JOGOS E BRINCADEIRAS MATEMÁTICO-FILOSÓFICOS NA SALA DE AULA GT3 - Educação e Ciências Matemáticas, Naturais e Biológicas. Bruno de Oliveira Silva, Unit* Joab Caleb da Silva Almeida, UFS** Resumo Esta pesquisa foi desenvolvida na sua primeira parte com o objetivo de experimentar a possibilidade de se desenvolver a Matemática com crianças e jovens, através de jogos e brincadeiras e com uma postura filosófica com o conhecimento, tanto para desenvolvimento dos conceitos matemáticos com os alunos, quanto para demonstração aos professores da utilidade e possibilidade desta metodologia. Foram desenvolvidas cinco aulas com a utilização de jogos e brincadeiras matemático-filosóficas, na qual habilidades cognitivas especificas foram exercitadas e conceitos matemáticos construídos, e assim os professores puderam constatar esta importância e ter ideias de como utilizar esta maneira de ensinar. Foi notado um desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas e o maior interesse de se estudar matemática, da maioria dos alunos, que antes isto não era evidente. Na segunda parte que está sendo desenvolvida, será investigada a possibilidade de se trabalhar com estas metodologias na educação de jovens e adultos, tendo em vista os bons resultados obtidos com as crianças. Palavras-chave: Criança, Filosofia, Matemática, Jogos e Brincadeiras. Abstract - Abstract - This research was developed in the first part in order to experience the possibility of developing mathematics with children and young people through fun and games and a philosophical stance with knowledge, both for development of mathematical concepts with students, and for demonstrating to teachers the possibility and usefulness of this methodology. Five classes were developed with the use of games and play mathematical-philosophical, in which specific cognitive abilities were exercised and built mathematical concepts, and so teachers have noted this importance and have ideas of how to use this way of teaching. Was noticed a development of some cognitive abilities and greater interest in studying mathematics, most students, who before this was not evident. In the second part being developed, we will investigate the possibility of working with these methodologies in the education of youth and adults, in view of the good results obtained with the kids. Keywords: child, philosophy, mathematics, games and play.
Introdução Nesta pesquisa foram desenvolvidas aulas de Filosofia com crianças e jovens. Este trabalho foi aplicado no Núcleo de Educação da Unit, com crianças da quinta série do Ensino Fundamental, Foram ministradas aulas com o intuito de experimentar e provar as hipóteses elaboradas e colher dados para a pesquisa. Os alunos do Ensino Fundamental seguidamente apresentam dificuldades ao se depararem com a Matemática, mas ao entrarem em contato com a Matemática através de jogos e brincadeiras as crianças poderão aprender de modo mais interativo, criativo, e instigante, pois alguns jogos e brincadeiras apresentam a Matemática de modo concreto. Em suma, nesta pesquisa foram desenvolvidas atividades com artifícios matemáticos e uma relação filosófica com o conhecimento, para promover a construção significativa e investigativa de conceitos como, por exemplo, os conceitos de números pares e ímpares, e de quantidade. As brincadeiras e jogos matemáticos tendem a desenvolver as habilidades cognitivas das crianças, junto com os seus conhecimentos sobre a matemática. Percebemos que com a aprendizagem através de uma abordagem lúdica e atrativa houve o desenvolvimento da cognição da criança. Percebendo que esta metodologia foi proveitosa e que ouve um desenvolvimento de habilidades cognitivas, junto com o prazer que os alunos demonstraram ao estudar matemática, surgiu uma indagação sobre o uso destas metodologias de ensino da matemática com jovens e adultos. A educação de jovens e adultos muitas vezes aparenta ser vista como um ensino técnico, que todo o objetivo é produzir pessoas que possam ir ao mercado de trabalho, se esquecendo da importância educacional no âmbito de socializar e desenvolver outros fatores, como as habilidades cognitivas. A aplicação de jogos e brincadeiras, com uma postura filosófica se mostrou mais uma vez uma boa opção para se trabalhar os conteúdos matemáticos com o público que será estudado. Tendo em mente que o objetivo principal é formar professores para desenvolver
