1 Lavouras. 1.1 Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas quinta estimativa da safra 2012, em relação à produção obtida em 2011

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Transcrição:

1 Lavouras 1.1 Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas quinta estimativa da safra 212, em relação à produção obtida em 211 A quinta avaliação da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas é estimada em 16,3 milhões de toneladas 1, superior em,1% à obtida em 211 (16,1 milhões de toneladas) e,6% maior que a estimativa de abril. A área a ser colhida em 212, de 49,9 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 2,5% frente à área colhida em 211 e diminuição de,7% frente ao mês anterior. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que somados representam 91,% da previsão da produção e respondem por 84,6% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior o arroz apresenta uma redução na área de 11,9%, o milho um acréscimo de 12,4% e a soja acréscimo de 3,3%. No que se refere à produção, o arroz apresenta uma redução de 13,5%, o milho um aumento de 21,7% e a soja uma redução de 12,4%. Vale destacar que, considerando apenas os produtos da safra de verão 2, a produção prevista, para esse grupo de grãos, de 116,2 milhões de toneladas é 9,2% inferior à registrada para esse mesmo conjunto em 211 (127,9 milhões de toneladas), decréscimo que pode ser explicado pelos baixos índices pluviométricos observados, principalmente na Região Sul. Apesar da soja ter apresentado crescimento na área o regime de chuvas inadequado afetou o rendimento médio, que decresceu 15,2%, resultando na redução de 12,4% na produção deste grão. O arroz, que apresentou queda de 11,9% na área a ser colhida, também teve seu rendimento médio diminuído em 1,9% o que acarretou uma diminuição de 13,5% na estimativa de produção. 18.. 16.. Cereais, leguminosas e oleaginosas,1 % 14.. 12.. Área e Produção - Brasil 198 a 212 Produção (t) 1.. 8.. 6.. 4.. Área (ha) 2,5 % 2.. 198 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 199 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2 21 22 23 24 25 26 27 28 29 21 211 212 1 Em atenção a demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos para Cereais, leguminosas e oleaginosas, ora divulgados, foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA, continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em outubro de 27, para as principais lavouras brasileiras. 2 Produtos de verão: Algodão herbáceo (caroço de algodão), amendoim 1ª safra (em casca), arroz (em casca), feijão 1ª safra, mamona (baga), milho 1ª safra (em grão) e soja (em grão)

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresenta a seguinte distribuição: Região Centro-Oeste, 66,1 milhões de toneladas; Sul, 57, milhões de toneladas; Sudeste, 18,6 milhões de toneladas; Nordeste, 14, milhões de toneladas e Norte, 4,6 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são constatados incrementos nas Regiões Norte de 4,6%, Sudeste de 8,2% e Centro-Oeste de 17,8% e decréscimos nas Regiões Sul de 16,% e Nordeste de 3,5%. Nesta quinta avaliação para 212, o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 23,6%, seguido pelo Paraná, com 19,5% e Rio Grande do Sul, com 12,3%, estados estes que somados representam 55,4% do total nacional. 2, 1,4 1,2,8,7,5,4,3,1,1,1,1,1 19,5 12,3 11,1 7,5 6,2 4,5 4,1 3,8 23,6 Cereais, leguminosas e oleaginosas Participação na produção nacional Segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação 212 Sul 35,6% Participação % Centro- Oeste 41,2% Norte 2,8% Sudeste 11,6% Nordeste 8,8% MT PR RS GO MG MS BA SP SC MA PI TO PA RO SE DF CE PE PB RR AC AL ES RN AM RJ AP,1 1.2 Produção Agrícola 212 estimativa de maio em relação a abril No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de maio destacamos as variações nas estimativas de produção, comparativamente ao mês de abril, de sete produtos: algodão herbáceo em caroço (+3,%), batata-inglesa 3ª safra (+5,1%), café em grão arábica (-,6%), feijão em grão total (- 2,1%), milho em grão 2ª safra (+4,5%), soja em grão (-1,1%) e trigo em grão (+6,%). Variação percentual da produção - comparação maio / abril 212 - BRASIL Trigo Batata-ing. 3ª safra Milho 2ª safra Algodão herbáceo Café arábica Soja Feijão - Total -3, -1, 1, 3, 5, 7, Variação % 2

