www.internetsociety.org Resumo da Reunião

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Transcrição:

ty.org Resumo da Reunião

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Peritos em engenharia de internet, Provedores de Serviços de Internet, Redes de Distribuição de Conteúdos, provedores de infra-estrutura e coordenadores de IXP, bem como representantes do Governo reuniram-se em Maputo no Fórum anual Africano de Peering e Interconexão - annual Africa Peering and Interconnection Forum (AfPIF). O tema deste ano foi: Lições Aprendidas e o debate baseou-se nos cinco encontros realizados desde 2010. O fórum atraiu 232 participantes de 57 países e participação onlinede 978 pessoas em 77 países diferentes. O encontro visa incentivar mais interconexão e intercâmbio de Internet no que se refere ao conteúdo online entre os países africanos através de peering. Muitos acordos de peering são firmados através de aperto de mão e AfPIF incentiva encontros entre as partes interessadas no intercâmbio de conteúdo. Durante o encontro, há uma sessão diária conhecida como apresentações de peering, onde uma rede apresenta o seu Número de Sistema Autónomo - Autonomous System Number (ASN), a sua política de peering, bem como locais onde se encontra a realizar peering. A sessão das apresentações de peering visa proporcionar uma ligação visual entre o representante das redes que participa no evento aos potenciais pares a que procura atrair. Este ano, houve 27 apresentações de peering, representando uma subida se comparado com as 21 apresentações do ano passado. Ao longo dos anos, AfPIF tem gozado do apoio generoso dos patrocinadores e os números têm estado a subir, partindo de cinco patrocinadores em 2010 para 18 patrocinadores este ano, o maior número de patrocinadores até aqui. Um obrigado aos nossos patrocinadores! 232 Participantes 57 Países 5 Continentes 978 participantes online em 77 países diferentes 3

Destaques das Lições Aprendidas 1. A correlação entre o crescimento do conteúdo e do centro de dados - no seu discurso principal, Richard Bell, uma das referências em tecnologia em África, demonstrou como o crescimento de conteúdo local leva à procura de serviços do centro de dados. Bell detém uma participação no Wananchi Group, um Provedor de Serviços de Internet (ISP) da África Oriental que detém Zuku, um provedor de serviços de Internet, televisão e comunicações (oferta tripla) via cabo e satélite. Na sua apresentação, ficou claro que o crescimento na produção do conteúdo local leva à procura pelos serviços do centro de dados neutros. Durante a apresentação, Bell anunciou a sua nova iniciativa - Centro de Dados Kooba, uma instalação de 2MW que está a ser estabelecida em Mombasa, e prevêse que esteja em funcionamento no fim do primeiro semestre de 2016. Kooba já angariou $25 milhões em financiamento. Dada a sua experiência em ISP e negócio de difusão, Bell espera atrair a procura cada vez crescente pelo conteúdo local e internacional com soluções atractivas de centro de dados. 2. Os centros de dados proporcionam ambiente estável para Pontos de Troca de Tráfego (em inglês IXPs)- as apresentações variaram a partir de como criar um centro de dados estável até a sua gestão e atracção de mais negócio. Interxion partilhou a sua jornada na gestão de centros de dados na Europa, incluindo as facilidades que atraem organizações internacionais para um centro de dados. Energia estável e arrefecimento são fundamentais, como também é o equipamento moderno capaz de ser ajustado. Teraco,a maior operadora de África do centro de dados neutros, partilhou a sua experiência sobre como a disponibilidade de instalações e equipamento de ponta permitiu o crescimento da capacidade do seu NAPAfrica IXP. Os IXPs que participaram no evento partilharam a sua experiência sobre como o acolher um operador de centro de dados neutros melhorou a fiabilidade, atraindo por tanto mais pares e conteúdo. A disponibilidade de rede elétrica estável e acessível em termos de custos continua a ser um desafio para muitos países Africanos. 3. A criação de um IXP é acessível- para os países sem IXPs, as questões de maior realce são:é oneroso criar um IXP? Como é que desenvolvo um IXP? Uma das apresentações demonstrou como um IXP pode ser criado com um orçamento de $1.000. A mesma demonstrou que é fácil ou acessível criar um IXP, mas a exigência seria com o Está em curso o estabelecimento de um Centro de Dados de Kooba, uma instalação de 2MW, que se prevê seja operacional no fim do 1o Semestre de 2016. Um centro de dados estável precisa de corrente eléctrica estável e arrefecimento, para além de equipamento moderno capaz de ser escalado. É fácil ou acessível criar um IXP, mas a exigência era com o escalonamento. 4

