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(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Auxiliar Raquel Gomes do Rosário) =CLS= ***

CONCLUSÃO =CLS= Proc.Nº 1626/17.9T8VNF. Insolvência pessoa coletiva (Requerida)

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Transcrição:

2014 RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal da Comarca de Braga V. N. Famalicão - Inst. Central 2.ª Sec. Comércio J4 Processo n.º 8/14.9T8VNF Deolinda Ribas Fideger Fabrico e Comércio de Produtos Alimentares, Lda. 18-11-2014

Índice ÍNDICE... 2 1. INTRODUÇÃO... 4 2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE... 5 2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE... 5 2.2. COMISSÃO DE CREDORES... 5 2.3. A ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA... 6 2.4. DATAS DO PROCESSO... 6 3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª... 6 3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS... 6 3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS. 7 3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE... 11 3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA... 12 4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA... 13 5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA... 13 5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA... 14 5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA... 14 5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES... 15 6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO 18 6.1. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA... 18 2

6.2. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES... 18 6.3. CAUSAS DE EVENTUAL DIMINUIÇÃO DO ACTIVO... 19 6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA... 20 7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE)... 21 8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)... 23 3

1. INTRODUÇÃO A devedora Fideger Fabrico e Comércio de Produtos Alimentares, Lda. apresentou-se à insolvência, tendo sido proferida sentença em 6 de Outubro de 2014. Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve elaborar um relatório contendo: a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c) do n.º 1 do artigo 24.º; b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião sobre os documentos de prestação de contas e de informação financeira juntos aos autos pelo devedor; c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os credores nos diversos cenários figuráveis; d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do mesmo; e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para a tramitação ulterior do processo. Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores. Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem a administradora apresentar o seu relatório. A Administradora da Insolvência 4

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE 2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE SOCIEDADE Fideger Fabrico e Comércio de Produtos Alimentares, Lda. NIPC 501 187 855 SEDE Zona Ind. Carvalhas, Trav. N.º 1, Lt3, n.º 37, 4770-369 Mouquim V. N. Famalicão MATRICULA OBJECTO SOCIAL Conservatória do Registo Comercial de Vila Nova de Famalicão Importação, exportação e comércio de produtos destinados às indústrias de panificação e pastelaria, bem como o fabrico e comercialização, por grosso e a retalho, de artigos de panificação e pastelaria. CAPITAL SOCIAL 49.879,79 Sócio Germana Maria Fernandes Ferreira Eiriz Quota 29.927,87 % 60 % Sócio-gerente Fidélio Arnaldo Fanzeres Castro Marques Pinto Quota 19.951,92 % 40 % FORMA DE OBRIGAR Pela intervenção de um gerente 2.2. COMISSÃO DE CREDORES Não nomeada. 5

2.3. A ADMINISTRADORA DA INSOLVÊNCIA Deolinda Ribas NIF/NIPC: 175620113 Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 4710-358 Braga Telef: 253 609310 253 609330 917049565-962678733 E-mail: dribas@nadv.pt 2.4. DATAS DO PROCESSO Declaração de Insolvência: Data e hora da prolação: 06-10-2014 pelas 12h00m Publicado no portal Citius 7 de Outubro de 2014 Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos. Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 26-11-2014 pelas 14:00 horas 3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª 3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS Dispõe a alínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor deve juntar, entre outros, documento em que se explicita a actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos últimos três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o que entenda serem as causas da situação em que se encontra. A devedora procedeu, de acordo com o disposto no nº 1 do artigo 24º do CIRE, à junção dos seguintes documentos: a) Certidão Permanente (não legível); 6

b) Balancete de 2012; c) Balancete acumulado até Maio de 2013 ; d) Relação dos cinco maiores credores. No entanto regista-se que a signatária só teve acesso ao balancete do exercício de 2012 e do Balancete acumulado até Maio de 2013, não tendo existido colaboração quer da parte dos gerentes (as comunicações enviadas as mesmos vieram devolvidas) quer junto da respectiva mandatária. Assim, por falta de elementos, não é possível efectuar uma análise sustentada e efectiva dos documentos contabilísticos. 3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS Em referência à actividade a que a sociedade se tenha dedicado nos últimos três anos de actividade e tendo por base os elementos que foi possível compilar, a mesma dedicou-se à Importação, exportação e comércio de produtos destinados às indústrias de panificação e pastelaria, bem como o fabrico e comercialização, por grosso e a retalho, de artigos de panificação e pastelaria. CAE Principal 46382-R3 Comércio por grosso de outros produtos alimentares, n.e. Aquelas que serão as causas da insolvência deveriam resultar, de uma forma rigorosa, de uma análise à informação contabilística da sociedade, sendo certo que, em face da 7

