A recessão avança. Econ. Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Novembro/2015

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1 A recessão avança Econ. Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Novembro/2015

2 Este não é o final de ano que queríamos O retrato da economia Tempo fechado Para o Brasil retomar o crescimento é urgente que a situação política caminhe em direção a maior estabilidade e previsibilidade, mas, infelizmente, não é isso que se observa. PIB ,15% Projeção pesquisa Focus -20/11/2015 Inflação (IPCA/IBGE) 10,33 Projeção Pesquisa Focus - 6/11/2015 Taxa Selic 14,25% Juros do cheque especial 278,10% out/15 Juros do cartão de crédito 406,10% Rotativo - Dado Banco Central Taxa de desemprego 8,90% Trim-jul-set/15- PNAD Contínua/IBGE

3 Instabilidade política ainda mais forte Aumento instabilidade política prejudicando o andamento das questões econômicas. Dificuldade na aprovação de medidas para amenizar o rombo das contas públicas. Garantir mudanças nas metas fiscais de 2015: de superávit de R$55 bilhões para déficit de R$119,9 bilhões. Nem mesmo as vitórias alcançadas pelo Governo Federal no Congresso nacional foi capaz de amenizar a crise política. o O Congresso manteve o veto da presidente ao reajuste dos servidores do Poder Judiciário. Essa medida poderia gerar um impacto de R$36 bilhões até o A Câmara dos Deputados manteve o veto ao dispositivo que que estendia a aposentados e pensionistas do INSS os aumentos do salário-mínimo acima da inflação (custo anual calculado em R$9,2 bilhões). Continua a marcha dos números negativos na economia. Aprofundamento da contração na atividade econômica no segundo semestre de 2015, com indicadores de atividade e confiança sem registrar sinais de estabilização Consequências: atraso na retomada do crescimento econômico e a volta da preocupação com uma nova queda na nota de crédito do País.

4 Fonte e arte: Folha de São Paulo 27 de novembro de 2015.

5 Governo admite queda maior do PIB e menos receitas com CPMF em 2016 PIB estimado para ,9% Em documento enviado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, o governo estimou a variação do Produto Interno Bruto (PIB) para -1,9% no ano que vem.

6 Juros permanecem no mesmo patamar A taxa de juros cobrada no cheque especial atingiu 278,1% ao ano em outubro, a mais alta em 20 anos. Na comparação com setembro, a elevação foi 14,4 pontos percentuais A decisão do Copom de manter a taxa de juros elevada desestimula a retomada da produção e os investimentos. Com este patamar de juros, cada vez menos investimentos se mostram viáveis e as finanças públicas se tornam mais frágeis, elevando o risco do país. O canal mais promissor para a recuperação do nível de atividade na economia brasileira fica desativado.

7 Inflação sem trégua IPCA * - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IBGE) Variação (%) mensal e acumulada em 12 meses Jan/14 - Out/15 % 9,50 8,50 7,50 6,50 5,50 4,50 JAN/ 14 FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN/ 15 FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT 12 meses 5,59 5,68 6,15 6,28 6,37 6,52 6,50 6,51 6,75 6,59 6,56 6,41 7,14 7,70 8,13 8,17 8,47 8,89 9,56 9,53 9,49 9,93 Mensal 0,55 0,69 0,92 0,67 0,46 0,40 0,01 0,25 0,57 0,42 0,51 0,78 1,24 1,22 1,32 0,71 0,74 0,79 0,62 0,22 0,54 0,82 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (*) IPCA : Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Período de coleta em geral: 01 a 30 do mês de referência). 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00

8 Inflação chega a 10% % 12,00 IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IBGE) Evolução da variação acumulada em 12 meses (%) 10,33 10,00 8,00 7,60 6,00 4,00 5,69 3,14 4,46 5,90 4,31 5,91 6,50 5,84 5,91 6,41 6,64 Para 2015 e 2016: projeções de fechamento do ano 2, Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (**) Para o ano 2015 e 2016: Projeção - Pesquisa Focus - Banco Central - 20/11/2015.

