15/08/2018 EXISTE UMA DISCIPLINA DA GRADUAÇÃO DA UFJF QUE ABORDA O TEMA? QUAL A SITUAÇÃO NO BRASIL?

Documentos relacionados
22/03/2018 EXISTE UMA DISCIPLINA DA GRADUAÇÃO DA UFJF QUE ABORDA O TEMA? QUAL A SITUAÇÃO NO BRASIL? Sintoma comum a muitas doenças

DOR CRÔNICA E ENVELHECIMENTO

CUIDADOS FARMACÊUTICOS NA DOR. Prof. Dra. Eliane Aparecida Campesatto Laboratório de Farmacologia e Imunidade Universidade Federal de Alagoas

Avaliação da dor. Prof. Dra. Marina Salvetti

26ª Reunião, Extraordinária Comissão de Assuntos Sociais

Avaliação da dor. Prof. Dra. Marina Salvetti

Avaliação psicológica do doente com dor

ANSIEDADE E DEPRESSÃO

parte 1 estratégia básica e introdução à patologia... 27

TUDO ISTO EXISTE TUDO ISTO É TRISTE TUDO ISTO É DOR.

Envelhecimento e Doenças Reumáticas

Epidemiologia da Dor

Prof. Dr. João Paulo C. Solano

Michael Zanchet Psicólogo Kurotel Centro Médico de Longevidade e Spa

EFEITOS ANTINOCICEPTIVOS DA PREGABALINA EM DIVERSOS MODELOS DE DOR OROFACIAL

CONHEÇA A DOR. Um Guia Prático para a Compreensão, Avaliação e Controle da Dor

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

DOR PROTOCOLO DO TRATAMENTO CLÍNICO PARA O NEUROLOGISTA. Laura Sousa Castro Peixoto

Trabalhando a ansiedade do paciente

Restaurar o movimento para diminuir os efeitos causais da dor. Por exemplo: inflamação em estruturas articulares com perda de amplitude.

Síndrome Dolorosa Pós-laminectomia. MD Joana Rovani Médica Fisiatra

Conheça algumas doenças tipicamente femininas

Depressão e Exercício

Tratamento Com freqüência, é possível se prevenir ou controlar as cefaléias tensionais evitando, compreendendo e ajustando o estresse que as ocasiona.

[CUIDADOS COM OS ANIMAIS IDOSOS]

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas

11/23/2008. Dor leve, moderada - Fuga. Trauma agudo. A na lgesia sedação. C a racterísticas farmacológicas das substâncias usadas

PIROXICAM. Anti-Inflamatório, Analgésico e Antipirético. Descrição

Residência Médica 2019

Profº André Montillo

Cledy Eliana dos Santos Serviço de Dor e Cuidados Paliativos - HNSC

HORÁRIO DA DATA ATIVIDADE TÍTULO ATIVIDADE

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos,

ANEMIA DE CÉLULAS FALCIFORMES tratamento da dor

Mente Sã Corpo São! Abanar o Esqueleto - Os factores que influenciam as doenças osteoarticulares. Workshop 1

Defeitos osteoarticulares

SEMIOLOGIA DA DOR. Curso de semiologia em Clínica Médica I. Medicina humana 2 ano

MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL. Prof. João Gregório Neto

Prova de Terapia Ocupacional

O menor F.P., de 08 anos, foi submetido a avaliação psiquiátrica à pedido da psicopedagoga que o acompanha. Segundo a genitora, desde os 04 anos de

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Dores na mandíbula e na face.

Rita Tiziana Verardo Polastrini

Qualidade de vida de pacientes idosos com artrite reumatóide: revisão de literatura

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1)

Dra. Veralice Meireles Sales de Bruin

Fármacos antidepressivos. Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Farmacêutico Clínico-Industrial Doutor em Biotecnologia

Áquila Lopes Gouvêa Enfermeira da Equipe de Controle de Dor Instituto Central do Hospital das Clínica da Faculdade de Medicina da USP

Drogas do Sistema Nervoso Central

11/11/2010. Galeno: séc II d.c: mulheres melancólicas X mulheres sanguíneas. mais susceptíveis ao desenvolvimento de câncer

Benefícios Fisiológicos

Guia interativo. Controle sua dor

Fobia Específica. Simpósio de Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH

Qualidade de Vida 02/03/2012

Prática Clínica: Uso de plantas medicinais no tratamento de feridas

DOSE EFEITO DO ETANOL

Entenda sua ansiedade. Novembro

12/03/2012. Ciência relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças. Auxilia no diagnóstico de diversas patologias.

