PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

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Transcrição:

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: INDICADORES DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA FEVEREIRO DE 2011 Nivalde J. de Castro Rafael Cattan

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO...3 1 - INFLAÇÃO...4 1.1 - IGP-M (FGV)...5 1.2 - IPC (Fipe)...6 2 - CÂMBIO...7 3 - JUROS...8 4 - BALANÇACOMERCIAL...9 5 - PIB...10 6 - EMPREGO E RENDA...10 7.1 IBGE...11 7.2 CAGED...12 2

SUMÁRIO EXECUTIVO Após terminar o ano de 2010 com o IPCA em 1,3% acima da meta, a maior preocupação do governo nos dois primeiros meses do ano é o combate à inflação. Além de anunciar um corte de cerca de 50 bilhões no orçamento, entra no jogo político o reajuste do salário mínimo e seu conseqüente impacto nas contas públicas. O governo enfrenta, portanto, o dilema de conter a inflação enxugando gastos e enfraquecendo o crescimento econômico ou manter os gastos e os bons números de emprego e PIB em detrimento das metas inflacionárias. Os principais cortes serão em custeio e em capital, ou seja, despesas de dia - a - dia dos ministérios, além de investimentos. Exemplos de corte serão com pessoal, num montante de cerca de R$ 3,5 bilhões; na com previdência social, 2 R$ bilhões, e ainda com seguro desemprego e abonos de aproximadamente R$ 3 bilhões. Dos ministérios, os maiores cortes serão nas Cidades e Defesa com cerca de R$ 8,5 e R$ 4,3 bilhões a menos em seu orçamento respectivamente. Seguidos de Educação, Turismo e Transportes com R$ 3,1. R$ 3,08 e R$ 2, 39 Bilhões cortados. Puxado pelas altas das commodities, pela demanda interna e ainda, pela inércia inflacionária proveniente de uma economia indexada, o IGP-M em fevereiro de 2011 registrou inflação de 1,0%, comparado com 0,79% no mês anterior. O IPA apresentou inflação de 1,2% em fevereiro. Já o IPC registrou variação positiva de 0,67%; enquanto o INCC apresentou um aumento de 0,39% no período. No mês de fevereiro, a cotação do dólar permaneceu praticamente estável. A cotação máxima foi de R$ 1,676 para a compra e R$ 1,677 para a venda, no dia 07/02; enquanto a mínima ocorreu no último dia útil do mês, 28 de Fevereiro, e foi de R$ 1,660 a compra e R$ 1,661 a venda. A média mensal foi de R$ 1,667 na compra e R$ 1,677 na venda, conforme indica o gráfico n 1. É importante relevar que, este resultado se deve, em parte, à atuação do governo central, sobretudo através da compra de divisas no mercado. A Balança Comercial brasileira fechou o mês de fevereiro de 2011 com um saldo comercial superavitário em US$ 1,199 bilhões. As exportações totalizaram US$ 16,733 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 15,534 bilhões. A média diária do saldo ficou em US$ 60 milhões o que significou um aumento de 197% em relação a janeiro e 177% superior a fevereiro do ano anterior. Credita-se ao resultado positivo, não apenas os bons preços das commodities mas também a recuperação da economia internacional. No âmbito doméstico, de acordo com a CNI, o mês de dezembro, segundo os dados com ajuste sazonal, não manteve a trajetória do mês anterior e apresentou decréscimo em sua atividade, com exceção da utilização da capacidade instalada que subiu 0,2% atingindo 82,8 %. O faturamento, por 3

