0 Kamioka Korea Kamioka + Korea ε ττ - -2.0 2.0 - -2.0 2.0 - -2.0-0.3-0.2-0.1 0.1 0.2 all combined 3 σ 2 σ 1 σ -0.3-0.2-0.1 0.1 0.2 ε µτ -0.3-0.2-0.1 0.1 0.2 0.3 ν ν ν + ν Figura 7.4: Estamos considerando os mesmos parâmetros da figura 7.2 com θ 23 e m 2 32 variando. quando combinadas, Kamioka-Coréia (figuras inferiores) e mais ainda quando combinamos ν + ν (painel inferior direito). A Fig. 7.3 é análoga a Fig. 7.2, a diferença é que nesta Fig. temos apenas o parâmetro m 2 32 fixo. Podemos observar que as regiões permitidas pioraram proporcionalmente em relação a Fig. 7.2. Já a Fig. 7.4 mostra a região permitida com os parâmetros m 2 32, sin2 2θ 23 além dos parâmetros NSI ε µτ e ε ττ variando. Podemos observar que essa região piora e nos painéis do centro as regiões de 2σ e 3σ aparecem. Comparando as Figs. 7.2 e 7.4, observamos que quando variamos mais dois parâmetros de mistura, que no caso foram m 2 32 e sin2 2θ 13 as regiões permitidas pioram individualmentes quando medidos em Kamioka e Coréia em relação aos parâmetros fixos da Fig. 7.2, no entanto, quando combinadas os comprimentos (295 km e 1050 km) e ν + ν, há uma melhora drástica na região permitida. Na Fig. 7.5 é mostrada as regiões permitidas levando em consideração os erros sistemáticos que estão relacionados com as incertezas experimentais no

T2KK 78 Figura 7.5: As regiões permitidas no sistema ε µτ ε ττ análogo a fig. 7.4, mas com massa fiducial de 4Mton para Kamioka e Coréia e 0.27Mton quando combinado Kamioka+Coréia. Na primeira coluna corresponde sin 2 θ 23 =0.45, enquanto na segunda sin 2 θ 23 =5. Em todos os painéis já estão combinados neutrinos+antineutrinos. Na parte de Kamioka, tem melhor sensibilidade do que nas partes de Coréia e combinada, onde vemos múltiplas soluções de ε ττ para sin 2 θ 23 =0.45. As linhas vermelha, amarela e azul correspondem a 1σ, 2σ e 3σ, respectivamente.

T2KK 79 cálculo do χ 2 discutido na seção 7.2. Nesta Fig. já consideramos a combinação de ν + ν e na coluna da esquerda estamos considerando sin 2 2θ 13 = 0.45 e a da direita sin 2 2θ 13 = 0 Devido à inviabilidade dos custos, é de interesse construir um detetor na Coréia e outro no Japão apenas com a metade da capacidade dos que analisamos aqui e é mostrado na fig. 7.5, onde a massa fiducial é de 4 Mtoneladas para cada detetor e 0.27 Mtoneladas quando combinados. Podemos observar que o detetor em Kamioka tem melhor sensibilidade do que na Coréia e quando combinado Kamioka+Coréia. Também na fig. 7.5, podemos ver múltiplas soluções de ε ττ para sin 2 θ 23 =0.45. Essas soluções ou ilhas podem ser explicadas observando a Fig. 7.1, onde observamos que ε ττ =2.5 para sin 2 θ 23 =0 e ε ττ =2.5 para sin 2 θ 23 =0.45 reproduz o caso ε ττ =0 para sin 2 θ 23 =0.45. No entanto, essas regiões já estão excluídas quando combinadas com o detetor na Coréia. As sensibilidades estão mostradas na Fig. 7.5 com 2σ CL para sin 2 θ=0.45 (primeira coluna) e sin 2 θ=0 (segunda coluna): ε µτ < 3 (3) e ε ττ < 0.3 (1.2) (7-7) Na combinação de Kamioka+Coréia obtivemos um limite para ε µτ melhor por um fator 5 do que o atual limite para sin 2 θ=0.45 e 0, enquanto que para ε ττ é pior do que para o corrente limite vide (7-6). Comparando os nosso resultados com T2K (101), com os dados de reator do Double Chooz(91) e de J. Kopp et al (48) obtiveram o limite: ε µτ 0, 25. Esse limite pode ser ainda baixado para 5 quando combinados com os dados do NOνA (103) com alguns experimentos de reatores futuros com grande detetor(90, 119). Veremos na próxima secção que o parâmetro NSI ε ττ é esperado ter uma sensibilidade de 0.1-0.2. Podemos concluir que a sensibilidade obtida para ε µτ não é tão ruim, dentro de nossa aproximação de duas gerações.