ausência de informação e contas actua, está a administradora da insolvência impossibilitada de fazer essa análise. Por falta de elementos, não é possível efectuar uma análise sustentada e efectiva daquelas que terão sido as causas da insolvência. A análise efectuada foi-o apenas com base no balancete do exercício de 2012 e do Balancete acumulado até Maio de 2013, bem como através de informações obtidas junto de uma empresa de informação sobre risco de crédito (pelo que se salvaguarda, dessa forma, a sua fidelidade). Assim, é a seguinte a evolução do volume de negócios da insolvente e dos respectivos custos e perdas que foi possível apurar: EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS Ano 2011 2012 2013 (até Maio) Volume de Negócios 563.691 314.464 31.622 Tendo em conta os valores constantes da Tabela supra, constata - se que o volume de negócios da insolvente diminuiu na ordem dos 44 % entre os anos de 2011 e 2012. 8

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS Rubricas 2011 2012 2013 (até Maio) CMV 418.512 251.457 ----- FSE 56.648 41.299 13.510 Custos com o Pessoal 60.589 39.028 8.218 Outros Custos e Perdas 24.986 26.411 3.376 Totais 560.735 358.195 ----- Em relação ao valor das rubricas correspondentes à cla sse de custos e perdas, entre os anos 2011 e 201 2, estes sofreram uma diminuição de 36 %. RESULTADOS LÍQUIDOS Ano 2011 2012 2013 (até Maio) Total 1.460 ( 39.015) ----- Os resultados líquidos, referentes aos exercícios económicos de 2011 a 2012 demostram a queda de rentabilidade da sociedade. 9

Regista-se que a sociedade só depositou contas junto da CRC até ao exercício de 2011. Balanços Históricos Activos Fixos Tangíveis Ano 2011 2012 2013 (até Maio) Total 1.158 125.768 ----- Existências/Inventários Ano 2011 2012 2013 (até Maio) Total 28.609 22.364 ----- Dívidas de Terceiros/Clientes Ano 2011 2012 2013 (até Maio) Total 616.706 496.018 430.021 10

Desconhece a signatária, por falta de elementos, qual a cobrabilidade dos valores apresentados e quem são os devedores. Passivo Ano 2011 2012 2013 (até Maio) Total 1.271.560 644.075 621.266 Embora o valor do passivo da sociedade tenha vindo a diminuir no período em análise, tal não se demonstrou suficiente para a recuperação da sociedade devido aos resultados negativos que tem vindo a apresentar. Assim, é notória a situação de insolvência da sociedade. 3.3. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE A sociedade tem a sua sede registada em instalações que eram propriedade da insolvente, sitas na Zona Ind. Carvalhas, Trav. N.º 1, Lt3, n.º 37, 4770-369 Mouquim V. N. Famalicão, vendidas em 6 de Dezembro de 2013 cfr. infra info. 11

3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA A empresa apresentou-se voluntariamente à insolvência. Deste modo, indicam-se os motivos justificativos que foram possíveis apurar da actual situação de insolvência da sociedade, elencadas na petição inicial : A devedora encontra-se com graves dificuldades financeiras, encontrando-se impossibilitada de cumprir com as suas obrigações, nomeadam ente o pagamento aos trabalhadores, fornecedores e banca; O acréscimo dos encargos, o agravamento dos preços da matéria prima e a recessão das vendas originou a degradação da situação económica da insolvente; A insolvente não se encontra a laborar há, pelo menos, um ano, tendo vendido o imóvel onde se encontrava a sua sede em 2013/12/06. Assim, pelo que foi transmitido pela própria devedora na petição inicial, o elevado montante das dívidas e perante a insuficiência de recursos financeiros, terá levado a que a insolvente se visse totalmente impossibilitados de cumprir com as suas obrigações. Contudo, por falta de elementos, não é possível efectuar uma análise sustentada e efectiva daquelas que terão sido as causas da insolvência. 12

