MODELO DE ATENÇÃO À SAUDE NO BRASIL Maria do Carmo Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde Fundação Getúlio Vargas Abril de 2014
Brasil e desigualdade social Brasil e desigualdade social
2,5 leitos/1000hab. 3,0 leitos/1000hab. Leitos Brasil - Déficit / Superávit até -13.832-13.832 -- -6.000-6.000 -- -3.000-3.000 -- -1.000-1.000 -- -50-50 -- 500 500 -- 1.000 1.000 -- 3.927 Déficit / Superávit Leitos SUS / POP SUS 3/1000 até -12.000-12.000 -- -8.000-8.000 -- -5.000-5.000 -- -3.000-3.000 -- -1.000-1.000 -- -500-500 -- 0
PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE SEGUNDO FAIXA ETÁRIA BRASIL, 2008 Alta morbimortalidade por violência, acidentes de trânsito e doenças crônicas TRAUMA 30% Atendimentos nas Unidades de U/E Faixa etária (anos) <1 1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60+ Total 1ª Afecções Perinatais 25.637 Causas Externas 1.578 Causas Externas 1.528 Causas Externas 2.431 Causas Externas 13.595 Causas Externas 37.306 Causas Externas 24.057 DAC 20.641 DAC 40.436 DAC 241.607 DAC 314.506 2ª Anomalia Congênita 7.973 DAR 1.162 Neoplasia 669 Neoplasia 681 Neoplasia 899 DIP 2.822 DAC 7.016 Causas Externas 17.816 Neoplasia 30.047 Neoplasia 108.857 Neoplasia 166.317 3ª DAR 2.363 DIP 1.003 Sistema Nervoso 436 Sistema Nervoso 483 DAC 659 Neoplasia 2.665 DIP 5.832 Neoplasia 15.924 Causas Externas 11.865 DAR 81.926 Causas Externas 133.644 DAC-Doenças do Aparelho Circulatório DAR-Doenças do Aparelho Respiratório DIP-Doenças Infecciosas e Parasitárias Fonte: SIM/SVS/MS.
Sistema único de Saúde Maior sistema universal do mundo Subfinanciado Relação público-privado desfavorável ao público Desafio das características da morbimortalidade Fragilidade histórica da regulação do trabalho em saúde médico Recuo e indefinição de responsabilidades no pacto interfederativo/responsabilidade sanitária Maior índice de insatisfação da população com os governos dos três entes federativos
* Fonte: SIGTAP/DATASUS, dados de 2012, sujeito a alterações A dimensão do SUS MA A dimensão do SUS 3,7 bilhões de procedimentos ambulatoriais/ano* 135,2 milhões em 2012 3,7 bilhões de procedimentos ambulatoriais/ano* 531 milhões de consultas médicas/ano* 21,7 milhões em 2012 531 milhões de consultas médicas/ano* 11 milhões de internações/ano* 376,6 mil em 2012 11 milhões de internações/ano* Maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo Maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo 5,5 milhões doses em 2012 98% do mercado de vacinas é movimentado pelo SUS 98% do mercado de vacinas é movimentado pelo SUS 32,8 milhões de procedimentos oncológicos (2010-2012) 493,5 mil 2010-2012 32,8 milhões de procedimentos oncológicos (2010-2012)* 97% dos procedimentos de quimioterapia são feitos no SUS* 97% dos procedimentos de quimioterapia são feitos no SUS 5,8 milhões de OPM ambulatoriais 91,6 mil 4,7 milhões de OPM ambulatoriais (cadeira de rodas, aparelho auditivo, (cadeira de rodas, aparelho auditivo bolsa de ostomia, prótese ocular, muletas, bengalas) bolsa de ostomia, prótese ocular, muletas, bengalas)
Grandes Feitos SUS ODM 4 e 5 Mortalidade Infantil Reduziu a TMI em 44%* de 2000 a 2011 2000: 27,4/mil n.v. 2010: 16/mil n.v. 2011: 15,2/mil* n.v. Mortalidade Materna Reduziu a RMM em 14,6% na década 2000-2010. Entre 2010 e 2011 redução de 8,6% *Fontes: SIM/2011 - Sistema de Informações sobre Mortalidade e Painel de Mortalidade Materna/MS dados preliminares
Grandes Feitos SUS ODM 6 Malária 2005-2011: Casos diminuem mais de 50% Tuberculose 1990-2010: incidência diminui 28% AIDS 2000-2011: queda de 12% no coeficiente de mortalidade por 100 mil habitantes. 70% dos pacientes com AIDS, que recebem medicamentos pelo SUS, apresentam cargas virais indetectáveis e estão vivendo cada vez mais. Hanseníase 2001-2011: coeficiente de detecção reduziu 34%.