exemplo, caiu 0,6% enquanto as horas trabalhadas 2,2%. O emprego seguiu a tendência e caiu 0,5%, também na comparação com o mês anterior. O ano de 2010 como um todo teve bom desempenho na comparação com 2009, com uma elevação do emprego em cerca de 5,4%, o faturamento real subiu quase 10% e as horas trabalhadas 7,1% ainda frente ao ano anterior. A partir da leve desaceleração econômica no final do ano passado, o mercado financeiro estima crescimento de 4,3% para o PIB brasileiro em 2011, conforme pesquisa realizada pelo Boletim Focus na última semana do mês de fevereiro. Nota-se que desde as últimas 4 semanas, quando houve a divulgação do boletim, a taxa de crescimento estimada já caiu em 0,3% revelando uma baixa na expectativa dos agentes. A Taxa de Desocupação levantada pelo IBGE, que indica a percentagem de pessoas desocupadas na semana de referência em relação às pessoas economicamente ativas, fechou em 6,1% durante o primeiro mês do ano. Segundo os dados com ajuste sazonal da Pesquisa Mensal de Emprego, houve aumento de 0,8% de desocupação com relação a dezembro de 2010. Na comparação com o janeiro último, os números são favoráveis: reduziu-se em 1,1% o número de desocupados, o que revelou ser o melhor janeiro desde que se iniciou a pesquisa, em 2002. 4

1- INFLAÇÃO 1.1- IGP-M (FGV) Puxado pelas altas das commodities, tal como algodão e minério de ferro, que influem em toda a cadeia produtiva, o IGP-M teve alta de 1% no mês de fevereiro ante alta de 0,79%, no mês anterior. O Índice de Preços ao Atacado (IPA), que entra com 60% no IGP-M, apresentou inflação de 1,2%, contra variação positiva de 0,63% em Janeiro. Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), correspondente a 30% do índice geral, registrou inflação de 0,67%% em Janeiro após ter variação de 1,08% no mês anterior. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), responsável por 10% do IGP-M, apresentou um aumento de 0,39% em Janeiro de 2011 contra um acréscimo de 0,37% da pesquisa antecedente. Com isso, no ano, o IGP-M já acumula acréscimo de 1,8%, levantando mais pressão pela adoção de medidas de restrição econômica por parte do governo e corroborando a expectativa de mais um ano de inflação acima da meta. Algumas previsões estimam em 5,8% a alta do IPCA, índice que baliza as metas do governo. Tabela nº. 1 Brasil: Evolução dos Índices de Inflação. Janeiro 2010 a Dezembro 2010. Mês IGP-M IPA-M IPC-M INCC-M abr/10 0,77 0,72 0,73 1,17 mai/10 1,19 1,49 0,49 0,93 jun/10 0,85 1,09-0,18 1,77 jul/10 0,15 0,2-0,17 0,62 ago/10 0,77 1,24-0,27 0,22 set/10 1,15 1,6 0,34 0,2 out/10 1,01 1,3 0,56 0,15 nov/10 1,45 1,84 0,81 0,36 dez/10 0,69 0,63 0,92 0,59 jan/11 0,79 0,63 1,08 0,37 fev/11 1,00 1,2 0,67 0,39 5

1.2- IPC (Fipe) A inflação no município de São Paulo manteve a tendência dos índices de preço do mês anterior e conservou altas expressivas em fevereiro, ainda que a taxas decrescentes. Nas três primeiras quadrissemanas foram registradas altas de 1,2%; 0,95% e 0,7% respectivamente. O final do mês, no entanto, fechou com alta de 0,6%, revelando um desaquecimento no final do período. No mês anterior o índice havia aumentado 1,15% também na comparação mensal. Tabela nº. 2 Brasil: Evolução do IPC da Fipe. Quadrissemanas de Janeiro de 2011 Fonte: Elaboração do GESEL-IE-UFRJ com dados do FIPE Período IPC-Fipe 1ª Quadr. 1,2 2ª Quadr. 0,95 3ª Quadr. 0,7 Mês 0,6 6

