Famalicão. Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta

Transcrição

1 Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito da 2ª Secção de Comércio da Instância Central de Vila Nova de Famalicão J2 Processo 462/14.9T8VNF Insolvência de Silva Moreira & Ferreira, Lda V/Referência: Data: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº , Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário). Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo 154º do CIRE, uma vez que vai ser junto aos autos a relação de credores a que alude o artigo 129º do CIRE. P.E.D. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 9 de fevereiro de 2015 Página 1 de 1

2 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) I Identificação do Devedor Silva Moreira & Ferreira, Lda., sociedade comercial por quotas com sede na Rua Dr. José Araújo Carneiro, nº 1046, freguesia de Cavalões, concelho de Vila Nova de Famalicão, com o NIPC , tendo por objecto social a indústria de panificação e similares. A sociedade, constituída em 9 de Março de 1989, encontra-se matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila Nova de Famalicão sob o número (corresponde à anterior matrícula nº 2278/ desta mesma conservatória) e tem actualmente a seguinte estrutura societária: Sócio Valor da Quota Henrique da Silva Moreira 2.500,00 Rosa Oliveira Ferreira 2.500,00 Total 5.000,00 A gerência da sociedade está atribuída em exclusivo aos sócios Henrique da Silva Moreira e Rosa Oliveira Ferreira desde a sua data de constituição. A sociedade obriga-se pela intervenção de dois gerentes. II Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.) O estabelecimento da sociedade insolvente, que corresponde à morada da sua sede, não é sua propriedade. Observemos a informação contabilística da sociedade insolvente para os exercícios de 2011 e 2013: Rubricas Variação 2012/ Variação 2013/2012 Variação 2013/2011 Vendas e serviços prestados , , ,35-12,02% , ,93-34,23% ,28-42,14% CMVeMC , , ,04 29,67% , ,82-41,02% ,78-23,53% Fornecimentos e serviços externos 8 314, , ,05-58,67% 1 743, ,42-49,25% ,47-79,03% 1 Página

3 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Gastos com pessoal , , ,32-30,59% , ,01-8,39% ,33-36,41% Outros gastos e perdas 115,91 74,70-41,21-35,55% 374,74 300,04 401,66% 258,83 223,30% Resultado Operacional 2 516, , ,67 47,47% , ,87-160,24% ,20-188,84% Resultado antes de impostos 1 759, , ,52 110,90% , ,65-161,53% ,13-229,77% Resultado Líquido do Período 1 738, , ,02 99,85% , ,03-165,72% ,01-231,34% Activo , , ,67 22,73% , ,28 23,23% ,95 51,24% Activos fixos tangíveis 330,96 36,11-294,85-89,09% 18,11-18,00-49,85% -312,85-94,53% Inventários , , ,00-7,42% ,00-450,00-1,80% ,00-9,09% Estado e outros Entes Públicos 1 856, ,47-849,78-45,78% 841,78-164,69-16,36% ,47-54,65% Diferimentos 331,80 73,14-258,66-77,96% 0,00-73,14-100,00% -331,80-100,00% Caixa e depósitos bancários , , ,96 53,79% , ,11 36,75% ,07 110,31% Passivo , , ,09 22,43% , ,73 34,45% ,82 64,60% Fornecedores 6 292, , ,92 59,70% , ,30 132,19% ,22 270,81% Estado e outros Entes Públicos , , ,17 16,71% , ,43 13,94% ,60 32,98% Capital Próprio , , ,58 23,69% , ,45-12,59% 1 191,13 8,12% Resultados transitados , , ,56-6,11% , ,58-13,00% 5 213,14-18,32% Como se pode ver pelos dados do quadro seguinte, o volume de negócios da sociedade insolvente entre os exercícios de 2011 e 2013 reduziu-se em quase 40%, sendo que os prejuízos acumulados ascendem a quase Euros ,00 negativos. Perante esta enorme redução no volume de negócios, a gerência da sociedade ainda tomou medidas para tentar reduzir os custos fixos de funcionamento, no entanto tal não se mostrou suficiente para assegurar a liquidez necessária para honrar todos os compromissos, sendo patente que para o actual volume de negócios a sociedade fica aquém do seu ponto crítico de vendas. Tudo isto em conjunto, tal como referido, veio criar graves problemas de tesouraria, que conduziram a sociedade a entrar em incumprimento com os seus credores, em especial, para com a Segurança Social, a Fazenda Nacional e alguns dos seus colaboradores. Não tendo os sócios da sociedade insolvente condições para assegurar a manutenção da actividade, e sem perspectivas de melhoria da sua situação deficitária, os gerentes acabaram por tomar a decisão de encerrar o estabelecimento e cessar a sua actividade. 2 Página