estas metodologias, mesmo após o fim da pesquisa. Com o já obtido sucesso na aplicação destas atividades para desenvolvimento tanto matemático, quanto das habilidades cognitivas e de socialização, vamos agora testar sua eficácia na educação de jovens e adultos. Com o desenvolvimento de oficinas através do projeto de pesquisa Transdisciplinaridade na Literacia e numeracia de Jovens e Adultos do Semiárido Sergipano (Transeja 2), pretendemos demonstrar o desenvolvimento destas metodologias para alguns professores da Educação de jovens e adultos do semiárido sergipano. Contextualizando a temática. Para experimentação e coleta de dados foram realizadas dez aulas com as crianças, utilizamos alguns jogos com dados, tabuleiros e brincadeiras que utilizam artifícios matemáticos básicos, tais como números, operações, medidas, proporcionalidades, possibilidades e formas geométricas. Com a aplicação dos jogos e brincadeiras o professor pôde construir questões com as crianças, para fomentar reflexões sobre as ações feitas, de modo a instigar o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas. Na aplicação das aulas foram apresentados cinco jogos e/ou brincadeiras nas quais habilidades cognitivas comuns à Matemática e à Filosofia foram trabalhadas. A seguir serão citados os jogos ou brincadeiras utilizados na construção das aulas e as habilidades cognitivas que foram trabalhadas em cada um deles. Primeira aula: Multiplicação com os dados. (Justificar hipóteses; Demonstrar; Raciocinar de maneira hipotética; Aplicar regras; Produzir conclusões; Formular questões; Formular questões; Observar a realidade; Formular hipóteses; Construir verificações; Autocorrigir-se; Descrever; Supor e verificar.). Segunda aula: Mudando as regras do jogo de multiplicação com os dados. (Justificar hipóteses; Demonstrar; Raciocinar de maneira hipotética; Aplicar regras; Produzir conclusões; Formular questões; Formular questões; Observar a realidade; Formular hipóteses; Construir verificações; Autocorrigir-se; Descrever; Supor e verificar). Terceira aula: Confecção do Tangram. (Estimar e medir, Construir verificações e Antecipar consequências). Quarta aula: Corrida das imagens no Tangram. (Imaginar, Formular questões e Produzir conclusões).
Quinta aula: Jogo do cálculo mental. (Associar, Aplicar regras e Buscar alternativas) desenvolver estas atividades com os alunos, pode-se constatar o desenvolvimento destas habilidades cognitivas trabalhadas, e também provocar uma afinidade das crianças com os números. Tendo estes momentos de aulas com metodologias alternativas, usando jogos e brincadeiras, as crianças puderam desenvolver algumas habilidades cognitivas, também mostraram um maior prazer em estudar. Ao fazermos uma pesquisa com pessoas em redes sociais, com questionamentos como: você tem afinidade com a matemática? Qual a parte da educação matemática recebida que eles julgam errada ou que podia ser melhorado, com as respostas podemos perceber que praticamente todos têm sérias queixas na metodologia usada e falavam sobre um ensino tradicional de decorar que receberam como principal problema do aprendizado da Matemática. A seguir mostraremos o depoimento de um dos entrevistados: Não gosto de Matemática, porque acho que não tive uma boa base no ensino fundamental e meus professores nunca colaboraram, sempre foram chatos. Se fosse mais prática, menos teoria. Eu seria melhor agora se os métodos não fossem só quadro e caderno, eu poderia até gostar de matemática. Notamos assim que uma metodologia de ensino da Matemática concreta e prática, que pode ser desenvolvida através de jogos e brincadeiras, é uma necessidade percebida não apenas por estudiosos do ramo e sim por quase todos que recebem uma educação diferente desta. O desenvolvimento de atividades lúdicas e que levam a pensar devem ser desenvolvidas desde os primeiros anos da infância da criança, pois com esta prática a criança poderá se desenvolver com um olhar crítico das coisas e com um gosto maior para estudar. Segundo o psicólogo, D. W. Winnicott (1975, p. 63), (...) o brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde; o brincar conduz aos relacionamentos grupais; o brincar pode ser uma forma de comunicação e estes benefícios contribuem para o desenvolvimento da criatividade e da criticidade criando assim uma facilitação de raciocínio e da sua dialogicidade. Muitas crianças têm dificuldade ao desenvolver um dialogo lógico sobre um tema, e isto tem que ser trabalhado na escola, e acredita-se que com este modo de aula usando metodologias alternativas que aproximam o do conteúdo trabalhado, poderá se observar um desenvolvimento desta capacidade de diálogo e de raciocínio e a partir disto a sua vida social e seu pensamento crítico e lógico são aguçados, nesta idade de novas descobertas e de aprendizagem.
