CUIDADOS FARMACÊUTICOS NA DOR. Prof. Dra. Eliane Aparecida Campesatto Laboratório de Farmacologia e Imunidade Universidade Federal de Alagoas

Transcrição

1 CUIDADOS FARMACÊUTICOS NA DOR Prof. Dra. Eliane Aparecida Campesatto Laboratório de Farmacologia e Imunidade Universidade Federal de Alagoas

2 DOR Instrumento de proteção; Experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial ou descrita como tal (IASP) Experiência consciente influenciada por memórias emocionais, patológicas, genéticas e fatores cognitivos; Dificuldade de mensuração (subjetivo);

3 NOCICEPÇÃO Manifestações neurofisiológicas geradas pelo estímulo nocivo; Neurônios nociceptores; Dor Nocicepção Fonte: Fernandes, 2013.

4 Experiência Dolorosa Componentes Nocicepção Reatividade emocional

5 Dor Nocicepção Nocicepção Termo neurofisiológico que se refere aos mecanismos neurológicos através dos quais se detecta um estímulo lesivo.

6 Dor Nocicepção Dor Estado Subjetivo - ativadas as vias nociceptivas, outros fatores (sistemas endógenos de analgesia, o contexto no qual se produz a nocicepção e o estado afetivo prévio do indivíduo, influem muito na forma de sentir a dor.

7 DOR

8 Apesar do limiar de nocicepção ser constante na maioria dos indivíduos, a percepção da dor e, em conseqüência, a capacidade para suportá-la, varia muito de um indivíduo para outro.

9

10 DOR RÁPIDA ou PRIMEIRA DOR (Fibras A ) DOR DOR LENTA ou SEGUNDA DOR (Fibras C)

11 DOR AGUDA Tem função de alerta Segue-se à lesão tecidual Desaparece com o fim do processo É bem definida no tempo Associa-se a alterações neurovegetativas Raramente fatores psicológicos e ambientais a influenciam ou participam como fator primário Pode ocorrer como recidiva de processos crônicos Pode tornar-se dor crônica

12 DOR CRÔNICA Persiste após a cura da lesão ou está associada a processos patológicos por meses ou anos Não ocorrem as respostas neurovegetativas da dor aguda Pode decorrer de fatores ambientais ou psicopatológicos Gera stress físico, emocional, econômico e social relevante Seu diagnóstico e tratamento são mais difíceis

13 DOR DE ACORDO COM A ORIGEM É dividida em dor nociceptiva, dor inflamatória e dor neuropática (WOOLF, 2004).

14 Dor Neuropática dor que ocorre como uma consequência direta de uma doença ou lesão que afete o sistema somatosensorial A DN é uma síndrome dolorosa crônica em que o mecanismo que gera a dor é encontrado em algum local das vias nociceptivas, sem inicialmente estimular os nociceptores, contrariamente ao que acontece com a dor nociceptiva ou fisiológica. Vários agentes têm sido utilizados, como opioides, anticonvulsivantes, antidepressivos, entre outros.

15 Escalas

16 Escalas

17

18 Manejo da dor aguda Analgésicos não-opióides Analgésicos opióides

19 Manejo sequencial da dor Manejo da dor aguda Analgésicos não-opióides Analgésicos não-opióides + opióides Analgésicos opióides

20 ANALGÉSICOS OPIÓIDES Manejo da dor aguda MORFINA Meperidina Tramadol CODEÍNA Propoxifeno

21 ANALGÉSICOS NÃO-OPIÓIDES Manejo da dor aguda Ácido acetil salicílico Paracetamol Dipirona DOR AGUDA, LEVE A MODERADA HIPERTERMIA

22 ANALGÉSICOS NÃO-OPIÓIDES + OPIÓIDES Manejo da dor aguda Paracetamol + Codeína DOR AGUDA MODERADA OU NÃO RESPONSIVA

23 Manejo da dor aguda com MIPS Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) e analgésicos Não-Opióides O que escolher??? Considerar características dos pacientes Paracetamol mais seguro em pacientes complicados Equivalência terapêutica

24 AGENT E CONTRA-INDICAÇÕES GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO HEPÁTICA AAS Alergia/Asma Alterações de Coagulação Úlcera péptica Crianças Viroses D Evitar TFGE <10 ml / min: evitar o uso. Evitar na doença hepática grave Avoid Child- Pugh C index Uso em adultos: Dose analgésica e antitérmica: 325 a 650 mg cada 4 a 6 horas, enquanto necessário. Uso em crianças: Dose analgésica e antitérmica: 10 a 15 mg/kg por dose a cada 4 a 6 horas, enquanto necessário.

