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Transcrição:

TERMO: Decisório FEITO: Recurso Administrativo REFERÊNCIA: Pregão Eletrônico n o 21/2015 RAZÕES: Desclassificação OBJETO: Registro de Preços de serviços de locação de veículos automotores, para atender as demandas do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, conforme especificações descritas no Anexo I do edital PROCESSO Nº 1.445/2015 RECORRENTE(S): Portento Construções Ltda RECORRIDO (A): Pregoeiro/TRE-AL I Das Preliminares Vistos etc. RECURSO ADMINISTRATIVO interposto, por meio do seu representante legal, pela empresa PORTENTO CONSTRUÇÕES LTDA (CNPJ nº 00.437.311/0001-12), devidamente qualificada na peça inicial, em face do resultado da licitação em epígrafe, com fundamento na Lei nº 8.666/1993. a) Tempestividade: No Pregão Eletrônico, a manifestação da intenção de recorrer deve ser apresentada em campo específico no Sistema do Comprasnet. Desta feita, começa a partir daí a contagem do prazo legal para apresentação das razões que é de 03 (três) dias, sendo igual o prazo para apresentação das contrarrazões. A Recorrente registrou sua intenção de recorrer, conforme preceitua a legislação, dentro do sistema eletrônico e postou respectivo recurso no prazo concedido (fls. 163/164). Em mesmo sentido, a empresa OK LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA EPP (CNPJ nº 07.173.027/0001-25), licitante vencedora do certame, apresentou as contrarrazões (fl.166). b) Legitimidade: A empresa Recorrente participou das sessões públicas apresentando proposta de preço, porém desclassificada pelo Pregoeiro, haja vista a colocação da característica detalhada do objeto licitado (marca e modelo do veículo ofertado).

Quanto à empresa OK LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA EPP (CNPJ nº 07.173.027/0001-25), a mesma participou das mesmas sessões, teve a sua proposta classificada e foi habilitada. II DAS ALEGAÇÕES DA RECORRENTE Em resumo, alega que o Pregoeiro desclassificou a proposta dela sob o pífio argumento de cumprimento às orientações enviadas no dia 28 de maio de 2015, às 16h10min e 17h23, respectivamente (fl. 163), quanto à apresentação da proposta com descrição da marca e do veículo ofertado para fins de locação. Em complemento, aduz o seguinte: Ademais, não bastasse isso, o Senhor Pregoeiro ainda que sem nenhuma fundamentação jurídico/legal, desclassificou todos os demais participantes e, em seguida, estranhamente passou a classificar os participantes pela ordem de classificação, alijando a recorrente do processo licitatório. A intenção do recurso foi aceita, porém sem análise da proposta apresentada pela recorrente. Daí, o seu inconformismo. (fl. 163). III DAS CONTRARRAZÕES DA EMPRESA OK LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA EPP Nas contrarrazões, a empresa OK LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA EPP (CNPJ nº 07.173.027/0001-25) rebateu, em moldes substanciais, os questionamentos apresentados na peça recursal, pugnando pela mantença da decisão atacada. É o breve relatório. IV - DA ANÁLISE DO RECURSO Sem preliminares a examinar, avanço no mérito para demonstrar, de forma insofismável, o acerto da decisão impugnada. Conforme registrado no documento intitulado como Ata de Realização do Pregão Eletrônico Nº 00021/2015 (SRP), de fls.