Metodologias construtivistas de ensino podem ser proveitosas ao ensinar crianças e jovens, pois o conhecimento será construído de forma conjunta entre o professor e os alunos. A proposta de ensino deste projeto é consideravelmente construtivista, de forma que o aluno interage com a construção do conhecimento e não simplesmente recebe uma definição formada e pré-pronta. Ao construir este conhecimento junto com o professor, através de jogos e brincadeiras matemáticas com discussões filosóficas, habilidades cognitivas são desenvolvidas, pois assim o aluno é incitado a pensar e não só a receber informações. Ao fazermos um breve estudo e dialogarmos sobre alguns pensamentos a respeito do construtivismo de dois grandes pensadores que influenciam até hoje a educação, que são Vygotsky e Piaget, percebemos que eles são defensores de um ensino construtivista, no qual somente uma aprendizagem significativa é aquela que se tem de uma interação entre o aluno, os objetos e outros sujeitos (colegas e professores), qualquer forma de aprendizagem que sejam a imitação, a observação, a prática dirigida, estão em lugar de menos importância quanto aos seus resultados. Acreditamos que o ensino deve ser feito de forma que o aluno seja encorajado a pensar e estar apoiado na tendência construtivista, na qual a criança constrói o conhecimento junto com o professor orientador, tendo assim uma aprendizagem real e duradoura. Como diz Kamii (1989: p. 47), o professor se depara muitas vezes com situações difíceis na sala de aula, onde alunos brigam e discordam sobre assuntos diversos, mas não se deve tratar isto como uma coisa errada e usando de ameaças ou com atitudes agressivas desinstigando as dúvidas, ao invés disso o professor pode questionar o porquê daquela discussão e encorajar o pensamento dos dois, pois se ela quebrasse o pensamento no início, não haveria desenvolvimento do pensamento crítico. De acordo com Hatano (1993: p. 193), Arguir que o conhecimento é individualmente construído não é ignorar o papel das outras pessoas no processo de construção. Similarmente, enfatizar o papel das interações sociais e/ou com os objetos na construção do conhecimento, não desmerece a crucial importância da orientação a ser dada pelo professor. Neste sentido temos o estudo sobre o desenvolvimento e a aprendizagem que são discutidos nos pensamentos de Piaget e Vygotsky, no qual Piaget acredita que a aprendizagem
só vem depois do desenvolvimento da criança e Vygotsky prega o contrário, ele acredita que através da aprendizagem que o ser se desenvolve. Através de discussões filosóficas e o trabalho de desenvolvimento de um olhar crítico das coisas, com a maturação das habilidades cognitivas, acredita-se que se poderá observar um desenvolvimento da criança tanto no meio escolar de aprendizagem, quanto na sua vida social presente e futura. Este trabalho de brincar ao educar vem sendo utilizado e estudado há muito tempo por vários estudiosos de civilizações diferentes. Existem registros de brinquedos infantis desde a época da pré-história, demonstrando que é natural ao ser humano brincar, independente da cultura ou época. O brinquedo tem acompanhado a evolução interagindo no seu espaço físico, funções e seu próprio aspecto. A utilização de atividades recreativas e lúdicas ao ensinar matemática desenvolve o lado cognitivo da criança e também o lado exploratório de manipulação e ação, no qual desde os primeiros momentos de vida o bebê utiliza ao observar e tocar na mãe e os objetos ao seu redor e estas características continuam depois deste primeiro momento, podendo ser desenvolvido através de jogos e brincadeiras quando a criança chegar na sala de aula, tempos depois. Mas muitas vezes os professores não trabalham deste modo mais lúdico e criativo, pois, cresceram aprendendo de outra forma. De acordo com Alves (2001: p.41), os professores geralmente estudam e se forma de modo que eles reproduzem o que aprenderam que é um modo expositor e o reforço externo e para mudar isto, um trabalho muito árduo tem que ser feito, com paciência e pesquisa sobre as práticas pedagógicas de outros métodos mais atuais. A educação lúdica não deve ser encarada como uma concepção de passa-tempo ou diversão superficial e tanto na criança, jovem ou adulto direciona-o para um conhecimento, mas com o cuidado para que o jogo ou a brincadeira não se torne um artifício meramente pedagógico, pois perderia sua ludicidade se tornando algo chato e cansativo. Desde muito cedo a criança deve ser estimulada a praticar estes jogos e brincadeiras matemáticas, com uma postura filosófica, pois, por volta de dois anos de idade a criança que está no estágio de desenvolvimento cognitivo pré-operatório e ela se desenvolve através de representações simbólicas, usando a imaginação, simulando situações e a partir deste mundo de imaginação é que se abrem portas para as fantasias, para a auto-expressão e integrando experiências vivenciadas nos jogos.
