EFICIÊNCIA GLOBAL DA OPERAÇÃO DE COLHEITA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR

Documentos relacionados
Tecnologia e Inovação na Logística de Cana-de-Açúcar (CTT)

LOGÍSTICA APLICADA À COLHEITA DO CAFÉ

MANUTENÇÃO MECÂNICA GESTÃO ESTRATÉGICA DA MANUTENÇÃO. João Mario Fernandes

Modelagem da disponibilidade mecânica do harvester no corte de povoamento florestal

Gestão Estratégica da Manutenção Agrícola: Uma oportunidade para alavancar a lucratividade. Carlos Araujo Julho 2019

Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC)

Do Plantio a Colheita. sua máquina. de trabalho.

Desempenho máximo em operação.

Novas Tecnologias para Automação Agrícola

Sistematização e Conservação do Solo e da Água em Cana de Açúcar. Conservação do Solo e Desafios Regulatórios no Setor Sucroalcooleiro

Sistema de Gestão da Manutenção

MERCADO SUCROALCOOLEIRO. Redução de custos e de impactos ambientais

Prof. Fabrício Maciel Gomes Departamento de Engenharia Química Escola de Engenharia de Lorena EEL

Instalação da cana-de-açúcar

Como podemos medir a produtividade de uma empresa? E de seus processos?

GESTÃO DA MANUTENÇÃO

Rastreamento e Gestão de Frotas. nuvvel.com.br

6ªJornadaCientíficaeTecnológicadaFATECdeBotucatu 23 a 27 deoutubrode2017, Botucatu SãoPaulo,Brasil

OBJETIVOS UNIMIL: INTRODUÇÃO APRESENTAR NOSSAS MELHORIAS E INOVAÇÕES REFORÇAR PARCERIA COM NOSSOS CLIENTES GARANTIR MELHOR CUSTO BENEFÍCIO

Quebra de Máquinas. 3ª Edição Março/2016

Proposta. Prezados,

Desempenho confiável para a extração de açúcar

O tamanho faz a diferença

Manutenção em veículos de transporte de cargas

AVON. Programas de suporte e manutenção preventiva para peças mantêm sistemas de esteira transportadora essenciais funcionando em níveis de pico.

Produtividade através da confiabilidade

GERENCIAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA NA ETA GUARAÚ REDUÇÃO DE CUSTOS PARA A EMPRESA ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA PARA O PAÍS

Saiba Quais São Os Principais Indicadores Chave De Performance De Sua Equipe Externa De Manutenção

Tema PANORAMA DE MANUTENÇÃO FROTA

O Módulo Injet Básico

PCP II. Planejamento e controle da capacidade. Rodrigues, Roger Antônio.

OTIMIZAÇÃO DE REDES DE ÁGUA ENG. GUILHERME VIOLATO GIROL

TERMO DE REFERÊNCIA 2019

Colheita Mecanizada de Cana-de-Açúcar em espaçamentos múltiplos. M.Sc. Guilherme Belardo Doutorando (Produção Vegetal) Unesp / Jaboticabal

Produtividade e lucratividade

Manutenção de Software. Engenharia de Software Profa. Dra. Elisa Yumi Nakagawa 1º semestre de 2015

CANA-DE-AÇÚCAR. HxGN AgrOn Logistics Colheita inteligente. Conectada. Sincronizada. Otimizada.

UNITRI MECÂNICA E MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA PRIMEIRA AULA DE MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA. Professor: Adriano Franzon

Projetos, operações e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos (bens ou serviços) primários da empresa.

OEE como ferramenta de melhoria da eficiência de equipamentos e processos industriais

Manutenção Industrial

O PRIMEIRO PASSO PARA 300! EMAE. Dezembro de Roberto Shiniti Sako

Tempo de qualidade e redução de custos na colheita mecanizada

Sistema de gerenciamento de produção

Pirassununga, 13/06/07. Tomaz Caetano Cannavam Ripoli (ESALQ) Marco Lorenzzo Cunali Ripoli (John Deere)

CANA-DE-AÇÚCAR SISTEMA DE PRODUÇÃO EM. Prof. Dr. Carlos Azania

Salve, Franceschi e Canella Ltda

AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO OPERACIONAL DE UMA DISTRIBUIDORA DE CANA

BOLETIM SUCROCUPAÇÃO CENTRO-SUL 1

PROJETO CAMPO FUTURO CUSTO DE PRODUÇÃO DO MAMÃO EM ITAMARAJU-BA

1 Introdução Justificativa

AGRICULTURA DE PRECISÃO

Gestão de ativos: Manter, prolongar a vida e melhorar o desempenho operacional.