escalonamento. Os participantes perguntaram se a melhor abordagem seria desenvolver o conteúdo antes da criação de um IXP, ou criar a instalação e depois incentivar o peering. A maioria dos participantes foi de opinião de que seria melhor criar o IXP e depois desenvolver os pares enquanto demonstra o valor. A título de exemplo, Rwanda IXP partilhou a sua experiência em como eles iniciaram e conseguiram gerar membros e capacidade, através da partilha de cache global Akamai e Google no seu IXP. 4. Medição e dados estatísticos são as principais CDNs globais atraentes para os IXPs - Nos últimos seis anos, Google tem sido a mais consistente CDN global nos encontros de AfPIF. Akamai e Cloudflare mostraram interesse com a sua colocação contínua de infra-estrutura em África. Durante Nos últimos seis anos, Google tem sido a mais consistente CDN global nos encontros de AfPIF. as apresentações feitas por Akamai, Google e Cloudflare, houve questões sobre como atrair empresas globais. Ficou claro que as CDNs procuram maiores volumes de tráfego para poderem justificar a sua perspective comercial. Em África, há falta de dados estatísticos sobre capacidade e pares nos vários IXPs. A disponibilidade de ferramentas de medição e dados estatísticos é vista como uma das formas de atrair uma CDN. A African IXP Association (AF-IX), partilhou a sua pesquisa recente que proporcionou informação básica sobre IXPs Africanos; como são operados, quantidade de pares, capacidade e políticas de peering, dentre outras boas práticas de IXP. Os IXPs foram incentivados a aproveitarem as ferramentas de medição existentes, como é o caso de sondagens e âncoras RIPE Atlas. 5. Cada vez maior importância da ferramenta do encontro - dado que muitos acordos de peering são firmados através de aperto de mão, encoraja-se que os participantes marquem audiência com qualquer outro participante com quem desejam se reunir durante o curso do evento de AfPIF. Esta ferramenta tem provado ser eficaz no começo de acordos de peering entre várias partes. 5

Dados estatísticos da ferramenta do encontro 60% 51% 102 64 15 de usuários registados (226) activaram a sua conta da ferramenta do encontro se comparado com 56% em 2014 de usuários activos tinham no mínimo um encontro se comparado com 41% em 2014 encontros foram programados se comparado com 58 em 2014 encontros foram confirmados se comparado com 35 em 2014 encontros foram programados para um local alternativo fora das salas programadas se comparado com 1 em 2014. 6

Resumo dos trabalhos dos três dias AfPIF 2015: 1º Dia Resumo Detalhado O primeiro dia do AfPIF é geralmente conhecido como sendo o Dia dos Coordenadores de Peering, e centra-se na abordagem de novas questões técnicas sobre interconexão em conformidade com o tema deste ano Lições Aprendidas. Para o 1º Dia do AfPIF-15, os tópicos para debate relacionavam-se com as operações e características de centros de dados, tal é o caso de interconexão. Houve uma sessão que partilhou experiências e tutoriais de peering e tráfego. Porquê é que devemos medir a interconexão? foi o título do último painel de debate que exibiu o estado e evolução de interconexão emáfrica. A última sessão do dia é uma das melhores - Apresentações de Peering - onde os participantes apresentam as suas redes e indicam as suas políticas de peering, bem como exprimem o seu interesse em encontrar potenciais pares no AfPIF. Desafios Para NAPAfrica, e comum para muitos países Africanos, os cortes de energia têm sido um dos seus maiores desafios, mas ao mesmo tempo constituem a sua melhor oportunidade indirecta de publicidade. A disponibilidade de corrente eléctrica pode ser usada para determinar a localização do centro de dados, dado às necessidades de arrefecimento e crescente procura pelo aumento de energia para fazer face ao aumento do negócio. Destaques O anúncio da Seacom de que mudará para uma política de peering aberta foi uma grande nova para a comunidade. Isso significa que qualquer rede em África que não seja um cliente da Seacom pode estabelecer um Um centro de dados pode estar numa zona remota ou metropolitana, mas deverá possuir alta conectividade, rede eléctrica e procedimentos operacionais normalizados claros, escalabilidade, uma mão de obra qualificada e um plano de negócio bem detalhado. Pode aceder às apresentações e livestream do 1º Dia do AfPIF 2015 em: https:///afpif-2015/day1-presentations-and-livestream 7