Problemas emergentes 48,5% da população das capitais brasileiras está com excesso de peso* 260 mil mortes poderiam ser evitadas todos os anos com uma alimentação adequada (ABIA) 23,3% referem diagnóstico de hipertensão arterial* MA 39,8% 41% mulheres 38,4% homens 17,7% hipertensos 19,1% mulheres 16% homens 30,3% da população das capitais relatam consumo abusivo de álcool* Epidemia de crack 20,2% 11,9% mulheres 30,3% homens *Vigitel 2011
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO MINISTERIO DA SAÚDE DO BRASIL OE 1 Garantir acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, aprimorando a política de Atenção Básica e a Atenção Especializada. OE 2 Reduzir os riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde. OE 3 Promover atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementar a Rede Cegonha, com especial atenção às áreas e populações de maior vulnerabilidade. OE 4 Aprimorar a rede de urgência e emergência, com expansão e adequação de UPAs, SAMU, PS e centrais de regulação, articulando-a com outras redes de atenção. OE 5 Fortalecer a rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de crack e de outras drogas.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO MINISTERIO DA SAÚDE DO BRASIL OE 6 Garantir a atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, estimulando o envelhecimento ativo e saudável e fortalecendo as ações de promoção e prevenção. OE 7 Implementar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, articulado com o SUS, baseado no cuidado integral, observando as práticas de saúde e as medicinas tradicionais, com controle social, garantindo o respeito às especificidades culturais. OE 8 Contribuir para a adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações do trabalho dos profissionais e trabalhadores de Saúde. OE 10 Qualificar instrumentos de execução direta, gerando ganhos de produtividade e eficiência para o SUS. OE 11 Garantir assistência farmacêutica no âmbito do SUS.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO MINISTERIO DA SAÚDE DO BRASIL OE 12 Fortalecer o complexo industrial e de ciência, tecnologia e inovação em Saúde como vetor estruturante da agenda nacional de desenvolvimento econômico, social e sustentável, reduzindo a vulnerabilidade do acesso à saúde e da assistência farmacêutica no âmbito do SUS. OE 13 Aprimorar a regulação e a fiscalização da Saúde Suplementar, articulando a relação público-privado, gerando maior racionalidade e qualidade no setor Saúde. OE 14 Promover internacionalmente os interesses brasileiros no campo da Saúde, bem como compartilhar as experiências e saberes do SUS com outros países, em conformidade com as diretrizes da Política Externa Brasileira. OE 15 Implementar ações de saneamento básico e saúde ambiental, de forma sustentável, para a promoção da saúde e redução das desigualdades sociais. OE 16 Contribuir para erradicar a extrema pobreza no País.