AGGAR Soluções em Engenharia - Portfólio Rua Imbé 770, Jardim das Rosas Ibirité - Minas Gerais

Pirassununga, 13/06/07

IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTAO DA MANUTENCAO PREVENTIVA PARA MÁQUINAS BENEFICIADORAS DE CAFÉ

PROGRAMA DE MANUTENÇAÕ DE EQUIPAMENTO - PME

22/08/2014. Planejamento e Controle da Produção: Conceito, Finalidades, Funções e Princípios. Conceito de Planejamento. Conceito de Controle

PROJETO CAMPO FUTURO CUSTO DE PRODUÇÃO DO CACAU EM EUNÁPOLIS-BA

Uma Abordagem Introdutória ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

GUIA PARA ESTRUTURAR O PCM DA SUA ORGANIZAÇÃO

Porque é necessário definir o espaçamento do plantio da cana. José Alencar Magro -

PROJETO CAMPO FUTURO CUSTO DE PRODUÇÃO DO CACAU EM GANDU-BA

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Rurais Departamento de Engenharia Rural Laboratório de Geomática

C.P.G. EM MÁQUINAS AGRÍCOLAS LER 5730 TÉCNICAS DE PESQAUISA EM MÁQUINAS AGRÍCOLAS T.C.C.RIPOLI EDIÇÃO: 2006

CANA-DE-AÇÚCAR. HxGN AgrOn Logistics Colheita inteligente. Conectada. Sincronizada. Otimizada.

A EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO

FAB implanta sistema para unificar os processos de Logística: o SILOMS (Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços)

Manutenção de Software. Engenharia de Software Profa. Dra. Elisa Yumi Nakagawa 1º semestre de 2016

Serviços de suporte de ciclo de vida

ATENDA AOS REQUISITOS DOS CLIENTES E DO GOVERNO SEM COMPLICAÇÃO.

PROJETO CAMPO FUTURO CUSTO DE PRODUÇÃO DO CAFÉ EM ITABELA-BA

A SITUAÇÃO DA MANUTENÇÃO NO BRASIL

TÍTULO: ESTUDO DE OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS OPERACIONAIS DE UMA FÁBRICA DE CORTE DE BOBINAS

Manutenções Corretiva Preventiva Preditiva MANUTENÇÃO CORRETIVA

8. CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES PRODUTIVAS

SISTEMAS DE COLHEITA DE BIOMASSA DE CANA-DE-AÇÚCAR: COLMOS E PALHIÇO. Vol. 1

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

TÓPICOS DE PESQUISA VISANDO APRIMORAR O RENOVABIO. Marcelo A. B. Morandi Nilza Patrícia Ramos

AÇÚCAR E ÁLCOOL (18) Brasil + 55 (11) Brasil USA

Prof. Silene Seibel, Dra.

Profa. Daciane de Oliveira Silva BIBLIOGRAFIA; CHIAVENATO, Idalberto. Administração da produção: uma abordagem introdutória Capítulo 4

METODOLOGIA DO PROJETO LÍBIA

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Mauro Osaki. Fone: Fax: Input Recursos a serem transformados

APLICAÇÃO DO CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE NA IDENTIFICAÇÃO DO MOMENTO ÓTIMO PARA A SUBSTITUIÇÃO DE UMA COLHEDORA DE CANA-DE- AÇÚCAR

Título do trabalho Ações de Engenharia de Manutenção para maximização de resultados.

PROJETO CAMPO FUTURO CUSTO DE PRODUÇÃO DO CAFÉ EM LUÍS EDUARDO MAGALHÃES-BA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS IEP0001. Introdução a Engenharia de Produção

SOLUÇÕES TÉCNICAS, CUSTO E QUALIDADE

SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN

Engenharia e Gerenciamento de Elevadores

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES

Murilo Mancuso 10 de abril de 2017

TÍTULO: GANHO DE PRODUTIVIDADE COM IMPLEMENTAÇÕES ERGONÔMICAS EM INDÚSTRIAS DE GALVÂNOPLASTIA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

MAPS TELEMETRIA PULVERIZAÇÃO

Serviços Farmacêuticos baseados na Atenção Primária a Saúde Parte II Processos de apoio do Serviço Farmacêutico

Gestão da produção na Manufatura Avançada. Análise de perdas, falhas e causas. Supervisão e monitoração da produção

