Trajetórias, institucionalização, crise e desmonte de políticas para a agricultura familiar em perspectiva comparada

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Transcrição:

Mesa Redonda Trajetórias, institucionalização, crise e desmonte de políticas para a agricultura familiar em perspectiva comparada Erosão, crise e desmonte de políticas para a agricultura familiar na América Latina Eric Sabourin Cirad Umr Art-Dev, Universidade de Brasilia CDS & MADER

Plano 1. Sócio história das políticas públicas de desenvolvimento rural na América Latina Três gerações de políticas públicas impactando a agricultura familiar Avanços e limitações das políticas específicas para a agricultura familiar 2. A crise e o desmonte das políticas para agricultura familiar As causas e tendências a nível regional na América Latina Mecanismos de desmonte das políticas públicas de AF Os processos e as reações Conclusão

1. Sócio história das políticas públicas de desenvolvimento rural na América Latina 1a geração - anos 50 a 80 : Políticas de acesso à terra e reforma agraria (+ credito rural e ATER). barrar os comunistas 2a geração - anos 1990 a 2014: Políticas específicas ou focalizadas na agricultura familiar. Revoluções (Cuba, Chile) + diversas coalizões de causa ou janelas de oportunidade (Brasil, Argentina) Mesmo modelo geral: com 3 instrumentos: Registro de produtores familiares para delimitar os beneficiários Programa de crédito agrícola Programas de fortalecimento das capacidades: capacitação, ATER e apoio as organizações locais. 3a geração: desde 2000: Políticas globais/transversais: segurança alimentar e nutricional, meio ambiente, resposta as mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável ou territorial, combate à pobreza. - Não focalizadas na agricultura familiar, mas com espaços de negociação e de participação para AF - Tratam de desafios globais as vezes participativas, consultivas ou compensatórias. - Num contexto de governos conservadores e neoliberais = espaço para agriculturas familiares e camponesas, comunidades indígenas e povos tradicionais mediante temas de interesse da sociedade global.

Características comuns dessas três gerações de políticas Não caíram do céu ou da bondade dos governos : reinvindicações de movimentos sociais e coalizões de causa suficientemente amplas para influir decisões públicas. guerras campesinas no Paraguai nos 2000 e paros campesinos Colômbia em 2013. Oposição constante dos setores do agronegócio e da grande propriedade (Alves e Rocha, 2010; Navarro, 2011) janelas fim dos 90 e inicio 2000, com mais disponibilidade de recursos públicos Governos progressistas aprovaram políticas de AF, SAN e agroecologia, mas com apoio ainda maior para a grande empresa rural Políticas da 3a geração podem mobilizar setores mais amplos da sociedade meio ambiente, SAN, agroecologia e produção orgânica (Rodriguez et al., 2014).

Avanços das políticas específicas para agricultura familiar Reconhecimento de identidades diversas Visibilidade de populações vulneráveis, muitas vezes marginalizadas, e reconhecimento público. Dignidade e identidade ao fato de ser agricultor. «agricultor familiar» = definição positiva Essa nova percepção se traduziu pela incorporação de identidades antes marginalizadas Políticas regulação de preços, criação de mercados do produtor (Argentina, Costa Rica, Cuba) Compras públicas de alimentos aos agricultores familiares (Brasil, Costa Rica, Equador) Resultados para redução da pobreza rural provados no Brasil, Chile, Argentina e Uruguai Efeitos mais decepcionantes quanto a diminuição das desigualdades

Limitações das políticas específicas para agricultura familiar Fragilidade dos recursos e riscos de exclusão Orçamentos específicos facilitam o acesso ao crédito da AF, problemas de garantia, burocracia, tetos e mínimos dotações diferem segundo força política das organizações de produtores. Tipologia dos agricultores familiares da FAO (2012) : consolidado, em transição e periférico rusticidade e adaptabilidade a situações diferentes, e aceitabilidade fácil limitações para incluir produção para o autoconsumo ou pluriatividade dos agricultores Financiamentos dedicados a AF frágeis ou limitados Depende de subsídios ou empréstimos internacionais Dotação infinitamente inferior àquela para agricultura patronal e empresarial Precisa encontrar e adaptar soluções «a medida», Conjuntos de instrumentos de política pública (policy mix) Coordenação medidas transversais multi-setoriais e medidas focalizadas de apoio a produção agrícola e não agrícola,

