OPINIÃO DOS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS AULAS EXPERIMENTAIS NO ENSINO DE QUÍMICA. Neyrilane Rodrigues Silva¹, Roberval Soares das Neves 1, Emannuel Sousa Elizeu Osorio 1, Altemária de Sousa Silva 1, Katharinne Sabrina Nascimento Teixeira 1, Gilvan Moreira da Paz 2 ¹Graduandos do Curso de Química do Instituto federal de educação ciência e tecnologia - IFPI. Email: neyrilane15@hotmail.com; Email: roberval_18@hotmail.com; Email: sousa.sfx@gmail.com; Email: goldemary@hotmail.com; Email: Kathy-sabrina@hotmail.com; 2 Professor do Instituto federa de educação ciência e tecnologia - IFPI. Email: gilvan@ifpi.edu.br Artigo submetido em junho/2013 e aceito em setembro/2013 RESUMO Este artigo apresenta uma pesquisa qualitativa sobre percepções de 23 alunos do Ensino Médio que mencionam atividades experimentais de Química, em uma escola de Teresina PI. A partir de acompanhamentos e da análise de questionários elaborados pelos bolsistas (PIBID) o qual foram respondidos pelos alunos, conseguimos identificar a importância das aulas experimentais. A pesquisa evidencia que de aulas típicas (teórica) não emerge a mesma compreensão do objetivo que se evidencia com a realização do experimento, o que tem provocado desinteresse. Os resultados permitem argumentar em favor de atividades experimentais que incentivem os alunos a questionar, pesquisar, refletir, argumentar e agir e interagir, contribuindo também para um processo mais interativo. PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio; Educação; Química; Atividades experimentais e Motivação. VIEW HIGH SCHOOL STUDENTS ABOUT THE IMPORTANCE OF EDUCATION CLASSES IN EXPERIMENTAL CHEMISTRY. ABSTRACT This article presents a qualitative study on perceptions of 23 high school students who mention experimental activities in Chemistry, at a school in Teresina PI. From accompaniments and analysis of questionnaires prepared by scholars (PIBID) which were answered by the students, able to identify the importance of experimental classes. The research shows that the typical classes (theoretical) there emerges the same understanding of the goal that is evident with the experiment, which has led to disinterest. The results allow us to argue in support of experimental activities that Encourage students to question, search, reflect, argue and act and interact, contributing to a more interactive. KEY-WORDS: School, Education, Chemistry, Experimental Activities and Motivation Anais do Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 1 ISBN nº978-85-67562-01-8
OPINIÃO DOS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS AULAS EXPERIMENTAIS NO ENSINO DE QUÍMICA. INTRODUÇÃO O uso de atividades práticas no ensino não é recente, percebendo-se, porém grande variação no modo de fazê-lo nas diferentes tendências e movimentos dos últimos anos. No início do século XIX, o principal objetivo do trabalho prático no laboratório era o de confirmar uma teoria que já havia sido ensinada e estas atividades eram desenvolvidas dentro de uma perspectiva demonstrativa. No século XX, o objetivo ainda era o mesmo, mas as atividades práticas eram separadas das demonstrações do professor (BARRETO FILHO, 2002 apud QUEVEDO JESUS et al., 2002). A origem do trabalho experimental aconteceu há mais de cem anos, influenciada pelo trabalho que era desenvolvido nas universidades, e tinha por objetivo melhorar a aprendizagem do conteúdo científico, pois os alunos aprendiam os conteúdos, mas não sabiam aplicá-los. No entanto a aprendizagem não se dá pelo fato de ouvir e folhear o caderno, mas de uma relação teórica prática, com intuito não de comparar, mas sim de despertar interesse aos alunos, gerando discussões e melhor aproveitamento das aulas (POSSOBOM, OKADA e DINIZ, 2007). A educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total da pessoa. Aprender a ser supõe a preparação do indivíduo para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir por si mesmo, frente às diferentes circunstâncias da vida. (BRANDÃO, 1993). No entanto sabemos que a nossa educação hoje vem encontrando muitos problemas, a grande maioria dos trabalhos nas escolas estão sendo desenvolvidos com muitas dificuldades, que vem da carência de materiais didáticos e com as péssimas estruturas dos ambientes, onde muitas vezes não tem possibilidade de aperfeiçoar por falta de equipamentos que auxiliam no ensino, acarretando na desmotivação tanto de professores e alunos. Com isso é necessário buscar ferramentas para aproximar os conteúdos ministrados em sala de aula com a realidade dos alunos, ferramentas práticas e que tenham por finalidade auxilia-los no ensino aprendizado de química. Sabemos que aula de laboratório ideal é difícil de acontecer, pois além da estrutura depende do professor e também do aluno e ambos devem e estar motivados, para que possa ser realizada com ótimos resultados. Além da motivação, as aulas de laboratório inicialmente necessitam de preparo das atividades experimentais e que o professor esteja familiarizado com o laboratório e conteúdo da aula a ser realizada. (POSSOBOM, OKADA e DINIZ, 2007). Mesmo que alguns dos fatores sejam limitantes, nenhum deles justifica a inexistência de aulas práticas. Um pequeno número de atividades interessantes e desafiadoras para o aluno já será suficiente para suprir as necessidades básicas desse componente essencial à formação dos Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 2