Variação absoluta da produção - comparação maio / abril 212 - BRASIL Trigo Batata-ing. 3ª safra Algodão herbáceo Milho 2ª safra Café arábica Soja Feijão - Total -1.. -75. -5. -25. 25. 5. 75. 1.. 1.25. 1.5. Variação absoluta (t) ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) - Em 212, a quinta estimativa da produção nacional da cultura é de 5.293.15 toneladas, e representa um acréscimo de 3,% frente ao anunciado no mês anterior. No Mato Grosso, que deve colher mais de 51,% da produção de algodão do país, reavaliações técnicas registram aumento na produção de 5,9%, frente à última publicação. Atribui-se, boa parte desta variação, a um regime de chuvas favorável à cultura na região sudeste do estado, elevando assim a estimativa do rendimento médio em 1,9% no mês. O aumento de área identificado na reavaliação deste mês foi de 3,9%, representando 26.96 ha em todo o estado. No Estado de Goiás a revisão da área avaliada no último mês indica uma redução de 1,7%. Posto isto, e considerando o aumento de 1,9% no rendimento médio, motivado pela boa condição climática na formação das lavouras, este estado informa uma leve recuperação na produção, em relação ao mês de anterior. Quanto à Região Nordeste, é importante considerar os diversos pólos produtores e suas particularidades. A Bahia, que representa cerca de 3% da produção nacional, apesar do aumento de área de cultivo com a cultura (5,1% frente a 211), espera redução no rendimento médio. Já as regiões do Cerrado maranhense e piauiense, que estão em franca expansão, mas que juntos devem produzir cerca de 2,7% do total nacional, além de aumentarem suas áreas (11,2% e 25,1%, respectivamente) também esperam um maior rendimento médio em relação à 211. No Piauí, em particular, a previsão de aumento da produção, no último mês, é de 4,3%. Outra área produtiva desta região é o agreste, onde a seca castigou severamente a lavoura a ponto de restringir inclusive as informações momentâneas. 3

3.. 2.5. 2.. 5,9 Algodão herbáceo (em caroço) Produção (t) Variação % 1.5. 1.. Part. Prod. >1% 5.,1 4,3 Abr Mai MT BA GO MS MG PI MA SP BATATA INGLESA - A quinta estimativa de produção de batata-inglesa é de 3.785.257 toneladas, sendo 2,8% menor que a safra colhida em 211 (3.894.75 t). Esta produção é dividida em três safras, sendo que a mais importante é a primeira, cuja estimativa de produção é de 1.619.172 t ou 42,8% do total. Nas segunda e terceira safras devem ser colhidas 1.255.959 t e 91.126 t respectivamente, correspondendo a 33,2% e 24,% da produção total. Batata-inglesa 1ª safra 42,8% 1.619.172 t Batata-inglesa 2ª safra 33,2% 1.255.959 t Batata-inglesa 3ª safra 24,% 91.126 t Os preços praticados em 211 ficaram abaixo do ano anterior, o que refletiu na redução de 4,6% da área total plantada com a cultura em 212, particularmente nas primeiras e segundas safras, que teve uma redução de 5,4% e 5,%, respectivamente. Contudo, devido ao aumento de 1,9% e de 6,2% nos rendimentos estimados para a segunda e terceira safras, a queda na estimativa de produção não está acompanhando a redução da área plantada. 4

1.2. 1.. Batata-inglesa Produção em toneladas 8. 6. 4. 2. MG PR S P RS GO BA S C DF ES PB 1ª safra 2ª safra 3ª safra Minas Gerais é o maior produtor nacional de batata-inglesa com 31,6% da produção total, sendo seguido por Paraná com 19,6%, São Paulo com 17,8% e Rio Grande do Sul com 1%. Estes estados respondem juntos por 79,% da produção nacional. A variação da produção de batata-inglesa em 212, com relação a 211, vem se comportando de forma diferenciada nos estados, tendo reduzido 6,5% no Paraná, 6,2% em Minas Gerais e 2,7% no Rio Grande do Sul. Em São Paulo esta produção está aumentando 1,3% e, em Santa Catarina, estado que responde por 3,2% da produção nacional, este aumento é de 13,7%. Com relação à informação anterior (3.713.977 t), a estimativa de produção da batata-inglesa está aumentando 1,9%, sendo isto reflexo do aumento de 44.4 t na estimativa de produção da terceira safra em relação à informação anterior, o que corresponde a um avanço de 5,1% nesta produção. Esta terceira safra está sendo mais influenciada pelo aumento de 18,3% da produção de Minas Gerais em relação à última informação. Neste estado, a batata é uma cultura considerada nômade, ou seja, é cultivada por produtores especializados que frequentemente mudam as lavouras de lugar. No mês passado, ainda não havia a confirmação do plantio desta terceira safra, sendo que neste mês, a confirmação veio com a informação de crescimento de área, principalmente no município de Perdizes e na região de Uberaba. 5