peer com eles em qualquer um dos actuais oito (8) e futuros locais de peering. A decisão da Seacom de partilhar de forma aberta é inspirada pela necessidade de aumentar o nível de troca de conteúdo dentro do continente. Esta experiência motivou a MainOne, uma operadora do cabo submarino na África Oriental que se dirigiu aos participantes durante apresentações de peering, a mencionar que eles irão rever a sua política selectiva de peering no futuro próximo. A nova política da AfriNIC, que reserva endereços IPv4 para IXPs, ao mesmo tempo que mantém a política de desconto de 100%, é vista como sendo um maior incentivo para o desenvolvimento do IXP em África. Até aqui, beneficiaram-se desta iniciativa acima de 30 IXPs. Durante o curso do dia, várias apresentações destacaram a segurança no roteamento como um indicador de que ainda há muito por fazer nesta área. A iniciativa MANRS apresentada pela Internet Society propôs uma abordagem colaboradora em prol da resolução de alguns problemas. No que tange ao painel das medições, os dados estabelecidos no lançamento do IXP da Libéria nos princípios de Agosto proporcionaram dados empíricos sobre os benefícios visíveis de um IXP. As medidas utilizaram Atlas Probes na Libéria. Este facto pode ter accionado um interesse renovado no desenvolvimento de sondagens, dado que foram distribuídas acima de 17 sondagens de medidas em 10 países de todo o continente Africano a partir. Houve 13 ASN s que levantaram para se apresentarem no fim do primeiro dia, sendo que esperava-se mais no dia seguinte. O encontro reuniu-se novamente no dia seguinte, com uma abertura oficial do Ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique. A nova política da AfriNIC, que reserva endereços IPv4 para IXPs, ao mesmo tempo que mantém a política de desconto de 100%, é vista como sendo um maior incentivo para o desenvolvimento do IXP em África. 8

AfPIF 2015: Resumo do 2º Dia Trabalho com Parceiros Locais O segundo dia começou com a cerimónia de abertura, com a presença de líderes do Governo de Moçambique, sector da educação e sector privado. A equipe de Moçambique está realmente a ajudar a fazer diferença, abrindo o mercado, apoiando o IXP e trabalhando em projectos universitários inovadores. Raul Echeberria, VP, Envolvimento Global na Internet Society, proferiu o discurso de abertura; vincando a importância de formação e parcerias, caso África deva alcançar as suas metas em termos de tecnologias. A Internet Society já formou mais de 1.000 engenheiros e realizou acima de 75 seminários relativos a IXP em África; A penetração de internet cresceu de sete por cento em 2008 para 20 porcento nos dias actuais. Este é um bom progresso, mas ainda temos que crescer mais 80 porcento, disse Echeberria. No seu discurso, Prof. Orland Quilambo,Reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), realçou o papel desempenhado pela universidade no crescimento da infra-estrutura de TIC em Moçambique, começando por trazer a internet para o país, até à facilitação da criação do primeiro PTT(IXP). Dra. Ema Chicoco, PCA do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), destacou o papel preponderante desempenhado pela reguladora na garantia do crescimento de rede para as zonas recônditas, através do fundo de acesso universal. Acrescentou que a reguladora reconhece que a infra-estrutura das TIC desenvolve rapidamente, daí haver necessidade de encorajar modelos de negócios que fazem crescer a economia. O Prof. Venâncio Massingue, Representante da Internet Communitye PCA do Instituto de Investigação Científica, Inovação e Tecnologias de Informação e Comunicação - Science Innovation and Information and Communication Technology Research Institute (SIITRI), é tido como o pai da Internet em Moçambique. O Prof. Massingue relembrou a sua participação no evento INET em São José, Califórnia, em 1998, e das oportunidades que a formação lhes expôs. Este vincou a necessidade do aumento de pesquisa dentre os países, formação dos jovens, bem como a partilha do conhecimento. Pode aceder às apresentações e livestream do 2º Dia do AfPIF 2015 em: https:///afpif-2015/day2-presentations-and-livestream A Internet Society já formou mais de 1.000 engenheiros e realizou acima de 75 seminários relativos a IXP em África; A penetração de internet cresceu de sete por cento em 2008 para 20 porcento nos dias actuais. Este é um bom progresso, mas ainda temos que crescer mais 80 porcento. Raul Echeberria, VP, Global Engagement, Internet Society 9