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve a Administradora da insolvência efectuar uma análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião sobre os docum entos de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo devedor. Em termos gerais, a contabilidade tem de transmitir uma imagem verdadeira e apropriada da realidade económica e financeira da sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de entidades com as quais se relaciona, nomeadamente investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, clientes, Estado e outros. Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comerciais são obrigadas a dispor de contabilidade organizada nos termos da l ei comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da contabilidade superiores a 90 dias. Foram apenas facultados à signatária o balancete final de 2012 e o balancete acumulado até Maio de 2013, não sendo por isso possível apurar qual o estado da contabilidade da devedora. Regista-se que a sociedade só depositou contas junto da CRC até ao exercício de 2011. 5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA 13

5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA A empresa apresentou-se voluntariamente à insolvência e não se encontra a laborar. A grave crise económica que se faz sentir a nível internacional e nacional, conjugada com a diminuição do volume de facturação e a limitação da concessão de crédito bancário, originou que a insolvente ficasse sem capacidade para fazer face às suas responsabilidades, designadamente junto das instituições financeiras, Estado, trabalhadores e fornecedores. Não sendo expectável a recuperação, a curto prazo, da crise em que a sociedade se encontra mergulhada e sendo actualmente deficitária a actividade desenvolvida pela requerida, a esta só lhe resta aderir ao pedido da insolvência. 5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA Após recolhas de elementos sobre a sociedade, não foi possível reunir condições para vir a ser apresentado um Plano de Insolvência. Assim, tendo em conta as informações supra referidas, apenas se poderá concluir pela impossibilidade de manutenção da empresa. 14

Nada foi junto aos autos que permita sustentar a inversão daquela situação. Assim sendo, entende-se por inexequível um qualquer plano de recuperação. 5.3. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES A assembleia de credores de apreciação do relatório delibera sobre o encerramento ou manutenção da actividade do estabelecimento ou estabelecimentos compreendidos na m assa insolvente. A signatária encetou diligências no sentido de averiguar a existência de bens no património da insolvente, nomeadamente através da análise da contabilidade, deslocação à sede da insolvente e contactos com a gerência, bem como junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel e Repartição de Finanças, tendo sido localizados os bens que se encontram descrito no inventário. Verifica-se que a insolvente alienou o imóvel onde se encontrava a sua sede em 6 de Dezembro de 2013. Relativamente à transmissão do referido imóvel, encontra -se a signatária a averiguar o teor e condições daquela transmissão que, apesar de solicitados, não foram até ao momento disponibilizados pela devedora nem pelos respectivos gerentes. 15

Importará, designadamente, esclarecer as concretas condições da transmissão (valor do imóvel e da transmissão ), tudo tendo em vista apurar se a mesma não visou mais do que enganar e prejudicar os credores, fazendo com que esse bem imóvel não integrasse o respectivo património, evitando possíveis arrestos ou apreensões judiciais ou, pelo menos, dificultando -se quaisquer iniciativas que, visando, esses objectivos, fossem tomadas pelos credores da insolvente. Assim, a transmissão efetuada, na falta do devido esclarecimento quanto às suas concretas condições em termos de valor do imóvel, poderá vir a ser um ato passível de ser resolvido em benefício da massa insolvente, nos termos dos n.ºs 1 e 2 do art.º 120.º e art.º 123.º do CIRE. O cenário possível que se apresenta para os credores é, pois, no sentido da liquidação do activo. Assim, considerando que: 1. De acordo com a percepção recolhida pel a Administradora de Insolvência, e tendo em atenção as análises já referidas, e explicitadas acima, não nos parece que a Insolvente tenha qualquer capacidade económica ou financeira de poder vir a solver os seus compromissos; 2. É notória a situação de insolvência e a ins uficiência de valores activos face ao Passivo acumulado; 3. Não havendo por parte dos Credores ou qualquer legitimado intenção de apresentação de um Plano de Insolvência. A Administradora da Insolvência propõe, nos termos do art.º 156.º do CIRE: 16

a) O encerramento definitivo do estabelecimento onde a insolvente prestava a sua actividade; b) O início da liquidação do activo que venha a ser apreendido para a massa insolvente; c) A notificação da AT autoridade tributária e aduaneira Serviço de Finanças -, para que, proceda oficiosamente à cessação imediata da actividade da Insolvente, em sede de IVA e de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (I.R.C.), de acordo com do nº 3, do art. 65º do C.I.R.E. (com a redacção da Lei nº 16/2012, de 20 de Abril). 17