25 AGENTE CONTRA- INDICAÇÕES GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO HEPÁTICA DIPIRONA Alergia/Asma/Rinite Porfiria/Risco de hemólise Distúrbio medular C Compatível Em pacientes com insuficiência renal, evitar o uso de altas doses de dipirona. À curto prazo não é necessária redução da dose. Em pacientes com insuficiência hepática, evitar o uso de altas doses de dipirona. À curto prazo não é necessária redução da dose. Uso em adultos e adolescentes acima de 15 anos: 1 a 2 comprimidos de 500 mg até 4 vezes ao dia.

26 AGENTE PARACETAMOL CONTRA- INDICAÇÕES Alergia Distúrbios hepáticos graves GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO HEPÁTICA B Compatível TFGE ml/min: administrar a cada 6 horas. Utilizar com cautela. Evitar o uso crônico na IH TFGE < 10 ml/min: administrar a cada 8 horas. Not exceed 2 g/24 h Uso em adultos e crianças de 12 anos ou mais ---- Não exceder o total de 4 g em 24 horas. Apresentação de 500 mg: 1 a 2 comprimidos, 3 a 4 vezes ao dia. Não exceder 8 comprimidos, em doses fracionadas, em um período de 24 horas. Apresentação de 750 mg: 1 comprimido, 3 a 5 vezes ao dia. Não exceder 5 comprimidos, em doses fracionadas, em um período de 24 horas.

27 Biotransformação do paracetamol Sulfotransferase Glicuronil transferase Oxidase de função mista P450 Intermediário tóxico Glutationa S transferase Ligação covalente ao grupo SH da proteína MORTE CELULAR

28 PARACETAMOL N-hidroxilação mediada pelo citocromo P 450 N-acetil-acetaminofeno (intermediário altamente reativo para grupos sulfidrílicos) Reação com os grupos sulfidrílicos do glutation Altas doses esgotam a glutation e ocorre as reações com as proteínas hepáticas Antidoto administração de compostos sulfidrílicos N- acetilcisteína

29 AGENTE CONTRA-INDICAÇÕES GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO HEPÁTICA NAPROXENO Alergia/Asma/Rinite < 2 anos Problemas hemorrágicas Úlcera péptica D Não determinado TFGE <30 ml / min: evitar o uso. Não é necessário ajuste Analgésico e antitérmico: iniciar com 500 mg; a seguir 250 mg a cada 6 ou 8 horas, se necessário.

30 AGENTE CETOPROFENO CONTRA- INDICAÇÕES Alergia/Asma/Rinite Alterações hemorrágicas Úlcera péptica GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO HEPÁTICA D Não determinado - Comprometimento mínimo: dose máxima: 150 mg / dia. - TFGE <25 ml /min: dose máxima: 100 mg / dia. Albumina <3,5 g / dl: dose máxima: 100 mg / dia. Uso em adultos: 2 cápsulas 2 vezes ao dia, às refeições; ou 1 cápsula 3 vezes ao dia, às refeições. Uso em crianças: Eficácia e segurança não estabelecidas.

31 AGENTE IBUPROFENO CONTRA- INDICAÇÕES Alergia/Asma/Rinite Diatéses hemorrágicas Úlcera péptica GRAVIDEZ AMAMENTAÇÃO FUNÇÃO RENAL FUNÇÃO HEPÁTICA D compatível Recomenda-se o uso da medicação com função renal preservada. Evitar na doença hepática grave Precaution A dose média para adultos é de 1 comprimido de 300 mg, 2 a 3 vezes ao dia, ou 1 comprimido de 600 mg, 1 a 2 vezes ao dia, segundo necessidade particular de cada caso. Se necessário, um comprimido adicional poderá ser indicado ao deitar. Uso em crianças: (maiores de 6 meses) A posologia recomendada pode variar de 1 a 2 gotas/kg (50 mg/ml) peso, em intervalos de 6 a 8 horas, ou seja, de 3 a 4 vezes ao dia, não excedendo o máximo de 40 gotas por dose.

32 DOR DE GARGANTA Comissão de Farmácia de Dispensação do CRF-PR, 2014

33 CEFALÉIA E ENXAQUECA Comissão de Farmácia de Dispensação do CRF-PR, 2014

34 DORES OSTEOMUSCULARES Comissão de Farmácia de Dispensação do CRF-PR, 2014

35 DOR DE DENTE OU GENGIVA Comissão de Farmácia de Dispensação do CRF-PR, 2014

36

37 Obrigada!!!!!!! Aspirai as alturas e não medis esforços para alcança-la White (escritora americana). eliane_campesatto@hotmail.com elianecampesatto