RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)

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1/7 RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR - 155º CIRE REFª: Nome: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva

Vila Nova de Famalicão - Tribunal Judicial da Comarca de Braga Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão - Juiz 1

1/11 RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR - 155º CIRE REFª: Nome: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva

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CONCLUSÃO

Nova de Gaia. 1º Juízo Processo nº 19/09.6TYVNG Insolvência de ILHARGA Indústria de Mobiliário, Lda

RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL. Armando Jorge Macedo Teixeira foi, por sentença de 11 de janeiro de 2019, declarado em situação de Insolvência.

Famalicão. Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na

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J1 Processo nº 8199/15.5T8VNG Insolvência de Pedro Miguel Moreira da Silva, Unipessoal, Lda.

de Amarante Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do

4º Juízo Cível V/Referência: Processo nº 2016/12.5TJVNF Data: Insolvência de VILCAMBAS Transformação, Indústria, Comércio de Madeiras, Lda.

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CONCLUSÃO =CLS= Proc.Nº 2952/17.2T8BRR. Insolvência pessoa singular (Apresentação)

Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na. Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão,

do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte

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(Termo eletrónico elaborado por Escrivão Adjunto Paula Leite) =CLS=

Vila Nova de Famalicão - Tribunal Judicial da Comarca de Braga Juízo de Comércio de Vila Nova de Famalicão - Juiz 2

de Famalicão 2º Juízo Cível Processo nº 1696/11.3TJVNF Insolvência de CSAG Promoção Imobiliária & Construção Civil, Lda.

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Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta

Famalicão. Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na

Transcrição:

2015 RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal da Comarca de Vila Real Chaves Instância Local Secção Cível J1 Processo n.º 547/15.4T8CHV Nuno Albuquerque Antunes e Durães, Ldª 12-06-2015

Índice ÍNDICE... 2 1. INTRODUÇÃO... 4 2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE... 5 2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE... 5 2.3. COMISSÃO DE CREDORES... 6 2.4. ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA... 6 2.5. DATAS DO PROCESSO... 6 3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª... 7 3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS... 7 3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS... 8 3.4. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCE A ACTIVIDADE... 11 3.5. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA... 12 4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA... 13 5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA... 15 5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA... 15 5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE RECUPERAÇÃO... 15 5.1. LINHAS ORIENTADORAS DO PLANO DE RECUPERAÇÃO... 16 5.1.1. Bases principais... 18 5.1.2. Definição das necessidades... 19 5.1.3. Posições jurídicas dos credores da insolvência... 20 5.4. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES... 20 2

5.4.1. Cenário 1 Aprovação de elaboração de plano de recuperação... 20 5.4.2. Cenário 2 Liquidação imediata... 24 6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO... 25 6.1. EVENTUAL APLICAÇÃO DO ART.º 232.º DO CIRE... 25 6.2. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA... 25 6.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES... 25 6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA... 26 6. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE)... 27 7. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)... 30 3

1. INTRODUÇÃO Pela trabalhadora Sara Raquel Gonçalves Vieira, foi requerida a insolvência de Antunes e Durães, Ldª, tendo sido proferida sentença de declaração de insolvência em 7 de Maio de 2015. Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve elaborar um relatório contendo: a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c) do n.º 1 do artigo 24.º; b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião sobre os documentos de prestação de contas e de informação financeira juntos aos autos pelo devedor; c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os credores nos diversos cenários figuráveis; d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do mesmo; e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para a tramitação ulterior do processo. Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores. Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem o administrador apresentar o seu relatório. O Administrador da Insolvência 4

2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE 2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE SOCIEDADE Antunes e Durães, Ldª NIPC 503 694 541 SEDE Rua do Olival, Centro Comercial Charlot, piso 2, loja 43, 5400-093 Chaves MATRICULA OBJECTO SOCIAL Conservatória do Registo Comercial de Braga Indústria da construção civil. Empreitada de obras públicas; construção de urbanizações e loteamentos; construção de parques e recintos desportivos. CAPITAL SOCIAL 500.000,00 Sócio-Gerente Quota 60.000,00 % 12 % Sócio-gerente Quota 60.000,00 % 12 % Sócio-gerente Quota 15.000,00 % 3 % Sócio-gerente Quota 15.000,00 % 3 % Sócio Quota 350.000,00 % 70 % Francisco Alexandre Durães Ferreira João Filipe de Oliveira Antunes Manuel Nuno da Cunha Antunes Maximino José Durães Ferreira Antunes & Durães SGPS Ldª 5

