PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 06

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Módulo I: Introdução ao Código de Defesa do Consumidor LEI N /90. Aula n. 03 Das disposições gerais do Código de Defesa do Consumidor

Transcrição:

AULA 06

1. Conceito

Anuência do paciente para testar medicamento experimental Exercício normal de um direito - lesionar o corpo do paciente para curá-lo Estado de necessidade - amputar o pé diabético do paciente

As essas excludentes, vamos acrescentar: Nexo de causalidade Culpa exclusiva do paciente Fato de terceiro (infraestrutura do hospital)

ATENDIMENTO ELETIVO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA ATENDIMENTO DE URGÊNCIA

Resolução CFM n. 2.077/14 Resolução CFM n. 1.451/95 - Define os conceitos de emergência e urgência.

Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.

Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, portanto, tratamento médico imediato.

A primeira informação prática que se constata é a de que a relação médico/paciente é regida pelo Código do Consumidor. O prazo prescricional das ações indenizatórias por erro médico é de 05 (cinco) anos cuja contagem se inicia a partir do dano e de sua autoria (Ar. 27 do CDC).

Foro Competente para Distribuir a Ação Indenizatória por Erro Médico a) Foro do Domicílio do Autor (Art. 101, I, CDC) b) Foro do domicílio do réu ( Art. 46 do CPC)

Polo Ativo: paciente/familiares são substitutos processuais. Polo Passivo: médico/hospital/plano de saúde (Pode-se eleger o foro, ou seja, escolher qualquer um deles, quando o autor quiser propor a ação no domicílio do réu)

Tratando-se de reparação de danos materiais e morais decorrentes de prestação defeituosa de serviços médicos, não cabe denunciação da lide (Art. 88 do CDC)

Art. 948 do Código Civil: No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras prestações: I pagamento com as despesas do tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; II prestação de alimentos aos familiares ou dependentes.

REsp 86450/MG STJ 2/3 salário-mínimo em relação à vítima maior 2/3 salário-mínimo em relação à vítima menor até completar 25 anos; após 25 anos até os 65 anos 1/3.

A natureza da responsabilidade das instituições hospitalares por erros médicos deve ser examinada à luz da natureza do vínculo existente entre as referidas instituições e os profissionais a que se imputa o ato danoso. Responde o hospital pelo ato culposo praticado por profissional de sua equipe médica, mesmo que sem vínculo empregatício com a instituição. A circunstância de os serviços médicos terem sido prestados gratuitamente, ou remunerados pelo SUS, não isenta o profissional e a instituição da responsabilidade civil por erro médico. RECURSO ESPECIAL Nº 774.963 - RJ (2005/0137527-1)

Não se esquecer de requerer tutela de urgência nas ações de erro médico (pensão mensal, pagamento de despesas em razão do erro médico etc.) Tutela de Urgência Art. 300 do CPC

Cliente tem perna direita amputada, quando deveria ter sido a esquerda.

1. Tabela SUSEP 2. Condições financeiras do paciente antes do erro médico

O PRONTUÁRIO MÉDICO DEVE SER JUNTADO AOS AUTOS DO PROCESSO. COMO O PRONTUÁRIO MÉDICO PERTENCE AO PACIENTE E É SIGILOSO, REQUERER SEGREDO DE JUSTIÇA. Art. 189, III, do CPC: dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade.

Se o cliente estiver convalescendo, requerer prioridade: Art. 1.048, inc. I, do CPC (acrescentou também o inciso XIV, da Lei n. 7.713/88 Legislação do Imposto de Renda)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO CAUSADO POR AUTOMÓVEL QUE INVADIU REPENTINAMENTE A PREFERENCIAL. MOTOCICLISTA ATINGIDO QUE SOFREU AMPUTAÇÃO DA PERNA DIREITA. CULPA EXCLUSIVA E CONCORRENTE DA VÍTIMA. NÃO OCORRÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. PENSÃO VITALÍCIA. AFERIÇÃO DO PERCENTUAL DE REDUÇÃO PERMANENTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Não configura ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil de 1973 o fato de o Tribunal de origem, embora sem examinar individualmente cada um dos argumentos suscitados, adotar fundamentação contrária à pretensão da parte recorrente, suficiente para decidir integralmente a controvérsia. 2. O acórdão recorrido afastou a ocorrência de culpa concorrente ou exclusiva da vítima, observando que a causa preponderante do acidente foi praticada pelo condutor do automóvel que, de forma imprudente, invadiu repentinamente a preferencial, sem observar o trânsito da via, e obstruiu a passagem do motociclista, autor da ação indenizatória. 3. A reforma do julgado, quanto à responsabilidade pelo acidente, demandaria, necessariamente, o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, providência vedada no recurso especial, nos termos da Súmula 7 do STJ.