3- CÂMBIO No mês de fevereiro, a cotação do dólar apresentou uma leve elevação nos primeiros dias úteis do mês. Ao final do período, no entanto, a tendência foi revertida e a cotação fechou praticamente estável durante o período. Este resultado é relevante no sentido de que mesmo com a atuação do governo na tentativa de segurar a queda da moeda americana, a cotação permaneceu baixa, devido à entrada de capitais estrangeiros, atraídos pelos juros altos praticados no Brasil. Este fato, por sua vez, é positivo no combate à inflação em conseqüência da competitividade que os importados ganham no mercado nacional, elevando a oferta e puxando os preços para baixo. Gráfico nº. 1 Taxa de câmbio R$/US$ Compra e Venda. Dezembro 2010 Fonte Gesel IE UFRJ dados IPEADATA Dólar compra/venda Fevereiro 1,68 1,675 1,67 1,665 1,66 dólar compra dólar venda 1,655 1,65 1/2/2011 3/2/2011 5/2/2011 7/2/2011 9/2/2011 11/2/2011 13/2/2011 15/2/2011 17/2/2011 19/2/2011 21/2/2011 23/2/2011 25/2/2011 27/2/2011 Dias úteis 7

4- JUROS A principal arma que vem sendo usada pelo governo no combate à inflação deve continuar a ser acionada no decorrer de 2011. Em fevereiro, o boletim Focus estimava a Selic em 12,25 % a.a com viés de alta nas próximas reuniões do Copom. Vale ressaltar que, após críticas da opinião pública, o governo está alinhando sua política monetária à política fiscal. Dessa forma, a alta dos juros pode surtir efeito mais eficiente no sentido de atingir a meta inflacionária. 5- BALANÇA COMERCIAL Apesar de ser desfavorecida pelo cambio desvalorizado, a balança comercial brasileira fechou o mês de fevereiro com saldo positivo de US$ 1,99 bilhões, ao longo dos 20 dias úteis registrados. Houve, assim, uma melhora de desempenho em comparação com o mesmo mês do ano anterior quando o saldo foi superavitário em apenas em US$424 milhões. Na comparação com Janeiro, a média diária do saldo comercial teve alta substancial de aproximadamente 197%. O montante exportado em Fevereiro totalizou US$ 16,733 bilhões, com uma média diária de US$ 836,7 milhões, 23,5% superior ao volume diário do mesmo mês em 2010. Já as importações totalizaram US$ 15,534 bilhões durante o mês, o que significou um valor médio diário de US$ 776,7 milhões. Este montante representou crescimento de 18,4% em relação ao valor médio diário importado em Fevereiro de 2010. O valor da corrente de comércio, que soma os montantes exportado e importado, totalizou aproximadamente US$ 32,67 bilhões em Fevereiro. O valor médio diário totalizou US$ 1,6 bilhão, o que representou crescimento de 21% em relação ao mesmo mês do ano passado em valor médio diário; enquanto que na comparação com Janeiro de 2011 o aumento foi de cerca de 12,9% conforme segue na tabela abaixo. 8

Tabela nº. 4 Brasil. Balança Comercial. Janeiro 2011. (em US$ milhões) Dias Úteis EXPORTAÇÃO Média p/ dia Valor útil IMPORTAÇÃO Média p/ dia Valor útil CORR. COMÉRCIO Média p/ dia Valor útil SALDO Valor Média p/ dia útil Fevereiro 20 16.733 836,7 15.534 776,7 32.267 1.613,40 1.199 60 1a. semana (01 a 06) 4 3.531 882,8 3.099 774,8 6.630 1.657,50 432 108 2a. semana (07 a 13) 5 4.226 845,2 3.678 735,6 7.904 1.580,80 548 109,6 3a. semana (14 a 20) 5 4.542 908,4 3.965 793 8.507 1.701,40 577 115,4 4a. semana (21 a 27) 5 3.704 740,8 4.103 820,6 7.807 1.561,40-399 -79,8 5a. Semana (28) 1 730 730 689 689 1.419 1.419,00 41 41 Acumulado no ano 41 31.947 779,2 30.325 739,6 62.272 1.518,80 1.622 39,6 Janeiro 21 15.214 724,5 14.791 704,3 30.005 1.428,80 423 20,1 Fevereiro 20 16.733 836,7 15.534 776,7 32.267 1.613,40 1.199 60 fev/10 18 12.197 677,6 11.808 656 24.005 1.333,60 389 21,6 jan/11 21 15.214 724,5 14.791 704,3 30.005 1.428,80 423 20,1 Var. % Fevereiro- 2011/Fevereiro- 2010 23,5 18,4 21 177,4 Var. % Fevereiro- 2011/Janeiro- 2011 15,5 10,3 12,9 197,6 Jan- Fevereiro/2011 41 31.947 779,2 30.325 739,6 62.272 1.518,80 1.622 39,6 Jan- Fevereiro/2010 38 23.502 618,5 23.292 612,9 46.794 1.231,40 210 5,5 Var. % Jan/Fev - 2011/2010 26 20,7 33,1 23,3 672,4 615,9 9