A Dra. Manuela Rebelo, Vice-Ministra do Ministério de Transportes e Comunicações, abriu formalmente o evento, com o compromisso de que Moçambique continuará com o alargamento de infra-estrutura. Afirmou que o país encontrava-se também no processo de migração para TVdigital, o que abrirá mais horizonte para infra-estrutura e novos negócios em TIC. Destaques O destaque do dia foi um painel que discutia lições aprendidas nos últimos seis anos do AfPIF. O Serekunda IXP em Gambia, um dos IXPs que surgiu do projecto AXIS, teve a oportunidade de partilhar a sua experiência de um ano. Lançado em Julho de 2014, o IXP tem sete pares, e já se encontra em discussão com Google e Akamai para hospedar os seus caches. Lições Aprendidas no Desenvolvimento dos Serviços African Cloud A criação do IXP é a parte mais fácil da comunidade tecnológica. A sua gestão e fazer com que seja atractivo aos pares é o que provou constituir mais desafio do que se espera. Proporcionar um valor de IXPs às maiores redes no seu início. A criação do IXP é a parte mais fácil da comunidade tecnológica. A sua gestão e fazer com que seja atractivo aos pares é o que provou constituir mais desafio do que se espera Esta apresentação estimulou uma pergunta sobre se os países com conteúdo local restrito devia estabelecer IXPs ou se deviam esperar até que o mesmo aumentasse. A resposta foi de que a melhor abordagem seria estabelecê-lo, pois sem o fazer, não haveria formas de adivinhar a reacção do mercado. Liquid Telecom partilhou como lhes levou 10 anos para atingir 72% do conteúdo local (54% Africa peering + 18% CDN), e Teraco partilhou como um cliente conseguiu reduzir os seus custos de tráfego em 40 por cento, apenas por estabelecer peering na NAPAfrica, e Para demonstrar como peering pode reduzir custos em todos os sectores, Teraco partilhou como o mercado bancário Sul-Africano tem conseguido poupar R8milhões (US$ 800.000) somente por estar a partilhar na NAPAfrica. 10

Angani Limited,um dos provedores de serviços cloud em Quênia, partilhou a sua experiência na atracção de empresas locais para a sua rede. A empresa foi fundada no ano passado, e serve actualmente os provedores líderes de email e hospedeiros em Quênia, empresas de transportes que usam aplicativos de venda de bilhetes, aplicativos e-health e conteúdo da mídia. apps and media content. Tempo de Operação é importante e a redundância ajuda. Angani coexiste em dois centros de dados e está neste momento a pressionar 40 Mbps de tráfego de Internet para KIXP. Preço acessível, redundância, segurança e confiança são fundamentais. Peering no KIXP permitiu que Angani prestasse capacidade local grátis, permitindo que as empresas de comunicação social fizessem back-upe alcançassem o conteúdo com facilidade. Preço acessível, redundância, segurança e confiança são fundamentais. 11

