AGRUPAMENTO VERTICAL DE MURÇA EB 2,3/S DE MURÇA
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- Eric Castro Bastos
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1 AGRUPAMENTO VERTICAL DE MURÇA EB 2,3/S DE MURÇA REGULAMENTO DO FUNCIONAMENTO DAS ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR I. Introdução Nos termos do art.º 22º da Lei nº 30/2002, de 20 de Dezembro, alterada pela Lei n.º 3/2008, de 18 de Janeiro, e dos números 32 e 35 do despacho n.º 14460/2008, de 26 de Maio, o Regulamento Interno da Escola deve traduzir o desenvolvimento de matérias relativas à observação das actividades de enriquecimento curricular pelos docentes e os efeitos decorrentes do excesso de faltas dos alunos. Considerando, ainda, a necessidade de adoptar procedimentos que regulem as actividades, atitudes e comportamentos dos intervenientes nas actividades de enriquecimento curricular (AEC s), desde as crianças e alunos aos docentes e professores das actividades, do pessoal auxiliar de acção educativa aos pais e encarregados de educação, através da adopção de uma cultura de responsabilidade e tendo por base os normativos legais que regulam a actividade docente, conteúdos funcionais do pessoal não docente, estatuto do aluno e ainda direitos e deveres dos pais e encarregados de educação, elaborou-se o presente documento. II. Objecto do regulamento 1. O presente regulamento define orientações a observar no funcionamento das actividades de enriquecimento curricular, a ter lugar nos respectivos estabelecimentos de educação e de ensino do Agrupamento Vertical de Escolas de Murça. 2. Entende-se por actividades de enriquecimento curricular aquelas que incidem nos domínios desportivo, artístico, científico, tecnológico e das tecnologias de informação e comunicação, de ligação da escola com o meio. III. Âmbito de aplicação 3. As disposições deste regulamento aplicam-se aos alunos que, independentemente da sua idade e grau de ensino ou curso que frequentam, estejam matriculados em qualquer um dos estabelecimentos de educação e de ensino que integram o Agrupamento Vertical de Escolas de Murça, bem como a qualquer actividade de enriquecimento curricular, independentemente da sua natureza e tipologia. 1
2 IV. Entidades promotoras 4. No 1º ciclo do ensino básico (CEB), a entidade promotora das actividades de enriquecimento curricular é a Câmara Municipal de Murça, que anualmente celebra um acordo de colaboração com o Agrupamento Vertical de Escolas de Murça. 5. O Apoio ao Estudo no 1º CEB e os clubes temáticos, nos restantes ciclos de ensino, enquanto actividades de enriquecimento curricular, são da responsabilidade do Agrupamento Vertical de Escolas de Murça e dinamizados pelo seu corpo docente. V. Inscrição e frequência nas AEC s 6. A inscrição nas actividades de enriquecimento curricular implica a obrigatoriedade da sua frequência, conferindo ao aluno os direitos consagrados no Estatuto do Aluno e no regulamento interno do Agrupamento, bem como a obrigatoriedade de cumprimento dos deveres neles inscritos, sujeitando-se, ainda, às matérias disciplinares regulamentadas. 7. A inscrição tem lugar na escola que o aluno frequenta, no início do ano lectivo, junto do professor titular de turma ou do coordenador do clube temático, em colaboração com os directores de turma, sendo da responsabilidade destes a divulgação da informação para aquele efeito. 8. As AEC são gratuitas e de inscrição facultativa, cabendo aos pais e encarregados de educação a tomada de decisão de inscreverem os seus educandos nas referidas actividades. 9. Excepcionalmente, poderão os alunos inscrever-se no máximo em dois clubes temáticos, a frequentar em regime quinzenal, desde que sejam acautelados os objectivos previstos para o seu funcionamento. 10. A frequência nas AEC s implica a obrigatoriedade do aluno se fazer acompanhar pela caderneta escolar, no caso do ensino básico, e pelo material solicitado pelos professores/dinamizadores responsáveis pelas actividades. 11. A inscrição nas AEC s pode cessar a todo o momento por comunicação escrita do encarregado de educação ao professor titular de turma, director de turma ou professor responsável, dando lugar à desistência do aluno por acção voluntária. 12. A desistência do aluno numa AEC determina a impossibilidade do aluno efectuar, durante o ano lectivo em curso, a sua reinscrição ou a inscrição em qualquer uma das AEC s em funcionamento. 2
