AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE PROJECTO EDUCATIVO 2009/2013

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Transcrição:

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANSELMO DE ANDRADE PROJECTO EDUCATIVO 2009/2013

1

INTRODUÇÃO O Decreto-Lei n.º 115-A/98 de Maio, alterado pela Lei n.º 24/99 de 22 de Abril, conferiu às Escolas a responsabilidade, mas também o direito de elaborar o seu próprio Projecto Educativo. Este é o documento «no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais a escola se propõe cumprir a sua função educativa». Dando cumprimento a esta responsabilidade, no ano lectivo 1998/99, a Escola Secundária Anselmo de Andrade teve, pela primeira vez, um projecto Educativo de Escola. A sua construção foi, então, uma oportunidade para pensar a instituição nas suas múltiplas dimensões. Esse Projecto inicial foi sendo actualizado, não apenas por imperativos de natureza legal, mas também porque ao longo do tempo emergiram novas perspectivas sobre o modo de o conceber, operacionalizar e implementar. Por outro lado, as mudanças ao nível social, cultural e organizacional deram substância a essas actualizações. De entre as mudanças mais relevantes há a destacar a adaptação do PE aos processos de avaliação das Escolas e dos seus recursos humanos e, em 2007, a passagem da ESAA a sede de Agrupamento. A presente versão do Projecto Educativo de Agrupamento (PEA) obedece ao novo modelo de gestão de Escolas e Agrupamentos de Escolas, pelo que vigorará durante quatro anos lectivos. No entanto, a sua estrutura é suficientemente flexível para permitir ajustamentos anuais, tanto no que diz respeito à actualização da base estatística que suporta os objectivos e metas formalizados, como, porventura, à afinação desses mesmos objectivos e metas. Do ponto de vista dos seus conteúdos, eles exprimem não apenas eixos de intervenção que visam melhorar a qualidade das práticas pedagógicas e os resultados dos alunos, mas apontam também para uma melhoria em termos organizacionais e relacionais. O avanço em termos da qualidade do serviço prestado é assim concebido como o resultado de boas práticas, assentes numa visão colaborativa dos seus intérpretes. Por fim, o lema do presente PEA, Acolher, Acompanhar e Integrar para Criar Futuro, visa dar corpo ao conjunto de tarefas necessárias para a construção de uma instituição que permita gerar condições de crescimento integral a todos os jovens que a frequentam bem como oportunidades de desenvolvimento profissional para todos, independentemente da função desempenhada. 2

CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO Inserção na Comunidade Local O concelho de Almada ocupa uma área de 72 Km 2. Usufrui de 35 Km de costa, dos quais 13 Km são de praias. Localiza-se na Península de Setúbal, no cruzamento da foz do Rio Tejo com o Oceano Atlântico em frente à Grande Lisboa, afirmando-se cada vez mais como pólo individualizado e simultaneamente ponto de charneira no contacto com outros espaços. A posição central que detém na Área Metropolitana de Lisboa e privilegiada no País tem vindo a ser potenciada com sucessivos ganhos de centralidade que se reflectem a nível do território, das pessoas e das actividades: Fig. 1 - Localização do concelho de Almada. Diversificação das acessibilidades a nível regional/inter-regional e densificação da rede viária interna, constituindo corredores de circulação de fluxos intensos de pessoas e bens, de serviços e de informação. Alastramento das manchas de edifícios de habitação. Crescimento da população. Grande diversidade de gente e de estilos de vida. Alguma dinâmica económica, predominando as actividades do sector terciário. Capacidade atractiva a nível das actividades turísticas, as quais têm vindo a ganhar maior visibilidade devido a diversas intervenções a nível do património histórico, ambiental e paisagístico. Fig. 2 Área urbana de Almada. Uma rede de equipamentos sociais diversificada e de qualidade (saúde, cultura, lazer). Os responsáveis pela intervenção municipal têm dado incentivos a projectos de cooperação e intercâmbio no domínio da educação, solidariedade e cultura, incluindo os de âmbito internacional. Quadro 1 Alguns Indicadores de Contextualização do Concelho de Almada Indicadores Ano Pragal Almada Almada AML Continente freguesia freguesia concelho População 2001 7 721 19 513 160 826 2 661 850 9 869 343 Densidade da população (hab/km 2 ) 2001 3 432 14 243 70 899 111 Variação da população (%) 1991/2001 10,5-13,5 6 5,3 5,3 Taxa de natalidade (por mil) - - - 13,8 12,0 10,8 Taxa de mortalidade (por mil) - - - 10,6 9,6 10,2 Taxa de Crescimento Natural (por mil) 2001 - - 3,2 2,4 0,6 Índice de envelhecimento (%) 2001 62,9 274,9 118,9 104,2 105,5 Dimensão média das famílias 2001 2,9 2,4 2,6 2,6 - Taxa de analfabetismo 2001 - - 6 6 9 Taxa de actividade (%) 2001 53 45 51 48 48 Taxa de desemprego (%) 2001 7,8 9,2 8,4 7,6 6,9 Fonte: Câmara Municipal de Almada 3

