SINAIS POSITIVOS TOP 20 (atualizado a 10JUL2014)



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Transcrição:

SINAIS POSITIVOS TOP 20 (atualizado a 10JUL2014) 1. Taxa de Desemprego O desemprego desceu para 14,3% em maio, o que representa um recuo de 2,6% em relação a maio de 2013. Esta é a segunda maior variação homóloga desde que há dados do Eurostat sobre o desemprego em Portugal (início da série em 1983). É também a segunda maior descida homóloga entre os estados membros da União Europeia. Em termos absolutos, registaram-se em abril menos 145 mil desempregados que no mês homólogo (de 881 mil para 736 mil desempregados). A redução sustentada da taxa de desemprego desde o valor mais alto em Janeiro 2013 (17,6) até ao mês de maio 2014 (14,4%) traduz-se em 16 meses consecutivos de diminuição; 10 meses consecutivos de taxas mensais homólogas mais baixas. No desemprego jovem, registou-se também um recuo de 1.1 na variação mensal para 34,8% (menos cinco mil desempregados jovens num mês). Esteve valor corresponde a uma queda da taxa de desemprego na variação homóloga de -4.2 pontos percentuais (menos 15 mil jovens desempregados num ano). 2. Taxa de Emprego - A taxa de emprego em Portugal subiu de 60,1% no primeiro trimestre para 62% no quarto trimestre de 2013, mais 0,6 pontos percentuais face ao trimestre anterior (segundo a OCDE) Em termos trimestrais, a taxa de emprego subiu quer no grupo de mulheres (de 58,5% para 59,3%), quer no dos homens (de 64,4% para 64,8%). 3. Avaliações positivas: Portugal teve 12 avaliações positivas da troika e chegou ao fim do programa, na data prevista inicialmente, de forma limpa (sem programa cautelar, nem segundo resgate, os dois únicos cenários que se colocavam no início do ano). 4. Renegociação dos juros do empréstimo a Portugal: A concretização do programa de assistência reforçou a credibilidade internacional de Portugal, o que se traduziu na melhoria das condições da dívida. É de recordar que as condições de pagamento dos empréstimos do PAEF deixadas pelo anterior Governo (taxas de juro e prazos de pagamento) eram muito duras. Foi o atual Governo, em aliança com o governo irlandês, que procedeu imediatamente a uma melhoria acentuada dessas condições. a. Em Outubro de 2011: a UE aceitou com efeitos retroativos EFSM aumento da maturidade média de 7 para 12,5 anos e eliminação da margem cobrada sobre o custo de funding do EFSM (redução da taxa de juro em 215 pontos base, ou em 2,15%); EFSF aumento da maturidade média de 7,5 para 15 anos e eliminação da margem cobrada sobre o custo de funding do EFSF (200 pontos base, ou 2%); b. Em Junho de 2013: a UE aceitou estender as maturidades EFSM aumento da maturidade média de 12,5 para 19,5 anos; EFSF aumento da maturidade média até 7 anos (a partir dos 15 anos), o que na realidade se traduz no aumento da maturidade média para 20,8 anos. Em termos pecuniários, Portugal, até 2017, reduz as suas necessidades (brutas) de financiamento em 18,1 mil milhões de euros (10% do PIB), o que contribui para