DIRETRIZ DA SAS Redes de Atenção à Saúde utilizando as Linhas de Cuidado Prover ações e serviços de saúde com garantia de acesso equânime a uma atenção integral, resolutiva, de qualidade, humanizada e em tempo adequado. Através da organização e desenvolvimento das redes de atenção a saúde, utilizando as linhas de cuidado como instrumento básico para o desenho dessas redes
FUNDAMENTO NORMATIVO DA RAS Art. 198 da CF/88: As ações e os serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único organizado de acordo com as diretrizes de descentralização, atendimento integral e participação da comunidade. Lei 8.080, 1990: Art. 7º, inciso II: (...) integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos, curativos, individuais e coletivos (...) Art. 10º aponta arranjos organizacionais para as redes loco-regionais através de consórcios intermunicipais e distritos de saúde como forma de integrar e articular recursos e aumentar a cobertura das ações. Portaria 4.279 de 30/12/2010: Estabelece diretrizes para organização da RAS no âmbito da SUS
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Conceito: São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (Ministério da Saúde, 2010 Portaria 4.279, de 30/12/2010).
POR QUE IMPLANTAR UMA RAS? 1. Fragmentação histórica do sistema de saúde pela própria forma de constituição do SUS 2. Concorrência entre os serviços 3. Desorientação dos usuários 4. Uso inadequado de recursos (elevação dos custos) 5. Falta de seguimento horizontal dos usuários (aumento da prevalência das doenças crônicas) 6. As boas práticas no mundo 7. Forma organizativa que permite monitoramento e avaliação
AS CARACTERÍSTICAS DA RAS Formação de relações horizontais entre os pontos de atenção, tendo ABS como centro de comunicação Centralidade nas necessidades de saúde da população Responsabilização por atenção contínua e integral Cuidado multiprofissional Compartilhamento de objetivos e compromissos com resultados sanitários e econômicos
OS TRÊS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RAS Operacionalização da RAS se dá pela interação dos seus três elementos constitutivos. São eles: (1) População adscrita a uma determinado região de saúde Decreto 7538/2011 (2) Estrutura operacional, que inclui: a) Pontos de atenção em saúde: Unidades de Atenção Básica centros de comunicação Pontos de atenção secundários e terciários Sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico
OS TRÊS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RAS b) Sistemas transversais que conectam os pontos de atenção Sistemas logísticos: identificação usuário; centrais regulação; registro eletrônico e sistema de transporte sanitário Sistemas de governança : institucional, gerencial e de financiamento contrato organizativo da ação pública (COAP) (3) Modelo de atenção à saúde: modelo lógico que organiza o funcionamento da RAS boas práticas de cuidado busca da integralidade e novo padrão e estrutura de financiamento
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS 1 - Espaço Territorial e uma população 2 - Serviços e ações de saúde de diferentes densidades tecnológicas e com distintas características nesse território, incluindo os de apoio diagnóstico e terapêutico, assistência farmacêutica, transporte etc., adequadamente articulados e integrados harmonicamente numa condição ótima de custo/benefício e oferta/necessidade 3 - Logística: identificação usuário e prontuário acessível em todos os pontos da rede 4 - Sistemas de Regulação: com normas e protocolos a serem adotados para orientar o acesso, definir competências e responsabilidades etc., e de coordenação dos processos de decisão e planejamento
A CONSTRUÇÃO DA RAS: IMPLANTAÇÃO Definição clara da população e território Diagnóstico situacional - RENASES Criação de uma imagem Objetivos Vazios assistenciais Articulação público - privado Planejamento pela efetiva necessidade Criação de um sistema logístico e de suporte Investimento nas pessoas/equipes Criação de sistema de regulação e governança para funcionamento da rede Financiamento sustentável e suficiente com vinculação a metas e resultados
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE O Ministério da Saúde está priorizando a construção de redes temáticas prioritárias ou linhas de cuidado nos mesmos territórios: Atenção obstétrica e neonatal (Rede Cegonha), Urgência e Emergência Atenção Psicossocial (Enfrentamento do Álcool, Crack, e outras Drogas) Doenças crônicas: câncer, cardiovascular e deficiências E também a: Atenção oncológica (a partir da intensificação da prevenção e controle do câncer de mama e colo do útero) 27