O Agrupamento 1. ES Anselmo Andrade 2. EB1/JI Nº 1 Pragal 3. EB1/JI Nº 2 Almada 4. EB1/JI Nº 1 Almada Fig. 3 - Localização das escolas do Agrupamento. As Escolas do Agrupamento Anselmo de Andrade: Situam-se no concelho de Almada, nas freguesias de Pragal e Almada. Localizam-se no núcleo mais densamente urbanizado da cidade e do concelho, próximo dos principais centros de decisão económica e política a nível local. Abrangem, na sua área de influência, espaços construídos diversificados e heterogéneos no que se refere à malha urbana, à época de construção, à morfologia dos edifícios e também a nível social e na ocupação funcional. Englobam áreas que se enquadram nos núcleos mais antigos da cidade de Almada e do Pragal e, simultaneamente, urbanizações recentes, passando por manchas construídas nas décadas intermédias. Trabalham no Agrupamento, para além do pessoal docente e não docente, uma equipa de Docentes de Ensino Especial e uma Psicóloga para Orientação Vocacional. Existe ainda uma Unidade de Multideficiências na EB1/JI n.º 2 de Almada (Quadro 2). Quadro 2 Caracterização geral do Agrupamento Níveis de Ensino Número de Turmas Número de Educadores/ Professores 141 Número de Assistentes Operacionais Pré-escolar 5 5 5 (CMA) 1.º ciclo 22 32 6 2.º ciclo 11 2.º ciclo PCA 1 11 3.º ciclo 14 3.º ciclo CEF 2 2.º/3.º ciclo Curso EFA 2 Ens. Sec. Cursos 35 Científico-Humanísticos Ensino Secundário Cursos Profissionais Cursos EFA Nível Secundário 13 3 4 Número de Assistentes Técnicos 11 4

Em cada Escola do 1º ciclo, desenvolvem-se Actividades de Enriquecimento Curricular (AECs) dinamizadas pelas Associações de Pais e Encarregados de Educação, nas áreas de Inglês, Actividade Física e Desportiva, Ensino da Música, Apoio ao Estudo e Desenvolvimento Pessoal e Criatividade. No ensino pré-escolar existe também a Componente de Apoio à Família (CAF). Acrescida a esta oferta, a Ocupação dos Tempos Livres (ATL) é assegurada pelas Associações de Pais e Encarregados de Educação e funciona igualmente em cada um dos estabelecimentos de ensino do 1º ciclo. Na dependência da escola sede está o Centro Novas Oportunidades (CNO) Anselmo de Andrade que, ao longo do primeiro ano de actividade, encaminhou mais de oitocentos formandos e começou já a reconhecer e certificar competências, de acordo com os referenciais de competências definidos pela Agência Nacional para a Qualificação. A equipa deste Centro, é formada por 1 Técnica de Encaminhamento, 4 Técnicos de Validação de Competências e 5 Docentes do quadro em horário completo, para além de outros docentes, que, sendo Formadores, não o são em exclusivo. Quadro 3 CNO Situação Escolar dos Formandos no Ensino Básico e no Ensino Secundário Estado Total Escolar Ensino Básico Total Profissional Total Estado Total Escolar Ensino Secundário Total Profissional Total Estado Inscrito 81 0 81 86 0 86 Em Acolhimento 5 0 5 4 0 4 Em Diagnóstico 42 0 42 77 0 77 Encaminhado Processo RVCC 42 0 42 70 0 70 Encaminhado 36 0 36 79 0 79 Em Reconhecimento 62 0 62 183 0 183 Certificado 26 0 26 32 0 32 Desistente 1 0 1 2 0 2 Transferido 3 0 3 4 0 4 Suspenso 8 0 8 7 0 7 Total 306 544 Nascido por decisão da tutela há cerca de dois anos, o Agrupamento vive ainda um processo de construção e consolidação de pontes de ligação entre estruturas físicas, ciclos de ensino, projectos curriculares, percursos de formação, corpos docentes diferenciados. Vive, em simultâneo, as dificuldades de ajustamento quer às necessidades educativas de uma sociedade em processo de mutação profunda e acelerada, quer às alterações estruturais emanadas da tutela ao longo dos dois últimos anos e que abrangem regimes contratuais de pessoal docente e não docente, estatutos de professores e alunos, regimes de avaliação de pessoal docente e não docente, sistema de gestão escolar, sistema de escola a tempo inteiro, sistema de avaliação externa entre outros. O Agrupamento valoriza os protocolos que estabelece com dezenas de instituições, de natureza e intervenção diferentes. É um agrupamento dinâmico, activo e participativo, onde se desenvolvem projectos inovadores em permanente interacção com o meio como o ilustram os gráficos das figuras 4 e 5, relativos às visitas de estudo e aos projectos desenvolvidos no Agrupamento de Escolas. 5