150/159, a sessão do destacado certame licitatório iniciou-se às 14h do dia 27 de maio de 2015 e encerrou-se às 14h47 do dia 03 de junho de 2015, em que houve o credenciamento prévio de vinte licitantes. A empresa recorrente foi o quinto classificado e, pela desclassificação dos quatro primeiros pela não resposta ao questionamento formulado pelo Pregoeiro. Na convocação da Recorrente para o julgamento da correspondente proposta, o Pregoeiro a orientou devidamente para o envio da oferta formalizada nos parâmetros do Anexo I do Edital do Pregão Eletrônico TRE/AL nº 21/2015, ex vi o diálogo entre eles no chat do Sistema da Comprasnet emitido das 16h13 às 17h29 do dia 28/05/2015 (fl. 155). Mesmo concedida uma segunda chance, em nome dos princípios do contraditório e da ampla defesa, insculpidos no artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal de 1988 (informação essa dada à Recorrente chat do Sistema da Comprasnet emitido às 16h23 do dia 28/05/2015 - fl. 155), a Recorrente, s.m.j., manteve a especificação do tipo/modelo do carro, contrariando a ordem do Pregoeiro. Percebe-se que a Recorrente esquivou-se da regra de que o Pregoeiro é o responsável pela condução do certame licitatório, é o longa manus da autoridade superior da correspondente entidade pública, senão vejamos o artigo 11, do Decreto nº 5.450/2005: Art. 11. Caberá ao pregoeiro, em especial: I - coordenar o processo licitatório; II - receber, examinar e decidir as impugnações e consultas ao edital, apoiado pelo setor responsável pela sua elaboração; III - conduzir a sessão pública na internet; IV - verificar a conformidade da proposta com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório; V - dirigir a etapa de lances; VI - verificar e julgar as condições de habilitação; VII - receber, examinar e decidir os recursos, encaminhando à autoridade competente quando mantiver sua decisão; VIII - indicar o vencedor do certame; IX -adjudicar o objeto, quando não houver recurso; X - conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e XI - encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade superior e propor a homologação. (grifos nossos).

Em um processo de seleção de propostas, o que caracteriza a licitação, é o dever da Administração buscar a oferta que lhe seja mais vantajosa, em atendimento aos princípios básicos enumerados no artigo 3º, da Lei nº 8.666/1993, combinado com o artigo 5º, do Decreto nº 5.450/2005, dentre os quais se elencam os da legalidade, da igualdade, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo. Assim não cabe (e como não coube no caso sub examine) ao Pregoeiro utilizar-se de práticas que restrinjam a competitividade, ou ofereçam tratamento desigual aos concorrentes. Desta forma, foi declarada vencedora do certame, a empresa OK LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA EPP (CNPJ nº 07.173.027/0001-25), que ofertou o menor preço por ser considerada a proposta mais vantajosa. Inicialmente, foi verificada, dentre as propostas, a de menor preço combinado com o atendimento às especificações previstas no edital, ou seja, foi considerada como proposta aceita aquela que apresentou o menor preço e o atendimento às condições do edital como um todo, com fulcro no artigo 4º, incisos X, XV e XVI, da Lei nº 10.520/2002: Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras: (...) X - para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital; XV - verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor; XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor; É, nesse sentido, que decorrem os itens 9.3 e 9.5 do instrumento editalício correspondente, de fls. 98/116, in verbis: 9.3. Será considerado vencedor deste pregão o licitante que oferecer o menor preço e tiver atendido a todas as exigências editalícias.

(...) 9.5. Se a proposta ou o lance, de menor preço, não for aceitável, ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará a proposta ou o lance subsequente, verificando a sua aceitabilidade e procedendo à sua habilitação, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma proposta ou lance que atenda ao edital. 9.5.1. Ocorrendo a situação a que se refere este item, o pregoeiro poderá negociar com o licitante para que seja obtido preço melhor. Desta feita, torna-se infundada a primeira alegação da Recorrente. Em relação ao segundo argumento da Recorrente, que se trata do recebimento do Pregoeiro quanto à intenção de recurso sem análise da proposta, vale corroborar os dois aspectos abaixo declinados: a) A princípio, a licitante em tela tomou ciência de sua desclassificação, vide o chat do Sistema da Comprasnet acostado à fl. 155, sendo descabida então a rediscussão; b) No ato de intenção recursal, o Pregoeiro está adstrito a aceitá-lo, analisando somente os pressupostos processuais, à luz do entendimento do Plenário do TCU, conforme o trecho do Acórdão 339/2010, in verbis: 9.4.3. oriente seus pregoeiros, ao procederem ao juízo de admissibilidade das intenções de recurso manifestadas pelos licitantes nas sessões públicas (pregão eletrônico ou presencial), que busquem verificar tão somente a presença dos pressupostos recursais, ou seja, sucumbência, tempestividade, legitimidade, interesse e motivação, abstendo-se de analisar, de antemão, o mérito do recurso, nos termos do art. 4º, inciso XVIII, da Lei nº 10.520/2002, c/c art. 11, inciso XVII, do Decreto nº 3.555/2000 (pregão presencial), e do art. 26, caput, do Decreto nº 5.450/2005 (pregão eletrônico); Em relação ao item b) infra, impende frisar que se presentes os aludidos aspectos, não poderá o pregoeiro rejeitar de plano as intenções recursais com base no julgamento do mérito dos apontamentos realizados pelos licitantes na sessão. Quanto à desclassificação dos demais licitantes pelo Pregoeiro sem nenhuma fundamentação jurídico/legal, e, em seguida, a classificação dos participantes pela ordem, que, para a Recorrente,

