ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 5. Profª. Tatiane da Silva Campos

Documentos relacionados
ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

16/4/2010 NOTIFICAÇÃO SARAMPO NOTIFICAÇÃO RUBÉOLA

INFECTOPEDIATRIA COQUELUCHE E SARAMPO

Agentes de viroses multissistêmicas

NOTA TÉCNICA AOS ENFERMEIROS DO ES RISCO DE REINTRODUÇÃO DO VIRUS DO SARAMPO

Prefeitura do Município de Bauru Secretaria Municipal de Saúde

NOTA DE ALERTA SARAMPO

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 7. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 6. Profª. Tatiane da Silva Campos

Sarampo. Transmissão Sintomas Tratamento Vacinação e Prevenção

Orientações para Notificação / Investigação de casos suspeitos de Sarampo (CID 10: B05)

Tratamento (Coquetel Anti- HIV)

INFORME DE DIFTERIA (setembro 2015)

Orientações gerais para as famílias. Ambulatório

DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS

Importância dos estudos em Imunologia Doenças x Vacinas

CARTILHA DE VACINAÇÃO. Prevenção não tem idade. Vacine-se!

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão.

Doenças exantemáticas DIP II

Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS)

Circulação do vírus da rubéola no Brasil será monitorada pela OMS até

Imunização ativa e passiva

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. ZIKA VIRUS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Doenças Exantemáticas em Pediatria. Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina - UNESP

Doenças causadas por vírus. Professora: Elyka Fernanda

Informe Técnico Sarampo e Rubéola

A r g avo v s o s Ep E i p de d m e i m ol o óg ó i g co c s CON O CEI E T I OS DOE O N E ÇA

Vigilância e vacinas 2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DA ALDEIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Criança

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. CHIKUNGUNYA Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Vacinação em prematuros, crianças e adolescentes

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA VACINA?

Informe Técnico - SARAMPO nº4 Atualização da Situação Epidemiológica

VÍRUS PROF.º MÁRIO CASTRO PROMARIOCASTRO.WORDPRESS.COM

Cientistas: bactérias se adaptaram à vacina da coqueluche 4

REVISÃO VACINAS 15/02/2013

ADULTO TAMBÉM TOMA VACINA!

SBP - Calendário ideal para a Criança SBP lança Calendário de Vacinação 2008

Doenças Infecciosas / Transmissíveis

Você conhece a história da vacina?

ENFERMAGEM. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Hepatites Aula 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO CRIANÇA ATÉ 6 ANOS DE IDADE

OS VÍRUS. Um Caso à Parte

ENFERMAGEM IMUNIZAÇÃO. Política Nacional de Imunização Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

Informe Técnico Sarampo e Rubéola

VIROSES...as doenças causadas pelos vírus

Informe Técnico. Assunto: Informe sobre a situação do sarampo e ações desenvolvidas - Brasil, 2013.

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS DE SARAMPO / RUBÉOLA. 24 de setembro de 2018

ORIENTAÇÃO DO DEPARTAMENTO CIENTÍFICO DE INFECTOLOGIA DA SOCEP PARA OS PEDIATRAS PARA O ENFRENTAMENTO DO SURTO DE SARAMPO NO CEARÁ

SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES

Caracterizando as infecções

Conduta na gestação. Uma dose de dtpa (a partir da 20ª semana de gestação).

Calendário. ideal para Adolecentes

Vigilância das meningites e doença meningocócica

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Secretaria da Saúde

Escarlatina: medo e mito

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE COQUELUCHE NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

Microbiologia Básica. Aula 07 Profº Ricardo Dalla Zanna

Vacinas. Tem na Previnna? Ao nascer 1 mês. 24 meses 4 anos. 18 meses 2 anos/ 12 meses. 15 meses. 5 meses. 4 meses. 8 meses. 3 meses. 6 meses.

DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

Aula 4 Seres Vivos. Prof Lucas Enes. Vírus I Características Gerais SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA!

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS DE SARAMPO / RUBÉOLA. 04 de julho de 2018

A IMPORTANCIA DA VACINAÇÃO NA INFÂNCIA

Sarampo. O sarampo ocorre em todo o mundo. No entanto, a interrupção da transmissão autóctone do sarampo foi alcançada em vários países.

Influenza (gripe) 05/07/2013

SETOR DE VACINAS HERMES PARDINI TREINAMENTO VACINAS EQUIPE CALL CENTER. Enfº Adalton Neto Enfª Ana Paula

Universidade Federal do Rio de Janeiro Disciplina: Saúde Coletiva. Doenças transmitidas por via aérea

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS DE SARAMPO / RUBÉOLA. 04 de outubro de 2018

Atualização das medidas de controle: Sarampo/Rubéola

Vacinação do Adulto/Idoso

Calendário de Vacinação da Criança

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO INFANTIL. Quais vacinas são essenciais para a criança?

ENFERMAGEM IMUNIZAÇÃO. Calendário Vacinal Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Danielle Guedes, Talita Wodtke e Renata Ribeiro

CAPACITAÇÃO AGENTE COMUNITÁRIOS

Aleitamento materno. Amamentação o melhor começo...

VACINAS A SEREM DISPONIBILIZADAS PARA AS CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS DE IDADE NA CAMPANHA DE MULTIVACINAÇÃO 2016.