Fig. 4 Visitas de estudo realizadas no Agrupamento em 08/09. Fig. 5 - Áreas de desenvolvimento de Projectos. 6

VALORES E PRINCÍPIOS DO PROJECTO EDUCATIVO Um Projecto Educativo, para que os seus objectivos sejam verdadeiramente apropriados e desenvolvidos colectivamente, deve assentar em valores fundamentais que sejam objecto de consenso no seio da comunidade educativa. Os valores e princípios que a comunidade educativa do Agrupamento Anselmo de Andrade tem vindo a eleger como prioritários são os da responsabilidade, da cooperação, da autonomia e do empreendedorismo. Responsabilidade, porque se parte da convicção que o aluno deve assumir progressivamente as suas responsabilidades, assumindo os seus actos, mas também procurando recursos e meios para se desenvolver enquanto pessoa; cooperação, pois todos os actores educativos devem procurar interagir entre si, na procura da concretização de projectos pessoais e do agrupamento; autonomia, porque o aluno tem que fazer escolhas, tem que tomar iniciativas, tem que aprender a gerir o seu próprio tempo e trabalho eficazmente; empreendedorismo, porque o aluno deve aprender a integrar as aprendizagens que faz e assim desenvolver e adquirir competências que o preparem para criar o futuro. Esta formação sólida e integral que o Agrupamento quer desenvolver nos seus alunos obriga todos os actores educativos a empenharem-se numa constante melhoria da qualidade educativa e pedagógica. É, por isso, importante que se crie nos estabelecimentos de ensino do Agrupamento um clima favorável ao ensino e à aprendizagem; é importante que se trabalhe em equipa, para que se estabeleça coerência nas várias disciplinas do currículo do aluno e coerência no seu percurso escolar, desde o jardim-de-infância até à conclusão do ensino secundário; é importante trabalhar com as famílias e discutir conjuntamente princípios e objectivos pedagógicos, princípios e regras de convivência escolar. Os objectivos que a seguir se enunciam assentam, pois, nestes valores e princípios e implicam a responsabilidade de cada um e de todos para os implementar, desenvolver e avaliar. Naturalmente que, para isso, o Agrupamento terá que desenvolver acções para identificar as necessidades de formação das suas equipas pedagógicas, nomeadamente na área das novas tecnologias, e encontrar meios para assegurar essa formação, para que, assim, o presente projecto educativo possa ser levado a bom termo. 7

OBJECTIVOS Objectivo 1: Promover o sucesso, reduzindo retenções e abandono escolar, valorizando o mérito e a excelência. Fundamentação Os alunos não têm todos o mesmo perfil. Há, em todas as turmas, alunos com dificuldades de ordem variada e alunos mais dotados que nem sempre são suficientemente acompanhados. Uma escola de qualidade tem que contribuir para o desenvolvimento de cada um dos seus alunos e encontrar respostas pedagógicas adequadas ao seu perfil. Indicadores I Situação escolar dos alunos Fig. 6 - Situação escolar dos alunos nos dois últimos anos lectivos. 8