4 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) A sociedade deixou de pagar os honorários ao técnico oficial de contas, não tendo este processado a contabilidade relativamente à sua actividade no ano de 2014, sendo impossível a sua análise. III Estado da contabilidade do devedor (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) A contabilidade da sociedade encontra-se processada até ao final do mês de Dezembro de 2013, tendo sido cumpridas as obrigações declarativas daí emergentes. Pela análise que foi feita da contabilidade, tudo indica que esta não reflecte uma imagem verdadeira e apropriada da sua situação patrimonial e financeira. Com efeito, pela análise da informação contabilística constata-se a existência de um saldo na conta Caixa que ascende a Euros ,56, desconhecendo-se qual o destino dado ao mesmo, já que não se apreendeu qualquer valor em caixa. IV Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) É evidente que a sociedade apenas tem existência no plano formal, já que, à data da declaração de insolvência, não exercia qualquer tipo de actividade. Perante estes factos, deverão os credores deliberar no sentido do encerramento da actividade do estabelecimento do devedor, nos termos do nº 2 do artigo 156º do Código da Insolvência e da Recuperação das Empresas, reportando-se esse encerramento à data da declaração de insolvência, ou seja, o dia 28 de Outubro de 2014, bem como deliberar pela liquidação do activo. Castelões, 9 de Fevereiro de 2015 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) 3 Página

5 Inventário (Artigo 153ºdo C.I.R.E.)

6 Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.) Processo nº 462/14.9T8VNF da 2ª Secção do Comércio (J2) da Instância Central de Vila Nova de Famalicão Relação dos bens e direitos passíveis de integrarem a massa insolvente: Verba Descrição da Verba Valor 1 1 forno da marca RAMALHOS ÁGUEDA, mod. M/ , carrinhos em metal para transporte de tabuleiros de pão 120, mesa em chapa 10, amassadeira de pão 400, estancador em inox 50, balança 20, câmara frigorífica da marca PANIHOTEL 50, cilindro da marca F. RESENDE RODRIGUES, LDA. 200, câmara frigorífica com 2,5m X 2,5m 500, fritadeira de bolas da marca AUREA 10, carrinhos baixos em metal 40, divisora de pão 200, esticador/enrolador de cacete da marca TUDOPAN 200, mesa em metal com o tampo em pedra 5, montra/vitrine frigorífica 250, vitrine da marca TUDOPAN 100, caixa registadora da marca TOWA, mod. ET , balança da marca RUBY, mod. DELTA, máx. 15Kg 30, conjunto de estantes em dexion 100, veículo ligeiro de mercadorias da marca TOYOTA, mod. HIACE, com a matrícula TJ, de Abril de , veículo ligeiro de mercadorias da marca TOYOTA, mod. HIACE, com a matrícula QB, de Julho de , veículo ligeiro de mercadorias da marca RENAULT, mod. EXPRESS, com a matrícula II, em mau estado de conservação 100,00 Total dos bens inventariados 7.790,00 Os bens acima inventariados encontram-se na sede da sociedade insolvente. Castelões, 9 de Fevereiro de 2015 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) 1 Página