AfPIF 2015: Resumo do 3º Dia Após três dias de debate, a sexta edição do Fórum Africano Peering e Interconexão (AfPIF) chegou ao fim. O evento deste ano atraiu 232 participantes vindos de 57 países. O encontro atraiu igualmente 978 participantes online de 77 países diferentes. O último dia reservava debates em torno de aspectos técnicos e gestão de IXP, bem como a questão de conteúdo e seu papel no desenvolvimento de um IXP. Criação de um IXP Para os novos participantes provenientes de países sem IXPs, as principais questões que colocam são geralmente: quanto custa estabelecer um IXP? Devemos esperar pelo crescimento do conteúdo local para criarmos um IXP ou devemos criar um IXP e depois desenvolvermos a troca do conteúdo local? A sessão da manhã teve uma apresentação sobre como criar um IXP com um orçamento de US$ 1000. A apresentação apresentou pormenores relativos ao equipamento e factores, tais como energia e alocações orçamentais. A mesma demonstrou que era possível ter um IXP funcional com um orçamento de US$ 1000. O evento deste ano atraiu 232 participantes vindos de 57 países. O encontro atraiu igualmente 978 participantes online de 77 países diferentes. O que é que precisa de fazer? 1. Pesquisar o mercado; 2. Criar uma comunidade; 3. Desenvolver uma plataforma; 4. Ter em mente os provedores de conteúdo no país/região. Papel do Conteúdo no Desenvolvimento de IXPs O papel do conteúdo no desenvolvimento de IXP tornou-se num maior tópico do AfPIF nos últimos quatro anos. À medida que os IXPs continuam a crescer, a questão de conteúdo e atracção de mais pares torna-se cada vez mais aparente. Google tem estado envolvido no AfPIF desde 2010, e é considerado o CDN mais comum nos países africanos. Akamai teve a sua primeira apresentação no AfPIF há três anos e destacou o seu compromisso de alastramento da sua infra-estrutura em África. 12

Na sua apresentação, Akamai indicou que estava aberta a estabelecer interpares quer nos IXPs ounas redes ISP, mas o principal desafio tinha haver com o custo de tráfego internacional, factor este que Akamai deixa ao critério da comunidade interna. Ruanda, que está a gerir Akamai no IXP, partilhou a sua experiência; como é que os pares locais trabalham conjuntamente na resolução da questão de tráfego internacional, bem como no aumento da capacidade do IXP. A capacidade aumentou do pico de 500Mbps para 1.2Gbps. Após as apresentações, houve uma discussão sobre se a questão era em torno do conteúdo localmente desenvolvido ou conteúdo hospedado. Ficou claro que a hospedagem local é importante para o conteúdo localmente relevante. A título de exemplo, os grandes jornais em Ruanda são hospedados no estrangeiro, e portanto contribuíam no aumento do conteúdo, com o cache Akamai. Porquê é que CDNs estão a retraírem-se de África? Há perguntas sobre o porquê CDNs preferiam outros mercados nos EUA, Europa e Ásia; a questão foi em torno de se África não tem o mercado capaz de impulsionar o negócio, ou se África está condenado a ser um mercado consumidor. Tanto o representante da Akamaicomo o degooglenotaram que há falta de perspectivas comerciais em África, mas acrescentaram que com o ritmo de crescimento, era só uma questão de tempo até que o negócio se estabelecesse. Acrescentaram que mesmo noutros mercados, a maturação do mercado tinha levado 20 anos. Como podemos reduzir barreiras no crescimento do conteúdo? 1. Alto nível de confiança e colaboração, o resto vem automaticamente; 2. Aumento da hospedagem do conteúdo localmente relevante; 3. Aumento de competências e formação local; 4. Disponibilidade de capacidade mais barata; 5. Desenvolvimento de centros de dados e plataformas cloud que podem hospedar o conteúdo; 6. Baixos preços da malha local removerá algumas das barreiras; 7. Caso não tenha um IXP, não tem conteúdo local por partilhar; logo que adquirir um IXP, já começa a pensar em como melhorá-lo. a questão foi em torno de se África não tem o mercado capaz de impulsionar o negócio, ou se África está condenado a ser um mercado consumidor. Pode aceder às apresentações e livestream do 3º Dia do AfPIF 2015 em: https:///afpif-2015/day3-presentations-and-livestream 13

Internet Society Galerie Jean-Malbuisson, 15 CH-1204 Geneva Switzerland Tel: +41 22 807 1444 Fax: +41 22 807 1445 1775 Wiehle Ave. Suite 201 Reston, VA 20190 USA Tel: +1 703 439 2120 Fax: +1 703 326 9881 Email: info@isoc.org Patrocinadores do AfPIF 2015 Photo s copyright Internet Society Patrocinador Platina Patrocinador Ouro Patrocinador Prata Patrocinador de Conectividade Patrocinador do Evento Social