FORMA DE OBRIGAR Com a assinatura de dois gerentes, designadamente Francisco Alexandre Durães Ferreira e João Filipe Oliveira Antunes. 2.3. COMISSÃO DE CREDORES Não nomeada. 2.4. ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA Nuno Albuquerque - NIF/NIPC: 188049924 Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado 3033 4710-358 Braga Telef: 253 609310 253 609330 917049565-962678733 E-mail: nunoalbuquerque@nadv.pt Site para consulta: ; 2.5. DATAS DO PROCESSO Declaração de Insolvência Data e hora da prolação: 07-05-2015 pelas 15h00m Publicado no portal Citius 08/05/2015 Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos. Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: 22-06-2015 pelas 14h30m 6

3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª 3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS Dispõe a alínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor deve juntar, entre outros, documento em que se explicita a actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos últimos três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o que entenda serem as causas da situação em que se encontra. A devedora procedeu, de acordo com o disposto no nº 1 do artigo 24º do CIRE, à junção dos seguintes documentos: a) Certidão permanente; b) Lista de funcionários activos; c) IES dos anos de 2011, 2012 e 2013; d) IRC Modelo 22 dos anos de 2011, 2012 e 2013; e) Descrição de bens; f) Mapa de depreciações e amortizações do ano de 201 4; g) Relação de fornecedores; h) Balancete geral acumulado de 2014. 7

3.2. EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS Em referência à actividade a que a sociedade se tenha dedicado nos últimos três anos de actividade verifica -se que esta se dedicou à indústria da construção civil ; empreitada de obras públicas; construção de urbanizações e loteamentos; construção de parques e recintos desportivos. Actividade CAE 42990 - Construção de outras obras de engenharia civil n.e. A explicitação da actividade da empresa nos últimos três anos resulta, de uma forma mais rigorosa, de uma análise à informação contabilística disponível da sociedade. Assim, é possível verificar a evolução do volume de negócios da insolvente e dos respectivos custos e perdas. EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS Ano 2011 2012 2013 2014 (Balancete Dezembro) Volume de Negócios 2.064.290,99 1.266.760,02 943.928,85 257.494,08 Tendo em conta os valores constantes da Tabela supra, constata-se que o volume de negócios da insolvente diminuiu na ordem dos 87 % entre os anos de 2011 e 2014. 8

EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS Rubricas 2011 2012 2013 2014 (Balancete Dezembro) CMV FSE 491.987,49 208.826,54 432.057,15 98.895,92 1.014.353,58 672.108,21 223.918,54 78.236,31 Custos com o Pessoal 582.495,47 549.992,10 348.572,54 165.785,81 Outros Custos Perdas Totais e 181.891,24 122.375,26 161.282,16 29.977,27 2.270.727,78 1.553.302,11 1.165.830,39 372.895,31 Em relação ao valor das rubricas correspondentes à classe de custos e perdas, entre os anos 2011 e 201 3, estes sofreram uma diminuição de cerca de 48 %. Nota: No balancete de Dezembro de 2014 ainda não se encontram reflectidas as depreciações/amortizações, pelo que o valor apresentado não é definitivo. RESULTADOS LÍQUIDOS Ano 2011 2012 2013 Total ( 36.212,60) 159.795,40 1.690,34 9

Os resultados líquidos referentes ao exercício económico de 2011 são negativos, verificando-se a falta de rentabilidade da sociedade insolvente nesse ano. Contudo, em 2012 e 2013, a sociedade apresentou resultados líquidos positivos, sendo que está previsto para o ano de 2014 um resultado negativo em 162.614,14. Balanços Históricos Activos Fixos Tangíveis Ano 2011 2012 2013 2014 (Balancete Dezembro) Total 232.765,54 196.619,58 159.286,02 29.369,72 Nos últimos exercícios em que a sociedade apresentou contas não se verificam alterações acentuadas no saldo da rubrica de Activos Fixos Tangíveis. Existências/Inventários Ano 2011 2012 2013 2014 (Balancete Dezembro) Total 80.124,88 67.378,56 58.837,15 60.396,15 10

Dívidas de Terceiros/Clientes Ano 2011 2012 2013 2014 (Balancete Dezembro) Total 1.953.012,91 2.011.757,65 1.692.046,58 490.907,94 A insolvente relaciona uma listagem de dívidas de terceiros com um saldo de 490.907,94 (Balancete de Dezembro de 2014). Contudo, importa apurar o grau de cobrabilidade dos respectivos créditos, diligências estas que se encontram em curso, sendo certo que será possível desde já dizer-se que grande parte dos créditos em causa dizem respeito a créditos de correntes da actividade normal da sociedade e que foram, no entretanto, já recebidos no âmbito do desenvolvimento da mesma. Passivo Ano 2011 2012 2013 Total 2.922.251,18 2.735.260,28 1.946.267,44 O passivo da insolvente tem vindo a diminuir. No entanto, é notória a situação de insolvência da sociedade. 3.4. ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCE A ACTIVIDADE A sociedade tem a sua sede registada na Rua do Olival, Centro Comercial Charlot, piso 2, loja 43, 5400-093 Chaves. 11