poupanças orçamentais acumuladas de 5,4 mil milhões de euros. Em média anual, entre 2013 e 2017 a poupança será de 1,1 mil milhões de euros. A longo prazo (2013-2042), as poupanças orçamentais acumuladas ascendem a 54,5 mil milhões de euros, reduzindo a dívida pública em 20% do PIB. 5. Produção Industrial A produção industrial acompanha a recuperação da atividade económica iniciada no segundo trimestre do ano passado. Nos primeiros dois meses do ano, Portugal superou o dobro da média de crescimento entre os países da união monetária. O índice de produção industrial aumentou 0,9% no conjunto do ano 2013, depois de ter diminuído 6,1% no ano anterior. Segundo dados do Eurostat, Portugal foi o segundo país da Zona Euro a registar o maior crescimento da produção industrial em Fevereiro, apenas ultrapassado pela Eslováquia. Em Abril, a produção industrial em Portugal cresceu 5,8% face ao mesmo mês de 2013, sendo que a média da UE foi de 2,1% - ou seja, o crescimento em Portugal foi mais do que o dobro da média europeia. Em comparação com a Zona Euro, a diferença é ainda muito mais acentuada, já que esta cresceu apenas 1,4%. Na comparação mensal, em Abril, Portugal é o país com o maior aumento do volume produzido, com um crescimento de 6,7%. A média da UE foi de apenas 0,7% e a da Zona Euro 0,8%. 6. Neste mês de maio, os juros da dívida pública portuguesa continuam a atingir mínimos desde 2006, em todas as maturidades. A dez anos, as "yields" da dívida pública negociaram (8 maio) nos 3,460%, o valor mais baixo desde fevereiro de 2006. No prazo de cinco anos, os juros chegaram este mês a negociar nos 2,274%, um mínimo de sempre. A dois anos, os juros negociaram (8maio) nos 1.047%. No início do ano, a taxa exigida para este prazo estava em 2,701%. 7. O INE confirmou que o défice das Administrações Públicas portuguesas foi de 8121,7 milhões de euros em 2013 (incluindo a recapitalização do BANIF 700 milhões de euros), um valor que equivale a 4,9% do PIB estimado em 165.666 milhões de euros. Este valor fica 0.6 p.p. abaixo da meta imposta pela troika. 8. O INE confirmou um crescimento homólogo do PIB de 1,3% no 1º TRIM 2014: Este foi o segundo crescimento trimestral homólogo em quase três anos (no trimestre anterior, o último de 2013, o PIB cresceu 1,5%). A procura interna aumentou, com um contributo de 2,8 pontos percentuais. A grande ajuda foi dada pelo investimento, que disparou 12,2% entre Janeiro e Março face ao mesmo período de 2013 (tinha sido de 0,9% no trimestre anterior), sendo que o consumo privado também cresceu 1,5% (0,6% precedentes). Nas projeções macroeconómicas (Março), o Banco de Portugal reviu em alta as previsões para a economia portuguesa, para crescimentos de 1.2 por cento em 2014, seguido de uma aceleração para 1.4 por cento em 2015 e 1.7 por cento em 2016. Esta projeção aponta para que, no período 2014-2016, a economia portuguesa volte a apresentar um ritmo de crescimento próximo do projetado para a área do euro.

9. Portugal apresentou, pela primeira vez, em pelo menos mais de duas décadas, um saldo externo positivo. Um resultado histórico, decorrente de um saldo positivo da balança corrente e que significa que Portugal teve uma capacidade líquida de financiamento positiva (em 2008, o saldo da balança corrente era de -12.6%, em 2011 foi de -7.2). Portugal não tinha um saldo positivo desde 1995. As nossas exportações, que têm vindo a ter um desempenho exemplar desde o início do processo de ajustamento, continuam a demonstrar resultados sólidos positivos, com um comportamento de destaque a nível Europeu. No conjunto do ano de 2013, as exportações de bens aumentaram 4,6%. Em valor absoluto, representaram 47,3 mil milhões de euros, o valor mais elevado de sempre. O défice da balança comercial é também o mais baixo (e inferior ao de 2012) e a taxa de cobertura é a mais elevada de sempre. 83,6%, o que são mais 20.1% que em 2010. Por comparação, repare-se que, em 2010 (o último ano do governo socialista em período pré memorando com a troika), o peso das exportações no PIB, no total, era de 31,7%. Este é quase o valor que temos em 2013 apenas para as exportações de bens. Sabendo de antemão a importância que as exportações de serviços têm no PIB (de onde há sempre que destacar o Turismo), podemos concluir que este será efetivamente um bom ano. 10. O indicador de clima económico recuperou durante o mês de Junho, mantendo a tendência ascendente iniciada em Janeiro de 2013 e fixando o valor mais elevado desde Setembro de 2008. Em Maio, este indicador registou um valor positivo (0,1%), pela primeira vez desde Setembro de 2010. E em Junho passou para os 0,2%. O indicador de confiança dos consumidores aumentou em Junho (de -29,4 para -27,6 pontos) prolongando o "acentuado movimento positivo" observado desde o início de 2013 e registando o valor mais elevado desde Novembro de 2009. A recuperação do indicador de confiança dos consumidores em Junho "deveu-se ao contributo positivo de todas as componentes : as expectativas sobre a evolução do desemprego, que registaram o mínimo desde Julho de 2001; as perspetivas para a evolução da situação económica, que estão em máximos de Novembro de 2009; as expectativas sobre a situação financeira da família e sobre a poupança; e as opiniões sobre a aquisição de bens duradouros, que atingiram o valor mais elevado desde Setembro de 2007. 11. Em 2013, foram constituídas 35.296 novas empresas, o que representa um crescimento de 12,8% face a 2012. O crescimento de novas empresas foi acompanhado por uma queda de 20% na dissolução de empresas. De acordo com a Informa D&B, 2013 é também o primeiro ano, desde 2009, em que as insolvências registam uma descida face ao ano anterior, em 7,6%, e o primeiro ano em que esta redução se verificou em todos os trimestres. Entre 2012 e 2013 as dissoluções de empresas desceram 20%. Se combinarmos o aumento de constituições de novas empresas com a redução de encerramentos, verificamos que alcançamos a melhor taxa de nascimentos por encerramento desde 2009, ou seja 2,4 novas empresas por cada empresa dissolvida, o que significa um aumento de 41% face a 2012.

