PROJETO do I FORUM INTERNACIONAL DE COORDENADORES DE TRANSPLANTE DO BRASIL Dezembro de 2008
Objeto I Fórum Internacional de Coordenadores de Transplante do Brasil. Público Alvo 250 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, administradores e afins) envolvidos no processo doação/transplante em SC e todo o Brasil, nas diversas estruturas das coordenações de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante em todo o território nacional. Objetivos 1. Formar profissionais de saúde com habilidades e conhecimentos adequados para efetivar o processo de doação/transplante, através do trabalho em equipe e com uma visão interdisciplinar. 2. Promover o intercâmbio de experiências entre profissionais da Espanha e América Latina, envolvidos com o processo de doação e transplantes. 3. Formar multiplicadores comprometidos com o processo doação/transplante que possam difundir entre nossos coordenadores as técnicas relativas a este processo. 4. Fomentar e munir as equipes de coordenação de transplantes com instrumentos de educação,divulgação, e conscientização sobre o processo doação e transplante. Justificativa Desde que foi realizado o primeiro transplante no Brasil em 1964 até os dias de hoje, houve consideráveis avanços em termos de técnicas, resultados, variedades de órgãos transplantados e número de procedimentos realizados. A criação em 1997, da Lei nº. 9.434 (BRASIL, 1997), chamada Lei dos transplantes, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e da Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CGSNT), cujo objetivo era desenvolver o processo de captação e distribuição de tecidos, órgãos e partes do corpo humano para finalidades terapêuticas e realização de transplantes, bem como a implantação de novos critérios de distribuição, democratizaram a destinação dos órgãos e tecidos no Brasil. Posteriormente ao surgimento da CGSNT, nasceram as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos Estaduais (CNCDOs), que são órgãos executivos nos estados das atividades do Sistema Nacional de Transplantes, que têm a função de coordenar as atividades de transplante no âmbito estadual, coordenando todas as ações que
envolvam captação e transplante no estado, atuando no gerenciamento das listas únicas de receptores de órgãos, tecidos e células, nos processos de captação e distribuição de órgãos e tecidos, além de serem responsáveis pela formulação das políticas de transplantes âmbito estadual. Santa Catarina foi um dos Estados pioneiros na regulamentação dos Transplantes, segundo as normativas da Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes Ministério da Saúde, por meio da implementação e aplicação das listas únicas de receptores de órgãos, tecidos e células, respeitando critérios de compatibilidade, urgência e tempo de espera no momento da distribuição dos órgãos e tecidos doados para que estes sejam destinados aos receptores ideais. Santa Catarina, com 5.866.568 de habitantes, vem se destacando nos últimos anos como o estado brasileiro que mais capta órgãos e tecidos para transplante por milhão de habitantes (15,05 p.m.p. até novembro de 2008), realizando também o maior número de transplantes hepáticos por milhão de habitantes ( 16.14 p.m.p. até novembro de 2008). A formação e o aprendizado do processo de doação de órgãos para transplante exerce um papel fundamental no objetivo que todos os profissionais relacionados com a doação de órgãos e tecidos devem ter: sin donantes no hay Trasplantes. Acreditamos ser necessário, que este tipo de formação não seja exclusiva dos coordenadores de transplantes, visto que, na nossa experiência, a formação dos profissionais de saúde cumpre um papel fundamental no estímulo e satisfação destes profissionais e, conseqüentemente nos resultados finais obtidos em relação ao número de doadores. Por isso a necessidade de se organizar um curso baseado em todo o processo de doação, utilizando a filosofia participativa da coordenação de transplantes e dos profissionais das Unidades e Terapia Intensiva e outras estruturas de cuidados intensivos (emergência e centro cirúrgico) com o objetivo de que qualquer um destes profissionais veja em cada potencial doador falecido uma oportunidade de novas vidas. A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Santa Catarina (CNCDO/SC), tem como um de seus objetivos prioritários colaborar e apoiar o desenvolvimento de programas de educação continuada que proporcione constante aprimoramento dos profissionais envolvidos no processo de doação-transplante, visando aumento qualitativo e quantitativo do número de doadores efetivos com conseqüente redução das listas de espera para transplante. A Espanha é o país com melhor desempenho na doação efetiva de órgãos por milhão de população (p.m.p.), chegando a 34,5 doações efetivas (D.E.) p.m.p., sendo a principal referência mundial quando o tema é doação-transplante, graças a um processo de reorganização do seu sistema sanitário que a ergueu de um nível intermediário em número de doações (14 D.E./p.m.p.), em 1989, e a levou ao primeiro lugar do ranking mundial, onde está desde 1992. A média brasileira em 2007 foi de 6,2 D.E./p.m.p. enquanto Santa Catarina chegou a 14,8 D.E./p.m.p. no mesmo período.