3.5. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA Aquelas que serão as causas da insolvência resultam de uma análise à informação contabilística disponível da sociedade, bem como das razões elencadas pela insolvente. Deste modo, indicam-se os motivos justificativos que foram possíveis apurar da actual situação de ins olvência da sociedade: A insolvente foi constituída em Novembro de 1996 e tem como objecto a indústria da construção civil; empreitada de obras públicas; construção de urbanizações e loteamentos; construção de parques e recintos desportivos ; A diminuição do número de adjudicações e o pagamento tardio dos clientes originou dificuldades de tesouraria; Dada a falta de pagamento, a trabalhadora Sara Raquel Gonçalves Vieira veio requerer a insolvência da sociedade; Contudo, é intenção da insolvente a apresenta ção de um Plano de Insolvência com o objectivo de conseguir solver todos os seus compromissos e prosseguir a sua actividade. 12

4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve o Administrador da insolvência efectuar uma análi se do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião sobre os documentos de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo devedor. A contabilidade da empresa foi processada internamente, sob a responsabilidade técnica do TOC com o NIF 142 345 660. Em termos gerais, a contabilidade tem de transmitir uma imagem verdadeira e apropriada da realidade económica e financeira da sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de entidades com as quais se relaciona, nomeadamente investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, clientes, Estado e outros. Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comerciais são obrigadas a dispor de contabilidade organizad a nos termos da lei comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da contabilidade superiores a 90 dias. Da análise dos documentos juntos relativos aos exercícios de 201 1 a 2013, verifica-se que a contabilidade da sociedade satisfaz os princípios de natureza comercial e fiscal e permitem apurar, àquela data, a respectiva verdadeira posição financeira, o que, foram apresentadas. 13

EXACTIDÃO DO BALANÇO APRESENTADO De acordo com o que foi verificado, concluímos que foram adoptados os procedimentos contabilísticos que decorrem do SNC Sistema de Normalização Contabilística. SITUAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO COMERCIAL As contas dos exercícios de 2011 a 2013 foram depositadas na Conservatória do Registo Comercial, conforme determinado por lei. CRITÉRIOSVALORIMÉTRICOS Existências/ Inventários As existências encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, respeitando o princípio contabilístico do custo histórico. Ativos Fixos Tangíveis Não resulta dos elementos facultados que os activos fixos tangíveis não tenham sido contabilizados pelo respectivo valor de aquisição. Os valores apresentados no balanço não incluem reavaliações efectuadas ao abrigo dos diplomas legais bem como reavaliações extraordinárias, conforme referido nos diplomas legais utilizados na reaval iação de imobilizado. 14

5. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA 5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA A devedora manifestou a intenção em apresentar um Plano de Recuperação, de forma a reestruturar o respectivo passivo. A possibilidade de manutenção da empresa será determinada pela vontade dos credores em fazer aprovar um Plano de Recuperação, que integre um plano de negócios capaz de inverter a situação actual da empresa e rentabilizar o respectivo activo. 5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE RECUPERAÇÃO Os activos da empresa são, essencialmente, constituídos por activos fixos tangíveis, dívidas de clientes (conta 2.1) e de forma residual, disponibilidades (valores depositados em bancos e no caixa social). Num cenário de Insolvência da sociedade dever-se-á considerar que uma liquidação normal poderia não servir totalmente os interesses dos credores, pois a valorização do imobilizado apenas seria passível de se lograr através do uso da continuidade da exploração do estabelecimento. Tendo em conta o supra exposto, a possibilidade de manutenção da empresa será determinada pela vontade dos credores em 15