6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO 6.1. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA A insolvente foi constituída em Agosto de 1981 e enquanto sociedade activa, teve os resultados líquidos, referentes os últimos exercícios económicos em que a sociedade elaborou a declaração modelo 22 de IRC, ou seja, 2011 e 2012, foram nos montantes de 1.460 e ( 39.015), respetivamente. Por falta de elementos, não é possível efectuar uma análise sustentada e efectiva daquelas que terão sido as causas da insolvência nem, com rigor, enquanto sociedade activa. qual a dimensão da empresa 6.2. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES Activos Fixos Tangíveis (Imobilizado corpóreo) A sociedade alienou, em 6 de Dezembro de 2013, o edifício onde se encontrava a sua sede e que se encontra descrito na verba n.º 1 do inventário infra. Encontra-se a signatária a verificar quais as condições desta venda. 18

Existências/Inventários: A rúbrica de inventários apresenta, no final do exercício de 2012, um saldo de 22.364, tendo a signatária localizado os bens infra descritos no inventário. Por falta de elementos, não é possível efectuar com rigor uma análise das existências/inventário à data da declaração de insolvência. Clientes /outras contas a receber (créditos sobre terceiros) Desconhece a signatária de qual a cobrabilidade dos valores apresentados. 6.3. CAUSAS DE EVENTUAL DIMINUIÇÃO DO ACTIVO No que se reporta ao apuramento da eventual deslocação dos activos para entes societários diversos, dominados pelas mesmas pessoas ou por pessoas com ligações de parentesco, ou outras entidades ter-se-á que esclarecer o seguinte facto: Em que circunstancias foi elaborada a escritura de venda com Carlos Manuel da Silva Pinto, em relação ao imóvel Prédio urbano, composto por edifício de rés -do-chão e andar, destinada à indústria com quintal, sito no Lugar de Trás dos Carvalhos, freguesia de Mouquim, do concelho de Vila Nova de Famalicão, descrito na Conservatória de Registo Predial de Vila Nova de Famalicão sob o número TREZENTOS E QUARENTA - MOUQUIM inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1350. 19

Apesar de solicitados, não foram até ao momento disponibilizados pela devedora nem pelos respectivos gerentes, o teor e condições daquela transmissão. 6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do incidente de qualificação da insolvência, na sentença que declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de qualificação, com caráter pleno ou limitado cfr. al. i) doa rt.º 36.º do CIRE. Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência foi declarado, desde logo, aberto aquele incidente com carácter pleno. 20

7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) Bens Imóveis Verba 1 Descrição Valor Prédio urbano, composto por edifício de rés do chão e andar, destinada à indústria com quintal, sito no Lugar de Trás dos Carvalhos, freguesia de Mouquim, do concelho de Vila Nova de Famalicão, descrito na Conservatória de Registo Predial de Vila Nova de Famalicão sob o número TREZENTOS E QUARENTA - MOUQUIM inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1350 A determinar Nota: O bem imóvel descrito na verba n.º 1 foi alienado pela insolvente em 6 de Dezembro de 2013, encontrando-se a signatária a verificar quais as condições desta venda. Bens Móveis Verba 2 Descrição Valor Veículo automóvel de marca Toyota e com a matrícula 31-63-BS A determinar 21

Verba 3 Descrição Valor Veículo automóvel de marca Volvo e com a matrícula IG-40-50 A determinar Verba 4 Descrição Valor Veículo automóvel de marca Renault e com a matrícula 80-BZ-56 A determinar Verba 5 Descrição Valor Veículo automóvel de marca Mercedes-Benz e com a matrícula 41-41-SH A determinar Verba 6 Descrição Valor Veículo automóvel de marca Nissan e com a matrícula 16-75-CV A determinar 22

Nota: Desconhece a signatária qual a localização e o estado de conservação dos automóveis descritos nas verbas n.º 2 a 6. 8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) Em anexo 23