3 VI. Funcionamento das AEC s 13. As actividades de enriquecimento curricular desenvolvem-se apenas durante os períodos em que decorrem as actividades lectivas. 14. No 1º CEB, o horário de funcionamento das actividades está compreendido, preferencialmente, entre as 15:30 e as 17:30 horas. 15. Os clubes temáticos funcionam, em regra, num bloco semanal e em horário a definir anualmente. 16. O número mínimo de alunos inscritos para funcionar um clube temático é de 10, sendo recomendável que não ultrapasse os 20 participantes. 17. No âmbito da ocupação plena de tempos escolares, os docentes podem desenvolver actividades de enriquecimento curricular. 18. Os docentes que asseguram as AEC s registam nos respectivos suportes administrativos o sumário das actividades realizadas e as faltas dos alunos. 19. Os trabalhos realizados com os alunos no âmbito das AEC s devem ser objecto de divulgação junto da comunidade educativa. VII. Faltas dos alunos, justificação e seus efeitos 20. As matérias relacionadas com faltas dos alunos às AEC s e procedimentos para a sua justificação, designadamente no que diz respeito às obrigações dos pais e encarregados de educação, são reguladas pelo capítulo IX do regulamento interno dos direitos e deveres dos alunos. 21. É considerado excesso grave de faltas nas AEC s quando for atingido o número de faltas correspondente ao dobro do número de tempos lectivos semanais por actividade, nos termos do número 31 do regulamento interno dos direitos e deveres dos alunos. 22. Nos termos do número anterior, os pais ou o encarregado de educação ou, quando maior de idade, o aluno, são convocados à escola, pelo meio mais expedito, pelo professor titular ou director de turma, com o objectivo de se encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efectivo do dever de frequência às AEC s. 23. Nos termos do número 35 do regulamento interno dos direitos e deveres dos alunos, sempre que um aluno ultrapasse um número total de faltas injustificadas correspondente ao triplo de tempos lectivos semanais das AEC s em que está inscrito, esgotadas as soluções preconizadas no número 31 do ponto anterior, é excluído da frequência dessa actividade. 3
4 24. A exclusão do aluno por excesso de faltas determina a impossibilidade do aluno efectuar, durante o ano lectivo em curso, a sua reinscrição ou a inscrição em qualquer uma das AEC s em funcionamento. VIII. Medidas disciplinares 25. A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos no regulamento interno, em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das AEC s, constitui infracção, passível da aplicação de medida correctiva ou medida disciplinar sancionatória. 26. As medidas disciplinares e demais procedimentos inerentes às matérias disciplinares e seus efeitos estabelecidos no capítulo XIII do regulamento interno dos alunos podem ser aplicadas aos alunos inscritos nas AEC s. 27. Sem prejuízo do artigo anterior, a reincidência de comportamentos de desrespeito, insubordinação ou desobediência pelos alunos, implica a marcação de falta injustificada ao aluno e a sua permanência na actividade de enriquecimento curricular, excepto quando tal se revele impraticável e o aluno possa ser acompanhado por um adulto numa outra actividade escolar determinada pelo professor responsável. 28. Quando, na sequência de procedimento disciplinar instaurado ao aluno no âmbito do funcionamento das AEC s, for aplicada medida disciplinar de suspensão de escola, o aluno é excluído da sua frequência, não sendo permitida a sua reinscrição ou a inscrição em qualquer uma das AEC s em funcionamento durante o respectivo ano lectivo. IX. Actividades de supervisão pedagógica no 1º CEB 29. A supervisão pedagógica compreende: a) A programação das actividades; b) O acompanhamento das actividades através de reuniões com os representantes das entidades promotoras ou parceiras das actividades de enriquecimento curricular; c) A avaliação da sua realização; d) A realização das actividades de apoio ao estudo; e) Reuniões com os encarregados de educação, nos termos legais; f) A observação das actividades de enriquecimento curricular. 4