Na Grécia antiga Platão, que é um dos maiores pensadores da história afirmava que nos primeiros anos as crianças deveriam ser ocupados com jogos educativos, praticados tanto pelos meninos quanto pelas meninas. Segundo Almeida, citado por Alves (2001, p.16), na antiguidade, o brincar era uma característica tanto de crianças quanto de adultos. Para Platão,por exemplo, o aprender brincando era mais importante e deveria ser ressaltado no lugar da violência e da repressão. Considerava ainda que todas as crianças deveriam estudar a matemática de forma atrativa, sugerindo como alternativa a forma de jogo Em uma visita a uma escola de educação infantil feita pelo grupo de estudos de iniciação cientifica que participo, percebemos que as crianças reagem de forma controlada e artificial na presença de visitantes, as quais faziam movimentos quase que treinados e sincronizados e em qualquer conversa paralela ou riso mais alto, eram repreendidas pelas professoras. No decorrer da visita, que foi um desenvolvimento de uma aula filosófica com contos de fadas, as crianças prestaram atenção na história, olhando para a orientadora, mas depois quando ela fez perguntas sobre a história e desenvolveram desenhos de algo notável na história. Notamos que aquela atenção era artificial e apenas algo treinado para parecer bonito, quando na verdade eles somente estavam quietos para não serem repreendidos. Sobre este tema de desencorajamento do pensar e agir Alencar (1990: p.43) fala: Vivemos em uma sociedade, que nos ensina desde muito cedo, a controlar as nossas emoções, a resguardar a nossa curiosidade, a evitar situações que poderiam redundar em sentimentos de perda ou de fracasso. Aprendemos também, desde os nossos primeiros anos, a criticar as nossas ideias e a acreditar que o talento, que a inspiração, que a criatividade são o resultado de factores sobre os quais temos pouco controle e que estariam presentes em apenas poucos indivíduos privilegiados. Aprendemos a não explorar as nossas ideias e bloquear a expressão de tudo aquilo que poderia ser considerado ridículo ou motivo de crítica. Em uma sociedade estudantil na qual os professores estão muito preocupados e pressionados a transmitir o conteúdo curricular e deste modo não encontram tempo para encorajar e ouvir as indagações do aluno, assim não valorizando suas idéias e pontos de vista, sabendo que a criança tem uma imaginação muito fértil, que muitas vezes é atrofiada pelo desuso. Outra forma que se pode explorar uma forma de ensino significativa e lúdica, é com o uso de brincadeiras e jogos folclóricos de cada região, podemos perceber que em vários deles a Matemática aparece, alguns de forma mais explicita e outros mais implicitamente. Estes
jogos e brincadeiras estão presentes no cotidiano das crianças e acreditamos que eles podem ser usados com uma facilidade maior, para um exercício filosófico da arte do pensar e ainda tendo uma vantagem sobre os jogos pedagógicos que podem não prender tanto a atenção do aluno. Temos por exemplo o jogo da amarelinha, jogado em todo o Brasil, nele os números são muito explícitos e desenvolve a noção de seqüência, trazendo o cotidiano da criança para a aula, ou até mesmo estas atividades podem ser desenvolvidas na hora do recreio, pois torna ainda mais informal e lúdico o ato de trabalhar estes conhecimentos. Com uma postura filosófica de questionamentos e encorajamentos para o desenvolvimento do pensar, habilidades cognitivas poderão ser desenvolvidas através destes jogos e brincadeiras populares. Ao