7- PIB Segundo o Boletim Focus do Banco Central, publicado na última semana de Fevereiro (25/02), o mercado financeiro, projetava crescimento do PIB em 4,3% para o ano de 2011. A taxa significa uma redução de 0,3 p.p com relação às quatro semanas anteriores, quando a projeção foi de 4,6%. Nota-se que o crescimento do PIB deve sera amenizado diante uma política econômica contracionista, que priorize a melhora das contas públicas, sobretudo a respeito do déficit do governo. Além disso, algumas fontes apontam que os altos preços das commodities, aliados ao boom imobiliário nacional, devem ser acompanhados com o devido controle fiscal e regulatório, a fim de evitar a ocorrência de bolhas especulativas que preojudiquem o cenário de expansão do Produto Interno Bruto. 10

8- EMPREGO E RENDA 8.1- IBGE O mês de Janeiro reflete, em parte, a sazonalidade referente ao mês de Dezembro quando o nível de atividade econômica se eleva em virtude das datas comemorativas. Assim, os índices de emprego e renda, apesar de apresentarem queda em relação ao mês anterior, continuam a revelar uma tendência de crescimento frente a Janeiro do ano anterior. A taxa de atividade, a percentagem de pessoas economicamente ativas na semana de referência em relação às pessoas em idade ativa, teve queda de 0,6 pontos percentuais no mês de Janeiro com relação a Dezembro. Em decorrência da queda da atividade econômica mas também da menor procura por emprego, a taxa de Janeiro caiu ao nível de 56,4%. Em relação à Janeiro de 2009, porém, o índice ficou estável. Como indicado acima, a taxa de desocupação, que representa o percentual de pessoas desocupadas na semana de referência em relação às pessoas economicamente ativas nessa semana, ficou em 6,1% em Janeiro. A taxa apresenta aumento de 0,8 p.p. em relação a Dezembro, quando ficou em 5,3% da população. Na comparação com a série histórica iniciada em 2002, no entanto, esta taxa foi a menor registrada para o primeiro mês do ano, reduzindose em 1,1% em relação a Janeiro de 2010. Segundo a pesquisa do IBGE, havia 41,6 milhões de pessoas em idade ativa em Janeiro de 2011, o que representou um número relativamente estável com relação ao mês anterior. Na comparação com o mês Janeiro de 2010, houve aumento, de aproximadamente 1,1% da taxa. A população economicamente ativa (ocupados mais desocupados) foi estimada em 23,5 milhões de pessoas no mês de Janeiro e representou retração de 0,8% na comparação com o mês de Dezembro, o que significou o segundo mês consecutivo de queda no índice e menos cerca de 200.000 pessoas no mercado de trabalho. O nível de ocupação, pessoas ocupadas em relação ao total em idade ativa, foi estimado em 53% no mês de janeiro. Taxa 1% inferior em relação ao mês anterior mas 0,6% superior com relação a Janeiro de 2010. O contingente estimado de desocupados, por sua vez, manteve a convergência de queda frente a Dezembro : 13,7% inferior mas manteve a melhora expressiva na base de comparação anual do mesmo mês, sendo 15,6% maior. O mercado formal se expande e seus reflexos notam-se no percentual de trabalhadores com carteira assinada. Em Janeiro de 2010 foram criados cerca de 652 mil novos postos 11