Fig. 7 Explicitação do item Outros do gráfico da figura 6. Nota: Para melhor leitura optou-se pela colocação dos valores absolutos nas séries. Fig. 8 Níveis inferiores a três nos 2.º e 3.º ciclos. Metas A. Não diminuir os níveis de sucesso em cada ciclo. B. Melhorar a qualidade dos níveis de sucesso em cada turma. C. Aumentar a pontualidade e a assiduidade dos alunos da educação pré-escolar. 9

Considerando tanto os indicadores anteriores como as metas propostas, apontam-se as seguintes medidas organizativas: Medidas Organizativas Utilização da avaliação como instrumento pedagógico ao serviço do sucesso dos alunos. Utilização de recursos educativos adequados às características dos alunos, designadamente as TIC. Introdução de provas comuns a cada ano de escolaridade. Mostra e partilha de experiências educativas pelos docentes e alunos. Iniciativas de sensibilização junto dos E.E. para uma co-responsabilização no processo de aprendizagem. Divulgação das regras de frequência e clarificação das rotinas nos jardins-de-infância (guia do aluno do pré-escolar...). Articulação das diferentes valências no apoio a professores com alunos NEE de carácter permanente. Disponibilização de, no mínimo, um bloco horário, comum a todo o pessoal docente, para discussão de medidas e estratégias educativas. Implementação do regime de tutorias para alunos com dificuldades de aprendizagem, de integração, em risco de abandono, com famílias disfuncionais ou outros. Criação do cargo de coordenador de ACND de Estudo Acompanhado e Área de Projecto. Ocupação Plena dos Tempos Lectivos: esgotada a possibilidade de permuta ou docente com formação adequada, encaminhar os alunos para outras actividades educativas (of. pedagógica, salas de estudo, clubes ou outros recursos). Alargamento dos quadros de mérito e de excelência ao 1º ciclo. Promoção de acções internas de formação de docentes sobre os programas (áreas curriculares disciplinares e não disciplinares. Actores Educativos Envolvidos Todos os professores. Todos os professores Todos os professores Departamentos Alunos Professores Conselho de Directores de Turma Directores de Turma Associação de Pais e Encarregados de Educação Educadores de Infância Directores de Turma SPO, Educação Especial, ASE, Equipa de Saúde Todos os professores do 1º ciclo Conselho Pedagógico 10

OBJECTIVO 2: Promover um clima de ensino e de aprendizagem que previna situações de indisciplina, articulando a acção de todos os agentes educativos Fundamentação A falta de civismo, a violência e a desobediência aos regulamentos da escola são prejudiciais à aprendizagem, ao bom ambiente e ao trabalho da comunidade escolar. Combater e prevenir a indisciplina contribuirá para a promoção da igualdade de oportunidades para todos os alunos e proporcionará as condições para um ensino e aprendizagem mais eficaz. Indicadores I - Número de alunos com participações disciplinares Fig. 9 Participações disciplinares. A - Comportamentos ofensivos da dignidade pessoal ou profissional do pessoal docente e não docente B - Comportamentos ofensivos da dignidade pessoal dos alunos C - Agressão física a docentes D Agressão física a outros alunos E Agressão física a funcionários F - Danos materiais e outros comportamentos que põem em causa a segurança 11

II Número de alunos sujeitos a medidas correctivas Fig. 10 Medidas correctivas. A- Ordem de saída da sala de aula B- Advertência C- Realização de actividades e tarefas de integração D- Condicionamento no acesso a espaços escolares E- Mudança de turma III Número de alunos sujeitos a medidas sancionatórias Fig. 10 Medidas sancionatórias. A consecução desta meta pressupõe a adopção das seguintes medidas: Meta Reduzir em 5% as ocorrências de indisciplina. 12