tornou-se alijada do processo licitatório (fl. 163), última alegação da peça recursal, é salutar a descrição das condutas a seguir elucidadas: a) Em primeiro momento, o Pregoeiro, após a fase de lances indo à do julgamento das propostas, convocou o primeiro classificado, que foi a OK LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA EPP (CNPJ nº 07.173.027/0001-25), para a negociação (na tentativa de atenuar o valor unitário do objeto) e afirmou que, dentro do prazo de 10 (dez) minutos, o respectivo licitante procedesse à resposta, sob pena da desclassificação, haja vista a descrição incompleta do objeto no campo específico do Sistema Comprasnet. Pela falta de resposta no prazo assinalado, a sua proposta foi recusada. Da forma similar, aconteceu com os demais licitantes, exceto a Recorrente, que foi a quinta classificada. Todas essas regras foram especificadas para cada licitante, vide documentos de fls. 154/157v.; b) No referido momento com a quinta classificada, o Pregoeiro lhe oportunizou o envio da proposta em duas vezes. Na primeira concedida em uma hora, a proposta foi enviada a tempo com certos equívocos, contrariando o padrão do Anexo I do Edital, inclusive a especificação do tipo/modelo do automóvel. Em consequência, o Pregoeiro apresentou os referidos dados e determinou o envio da ajustada proposta em até trinta minutos, sob pena de desclassificação da proposta. Por outro lado, a proposta foi, dentro do prazo encaminhada, mas com a persistência da colocação individual do veículo ofertado. Como já é sabido, o Pregoeiro, em seguida, asseverou à licitante/recorrente a destacada inconsistência e, por essa ocasião, rejeitou a oferta. É de bom alvitre que ninguém pode alegar ignorância pelo prévio desconhecimento da lei em sentido amplo (artigo 3º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), inclusive o Pregoeiro e a Recorrente, personalidades da licitação em lados opostos, ipsis litteris: Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. Acredita-se que a Recorrente e o Pregoeiro não devem se abster de debruço aos saberes doutrinários, jurisprudenciais e legislação regente sobre o tema. Desta feita, é indispensável que, em diversas passagens das sessões (fls. 153v., 154v, 155, 156 e 158), o Pregoeiro advertiu a

todos os participantes, dentre outros aspectos, o artigo 13, inciso IV, do Decreto nº 5.450/2005, in verbis: Art.13. Caberá ao licitante interessado em participar do pregão, na forma eletrônica: ( ) IV - acompanhar as operações no sistema eletrônico durante o processo licitatório, responsabilizando-se pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de quaisquer mensagens emitidas pelo sistema ou de sua desconexão; Esse dispositivo infralegal consagra os princípios da igualdade, transparência, publicidade e eficiência no procedimento licitatório, conforme o artigo 37, caput e inciso XXI, da Constituição Federal de 1988 c/c o artigo 3º, da Lei nº 8.666/1993, senão vejamos: Constituição Federal de 1988: "Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [ ] XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações; Lei n o 8.666/1993: Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Ao prestigiar os princípios da moralidade, legalidade, igualdade e eficiência, o legislador constitucional originário teve como destinatária a proteção do interesse público, já que as contratações realizadas pelo Estado devem ser realizadas mediante as melhores condições de preço, qualidade e eficiência.