Propiciar ao Estado de Santa Catarina um sistema de transplantes mais abrangente, eficaz e organizado com o conseqüente aumento no número de doações e transplantes de órgãos e tecidos é o objetivo principal da CNCDO/SC. Para isso nada melhor do que buscar referência no país que incontestavelmente lidera esta atividade no mundo, buscando o intercâmbio e a troca de experiências, com profissionais que contribuam para elevar a qualidade e melhorar o desempenho da doação e dos transplantes no Brasil. Histórico O Transplante é uma política nacional fundamentada nas Leis nº 9.434/1997 e 10.211/2001, que tem como principais diretrizes gratuidade da doação e garantia dos direitos dos pacientes que necessitam de um transplante. O objetivo do transplante pode ser tanto salvar vidas, como prolongar e melhorar a qualidade de vida daqueles pacientes em que a última alternativa para o tratamento de sua enfermidade é a realização deste procedimento. Toda a rede assistencial é regulada por meio de autorizações e re-autorizações de funcionamento para equipes e estabelecimentos, estando toda a política de transplantes em sintonia com as Leis nº 8.080/1990 e nº 8.142/1990, que regem o funcionamento do SUS. Em Santa Catarina, atualmente são realizados transplantes dos seguintes órgãos, tecidos e células: Córnea, Esclera, Coração, Válvula Cardíaca, Fígado, Rim, Pâncreas isolado após-transplante renal, Rim conjugado com Pâncreas, Medula Óssea Autólogo, Tecido Ósteo- Condro-Fáscio-Ligamentoso. Convidados palestrantes e temas: Carmen Segovia Gómes Organización Nacional de Trasplantes (O.N.T.) Espanha Os objetivos e a dimensão do Programa Europeu de Educação Hospitalar para Doação E.D.H.E.P. na Íbero América e Europa) 25 O Estado da Arte das más notícias e da entrevista familiar para a doação de órgãos e tecidos. 30 Ben-Hur Ferraz Neto - HIAE São Paulo A carta de São Paulo: as recomendações do 1º ENCIHDOTT ao Sistema Nacional de Transplantes. 25 Eliana Barbosa de Almeida CNCDO/CE É possível sustentar um único modelo de procura para um país de dimensões continentais? A experiência do Ceará. 25 Inés Alvarez Instituto Nacional de Doação e Transplantes (INDT) Uruguai A construção do Sistema Nacional de Transplantes do Uruguai e suas perspectivas. 25 O papel do ALABAT na América Latina. 15
Janine Schirmer UNIFESP São Paulo As iniciativas educacionais em Coordenação de Transplantes no Brasil: Realidade e Propostas. 25 José Luis Rojas Chile O Modelo de Organização da Procura e os Resultados da Doação Efetiva de Órgãos para Transplante no Chile. 20 Juan Galán Torres Hospital Universitário La Fé - Valencia Espanha O programa de garantia de qualidade de doação/extração de órgãos e tecidos da O.N.T. 30 A Coordenação Hospitalar de Transplantes: Experiência do Hospital Universitário La Fé de Valência. 25 Luiz Augusto Pereira CNCDO/SP O Sistema Informatizado de Gerenciamento de Transplantes baseado na Web: A experiência de São Paulo. 25 A mudança do modelo de Organização de Procura de Orgãos para as Comissões Hospitalares de Transplantes: como reparar o veículo em movimento? 15 Martin Torres Instituto Nacional Central Coordinador Unico de Ablacion e Implante Argentina O Sistema Informatizado de Regulação da Lista de Receptores na Argentina. 25 O Papel da Rede Conselho Ibero Americano de Doação e Transplantes 15 Manoel Alonso Gil Coordenador Autonômico da Andaluzia O modelo espanhol de coordenação de transplantes e sua tradução para a Ibero América e outras partes da Europa. 25 A Coordenação Autonômica da Andaluzia e o papel do Conselho Inter-territorial. 25 Raul Mizraji INDT - Uruguai Estratégias para implementar a detecção de potenciais doadores na América Latina. 25 O papel do Grupo Punta Cana na organização dos sistemas de procura na América Latina. 15 Selma Loch Florianópolis/SC e Agenor Spallini Ferraz - São Paulo/SP A construção da CGSNT: congregando as experiências pioneiras das unidades da federação. 30 Valter Duro Garcia ABTO Situação dos Transplantes no Brasil frente ao Cenário Internacional. 25 Vantagens e desvantagens dos diferentes modelos de procura de órgãos e tecidos. 25 Autoridades na Abertura dos Trabalhos
Alberto Beltrame - Departamento de Atenção Especializada DAE/MS Prof. Álvaro Prata - Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina Abraão Salomão Filho - Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes Cesar Augusto Korczaguin Gerente do SC Transplantes Joel de Andrade Coordenador da CNCDO/SC Álvaro Réa Presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira Valter Duro Garcia Pres. da Assoc. Brasileira de Transplantes de Órgãos Local: Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina Data: 18/12/2008 das 15-18h 19/12/2008 das 09-12 e das 14-17h