jovens, que lhes permite relacionar os fatos às soluções de problemas, dando-lhes oportunidades de identificar questões para investigação, elaborar hipóteses e planejar experimentos para testalas organizar e interpretar dados. O presente trabalho tinha como real objetivo descobrir a importância de aulas experimentais para os alunos do 2ª ano do ensino médio do colégio Benjamim Baptista. METODOLOGIA A pesquisa descrita neste artigo aconteceu com alunos do ensino médio de uma escola de Teresina PI (Benjamim Baptista), onde observamos os alunos no decorrer das aulas teóricas e experimentais, os mesmos também foram solicitados a responder, por escrito, a questionamentos acerca da pertinência das atividades experimentais de química. As respostas foram submetidas a uma Análise Textual Discursiva (Moraes, 2003), que permitiu identificar as principais percepções dos participantes dessa atividade didática. RESULTADO E DISCUSSÃO A parte da analise de cada questionário, tivemos a percepção que as aulas experimentais podem, assim, funcionar como um contraponto das aulas teóricas, agindo como um poderosíssimo catalisador e incentivador no processo de aquisição de novos conhecimentos, pois a vivência de certa experiência além de motivar, facilita; a fixação do conteúdo a ela relacionado, descartando a ideia de que as atividades experimentais devem servir somente para a ilustração da teoria (CAPELETTO, 1992). Essa concepção de aula prática com caráter ilustrativo materializa-se numa sequência de procedimentos em que o professor, depois de expor e apresentar uma teoria conduz seus alunos ao laboratório, para que eles possam confirmar na prática aquilo que lhe foi ensinado, limitando ao ensino experimental o papel de um recurso auxiliar, capaz de assegurar uma transmissão eficaz de conhecimento científico (LIMA et al., 1999), o que segue a perspectiva verificacionista / demonstrativista citada por Arruda e Laburú (1998) e Moraes (1998). CONCLUSÃO A parte da analise tivemos como conclusão que de acordo com as opiniões citados podemos destacar que as aulas experimentais para o alunado não são a solução para os muitos problemas enfrentados no ensino de química, mas constituem um importante parâmetro a ser utilizado, podendo sim, funcionar como um contraponto das aulas teóricas, pois além de motivar e centralizar a atenção e curiosidade de cada indivíduo age como um catalisador no processo de Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 3
aquisição de novos conhecimentos, pois a vivência de certa experiência facilita a fixação do conteúdo a ela relacionado, descartando-se a ideia de que as atividades experimentais devem servir somente para a ilustração da teoria. Daí a importância da problematização, que é essencial para que os estudantes sejam guiados em suas observações. Quando o professor escuta os estudantes, sabe quais suas interpretações e como podem ser instigados a olhar de outro modo para o objeto em estudo. Dessa forma o aluno desenvolve o raciocínio prático e lógico no sentido de um comportamento parcial, inerentemente e interpretativo próprio da condição humana e necessário para a práxis. Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 4
REFERÊNCIAS 1. BARRETO FILHO, Benigno. Atividades Práticas na 8ª Série do Ensino Fundamental: luz numa abordagem regionalizada. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação-Unicamp, Campinas, 2001. 2. CAPELETTO, A. Biologia e Educação ambiental: Roteiros de trabalho. Editora Ática, 1992. 3. LIMA, M. E. C. C.; JÚNIOR, O. G. A.; BRAGA, S. A. M. Aprender ciências um mundo de materiais. Belo Horizonte: Ed. UFMG. 1999. 4. MORAES, R. O significado da experimentação numa abordagem construtivista: O caso do ensino de ciências. In: BORGES, R. M. R.; MORAES, R. (Org.) Educação em Ciências nas séries iniciais. Porto Alegre: Sagra Luzzato. 1998. 5. POSSOBOM, Clívia Carolina Fiorilo; OKADA, Fátima Kazue; DINIZ, Renato Eugênio da Silva. Atividades práticas de laboratório no ensino de biologia e de ciências: relato de uma experiência. FUNDUNESP. Disponível <www.unesp.br/prograd /PDFNE2002/ atividades praticas. Acesso em: 8 de julho de 2013. Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 5