4. 35. 3. 25. 2. 18,3 Batata-inglesa 3ª safra Produção (t) Variação % 15. 1. 5. Abr Mai GO SP MG CAFÉ (em grão) A produção nacional de café, considerando as duas principais espécies cultivadas (arábica e canephora), foi avaliada em 3, milhões de toneladas, neste levantamento de maio, equivalendo a 5,3 milhões de sacas de 6 quilogramas. Na comparação com os valores de abril, a variação da produção é negativa em,3%, influenciada pela avaliação do café arábica, que participa com 75,7% do volume da produção brasileira de café em grão. Arábica 75,7% 2.285.322 t 38,1 milhões sacas Canephora 24,3% 734.815 t 12,2 milhões sacas CAFÉ ARÁBICA (em grão) - Em maio, a safra de café arábica para 212, em nível de Brasil, está estimada em 2.285.322 t (38,1 milhões de sacas de 6 kg) e apresenta decréscimo de,6% em relação à estimativa de abril. A área total ocupada com a cultura é de 1.764.738 ha, com uma pequena redução em relação ao mês anterior (,1%). A área a ser colhida, de 1.586.85 ha, também apresenta queda (,2%). O rendimento médio diminui,3%. De acordo com o levantamento deste mês, o período de estiagem observado no início do ano, principalmente na Zona da Mata de Minas Gerais, não chegou a prejudicar, generalizadamente, o enchimento dos frutos nem as boas perspectivas para a safra, que já começou a ser colhida, embora os números de Minas tenham sofrido pequenos reajustes negativos na produção esperada (,2%) e no 6

rendimento previsto (,3%), por conta do veranico. O Paraná, onde a cafeicultura já não tem a importância econômica que teve no passado, também enfrentou problemas de estiagem, com decréscimos de 11,5% na produção esperada e 5,7% no rendimento médio. O ano de 212 é, de acordo com a série histórica, de alta, razão pela qual a previsão está mantida, apesar dos problemas citados. CAFÉ CANEPHORA (em grão) - A produção nacional, estimada em maio, é de 734.815 t ou 12,2 milhões de sacas de 6 kg,,4% maior que a prevista em abril. As alterações em relação à estimativa anterior devem-se exclusivamente ao Estado de Rondônia, 2º maior produtor brasileiro, que apresenta, em relação a abril, um acréscimo no rendimento de 4,2%, com aumento de 2,9% na produção esperada, apesar da redução na estimativa de área a ser colhida. As condições climáticas favoreceram os bons resultados obtidos no Estado. O Espírito Santo, 1º produtor, mantém em maio a mesma estimativa de abril para a produção (9,3 milhões de sc/6 kg) e os problemas observados no 1º trimestre, como temperaturas excessivas e estiagem no começo do ano, não interferiram significativamente nos números divulgados agora, salvo pequena redução no rendimento esperado (,6%). Desta forma, continuam positivas as perspectivas para a safra, que já começou a ser colhida. FEIJÃO (em grão) A produção nacional de feijão em grão, estimada em 3.144.9 t, indica uma redução de 2,1% frente à informação de abril. Reflexo da variação negativa observada nos estados de GO (4,1%), CE (,6%), RS (6,6%), PE (47,2%), MA (1,2%) e PI (13,4%). O decréscimo só não foi maior devido à contribuição positiva nas estimativas de produção do PR (1,4%), MG (3,7%), MT (21,1%) e RO (3,2%). Este volume de produção é distribuído em 42,3% para a 1ª safra (1.329.148 t), 44,6% da 2ª safra (1.43.58 t) e 13,1% da 3ª safra de feijão (411.83 t). 8. 7. 6. 1,4 3,7 Feijão (em grão) - Total Produção (t) Variação % 5. 4. -4,1 3. 2. 1. 21,1 -,6-6,6-47,2 Part. Prod.>1% Abr Mai -1,2 3,2-13,4 PR MG GO BA MT SP CE SC RS PE TO DF PA MA RO PI 7