Indicadores. ENG1518/3VC Sistemas de Informação Gerenciais Prof. Marcos Villas

Transcrição:

SUCROALCOOLEIRO Revista AgriMotor - Julho 2012 Foto: John Deere EFICIÊNCIA GLOBAL DA OPERAÇÃO DE COLHEITA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR Faça um estudo detalhado da situação, acompanhando todas variáveis apontadas a seguir. Ângelo Domingos Banchi, José Roberto Lopes, Marcelo Dimase, José Marcos S. Martins* 22 INTRODUÇÃO A utilização de máquinas agrícolas é essencial para realização de operações envolvidas no processo de colheita da cana-de-açúcar, visto que esses equipamentos não só agilizam a execução dos serviços como reduzem despesas. Contudo, seu custo é expressivo, constituindo-se de uma parcela significativa, que, por si só, induz à necessidade de gestão técnica e econômica. Além disso, é necessária a existência de planejamento e monitoramento operacional dos equipamentos responsáveis por essas operações que, atualmente, apresentam eficiências de uso e capacidade operacional considerada baixa. Os índices de eficiência relacionada às horas planejadas na operação de colheita giram em torno de 40 a 60 %. Embora sejam valores superiores aos apresentados em outras atividades agrícolas, possuem grande potencial de otimização. O desenvolvimento do processo de colheita mecânica de

Revista AgriMotor - Julho 2012 SUCROALCOOLEIRO cana-de-açúcar e suas respectivas operações têm sido fatores estratégicos para essa exploração, proporcionando redução nos custos da cultura e possibilitando o cumprimento das exigências legais atualmente existentes para o estado de São Paulo, entretanto, como em outras culturas, ainda necessita ser aprimorado. Não podemos desconsiderar que o trabalho de máquinas no campo apresenta, juntamente com os períodos produtivos, muitos problemas de paralisação e que, de forma variável, alteram-se por inúmeros motivos, influenciando o desempenho global. PROCESSO DE GESTÃO A pesquisa proposta tem como base unidades sucroalcooleiras das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Os dados de um longo período analisado foram levantados de sistemas informatizados de gerenciamento de operações agrícolas. Para o gerenciamento do planejamento das operações agrícolas e redução das horas paradas, há a necessidade de trabalhar com as informações a seguir: - horas trabalhadas para cada operação; - horas paradas e seus respectivos motivos causadores; - determinação das eficiências (operacionais e causadores); - análise das horas paradas, causas e modos de evitar essa situação; - programação das atividades, análise, correção e reprogramação contínua. A gestão das operações agrícolas tem início na coleta de informações das tarefas (processo e operações) a serem planejadas e continua na programação de suas atividades, isto é: determinação, para cada tarefa, da alocação dos respectivos conjuntos de equipamentos em suas devidas operações. Nessa sequência, teremos o monitoramento da realização através da captação dos períodos efetivamente trabalhados (horas ou quilômetros) e, ainda, as horas paradas e seus motivos. Também é fundamental a geração de um processo intervencionista no andamento das tarefas efetuando a correção quando necessária e um replanejamento e otimização no processo, visando, deste modo, melhorar os rendimentos. FUNDAMENTOS DO SISTE- MA EQUACIONAMENTO DO PROBLEMA A ferramenta de gestão capta, em tempo real, os informes referentes às atividades realizadas e as organizam segundo os tópicos a seguir: Horas trabalhadas reais (HTR): são as horas em que um equipamento desempenha efetivamente a sua função produtiva. Horas auxiliares (HA): são as horas gastas em função da operação que o equipamento obrigatoriamente exige para a sua utilização plena. Horas de manutenção (HM): é o período de tempo gasto nas manutenções rotineiras que as operações solicitam. Horas sem planejamento (HSP): horas sem possibilidades de uso, período em que inexiste atividade a ser realizada. Horas perdidas (HP): correspondem ao período em que o equipamento está disponível para operar, entretanto não é utilizado em virtude de situações gerenciais. Horas de inaptidão (HI): são as horas em que a máquina está inapta a realizar suas operações por condições climáticas ou outros fatores independentes da máquina. A Tabela 2 mostra um levantamento preliminar de alguns dos motivos de paradas em uma usina, no qual é definida a seguinte classificação: 23