Comunidade Pastoral ADOECIDOS PELA FÉ?

PÓS-GRADUAÇÃO EM DOR

Colaboradores...5 Dedicatória...6 Agradecimentos...7 Prefácio...9

RESPOSTA RÁPIDA 375/2013 Informações sobre Desvenlafaxina e Lamotrigina

Dra Rossandra Sampaio Psicóloga Clínica CRP Especialista em Gestão de Sistemas e serviços de Saúde (FIOCRUZ) Mestranda em Psicologia da

Contribuição das Práticas Integrativas Complementares na Qualidade de Vida

DOR E CEFALEIA. Profa. Dra. Fabíola Dach. Divisão de Neurologia FMRP-USP

Clínica Dr. Alfredo Toledo e Souza. Avenida Condessa de Vimieiros, 395 Centro, Itanhaém, SP. Fone (13) e (13)

Protocolo Dor Crônica, excluí Fibromialgia e orienta Paracetamol para Artrite!

DOR E SOFRIMENTO EM ANIMAIS

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

número 32 - outubro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO ÁLGICA DE INDIVÍDUOS INSERIDOS EM DIFERENTES SETORES DE REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Introdução. Existem três termos utilizados em relação à percepção da dor:

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso

Dor em Oncologia. José Matos

DISTÚRBIO DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO

DOR NEUROPÁTICA MANUAL DO CURSO

Artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica de origem auto-imune que acomete principalmente articulações sinoviais, causando dores,

Programa de Educação Continuada em Fisiopatologia e Terapêutica da Dor Epidemiologia da dor

TRANSTORNOS DE HUMOR

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DO SONO. Marco Aurelio Soares Jorge

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA. Nome do Candidato Caderno de Prova 27, PROVA DISSERTATIVA

número 23- maio/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

Comitê de Desenvolvimento

Síndromes Psíquicas. Prof: Enfermeiro Diogo Jacintho

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento da Dependência Química. Benefícios Fisiológicos

Dor Aguda em Usuário Crônico de Opióides: Como Tratar?

LOMBALGIA AGUDA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA? TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA? RAIOS-X? OUTROS? NENHUM?

Cenário atual da Qualidade do Sono no Brasil

RESPOSTA RÁPIDA 44/2014 Informações sobre carbamazepina, Gardenal,Rivotril e Risperidona

Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP - 1 o semestre de 2018

VIII CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR 2011 AS CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS E AS ESPECIALIDADES NA PSICOLOGIA

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE E ÁREAS PROFISSIONAIS DA SAÚDE Resposta aos recursos Fisioterapia

Doenças do Sistema Nervoso

DOR - Quinto sinal vital. Dra. Lenny Rojas Fernandez. Disciplina de Anestesiologia Dor Terapía intensiva.

APRESENTAÇÃO E-PÔSTER DATA: 19/10/16 LOCAL: SALAS PRÉDIO IV

Depressão em mulheres

Sumário. FUNDAMENTOS DA PRÁTICA DE ENFERMAGEM 32 Capítulo 1 Introdução à Enfermagem 34. Capítulo 6 Valores, Ética e Defesa de Direitos 114

Uso de antidepressivos na clínica ginecológica

Transcrição:

DOR EXISTE UMA DISCIPLINA DA GRADUAÇÃO DA UFJF QUE ABORDA O TEMA? QUAL A SITUAÇÃO NO BRASIL? Prof. Herval de L. Bonfante Quinto sinal vital (pressão arterial-pulso-respiração e temperatura) Dor - Significado DOR ASPECTOS IMPORTANTES Sintoma comum a muitas doenças Sintoma recorrente e típico de algumas doenças Enxaqueca Osteoartrite Artrite Reumatoide A coluna partida (1944) - Frida Kahlo (1907-1954) Câncer 1