Nessa seara, pese abaixo grifar o conceito de licitação, emanado pelo doutrinador administrativista Celso Antônio Bandeira de Melo, in Curso de Direito Administrativo. 27. Ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2010, p. 526: A licitação é o procedimento administrativo pelo qual uma pessoa governamental, pretendendo alienar, adquirir ou locar bens, realizar obras ou serviços, outorgar concessões, permissões de obra, serviço ou de uso exclusivo de bem público, segundo condições por ela estipuladas previamente, convoca interessados na apresentação de propostas, a fim de selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetros antecipadamente estabelecidos e divulgados. Para evitar o fracasso do epigrafado Pregão (declaração de ausência de vencedor na fase de julgamento das propostas, tornando-se prejudicadas as subsequentes), o Pregoeiro, depois da tentativa de obter a proposta com o último classificado, sem êxito, e dos avisos dados a todos os licitantes (fl. 158), retornou a negociar pela ordem de classificação e, por conseguinte, conseguiu encerrar a sessão (da fase de lances até a da habilitação) com a devida proposta do primeiro classificado, que foi o fornecedor OK LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA EPP (CNPJ nº 07.173.027/0001-25), sem menção específica de veículo, consoante documentos de fls. 131/135. O Pregoeiro apenas consagrou os princípios já citados, sob associação da economicidade, razoabilidade, competitividade e proporcionalidade, o que assevera nos ensinamentos de Joel de Menezes Niebuhr, in Princípio da Isonomia na Licitação Pública, Florianópolis: Obras Jurídica, 2000, p. 91: ( ) a Constituição Federal e a legislação não exaurem os princípios informadores da licitação pública, porque estes são colhidos dos valores sociais e dos meandros do sistema jurídico. Nesse âmbito, o doutrinador Marçal Justen Filho, in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 8ª edição, São Paulo: Dialética, 2000, p. 72-73, associa o princípio da economicidade e os princípios da moralidade e da eficiência, nos termos a seguir transcritos: O princípio da economicidade pode reputar-se também como extensão do princípio da moralidade. ( )

a economicidade impõe adoção da solução mais conveniente e eficiente sob o ponto de vista da gestão dos recursos públicos. Em complemento, não houve exigência da individualização do carro no Edital do Pregão Eletrônico TRE/AL nº 21/2015 e seus anexos (fls. 98/116) e, por conseguinte, nem no campo correspondente no sistema eletrônico da Comprasnet. Fora isso, o valor unitário aclamado como vencedor foi R$ 71,99 (setenta e um reais e noventa e nove centavos) e não R$ 85,00 (oitenta e cinco reais), dentro do estimado pela Administração, de R$ 138,75 (cento e trinta e oito reais e setenta e cinco centavos), vide fls. 150, 133, 156 e 160. V CONCLUSÃO Concluo que as razões de recorrer apresentadas não se mostraram suficientes para conduzir-me a reforma da decisão atacada, seja para aceitar a proposta da Recorrente, assim não sendo deferido o pedido de juízo de retratação. O rigorismo suscitado pela Recorrente é tudo que se espera do agente público e o que foi, na íntegra, consagrado: vinculação ao texto do edital. O rigor só é condenável se conduzir a decisões extremadas porquanto desamparadas de razoabilidade. No presente caso, não pode a Administração prestigiar aquele que por um motivo ou outro descuidou-se das suas obrigações, desprestigiando aquele que foi diligente no seu cumprimento. Ainda, a RECORRENTE não apresentou qualquer evidência que corroborasse suas alegações. Seu recurso apresenta-se muito mais como libelo acusatório do que como recurso propriamente dito. Destarte, não merece prosperar. VI DECISÃO Por todo o exposto, julgo IMPROCEDENTE o recurso da empresa PORTENTO CONSTRUÇÕES LTDA (CNPJ nº 00.437.311/0001-12), mantendo a decisão final do Pregão Eletrônico TRE/AL que

pugnou pela classificação da empresa OK LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA EPP (CNPJ nº 07.173.027/0001-25) e a respectiva habilitação, no único item recorrido. À consideração superior, por força do artigo 8º, inciso IV, do Decreto nº 5.450/2005. Publique-se. Maceió/AL, 18 de junho de 2015. Thiago Costa Regis Pregoeiro 1 o Substituto R e m e s s a Aos 18 (dezoito) dias do mês de junho de 2015 (dois mil e quinze), faço remessa destes autos à Presidência do TRE/AL, do que para constar faço o presente termo. Thiago Costa Regis Pregoeiro 1 o Substituto