4. A vítima do evento danoso, que sofre redução parcial e permanente da sua capacidade laborativa, tem direito ao pensionamento vitalício previsto no artigo 950 do Código Civil, independentemente da existência de capacidade para o exercício de outras atividades, em razão do maior sacrifício para a realização do serviço. Precedentes. 5. Para rever o percentual de redução permanente da capacidade laborativa e reavaliar o valor da pensão fixada no primeiro grau, seria necessário o reexame de fatos e provas, o que é inviável no recurso especial, a teor da Súmula 7 do STJ. 6. Agravo interno não provido. (AgInt nos EDcl no AREsp 239.129/PR, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 19/10/2017, DJe 26/10/2017)

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS. Erro médico. Acidente de motocicleta. Atendimento emergencial inadequado, prestado pela ré, que resultou em amputação da perna direita. Pedido de indenização por danos físicos (amputação de perna direita) Custos de manutenção do autor, danos morais e estéticos. Pedido de pensão, dada a incapacidade laboral do autor. Sentença de parcial procedência, condenando a ré ao pagamento de R$250.000,00 de danos morais e estéticos, estipulando pensão de 2/3 do salário mínimo, até o autor completar 65 anos de vida. Apela a ré, alegando decisão ultra petita por falta de pedido, uma vez que a pensão requerida seria devida somente até ele completar 25 anos de idade. Cabimento parcial do recurso da ré. O artigo 492 do Código de Processo Civil (CPC) determina que o magistrado deve se ater aos parâmetros estabelecidos pelo autor ao formular seus pedidos na inicial. Caracterizada a decisão ultra petita na fixação de pensão mensal ao autor. O pedido de pensão seria até que ele completasse 25 anos de idade, e a sentença deu até 65 anos de idade. No mérito, a demonstração do erro é inequívoca, a indenização devida e a pensão mensal igualmente, mas nos limites do pedido. Danos morais e estéticos fixados com moderação em R$ 250.000,00. Recurso da ré parcialmente provido para adequar a sentença ao pedido do autor quanto à fixação de pensão mensal até que complete 25 anos de idade. TJSP; Apelação 0004715-66.2009.8.26.0068; Relator (a): James Siano; Órgão Julgador: 20ª Câmara Extraordinária de Direito Privado; Foro de Carapicuíba - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/09/2017; Data de Registro: 05/09/2017)

1. Conceito 2. Classificação

Intercorrência médica é o termo que define a ocorrência de um evento inesperado em um procedimento médico, que não poderia ser em geral previsto ou alertado ao paciente.

ERRO MÉDICO IATROGENIA INTERCORRÊNCIA MÉDICA

ERRO MÉDICO. RESPONSABILIDADE CIVIL. Ação de indenização por danos morais. Pretensão indenizatória fundada em fratura de fêmur em recém-nascido durante o parto cesárea. Dificuldade na extração fetal. Fratura de fêmur considerada um risco inerente ao procedimento. Iatrogenia. Prova pericial que afasta a ocorrência de erro médico. Ausência de demora no tratamento ortopédico. Inexistência de qualquer sequela para a criança. Ausência da obrigação de indenizar. Ação improcedente. Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO. (Relator(a): Alexandre Marcondes; Comarca: São José do Rio Preto; Órgão julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 21/03/2017; Data de registro: 21/03/2017)

Ação de indenização por danos materiais e morais Responsabilidade objetiva de clínicas e hospitais Responsabilidade subjetiva dos profissionais liberais (denunciação) Prova documental e pericial que afasta a caracterização de vício na prestação de serviços Intercorrência representada pela ruptura uterina que é imprevisível Índices medidos que não indicavam a ocorrência Ausência de sintomas que pudessem indicar o evento Extração do útero que teve como objetivo salvar a vida da paciente Criança que veio a óbito Inexistência de qualquer liame com a conduta dos médicos assistentes Afastamento do dever de indenizar -Sentença de improcedência confirmada - Recurso não provido. (Relator(a): Marcia Dalla Déa Barone; Comarca: Mirassol; Órgão julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 06/06/2017; Data de registro: 06/06/2017)