detrabalho, o que significou um acréscimo de 6.6% frente ao mesmo mês do ano anterior e permaneceu estável frente a Dezembro. Na análise setorial, os piores resultados para a ocupação foram para o serviço doméstico, Indústria extrativa de transformação e distribuição de eletricidade gás e água, além do Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, com quedas de 4,7; 3,8 e 2,9% respectivamente, frente a Dezembro. Já os segmentos nos quais os postos de trabalho mais cresceram, na comparação anual, foram Educação, Saúde, Administração pública, serviços sociais, defesa e seguridade pessoal com um acréscimo de 3,8%; enquanto outros serviços cresceram 6,9%. Neste contexto, o rendimento real médio dos trabalhadores em dezembro de 2010 ficou em R$ 1.538,30 elevando-se em 0,5% na comparação mensal e 4,2% na relação com a dezembro de 2009. No setor privado, aqueles com carteira assinada passaram a ganhar, em média, R$1.384,16, uma baixa de 0,6%. Enquanto que os sem carteira receberam em média R$ 984,30, ou 3,9% a mais na comparação mensal. Os militares e funcionários públicos, com uma média de R$ 2.573,23 no mês de dezembro último tiveram alta de 1,4% na comparação mensal. Trabalhadores por conta própria também tiveram ganho, 3,7% a mais em relação a novembro. Na comparação anual, o destaque foi para os trabalhadores sem carteira assinada que tiveram seus rendimentos aumentados em 14,3%. Cabe ressaltar que a inflação fora da meta é responsável não somente pela perda do poder de compra dos trabalhadores, mas também pelo descompasso entre a mesma e a correção na tabela de Imposto de Renda, que ao ser ajustada pela meta de 4,5%, prejudica duplamente os ganhos reais. 8.2- CAGED De acordo com a Evolução de Empregos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em Janeiro de 2011 a quantidade de trabalhadores admitidos foi de 1.650.372 contra 1.498.281 demitidos. Havendo, portanto, um saldo positivo de 152.091 trabalhadores, ou 0,42% a mais. Nos últimos 12 meses o aumento foi de 7,34%. Os principais impulsos vieram da construção civil e indústria extrativa mineral que tiveram aumentos de 1, 31% e 0,83% respectivamente. Brasil: Evolução do Emprego por Setor de Atividade Econômica, Dezembro 2010. 12

JANEIRO/2011 NO ANO EM 12 MESES ** SETORES TOTAL ADMIS. TOTAL DESLIG. SALDO VARIAC. EMPR % * TOTAL ADMIS. TOTAL DESLIG. SALDO VARIAC. EMPR % TOTAL ADMIS. TOTAL DESLIG. SALDO VARIAC. EMPR % EXTRATIVA MINERAL 4.721 3.150 1.571 0,83 4.721 3.150 1.571 0,83 60.671 42.726 17.945 10,40 INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO 333.593 280.386 53.207 0,67 333.593 280.386 53.207 0,67 4.091.814 3.571.743 520.071 6,90 SERV INDUST DE UTIL PÚBLICA 9.359 7.787 1.572 0,41 9.359 7.787 1.572 0,41 97.549 78.784 18.765 5,14 CONSTRUÇÃO CIVIL 219.794 186.436 33.358 1,31 219.794 186.436 33.358 1,31 2.680.868 2.379.343 301.525 13,28 COMÉRCIO 368.364 386.494-18.130-0,23 368.364 386.494-18.130-0,23 4.727.503 4.137.783 589.720 7,92 SERVIÇOS 610.189 536.958 73.231 0,51 610.189 536.958 73.231 0,51 7.368.162 6.360.597 1.007.565 7,49 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 8.054 9.096-1.042-0,12 8.054 9.096-1.042-0,12 119.422 110.236 9.186 1,04 AGROPECUÁRIA 96.298 87.974 8.324 0,56 96.298 87.974 8.324 0,56 1.342.733 1.340.138 2.595 0,17 TOTAL 1.650.372 1.498.281 152.091 0,42 1.650.372 1.498.281 152.091 0,42 20.488.722 18.021.350 2.467.372 7,34 FONTE: MTE-CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS-LEI 4923/65 * A variação mensal do emprego toma como referência o estoque do mês anterior. ** Resultados acrescidos dos ajustes e a variação relativa toma como referência o estoque do mesmo mês do ano anterior com ajustes. 13