Histórico. Erradicação da Varíola

Doenças Infecciosas e Transmissão de Doenças: Conceitos Básicos

Sarampo e Doenças Degenerativas

IMPORTÂNCIAS DAS BACTÉRIAS

Os vírus 06/03/2018. Características dos vírus. Estrutura do vírus

Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus

Imunizações Prof. Orlando A. Pereira FCM - Unifenas

Precauções em controlo de. Maria Teresa Neto

Porque devemos vacinar os nossos filhos sem hesitar

CALENDÁRIO VACINAL Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Imunizações e Rede de Frio

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 2. Profª. Lívia Bahia

ROTAVÍRUS Juliana Aquino

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS 1

O INVERNO ESTÁ CHEGANDO Temos que dobrar os cuidados

Introdução da segunda dose da vacina contra o sarampo aos 15 meses de idade.

Importância e Descoberta

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA REDE PÚBLICA DE SANTA CATARINA Última atualização em 05 de janeiro de 2016

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. DENGUE Aula 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

Coberturas vacinais e homogeneidade, crianças menores de 1 ano e com 1 ano de idade, Estado de São Paulo,

Transcrição:

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS Aula 5 Profª. Tatiane da Silva Campos

Difteria amígdalas, faringe, laringe, nariz. Manifestação clínica típica: presença de placas pseudomembranosas branco-acinzentadas aderentes, que se instalam nas amígdalas. comprometimento estado geral, prostração e palidez. Dor garganta discreta, febre não muito elevada (37,5-38,5 C). Agente etiológico - Corynebacterium diphtheriae, bacilo gram positivo, produtor da toxina diftérica. Reservatório: homem, doente ou portador assintomático. transmissão: Contato direto através de gotículas na tosse, espirro ou fala. incubação: 1 a 6 dias, podendo ser mais longo.

transmissibilidade: media, até 2 semanas após o início dos sintomas. portador crônico não tratado pode transmitir a infecção por 6 meses. imunidade naturalmente adquirida pela passagem de anticorpos maternos via transplacentaria; através da vacinação com toxoide diftérico. Diagnóstico: Isolamento e identificação do bacilo. Tratamento: Específico = Soro antidiftérico (SAD); Antibioticoterapia = Eritromicina, Penicilina Cristalina e G Procaína; suporte = Repouso, equilíbrio hidreletrolitico, nebulização, aspiração frequente de secreções. Notificação compulsória, investigação imediata obrigatória

MEDIDAS DE CONTROLE: Medida + segura e efetiva = imunização. Vacinação - Os menores de 1 ano, receber 3 doses da vacina combinada DTP + Hib + hepatite B (contra Difteria, Tétano, Coqueluche e Haemophilus influenzae) = esquema convencional.

Sarampo Período prodrômico ou catarral: 6 dias; febre, tosse produtiva, corrimento seromucoso nariz, conjuntivite e fotofobia. Período exantemático: acentuação sintomas, prostração importante e exantema (maculopapular, cor avermelhada, distribuição céfalo-caudal). Cerca de 5 a 6 dias. Período de convalescença ou de descamação furfurácea: manchas escurecidas, descamação fina, lembrando farinha. Agente etiológico: Vírus RNA, gênero Morbillivi-rus, família Paramyxoviridae. Reservatório e fonte de infecção - O homem.

transmissão: pessoa a pessoa, secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. incubação: 10 dias (7 a 18 dias) exposição até febre. transmissibilidade: 4 a 6 dias antes exantema, até 4 dias após. Diagnóstico: Clínico, laboratorial e epidemiológico. Tratamento: sintomático (Antitérmicos, hidratação oral, nutrição e higiene dos olhos, pele e vias aéreas superiores). Notificação compulsória nacional e investigação epidemiológica obrigatória imediata. MEDIDAS DE CONTROLE: vacina tríplice viral (Sarampo, Rubéola e caxumba) aos 12 meses de idade e a segunda dose entre 4 a 6 anos de idade.

Varicela exantema maculo-papular e distribuição centrípeta. crianças doença é benigna e auto-limitada. adolescentes e adultos quadro clínico é mais exuberante Sinonímia - Catapora. Agente etiológico: vírus família Herpetoviridae, Varicella-zoster. Reservatório: O homem. transmissão: Pessoa a pessoa, contato direto ou por secreções respiratórias; Período de incubação - 14 a 16 dias transmissibilidade - 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento vesículas.

Diagnóstico: clínico-epidemiológico; Exames laboratoriais Tratamento: Sintomático Antihistamínicos sistêmicos, para atenuar o prurido, e banhos de permanganato de potássio. Tópico: Compressas de permanganato de potássio e água boricada a 2%, várias vezes ao dia. Específicos antivirais Características epidemiológicas: mais frequente no final do inverno e início da primavera. Não é doença de notificação compulsória. MEDIDAS DE CONTROLE: Vacinação

Herpes Zoster Mais frequente na idade adulta e nos idosos. Sinonímia - Zoster, cobreiro, fogo selvagem. Agente etiológico - Varicella-zoster (mesmo da Varicela) transmissão: reativação do vírus da Varicela em latência Diagnóstico: isolamento do vírus em linhagens celulares de cultura de tecidos susceptíveis Tratamento: Aciclovir, predinizona (reduz a intensidade e a duração da dor), analgésicos e Loções contendo Calamina; lesões crosta, Capsaicin creme pode ser aplicado. Herpes Zoster e Aids: incidência signiicativamente maior entre indivíduos HIV positivos