A 1ª safra de feijão, que já teve a maior parte da área colhida, registra uma produção 6,7% menor que o quarto levantamento. Esta safra sofreu redução de área em quase todos os estados produtores. A Região Sul é maior produtora de feijão 1ª safra com uma produção de 55.951 toneladas, inferior,9% frente ao levantamento anterior, confirmando a tendência de queda na produção registrada nos levantamentos anteriores devido à estiagem. A Região Nordeste, que ainda não concluiu a colheita em todos os estados, prevê uma produção de 26.256 toneladas, que é 23,% menor que a estimativa de abril. A área plantada foi reduzida devido ao atraso e irregularidade da precipitação pluviométrica. Para o feijão 2ª safra, a produção esperada registra um aumento de 1,% frente à estimativa de abril. Houve aumento de área nas regiões Sul (4,6%), Sudeste (3,2%) e Centro-Oeste (8,7%) motivados pela recuperação dos preços deste grão. A Região Nordeste reduziu a área plantada em 21,3% devido à estiagem durante o período de plantio. No Paraná, maior produtor nacional, participando com 24,7% da produção do grão, as investigações de campo indicam uma área plantada, nesta safra, de 219.958 ha, que é 5,2% maior que a do mês anterior e uma produção esperada de 346.778 toneladas do produto também 2,9% superior. O feijão 3ª safra experimenta um acréscimo de 4,% na estimativa de produção em relação ao levantamento de abril. Variação influenciada pelo aumento da área plantada em 5,5%. Contribuíram para esta nova avaliação positiva as informações oriundas de Minas Gerais (1,5%) e Mato Grosso (64,2%), sendo que neste último o acréscimo foi significativo de 7.83 hectares a mais do que o estimado em abril. Com o preço do feijão carioca e preto bastante atrativo, vislumbra-se um incremento na área de feijão irrigado que deve começar a ser plantada durante o mês de junho. Vários produtores relatam que o plantio de feijão sob os pivots serão repicados, ou seja, após a colheita do produto com cerca de 9 dias de clico a cultura terá nova semeadura. Isto deve ocorrer principalmente no município de Sorriso. Feijão 1ª safra 42,3% 1.329.148 t Feijão 2ª safra 44,6% 1.43.58 t 411.83 t Feijão 3ª safra 13,1% MILHO (em grão) A produção nacional de milho em grão é de 68,5 milhões de toneladas, melhor 1,9% que a avaliação de abril. O acréscimo está diretamente ligado aos novos dados levantados para o milho 2ª safra, que neste ano ultrapassam pela primeira vez a produção estimada do milho 1ª safra, participando com 5,2% deste volume da produção. O Estado do Mato Grosso é a unidade da federação que influenciou significativamente para a variação positiva 8

observada em maio, com acréscimo de 967,9 mil toneladas na expectativa da produção do milho. Milho 1ª safra 49,8% 34.96.897 t Milho 2ª safra 5,2% 34.413.912 t A produção nacional para a 1ª safra de milho está estimada em 34.96.897 toneladas, apresentando uma leve queda (,6%), valor este influenciado principalmente pela área destinada a colheita, que reduziu 3,7% neste mês de maio. Esta redução foi ocasionada pela Região Nordeste, a qual vem enfrentando graves problemas com a seca. Nesta Região, a produção esperada é de 3.714.272 toneladas, correspondendo a 1,9% da produção nacional, com queda de 9,4%, comparado com o mês anterior, que corresponde a uma redução de 536.66 toneladas, reflexo da redução da área plantada (-5,8%) e área colhida (-14,6%). Os estados que apresentaram, este mês, redução de produção nesta Região foram o Piauí (-3,2%), Ceará (-49,9%), Rio Grande do Norte (92,4%), Paraíba (- 14,3%) e Pernambuco (-75,7%). Na Região Sudeste, Minas Gerais apresentou aumento de produção de 1,8%, rendimento de 1,4%, área plantada de,6% e área colhida de,4%, fechando maio em 7.167.29 toneladas. Na Região Sul, responsável por 38,8% da produção nacional, o Paraná aumentou a estimativa em 1,2% a produção,,6% o rendimento e áreas plantada e colhida, enquanto que o Rio Grande do Sul reduziu 3,5% a produção, 2,9% o rendimento e,7% a área colhida. A Região Centro Oeste que representa 14,8% (5.51.955 t.) da 1ª safra de milho brasileira, apresentou aumento de 1,5% para a produção, 1,1% para a área plantada e para a área colhida e,4% para o rendimento médio, referente às produções dos estados do Mato Grosso (4,3%) e Goiás (1,4%). A 2ª safra de milho em grão encontra-se ainda em campo em estágios de desenvolvimento, floração, enchimento de grãos e maturação. A previsão nacional para esta safra é de 34.413.912 toneladas, aumento de 4,5%, apresentou também avaliação positiva no rendimento (3,6%) e nas áreas plantada e colhida (,8%) em relação a abril. Devido à seca que castiga a Região Nordeste, esta apresentou redução em todas as variáveis: 5,4% na previsão da produção, 3,% no rendimento e 2,5% na área. 9