12. Durante demasiados anos, vivemos com uma política de estímulo ao consumo em detrimento da poupança. Que promoveu, ano após ano, o excessivo recurso ao crédito e ao endividamento. Desde 2011, a taxa bruta de poupança dos portugueses cresce a dois dígitos. Em 2013, a taxa de poupança das famílias aumentou para os 12,6%. Segundo o INE, a taxa de poupança das famílias aumentou 0,6 pontos percentuais, passando dos 12% em 2012 para os 12,6% do rendimento disponível em 2013. Também a capacidade de financiamento das famílias aumentou para os 6,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 (em 2012, foi de 6,4%), sendo que a redução da despesa do consumo final (-1,4%) foi "mais expressiva" do que a diminuição do rendimento disponível (-0,7%). 13. Capacidade de financiamento: Banco de Portugal prevê o aumento da capacidade de financiamento da economia portuguesa no período 2014 2016, resultante, em larga medida, da evolução do saldo da balança de bens e serviços. 14. Progressividade da repartição de austeridade: Medidas de consolidação orçamental tiveram o dobro do impacto no rendimento disponível dos 20% mais ricos em relação aos 20% mais pobres. Isto é, Portugal é o país onde a repartição da austeridade foi mais progressiva (FMI). 15. Inovação Portugal foi o país da União Europeia que maior crescimento registou em matéria de inovação (3,9%, em março), segundo o Painel de Avaliação da Inovação da União Europeia. 16. Comércio a retalho Portugal registou o maior aumento das vendas a retalho da União Europeia, em janeiro (Eurostat). Aumento de 6,7% face a dezembro de 2013. Em termos homólogos, registou o terceiro maior aumento entre os 28 estadosmembros (+6.6%). Em março, segundo o INE, o volume de negócios do comércio a retalho registou um crescimento homólogo de 1.3% No primeiro trimestre de 2014, as vendas no comércio a retalho subiram 1,7% em termos homólogos (1,6% no quarto trimestre 2013). 17. Recompra de dívida Três operações bem sucedidas permitiram o reembolso antecipado de empréstimos e a consequente amortização de juros da dívida em 2015. 18. Fundos Comunitários Portugal tornou-se num dos estados com melhor reputação na execução e controlo de fundos europeus. Além disso, foi o Estado com maior taxa de execução da União Europeia. 19. Consolidação dos depósitos do Estado - Em 2013, as reservas dos depósitos do Estado era de montante quatro vezes superior ao que o Estado retinha em abril de 2011, quando pediu o resgate (em agosto de 2013, o montante em depósitos já era suficiente para assegurar o pagamento aos funcionários do Estado um ano. Nota: este valor integra a dívida pública, mas não é, na realidade, dívida. É uma opção orçamental do governo).

20. Investimento: As empresas deverão aumentar este ano o investimento em 2,4%, o que representa um reforço das intenções de investimento face ao previsto no ano passado. O principal motivo apontado para investir foi a extensão da capacidade produtiva da empresa. No entanto, esta razão para investir está a perder peso face a outras opções, como a substituição ou a racionalização e reestruturação nas empresas. Esta perspetiva de crescimento do investimento traduz-se num reforço face ao Inquérito anterior, de Outubro de 2013, já que nessa data as empresas esperavam vir a aumentar o investimento em 1,1% em 2014. Nas respostas dadas pelas empresas ao Inquérito feito pelo INE, os empresários referem como principal objetivo para investir a necessidade de aumentar a capacidade produtiva da empresa.