SUCROALCOOLEIRO Revista AgriMotor - Julho 2012 Ao classificar os dados dos vários grupos analisados, chegou-se ao seguinte resultado: Gráfico 1. Porcentagem geral de horas paradas A relação das eficiências operacionais por análise dos períodos inoperantes foi a metodologia utilizada para classificação dos tempos e das eficiências a seguir: 24

Revista AgriMotor - Julho 2012 SUCROALCOOLEIRO Distribuição das horas paradas Gráfico 2 Porcentagem do motivo de parada geral por grupo. Como grupo de motivos de paradas mais significante, podem ser citados os fatores de manutenção, administrativos e climáticos. Desses motivos, podem ser identificados os que devem ser trabalhados para melhorar a eficiência do sistema de colheita, os de manutenção e os administrativos. Efetuando uma análise global do período, temos na Figura 1: 25

SUCROALCOOLEIRO Revista AgriMotor - Julho 2012 Figura 1. Análise dinâmica das horas paradas: comparativo dos motivos de parada devido a fatores de manutenção e administrativos. Nas horas paradas devido à manutenção, percebe-se que o motivo em manutenção ou aguardando a manutenção são responsáveis por aproximadamente 80% do tempo parado nesse grupo de motivos. *Eficiência das horas trabalhadas em relação às horas planejadas. **Eficiência das horas trabalhadas em relação às horas calendário. Gráfico 3. Eficiências operacionais da colhedora de cana. 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS A eficiência, sob as horas planejadas, de 41%, obtida pelas colhedoras, deve-se a uma grande estrutura montada especialmente para essa atividade e, embora superior às eficiências de outras máquinas agrícolas, ainda necessita de otimizações e uma gestão de melhor qualidade. As horas paradas por manutenção, tanto corretiva como preventiva, representam o grande desafio para um equipamento que, apesar de trabalhar em condições severas e ritmo acentuado, mostra deficiências desde a entrega pelos fabricantes (visto que há necessidade de adaptações mecânicas iniciais) e inúmeras falhas durante a operação. Para apresentar evolução nessa área, as máquinas precisam ser mais bem adaptadas às condições em que irão operar, e as áreas de cultivo da cana devem ser mais bem preparadas para receber a mecanização. A existência de kits reservas é um ponto que também pode melhorar a perda de tempo parado por

Revista AgriMotor - Julho 2012 SUCROALCOOLEIRO Fotos: Fornecidas pelos autores do artigo problemas mecânicos, visto que a simples retirada e substituição dos elementos danificados é bem menor que o de conserto total, desse modo, o equipamento principal é liberado, e as correções ocorrem paralelamente à operação. Como componentes reservas, podemos citar: esteiras, roletes, corte de base, corte de pontas, elevadores primário e secundário, rolo tombador e alimentador, sistema do picador, elevadores, extratores etc. A demora na substituição de matérias (peças), mesmo quando imediatamente encomendadas, tem sido problema constante e relevante. Portanto, se houver um estoque racional para reposição, o tempo parado aguardando a manutenção diminuirá. Esse fato nos mostra a necessidade de estudos detalhados dos períodos entre falhas (MTBF) e da confiabilidade mecânica, para não só embasar esse estoque de materiais e dos componentes mecânicos reservas, como também aprimorar o projeto desses elementos e das colhedoras. Algumas usinas aumentam a capacidade do tanque de combustível da colhedora, para diminuir o tempo com abastecimento, já que a máquina irá trabalhar por mais tempo até parar para reposição de combustível. Também pode ser citado o aprimoramento das equipes de manutenção, que devem ser treinadas com compromisso operacional para melhoria contínua do processo. O dimensionamento adequado das frentes de serviço, bem como a relação do número de transbordos às colhedoras (provável acréscimo na relação de dois transbordos para uma colhedora) podem diminuir os tempos parados, assim como maior rapidez nas comunicações entre os equipamentos de frente e substituição do processo de transbordo escravo para alternativo (logística de utilização dos transbordos programada online) são itens a serem trabalhados dentro dos motivos administrativos. Como central de inteligência do sistema de colheita, seja na área operacional, na manutenção ou na indústria, deveria existir um segmento de gestão que, por meio de indicadores, avaliasse o processo em tempo real para tomada de decisões com objetivo de otimizar as operações de forma integrada. Ângelo Domingos Banchi, engenheiro agrícola, é diretor da Assiste; José Roberto Lopes, administrador de empresas, é diretor da Assiste; Marcelo Dimase, graduando em engenharia agronômica, é estagiário da Assiste; José Marcos S. Martins, graduando em engenharia agronômica, é estagiário da Assiste. 27