A Região Centro Oeste, maior produtora do milho na 2ª safra, com 62,1% da produção nacional, apresentou variação média positiva de 6,4% na previsão de produção, e de 5,5% no rendimento médio. Os estados responsáveis por este aumento foram o Mato Grosso e Goiás, com aumentos de produção (8,3% e 8,1%), rendimento (7,9% e 4,2%) e área (,4% e 3,7%) respectivamente. Na Região Sul, o Paraná, segundo maior produtor, com 29,7% da produção nacional, estimou aumento da produção de 2,6% e de 1,9% em relação à área. Houve grande investimento em tecnologia (semente, fertilizante, insumos), que reflete estes aumentos, além disso, as condições climáticas estão favoráveis, gerando boas expectativas de produção. 14.. 13.. 12.. 11.. 1.. 9.. 8.. 7.. 6.. 5.. 4.. 3.. 2.. 1.. 8,3 2,6 8,1 Milho (em grão) 2ª safra Produção (t) Variação % -8,8 Abr MT PR MS GO SP SE BA MG DF -,9 Mai SOJA (em grão) - O quinto levantamento da safra estima a redução na produção nacional de soja em 1,1%, frente ao mês anterior. A redução comparada à safra anterior é de 12,4%. Motivada principalmente pela seca, a queda na produção foi mais intensa na Região Sul do país, onde determinou uma perda estimada em 1.561.867 toneladas. No Rio Grande do Sul o rendimento médio variou de 2.845 para 1.445 Kg/ha, no último ano, resultando na redução de 48,4% na produção do Estado. As novas reavaliações ainda registram queda de 8,% no rendimento médio. Na produção a redução é de 8,2%. O segundo maior produtor, o Paraná deve participar somente com 16,6% do grão do país (1.891.349 t), neste ano, contra 2,6% de participação na produção de 211. Vale ressaltar a progressão do preço da soja que já atingiu R$ 56,/sc de 6 kg neste Estado, representando uma forma de compensação ao produtor que teve o seu volume de produção reduzido pela estiagem. O Mato Grosso lidera a produção nacional de soja participando com 33,2% da safra de 212. Sem maiores problemas com o regime de chuvas, a supervisão estadual informa que não há variação significativa na produção da leguminosa neste levantamento de abril. O destaque anunciado pela unidade estadual são os preços praticados, que variaram entre R$ 53, em Lucas do Rio Verde, e R$ 58,3/sc 6 kg em Rondonópolis, entre 2 e 25 de março. As produtividades foram menores em relação ao ano anterior devido ao plantio antecipado da soja, o momento mais favorável do plantio para a cultura no Estado é entre a segunda quinzena de outubro e a primeira de novembro. Isto ocorreu devido ao início das chuvas em outubro. Esta época de plantio não propiciou que as variedades 1

utilizadas demonstrassem toda a capacidade produtiva. O excesso de chuvas durante o período produtivo, principalmente no médio norte e norte do Estado originou muitos focos de ferrugem asiática que também tiveram efeito sobre a produtividade. Nas outras regiões do Estado as condições climáticas foram satisfatórias nesta safra. Com o encerramento da colheita em Goiás, terceiro no ranking nacional, verificou-se um decréscimo de,8% no rendimento médio estimado no mês anterior. O motivo foi a incidência de pragas, mosca branca, e a escassez de chuva em algumas regiões do Estado. Nas demais regiões produtoras as ocorrências são caracterizadas pela redução no rendimento médio, que por sua vez foram causadas pela seca que ocorreu nestas regiões. 24.. 22.. 2.. Soja (em grão) 18.. 16.. Produção (t) Variação % 14.. 12..,1 1.. 8.. 6.. 4.. 2.. -,3-8,2 1,8-6,9-9,1 Abr Mai MT PR GO RS MS BA MG MA SP PI TO SC RO PA DF TRIGO (em grão) - A segunda estimativa da produção nacional de trigo para 212, com base nos levantamentos de campo realizados no mês de maio, é de 5.75.845 toneladas, em relação ao mês de abril, apresenta variação positiva de 6,%, devida ao acréscimo de 2,7% na área plantada ou a ser plantada e uma expectativa de acréscimo de 3,2% no rendimento médio. Estes acréscimos são creditados aos estados do Paraná e, principalmente, ao Rio Grande do Sul, onde a produção esperada está 12,6% maior que a estimada no mês anterior, devido, não só ao reajuste de 4,7% na área prevista para a cultura, como na melhor expectativa de rendimento médio (7,6%). Deve-se ressaltar, entretanto, que os números atuais continuam inferiores aos resultados obtidos com a cultura em 211, significando apenas uma recuperação em relação à estimativa de abril. 11