Medidas Organizativas Planificação de actividades a desenvolver nas aulas de Formação Cívica. Iniciativas de sensibilização junto dos E.E. para uma co-responsabilização no cumprimento do Regulamento Interno. Formação específica para docentes e não-docentes. Criação de um gabinete de acompanhamento dos casos de indisciplina, integrando o SPO, que se articule com os CTs. Manutenção adequada e melhoria das condições de utilização dos espaços da escola. Implementar a utilização de espaços diferenciados de acordo com os ciclos de ensino frequentados. Actores Educativos Envolvidos Conselho de Turma Conselho de Directores de Turma Conselho de Directores de Turma Associação de Pais e Encarregados de Educação Docentes e não-docentes OBJECTIVO 3: Articular currículos e ciclos de estudo. Fundamentação Para responder com eficácia, equidade e adaptabilidade às exigências do currículo nacional, a escola tem que fomentar o trabalho de equipa. Este trabalho permitirá encontrar coerência entre as disciplinas, dar continuidade ao percurso do aluno e compreender o seu desenvolvimento e progresso desde o jardimde-infância até ao ensino secundário. Indicadores Referencial: Gráficos relativos à situação escolar dos alunos (Figuras 6, 7 e 8). Meta Implementar práticas de trabalho colaborativo em projectos interdisciplinares e inter-ciclos. A meta apresentada implica as seguintes medidas organizativas: Medidas Organizativas Realização de diagnóstico de competências dos alunos, no início de cada ciclo de escolaridade. Definição da arquitectura adequada para um trabalho de equipa: equipas disciplinares e interdisciplinares. Informação aos EE no início de cada ciclo, do perfil expectável para o aluno desse ciclo de ensino. Formação inter-ciclos para consolidar a continuidade pedagógica. Actores Educativos Envolvidos Todos os professores Departamentos Conselhos de Directores de Turma Conselhos de Escola Conselhos de Ano C. Pedagógico Directores de Turma Professores do 1.º ciclo 13

OBJECTIVO 4: Incentivar e apoiar o desenvolvimento de projectos nomeadamente na área de Educação para a Saúde. Fundamentação A afirmação e qualidade de um estabelecimento de ensino também se avaliam pela qualidade dos projectos que desenvolve. O A.E.A.A. é uma escola de projectos entendidos e assumidos como espaço de desenvolvimento das aprendizagens e promoção da autonomia, criatividade e cidadania. A ligação e o envolvimento com a comunidade ganham sentido neste contexto. Indicadores Referencial: Gráficos relativos aos Projectos (Figura 5). Meta Aumentar o número de alunos e de turmas envolvido em projectos. Considerando o indicador e a meta proposta, apontam-se as seguintes medidas organizativas: Medidas Organizativas Formação: elaboração e mobilização de projectos. Desenvolvimento de projectos articulados com as aprendizagens da sala de aula. Nomeação do coordenador responsável do projecto Educação para s Saúde. Articulação do desenvolvimento de acções conducentes à protecção e promoção da saúde global, com Centros de Saúde e outras instituições. Actores Educativos Envolvidos Equipas de professores Equipas de professores Equipas de professores Equipas de professores Parceiros educativos OBJECTIVO 5: Promover a aproximação formativa dos Pais e Encarregados e Educação à vida escolar dos seus educandos, de modo a potenciar o sucesso e reduzir a indisciplina. Fundamentação Os pais e encarregados de educação são os primeiros educadores do aluno e os principais actores de transmissão de valores às crianças e aos jovens. Eles são também os parceiros educativos privilegiados para, em colaboração com a escola, contribuírem para promover a igualdade de oportunidades dessas crianças e jovens, em todos os ciclos de escolaridade. Indicadores Referencial: Gráficos relativos à situação escolar dos alunos e de indisciplina (Figuras 6, 7, 8, 9, 10, 11). Meta Aumentar o número de actividades com a participação dos Pais e Encarregados de Educação 14

Medidas Organizativas Dinamização de actividades de divulgação de trabalhos escolares. Fomento da participação activa dos encarregados de educação em actividades do agrupamento. Incentivo à actividade das associações de pais. Organização de sessões temáticas formativas para pais e encarregados de educação dos alunos dos vários níveis de ensino. Promoção de encontros de reflexão conjunta temática entre pais, professores e funcionários. Actores Educativos Envolvidos Todos os professores Directores de Turma Todos os professores Todos os professores Associação de Pais e Encarregados de Educação Associação de Pais e Encarregados de Educação Todos os professores Nota: Os dados relativos a este documento foram trabalhados a partir das pautas definitivas; os dados relativos ao PEA de 2008/09 não incluíam as decisões de Conselho Pedagógico relativos à avaliação e os resultados de exames. Grupo de Trabalho: Lourdes Costa Ana Morais António Lopes Deolinda Reis Dulce Pinto Helena Cruz Rosário Marques 15