9 1º tri/2012 2º tri/2012 3ºtri/2012 4ºtri/2012 1º tri/2013 2ºtri/2013 3ºtri/2013 4º tri/2013 1º tri/2014 2ºtri/2014 3ºtri/2014 4º tri/2014 1º tri/2015 2ºtri/2015 3ºtri/2015 Desemprego continua assustando muito 10,0 % TAXA DE DESOCUPAÇÃO (%) NO BRASIL 2012 A ,0 8,0 7,0 6,0 7,9 7,5 7,1 6,9 8,0 7,4 6,9 6,2 7,2 6,8 6,8 6,5 7,9 8,3 8,9 5,0 4,0 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (*) PNAD Contínua Trimestral - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. A taxa de desemprego ficou maior do que no terceiro trimestre deste ano (8,9%) e do mesmo período do ano passado (6,8%), segundo os dados do IBGE. A esperança do Banco Central é que o desemprego baixará a inflação. Existem estimativas de que a taxa de desemprego poderá superar 10% em 2016.

10 1º tri/2012 2º tri/2012 3ºtri/2012 4ºtri/2012 1º tri/2013 2ºtri/2013 3ºtri/2013 4º tri/2013 1º tri/2014 2ºtri/2014 3ºtri/2014 4º tri/2014 1º tri/2015 2ºtri/2015 3ºtri/2015 Brasil possui quase 9 milhões de desempregados TOTAL (em milhares) DE DESOCUPADOS NO BRASIL 2012 A Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (*) PNAD Contínua Trimestral - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Os números sobre o desemprego assustam. Especialmente preocupa a velocidade em que o mercado de trabalho está se deteriorando em função da crise econômica.

11 Mercado de trabalho tem pior outubro desde 1992 e fecha 169 mil vagas Em outubro, pelo sétimo mês consecutivo, o mercado de trabalho formal registrou números negativos. Fonte: Ministério do Trabalho e emprego (CAGED).

12 Queda na renda do trabalhador De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada pelo IBGE, o rendimento médio em outubro caiu 7%, alcançando R$2.182,00. O resultado reflete a fraqueza do mercado de trabalho e a inflação elevada. A crise econômica trouxe uma triste realidade: inflação e desemprego em alta.

13 A queda da indústria

14 A queda da indústria

15 As perdas do comércio varejista A atividade econômica em queda, a redução das rendas das famílias, o aumento do desemprego, o crédito mais escasso e expectativas pouco alentadoras são alguns dos motivos das perdas do comércio varejista observadas até o terceiro trimestre de 2015.

16 A Construção Civil e os reflexos da crise

17 Pesquisa Abrainc/Fipe

18 Pesquisa Abrainc/Fipe

19 Pesquisa Abrainc/Fipe

20 Pesquisa Abrainc/Fipe

21 O mercado de trabalho está muito enfraquecido Evolução do emprego na Construção Civi Em 12 meses (nov/14-out/15) Admitidos Desligados Saldo Brasil Minas Gerais RMBH Fonte:Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)/ Ministério do Trabalho e Emprego. Número de empregados com carteira assinada Construção Civil out/14 out/15 Variação % Brasil ,59 Minas Gerais ,19 RMBH ,35 Fonte:Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)/ Ministério do Trabalho e Emprego.

22 Construção Civil: nível de atividade em Minas Gerais Fonte: Sondagem da Indústria da Construção em Minas Gerais/Fiemg/CNI.

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24 Indústria e comércio de materiais de construção Fonte: IBGE.

25 Construção Civil nacional: utilização da capacidade de operação Fonte: Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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27 Financiamento imobiliário em queda

28 Ítem IPCA/IBGE (%) 10,33 6,64 IGP-DI/FGV (%) 10,90 6,11 IGP-M/FGV (%) 10,38 6,29 Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 3,95 4,20 Meta taxa Selic - fim de período - % 14,25 13,75 PIB (% de crescimento) -3,15-2,01 Produção industrial (% de crescimento) -7,50-2,00 Preços administrados (%) 17,43 7,00 Fonte: Banco Central. Perspectivas Focus - Relatório de mercado Data 20 de novembro de 2015 Fatores negativos: Aumento do desemprego Queda na renda Retração dos investimentos Fatores positivos : A crise não é externa. Inflação 2016, mesmo elevada, ficará dentro da média dos últimos 16 anos. Aguarda-se redução das importações, o que contribui para o ajuste das contas externas.

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30 Como vencer a crise? "A gente não vai ter crescimento no Brasil só com Band-Aid. Você tem de realmente enfrentar as coisas estruturais... (Ministro da Fazenda Joaquim Levy)

31 Muito obrigada! Econ. Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Novembro/2015