3.. 2.5. 2.. 12,6,9 Trigo (em grão) Produção (t) Variação % 1.5. 1.. Abr Mai 5. -1,5 73,9 RS PR SC MG SP GO MS DF 1.3 - Produção Agrícola 212 estimativa de maio de 212, em nível nacional, em relação à produção obtida em 211 Dentre os vinte e seis produtos selecionados, treze apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (4,6%), aveia em grão (1,7%), batata-inglesa 3ª safra (3,9%), café em grão - arábica (16,3%), café em grão - canephora (6,1%), cana-de-açúcar (4,2%), cebola (1,5%), cevada em grão (11,2%), feijão em grão 2ª safra (26,1%), laranja (,1%),mandioca (1,2%), milho em grão 2ª safra (55,7%) e triticale em grão (5,6%). Com variação negativa são treze produtos: amendoim em casca 1ª safra (4,6%), amendoim em casca 2ª safra (6,%), arroz em casca (13,5%), batata-inglesa 1ª safra (5,9%), batata-inglesa 2ª safra (3,2%), cacau em amêndoa (2,2%), feijão em grão 1ª safra (31,9%), feijão em grão 3ª safra (5,4%), mamona em baga (57,9%), milho em grão 1ª safra (,2%), soja em grão (12,4%), sorgo em grão (7,2%) e trigo em grão (1,9%). Nas figuras a seguir estão representadas as variações percentuais e absolutas das principais culturas levantadas em comparação com a safra anterior: 12

CAFÉ ARÁBICA (em grão)- As chuvas foram regulares durante todo o período pós-florada e a frutificação foi normal, com bom desenvolvimento dos frutos até meados de janeiro, quando se instalou um período de estiagem e temperaturas acima da média na Zona da Mata de Minas Gerais, maior estado produtor, com 67,9% de participação na produção do País. No Paraná a estiagem também afetou o rendimento em -5,6%, o que aliado à progressiva redução da área a ser colhida, fez a produção esperada diminuir em 12,4%. Apesar dos problemas, no levantamento atual, foi observado que não houve danos que pudessem alterar as perspectivas para 212. Desta forma, a safra nacional de café arábica que começou a ser colhida, está estimada em 38,1 milhões de sacas de 6 kg, equivalentes a 2.285.322 t, 16,3% a mais que em 211. A área a ser colhida registra crescimento de,7% em relação à safra passada, totalizando 1.586.85 ha. A área total ocupada com esta espécie é de 1.764.738 ha,,7% maior que 211. 13