2. Crise e desmonte das políticas para agricultura familiar As causas e tendências a nível regional Consequências da crise financeira: redução e competição para recursos públicos (Bauer et al, 2013) Tomada de poder de governos mais conservadores e neoliberais desde 2012 (Rosanvallon, 2014) Eleições : Argentina, Colômbia, Peru Golpes de estado institucionais: Paraguai, Honduras, Brasil Derivas autoritárias e antissociais em Venezuela, Equador, Nicarágua Judicialização da política para travar politicas sociais (tendência mundial) Crise partidos progressistas: apoio publico maior ao agronegócio, sem controle / regulação Crise dos movimentos sociais tradicionais sindicatos e federações nacionais mais fracos (fora Uruguai e Colômbia): esgotamento modelo, participação governos, acomodação, falta de renovação? Falta pesquisa!! renovação agenda e modalidades de luta pelos novos movimentos sociais (povos tradicionais, do extrativismo, da SAN, da agroecologia, cf Gohn, 2011) Eles conseguem coalizões mais amplas na sociedade,...mas, criminalização pelos poderes judiciários

2. A crise e o desmonte das políticas para agricultura familiar 2.2. Mecanismos de desmonte das políticas públicas Brasil O desmantelamento ativo (Bauer et al, 2013) - Cortes orçamentários e redução recursos; O desmantelamento por mudança de arena - Fim do MDA e deslocamento da nova secretaria, a SEAD baixo tutela da Casa Civil Recursos atribuídos as políticas de agricultura familiar reforma agrária entre 2015 e 2018 (Niederle, et al, 2017)

2. A crise e o desmonte das políticas para agricultura familiar Brasil Recursos atribuídos as políticas de agricultura familiar reforma agrária entre 2015 e 2018 (Niederle, et al, 2017)

2. A crise e o desmonte das políticas para agricultura familiar Paraguai Gastos realizados pelo MAG para a agricultura camponesa (milhões de guaraníes) Rodríguez y Villalba (2016)

2. A crise e o desmonte das políticas para agricultura familiar Argentina Evolução orçamento do INTA 2009-2018

Os processos e as reações 3 estágios do processo de desmonte das políticas públicas, não lineares e exclusivos Cf diversas estratégias de desmantelamento de políticas públicas em Bauer et al. (2013) - Manutenção da institucionalidade : desmantelamento por norma em Bauer el al (2013) Evitar protestos sociais, ou só mudando nome do ministério, do titular e responsáveis. Redução de recursos gradativa, discreta, disfarçada Preservar interesses agronegócio ou transferir benefícios da AF para empresários (Paraguai) Tentativa do governo Macri na Argentina. Inicialmente a institucionalidade foi mantida e pouco a pouco foi esvaziada segundo Nogueira et al (2017), mas rapidamente não se sustentou por falta de recursos assignados. Tentativa do governo Temer no Brasil via o MDS, mas não funcionou por falta de competências (recursos humanos) e de base social (com novos sindicatos : Solidariedade, Força Sindical)

Os processos e as reações Redução da institucionalidade e dos recursos: dividir para reinar = desmantelamento por defeito Caso do Brasil com Temer : manutenção Pronaf é de interesse do agronegócio Corte de todos programas de desenvolvimento rural e territorial, apoios à populações extrativistas reforma agraria, terras indígenas e quilombolas. Golpe fatal à reforma agraria por expropriação e redistribuição: autorização de vender as terras + novos decretos de estimulo a ocupação ilegal por grilagem de terras publicas (Sauer, 2018). Supressão da institucionalidade e criminalização dos movimentos sociais: desmantelamento ativo + desmantelamento por mudança de arena (Bauer et al. 2013) Extinção políticas para agricultura familiar, associada a opressão policial e judicial, Controlar as reações mediante a criminalização dos movimentos sociais do campo. Honduras, Paraguai, Argentina, Brasil e Nicarágua.

Conclusão Depois de um crescimento, as políticas especificas para AF estão em retrocesso Mudanças políticas ligadas aos interesses capitalismo financeiro internacional (captação de terras) ; Fim das PP, não é necessariamente jogo de exímio de culpa, nem "inerentemente impopular" ou "extremamente traiçoeiro" (Pierson 1994) ; Reações organizações da AF e atores aliados entre adaptação passiva e resistência; Reação adaptativa das organizações internacionais: financiam a AF via alternativas temáticas, as da 3ª geração de politicas globais e transversas. (FIDA Mercosur financia a Coprofam no lugar da REAF). Novas dificuldades para reconstruir coalizões capazes de reverter ou de influir as decisões sair do corporativismo de certos sindicatos e ampliar alianças, inclusive regionais e internacioanais fortalecer coalizões com outros movimentos urbanos (ambientais, ecologia, SAN, educação, etc) e com os consumidores dispostos a apoiar a produção familiar de alimentos de qualidade e saudáveis. Contexto internacional pouco favorável: Redução dos recursos das agências de cooperação associada ao baixo crescimento econômico Focalização das sociedades dos países do Norte sobre suas próprias prioridades. Regressão populista e conservadora também impera nos USA e na Europa. Reinventar novas alianças, novas agendas e novas formas de luta.

Obrigado eric.sabourin@cirad.fr www.pp-al.org/es