Rede Cegonha Álcool, Crack e Outras Drogas Rede de Urgência e Emergência Condições e doenças crônicas AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Qualificação/Educação Informação Regulação Promoção e Vigilância à Saúde ATENÇÃO BÁSICA
ATENÇÃO BÁSICA Estratégia Saúde da Família PMAQ Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica Investimento em estrutura Investimento nas pessoas Avaliação e indução da melhoria do desempenho 29
REDE CEGONHA 1. Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do PRÉ-NATAL 2. Garantia de VINCULAÇÃO da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro 3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao PARTO E NASCIMENTO 4. Garantia da atenção à saúde das CRIANÇAS de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade 5. Garantia da ampliação do acesso ao PLANEJAMENTO REPRODUTIVO 30
OPERACIONALIZAÇÃO DA REDE CEGONHA Fase 1: Diagnóstico e adesão MS:Apresentação da Rede Cegonha (pressupostos e método) Apresentação e análise da Matriz Diagnóstica nas CIBs CIB: Homologação da rede na região Instituição do Grupo Condutor(SES/COSE MS).Apoio Institucional do MS Fase 2: Desenho da rede regional CGR:Diagnóstico Situacional Desenho da Rede Cegonha - GC Pactuação do desenho no CGR e proposta do plano Estimular constituição do Fórum Fase 3: Contratualiza ção Proposta da Rede Cegonha do município Desenho da Rede Cegonha do município Contratualização dos pontos de atenção Instituição do Grupo Condutor Municipal Fase 4: Qualificação Pré-natal* Parto e Nascimento Puerpério e Atenção à Criança até 24m Transporte e Regulação Fase 5: Certificação Verificação da qualificação dos componentes Certificação da Rede Reavaliação anual da certificação * Dependendo do nível de atenção, poderá ser apenas este o componente qualificado
COMPONENTES E INTERFACES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS - RUE Promoção e prevenção Atenção primária: unidades básicas de saúde UPA e outros serviços com funcionamento 24 h SAMU 192 Portas hospitalares de atenção às urgências Enfermarias de Retaguarda e Unidades de Cuidados Intensivos Inovações tecnológicas nas linhas de cuidado prioritárias Atenção domiciliar Acolhimento com classificação de risco e resolutividade
Rede de Atenção às Urgências
Ampliação do acesso à Rede de Atenção Integral de Saúde aos usuários de álcool, crack e outras drogas - RAPS 1 - COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - ATENÇÃO PRIMÁRIA (UBS, EQUIPE DE APOIO) - CONSULTÓRIOS NA RUA - CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) - CASAS DE ACOLHIMENTO TRANSITÓRIO (CAT) - LEITOS EM HOSPITAL GERAL - URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (SAMU, UPA) 2 - COMPONENTES SUPLEMENTARES - CENTROS DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS) - CENTROS DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) - COMUNIDADES TERAPÊUTICAS (CT)
REDE DE ATENÇÃO ONCOLÓGICA LINHA DE CUIDADO CÂNCER DE MAMA Prevenção, Detecção Precoce e Tratamento Oportuno LINHA DE CUIDADO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Prevenção, Diagnóstico e Tratamento das Lesões Precursoras do Colo do Útero Implica na organização de um conjunto de ações e serviços de saúde, estruturados com base em critérios epidemiológicos e de regionalização para dar conta dos desafios atuais onde os quadros relativos aos cânceres de mama e colo do útero são de alta relevância epidemiológica e social.
A IMPLANTAÇÃO DA RAS Pactuação tripartite: desenho, financiamento e acompanhamento Governança: CGR e CIB, Grupo Condutor com apoio institucional do MS. Controle Social Planejamento locorregional: Plano de Ação Território: regiões de saúde (COAP)
A GESTÃO DA CLÍNICA COMO IMPRESCINDÍVEL À CONFORMAÇÃO DA RAS Gestão da clínica é um conjunto de tecnologias de gestão da atenção à saúde que permite a integração vertical dos pontos de atenção à saúde, conformando a RAS. Compreende dois grupos de ferramentas: diretrizes clínicas: a partir das quais são desenhadas as RAS outras tecnologias de micro-gestão: gestão de patologia, gestão de casos, auditorias clínicas, lista de espera, classificação de risco, etc.