O acréscimo estimado no rendimento médio (15,4%) é creditado à particularidade que apresenta o arábica de alternar anos de altos e baixos rendimentos. 1.6. 1.4. 1.2. 1.. 8. 17,8 Café arábica (em grão) Produção (t) Variação % 6. 4. 2. 38,8 5,4 9,6-12,4 9,4,8-1,5-5,9 5,1 211 212 MG SP ES BA PR GO RJ CE MS AC PE DF MT -13,7-1,5-17,2 CAFÉ CANEPHORA (em grão) - Para o café canephora, que já começou a ser colhido, a produção nacional esperada de 734.815 t (12,2 milhões de sacas) em 212, representa aumento de 6,1%, creditado às boas perspectivas da safra a ser colhida no Espírito Santo, 1º produtor nacional de desta espécie (75,8% de participação), embora as áreas não irrigadas tenham limitado as possibilidades da safra capixaba. No norte do Estado, onde se planta o conilon, é imperativo o emprego da irrigação e é grande o potencial produtivo dos clones selecionados, de até 12 sc/ha. No entanto são muitas as dificuldades que os produtores enfrentam para irrigar seus cafezais, seja pelos entraves em conseguir outorga para uso da água, seja pelo alto custo inicial de máquinas e equipamentos. Muitos produtores praticam a simples molhação, prática de suprimento de água sem critérios técnicos, usada como último recurso, muitas vezes para evitar que o teor de umidade no solo atinja níveis críticos. Apesar dos problemas, o Espírito Santo, além de ser o maior produtor nacional da espécie concentra também os maiores rendimentos do País (média de 31,2 sc/ha). Outros estados onde a espécie é cultivada, são, em ordem decrescente: Rondônia, Bahia, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso e Ceará, cujos números constam em tabela anexa a esta publicação FEIJÃO (em grão) - A expectativa para a produção de feijão total é de 3.144.9 toneladas que é 1,2% menor que a de 211. Essa variação não segue as variações individuais das duas primeiras safras, onde a 1ª safra (1.329.148 t) teve uma variação negativa de 31,9% e a 2ª safra (1.43.58 t) tem uma previsão de aumento de 26,1%. A redução de 19,2% na área plantada da 1ª safra se deve principalmente ao fato dos produtores terem recebido um preço considerado muito baixo, no segundo semestre de 211, desestimulando o plantio na região centro-sul do País. A redução de 2,8% na previsão de área plantada para a 2ª safra é consequência da diminuição de 21,3% na área plantada na Região Nordeste que não efetivou o plantio esperado devido à estiagem prolongada ocorrida na região. 14

Mesmo com a melhoria dos preços pago ao produtor, ao longo de 212, as estimativas da 3ª safra de feijão ainda são aquém da colhida em 211. Diferença negativa de 3,% na área plantada, 5,4% na produção e 3,4% no rendimento médio. MILHO (em grão) - Para a safra nacional é esperada uma produção de 68.51.89 toneladas, considerando as duas safras do produto, superando em 21,7% ao total produzido em 211. Neste comparativo a área plantada é 13,% maior em 212. Estes números refletem os bons preços que o produto vem encontrando no mercado, o que faz com que os produtores optem pela cultura, assim como o uso de melhores tecnologias, como o plantio de sementes com maior capacidade produtiva, insumos e defensivos. Para a 1ª safra é prevista uma diminuição de,2% em produção quando comparada com a safra de 211, isto representa uma perda de 7.77 toneladas. A área plantada aumentou 2,9% e a área colhida diminuiu 2,%, porém o rendimento aumentou 1,8%, estes números refletem os danos causados pela seca no Sul e Nordeste para a safra de verão. A Região Sul diminuiu o rendimento em 22,3%, e a produção em 14,8%, que representa uma perda de 2.294.554 toneladas em relação ao produzido em 211 nesta Região. O Rio Grande Do Sul, estado mais afetado, diminuiu a produção em 44,3% e o rendimento em 39,1%, passando de 5.263 kg/ha em 211 para 3.25 kg/ha em 212. O Paraná aumentou a área plantada em 24,7%, porém obteve um rendimento 15,1% menor que o da safra passada, aumentando a produção em apenas 5,9%. Na Região Nordeste, o milho foi muito afetado pela seca, refletindo em grandes reduções de área plantada (15,1%), da área colhida (26,6%) e da produção (12,6%) na maior parte dos estados, exceto os estados do Maranhão e Piauí que aumentaram a produção em 15,1% e 14,7% respectivamente, e ainda Alagoas (19,5%) e Bahia (4,9%). Os Estados que apresentaram maiores reduções de produção foram o Rio Grande do Norte (- 92,9%), Ceará (-76,8%) e Pernambuco (-75,7%). Minas Gerais, maior produtor de milho 1ª safra, aumentou a produção passando de 6.28.835 t. obtidas em 211 para 7.167.29 t. em 212, variação de 15,4%. Goiás também aumentou a produção atual em 43,3%, a área plantada em 27,4% e 12,5% no rendimento, refletindo a boa fase que atravessa a cultura. Na 2ª safra de milho, há previsão de aumento de 55,7% na produção nacional (34.413.912 t.), o que corresponde a 12.39.139 toneladas a mais em 212, em uma área plantada de 7.479.92 ha. Neste ano a previsão de produção da 2ª safra de milho ultrapassou a produção prevista para a 1ª safra em 317.15 toneladas. Este aumento se deve principalmente aos estados da Região Centro Oeste e ao Paraná. O Mato Grosso é o maior produtor deste segundo período de plantio, com previsão de 12.646.914 toneladas em uma área a ser colhida de 2.624.31 hectares com um rendimento médio de 4.819 kg/ha, que corresponde a um aumento de 7,3%, 41,9% e 2% em produção, área e rendimento médio respectivamente, quando comparadas com o ano anterior. O Estado do Paraná, segundo produtor nacional, aumentou a produção em 61,7%, a área a ser colhida em 23,6% e o rendimento em 3,8%. Vale também destacar os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás que irão produzir 34,5% e 36,8% a mais que na safra de 211. SOJA (em grão) Para a soja em 212 a área plantada ultrapassou a da safra recorde de 211 em 3,6%, com o plantio de 877.549 hectares a mais. A estiagem prejudicou a cultura, principalmente 15