trabalharmos estes jogos e brincadeiras de forma mais informal e deixando a criança à vontade podemos esperar que ela esteja mais disposta a tentar, experimentar e até cometer erros, que servirão para o seu desenvolvimento mental e intelectual. Mas em muitas escolas este tipo de metodologia pode enfrentar muitos problemas, pois a preocupação maior hoje é simplesmente a memorização de assuntos para que os alunos tirem notas altas nas provas e em medidas de eficiências que possam ser feitas, até ela chegar ao vestibular, que faz muitas instituições esquecerem-se do verdadeiro papel da instituição, que é educar e formar indivíduos para a sociedade. Para uma mudança neste quadro que vemos hoje, acreditamos que a transformação deve acontecer desde a pré-escola, até a formação dos professores no nível superior. Nele ainda é usado a metodologia de decorar para tirar nota boa nas provas, alguns lugares esta realidade pode estar mudando, mas a grande maioria das faculdades usam de métodos tradicionais de ensino, ao invés de preparar o professor para educar e desenvolver a criticidade dos seus alunos. Tem-se a clareza de que a Educação com jovens e adultos deverá ter tanto a eficiência quanto os conteúdos, para um bom ingresso no mercado de trabalho e universidades, quanto um bom desenvolvimento das interações sociais, pois não apenas as crianças precisam deste desenvolvimento, tendo em vista que muitos adultos mostram dificuldades desenvolver um pensamento filosófico e crítico sobre um assunto. Este desenvolvimento se mostra
imprescindível para uma boa convivência do jovem e adulto na sua vida. Uma pessoa que não tem facilidade de arguir sobre um assunto que lhe é imposto tende a sofrer influências de ideias negativas com facilidade. Pretende-se com o desenvolvimento destas oficinas, desenvolver o numeramento e letramento de maneira eficaz de jovens e adultos do semiárido sergipano, com o desenvolvimento de jogos e brincadeiras com uma postura filosófica, espera-se perceber o desenvolvimento de habilidades cognitivas específicas, tanto como uma interação entre alunos, professores e um maior prazer em se estudar Matemática por parte dos alunos. As oficinas irão conceber atividades que envolvam o desenvolvimento de habilidades cognitivas, habilidades de letramento e habilidades de numeramento, que estão implícitos na Matemática. Segundo Toledo (2004, citado por FARIA, 2006, p. 2), há tarefas do mundo real que envolvem habilidades de letramento puro por exemplo: ler, escrever e comunicar-se ou habilidades de pura matemática. Outras tarefas requerem a aplicação de habilidades de matemática e de letramento integradas (p. 93).
Referências: WINNICOT, D. W. O Brincar & a Realidade. Rio de Janeiro, IMAGO, 1975. HATANO, G, Time to Merge Vygotskian and Constructivist Conceptions of Knowledge Acquisitiom. In Forman, E.; Minick, N. e Stone, C. (Eds.) Contexts for Learning: Sociocultural Dynamics in Children's Development. New York: Oxfort University Press. 1993. KAMII, Constance. A Criança e o Número. São Paulo, Papirus, 1989. ALVES, E. M. S. A ludicidade e o ensino da matemática. Campinas, SP: Papirus, 2001. ALENCAR, E. S. Como Desenvolver o Potencial Criador. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. TOLEDO, Maria Elena R. de O. Numeramento e escolarização: o papel da escola no enfrentamento das demandas matemáticas cotidianas. In: Letramento no Brasil: Habilidades Matemática. São Paulo: Global: Ação Educativa Acessoria, Pesquisa e informação: Instituto Paulo Montenegro, 2004, p. 93.