5 30. A programação, acompanhamento e a avaliação das AEC s são efectuados, preferencialmente, pelos docentes titulares de turma em exercício de funções e pelos professores de cada uma das actividades. 31. Para os efeitos descritos no número anterior, o grupo de trabalho reúne duas vezes por trimestre, sob a coordenação de um docente nomeado pelo conselho executivo, podendo nessas reuniões participar outros docentes do Agrupamento. 32. A observação das AEC s é da responsabilidade do professor titular de turma e tem por finalidade: a) A recolha de dados com vista à execução das actividades em curso e sua articulação com a componente lectiva; b) A recolha de dados quanto à assiduidade, interesse, participação e comportamento dos alunos; c) A recolha de dados quanto ao ambiente educativo. 33. A fim de concretizar a observação das AEC s, o professor titular de turma elabora o seu planeamento trimestral, de modo a que cada actividade de enriquecimento curricular possa ser observada pelo menos uma vez por mês. 34. As observações das AEC s têm carácter presencial e implicam o registo, no respectivo livro de ponto, do objecto da intervenção do professor titular de turma. X. Actividades de supervisão pedagógica nos restantes ciclos de ensino 35. A programação, acompanhamento e a avaliação do funcionamento dos clubes temáticos são efectuados no âmbito dos respectivos departamentos curriculares e dos conselhos de turma. 36. Para os efeitos descritos no número anterior, compete aos coordenadores de departamento e aos respectivos directores de turma, desenvolverem os procedimentos necessários às acções referidas. 37. Sem prejuízo do número anterior, os coordenadores dos diversos clubes temáticos reúnem pelo menos uma vez por trimestre, sob a coordenação do representante dos projectos de desenvolvimento educativo, a fim de aferirem procedimentos e concertarem metodologias e actividades. XI. Avaliação das actividades de enriquecimento curricular 38. Os alunos que frequentam as AEC s são avaliados regularmente, tomando por referência, entre outros, os seguintes parâmetros de avaliação: a assiduidade e a pontualidade, o comportamento, a cooperação e o trabalho em grupo, a participação 5
6 na planificação das actividades, o envolvimento nas actividades realizadas e o grau de aprendizagens realizadas. 39. Para os efeitos descritos no número anterior, é utilizada a seguinte escala qualitativa de avaliação: não satisfaz, satisfaz e satisfaz bem. 40. A avaliação dos alunos e a sua operacionalização devem ser adequadas ao respectivo nível de ensino. 41. No âmbito da supervisão pedagógica, as estruturas referidas neste regulamento devem, no final do ano lectivo, proceder a uma análise do funcionamento das AEC s, competindo ao coordenador das AEC s do 1º CEB e ao representante dos projectos de desenvolvimento educativo elaborar os respectivos relatórios, tomando para o efeito, entre outros, os seguintes indicadores de avaliação: a) Número de alunos inscritos nas AEC s; b) Impacto das actividades desenvolvidas nas AEC s no contexto da comunidade educativa. 42. Sem prejuízo do número anterior, devem ser elaborados relatórios intermédios de acompanhamento, após o final dos 1º e 2º períodos, a apresentar ao órgão de gestão. XII. Disposições finais 43. O presente regulamento, após parecer do conselho executivo e do conselho pedagógico, é aprovado pelo conselho geral transitório, constituindo parte integrante do regulamento interno do Agrupamento. 44. O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte à sua aprovação pelo conselho geral transitório. Regulamento elaborado pelo conselho executivo e submetido à discussão pública em 8 de Setembro de Apreciado em reunião do conselho pedagógico em 18 de Setembro de Aprovado em reunião do conselho geral transitório do Agrupamento em 15 de Outubro de
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