na Região Sul, não possibilitando com que a produção ultrapassasse a do ano anterior, ficando 12,4% abaixo da última safra. Neste levantamento estima-se uma perda de área da safra atual plantada equivalente a 115.831 hectares, sendo colhida uma área menor 3,3% que a de 211, com redução do rendimento médio em 15,2%, quando comparado à safra precedente. Ocorreram variações negativas na estimativa da produção para a Região Sudeste (,9%) e Sul (37,%), sendo a principal Unidade da Federação afetada pela estiagem o Rio Grande do Sul, decréscimo da produção de 48,4%. As variações positivas na estimativa da produção ocorreram nas Regiões: Norte (3,7%), Nordeste (2,8%) e Centro-Oeste (3,2%), destaque para o Mato Grosso que aumentou a produção em 1, milhão de toneladas, 4,8% a mais que o produzido em 211. TRIGO (em grão) Em nível nacional, a atual estimativa da produção de trigo para 212, apresenta um decréscimo de 1,9% em comparação à produção obtida no ano anterior (5.695.468 t). A Região Sul atualmente é responsável por 95,1% da produção nacional deste cereal. Com relação à área cultivada, verifica-se o decréscimo de 11,21%, estando estimada em 1.929.52 ha. Com exceção do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, todos os estados produtores registram menor área de cultivo, desmotivados pelos baixos preços de comercialização do trigo. Estes números poderão apresentar alterações uma vez que o período de plantio estende-se até meados de julho em alguns estados produtores. Em Minas Gerais, o levantamento de campo deste mês registrou uma estimativa da área cultivada de 2.536 ha, menor em 7,3%, quando comparada aos dados da safra anterior. A produção mineira deverá atingir 85.561 toneladas, cerca de 5,1% inferior à obtida em 211. As incertezas do mercado e a falta de contratos firmados com os moinhos desestimularam os produtores. O Estado do Paraná, maior produtor, responsável por 44,9% da produção nacional no levantamento de campo realizado este mês, indica uma área a ser cultivada de 792.226 ha, inferior em 24,8% à plantada em 211. Estima-se que cerca de 6% desta área prevista já foi semeada. As lavouras se encontram em sua maioria nos estágios de germinação (15%) e de desenvolvimento vegetativo (85%). As condições climáticas até o momento estão favoráveis ao desenvolvimento da cultura. A produção paranaense deverá situar-se em 2.278.746 t, menor 6,1% que a obtida na safra anterior. O baixo preço do produto obtido na safra anterior, a dificuldade de comercialização da safra passada e a entrada de trigo de outros países, com preço menor, são os responsáveis pelo quadro atual do produto. No Rio Grande do Sul, a atual estimativa da área a ser cultivada de 976. ha, está 4,7% superior a da safra passada. Já a produção esperada de 2.343.1 t e o rendimento médio de 2.41 kg/ha encontram-se menores respectivamente em 14,5% e 18,4%. O aumento previsto na área de plantio, em relação ao ano anterior, foi uma das maneiras dos produtores tentarem recuperar as perdas com a safra de verão. No entanto, a falta de chuva nos últimos dias de maio tem retardado o plantio neste inicio de safra, além de prejudicar o desenvolvimento da cultura já implantada. Outro fator limitante ao crescimento do plantio, pode ser o preço baixo do produto que permaneceu praticamente estagnado, remunerando muito pouco o agricultor e tornando difícil a comercialização, segundo informações da EMATER/RS. 16