DOR Classificação Aguda DOR ASPECTOS IMPORTANTES Dor aguda Proteção alerta Crônica Dor Aguda Características: Dor Aguda Características: Início recente e duração limitada Segue-se a lesão tecidual Desaparece com a resolução do processo patológico Associa-se com alterações neurovegetativas (taquicardia, hipertensão arterial, sudorese, palidez, expressão facial de desconforto, agitação psico-motora e ansiedade) 2

Dor Aguda Características: O diagnóstico etiológico geralmente não é difícil Dor que persiste depois do tempo esperado para cura ou cicatrização (normalmente 3 meses). O controle é adequado Tem uma função biológica de alerta? Características: Duração de meses ou mais Não ocorrem respostas neurovegetativas devido a adaptação de sistemas neuronais Não tem função biológica de alerta e gera estresse físico, emocional, econômico e social 3

Gera incapacidade laborativa, alterações do sono, do apetite, da vida afetiva, social, sexual e do humor - Importância Estima-se que até 30% da população mundial sofra de dor crônica É de diagnóstico e tratamento mais difíceis DOR ASPECTOS IMPORTANTES NA AVALIAÇÃO Experiência subjetiva Não existência de teste clínico para quantificar Experiência do paciente vários fatores 4

Principais Dores Crônicas Dores articulares Osteoartrite Dores músculoesqueléticas Miofasciais Degenerativas Lombalgias Dores neuropáticas Neuropatia diabética - Outras neuropatias Causas da crescente ocorrência de dor no mundo Novos hábitos de vida Modificações do meio ambiente Maior expectativa de vida Avanço no tratamento de doenças Decréscimo da tolerância ao sofrimento do homem moderno Motivos do não Tratamento Adequado da Dor: Avaliação inadequada dos quadros álgicos e suas consequências Subestimação do sofrimento Crença de que a dor é incontrolável em várias condições Teixeira, 1998 Motivos do não Tratamento Adequado da Dor : Crença de que a dor é necessária para a elucidação diagnóstica Medo exagerado quanto ao desenvolvimento de tolerância e dependência Uso incorreto de terapias analgésicas e reabilitacionais Teixeira, 1998 5

Gêneros e Generalizada Prevalência (mundo) 11,8% (10,1-13%) Homens 7,2% (3-10,5%) Mulheres 14,7% (14,7-14,9%) (mundo) Mulheres 40% Homens 30% Croft P, et al. J Rheumatol 1993; 20(4):710-713. MacFarlane GJ, et al. J Rheumatol 1999; 26(2):413-419. Buskila D, et al. J Rheumatol 2000; 27(6):1521-1525 Dor e Envelhecimento e Depressão Envelhecimento Maior prevalência de dor Depressão Transtornos musculoesqueléticos Articulares Neurológicos Cerca de 21% das pessoas com dor crônica sofrem de depressão 6

Avaliação e Mensuração da Dor História da dor (localização, início, intensidade, características, fatores de piora e melhora, tipo da dor) Avaliação e Mensuração da Dor - Escalas Unidimensional Multidimensional Exame físico Exame neurológico Escalas Avaliação e Mensuração da Dor - Escalas Unidimensional Escalas Multidimensionais Intensidade da dor Interferência da dor na habilidade para: Caminhar Atividades diárias do paciente no trabalho Atividades sociais Humor e sono 7

Tratamento Farmacológico da Dor Analgésicos e AINES Tratamento Farmacológico da Inflamação AINES Opioides Antidepressivos Anticonvulsivantes Glicocorticoides Fármacos que atuam especificamente em citocinas ou vias do processo inflamatório. Tratamento Farmacológico da Dor Limitações Efeitos Adversos Tratamento Não Farmacológico da Dor Falha do tratamento farmacológico Limitações 8

Estudo da Dor IASP - Associação Internacional para o estudo da dor SBED Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor Virus The Doctor (O Médico) - Samuel Luke Fildes - 1891 9