AS DIRETRIZES CLÍNICAS COMO PONTO DE PARTIDA PARA O DESENHO DAS RAS Diretrizes clínicas são recomendações preparadas de forma sistemática, cujo objetivo é influenciar decisões dos profissionais de saúde e dos pacientes a respeito dos cuidados assistenciais apropriados a circunstâncias clínicas específicas. Funções das diretrizes clínicas: orientar as linhas de cuidado (diretrizes que englobam todo o processo da doença/saúde, da prevenção aos cuidados paliativos, e se desdobra nos vários pontos de atenção à saúde) desdobrarem-se em guias de prática clínica/protocolos assistenciais (diretrizes fixadas para uma parte específica do processo da doença/saúde e em um único ponto da atenção) Viabilizar a comunicação entre equipes e serviços, a programação das ações e a padronização de determinados recursos
AS LINHAS DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO BÁSICO PARA O DESENHO DAS REDES TEMÁTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE A Linha de Cuidado (LC) é uma forma de articulação de recursos e práticas de produção de saúde entre as unidades de atenção de uma região de saúde Visa a coordenação ao longo do contínuo assistencial e a conectividade de papéis e tarefas das equipes situadas em diferentes pontos de atenção Pressupõe resposta global dos profissionais, superando respostas fragmentadas Devem ser implementadas a partir da APS, responsável pela coordenação do cuidado e ordenamento da rede
AS LINHAS DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO BÁSICO PARA O DESENHO DAS REDES TEMÁTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE Conceito:... que a define como o conjunto de saberes, tecnologias e recursos necessários ao enfrentamento de determinados riscos, agravos ou condições específicas do ciclo de vida ou de outro critério médico-sanitário, a serem ofertados de forma oportuna, articulada e contínua pelo sistema de saúde, sendo sua implementação estratégia central para a organização e a qualificação das redes de atenção à saúde, com vistas à integralidade da atenção." "Braga EC. Critérios de suficiência para análise de redes assistenciais [minuta]. Exposição de Motivos. Consulta Pública 2006; 26. Rio de Janeiro: Agência Nacional de Saúde Suplementar; 2006. [acessado 2011 fev 21]: [cerca de 4 p.].
AS LINHAS DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO BÁSICO PARA O DESENHO DAS REDES TEMÁTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE As funções das linhas de cuidado: Ordenar o fluxo de pessoas ao longo de todos os pontos de atenção da RAS, estabelecendo referências e contrareferências Estabelecer as intervenções a serem realizadas em cada ponto de atenção, nos aspectos promocionais, preventivos, curativos, reabilitadores e paliativos
AS LINHAS DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO BÁSICO PARA O DESENHO DAS REDES TEMÁTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE Algumas linhas de cuidado prioritárias vinculadas às redes temáticas Câncer de colo de útero e de mama Gestação, parto/nascimento, puerpério e cuidado com o RN IAM AVC Trauma
OS PRESSUPOSTOS DAS LINHAS DE CUIDADO A SEREM OBSERVADOS Garantia de recursos materiais e humanos necessários a sua operacionalização Integração e co-responsabilização das unidades de saúde nos projetos terapêuticos e de saúde coletiva Conectividade entre as equipes de várias unidades da Linha de cuidado Processo de educação permanente Gestão dos compromissos pactuados e dos resultados esperados da Linha de Cuidado exercida por Grupo Técnico, Regulação Regional e Colegiados de Gestão
AS LINHAS DE CUIDADO COMO INSTRUMENTO BÁSICO PARA O DESENHO DAS REDES TEMÁTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE Partindo das linhas de cuidado, desenho das Redes de Atenção à Saúde devem ofertar serviços articulando: Territórios sanitários e população adscrita Níveis de atenção à saúde Pontos de atenção à saúde Sistemas logísti -cos Sistema de governança
SUS - a saúde ao alcance de todos. ACESSO E QUALIDADE OBRIGADA!