fazer aprovar um Plano de Recuperação, que integre um plano de negócios capaz de inverter a situação actual da empresa e rentabilizar o respectivo activo. Na base desse Plano deverão estar condições um Plano de Negócios capaz que garanta um volume de negócios que perspectivasse a recuperação da insolvente. Num cenário de Insolvência da sociedade dever-se-á considerar que uma liquidação normal poderia não servir totalme nte os interesses dos credores, pois, só mantendo a actividade da insolvente, será possível gerar valores que permitam o pagamento integral dos créditos. Assim, a signatária não exclui a possibilidade de se ponderar como solução mais optimizada para a sociedade e respectivos credores, a eventual aprovação por esta Assembleia de um Plano de Recuperação, tal como previsto no n.º 1 do art.º 192.º do CIRE. 5.1. LINHAS ORIENTADORAS DO PLANO DE RECUPERAÇÃO O Plano a ser elaborado e submetido a aprovação da assembleia de credores deverá visar a estrutura orgânica de funcionamento da empresa, os investimentos necessários (se existirem), os recursos humanos necessários (se possível tomando como referência o quadro actual ), a estratégia comercial a utilizar com vista a permitir a manutenção da produção e a v alorização do know-how intrínseco da empresa. 16

Dessa forma procurar-se-á assegurar mercado que a sociedade possui, valorizando as suas mais-valias capazes de relançar a sua actividade. Na base deste Plano terá que estar a manutenção da relação com os fornecedores e clientes de referência da sociedade capazes de garantir a qualidade do serviço que a sociedade tem para oferecer. Só dessa forma será possível gerar um volume de negócios que perspective a recuperação da insolvente. Assim, no âmbito dos trabalhos já desenvolvidos para a sustentação do referido Plano, e para perceber da sua viabilidade, teve-se presente o tipo de produtos que a empresa tem para oferecer. Ou seja, foi objectivamente necessário perceber atomicamente o negócio. Foram igualmente elaboradas contas de exploração previsionais da sociedade, na hipótese da manutenção da actividade, para os anos de 2015 e 2016. Assim, o plano de negócios em estudo pela gerência aponta para a reestruturação financeira da sociedade, tendo os respectivos sócios manifestado disponibilidade para reforçar os investimentos financeiros na sociedade de forma a permitir criar alguma liquidez. Naturalmente que este reforço de investimento terá que ser efetuado de forma faseada e de forma a permitir o relançamento da atividade da sociedade, em estreita colaboração com os principais credores, designadamente, as instituições bancárias. 17

Estas e outras ideias poderão ser desenvolvidas, estruturadas, e fundamentadas, quer sob o ponto de vista técnico, quer sob o ponto de vista financeiro, pela devedora, em conjugação com a Comissão de Credores, sendo sujeita a aprovação pela Assembleia de Credores. Sem prejuízo, e de forma resumida, poder-se-ão desde já apontar as seguintes grandes linhas orientadoras quanto ao Plano de Recuperação a ser elaborado: 5.1.1. Bases principais a) A viabilidade económica da empresa, passará sempre pelo princípio da defesa do interesse dos credores, com vista à recuperação total da mesma, nos termos do plano a elaborar, de acordo com a intenção manifestada pela própria, pela devedora e a aprovar em Assembleia de Credores. b) O Plano de Recuperação deverá passar por um conjunto integrado de medidas económicas e financeiras, capazes de garantir a sustentabilidade da empresa, tendo como linha os seguintes objectivos principais i. Dotar a empresa de uma estrutura de Capitais Permanentes saudável. ii. iii. iv. Dispor de um adequado Fundo de Maneio. Utilizar o apoio da Banca para Financiamentos Projecto a Projecto. Estabelecer um prazo para eventual retenção de Fundos Libertos. 18

v. Elaboração de um Plano de Negócios sustentável tendo por base a capacidade de produção da empresa e um volume de vendas previsional. vi. Diversificar mercados. vii. Possibilidade de divisão do período do Plano em 2 ciclos: o De Recuperação o De Expansão viii. Manter como objectivos permanentes: o Conseguir um desenvolvimento au tosustentável; o Direccionar os meios para atingir, com velocidade crescente, uma capacidade anual compatível com as necessidades da empresa. 5.1.2. Definição das necessidades a) Imediatas: I) A nível Financeiro - Fundo de Maneio - Perdão de Dívida - Pagamento a Credores - Consolidação da Divida - Investimento próprio - Eventual aumento do Capital - Financiamento de Projectos II) A nível Económico - Obter interessados na aquisição dos imóveis (apartamentos) já concluídos. 19

b) A prazo: I) A nível Financeiro - Eventual possibilidade de retenção de Fundos Libertos em 2 fases II) A nível Económico - Aumentar o peso do R.A.I. (resultados antes de impostos) sobre o valor das Vendas para uma percentagem a definir e que garanta a sustentabilidade da empresa. 5.1.3. Posições jurídicas dos credores da insolvência Em termos de alterações decorrentes do Plano de Recuperação para as posições jurídicas dos credores da insolvência, terão as mesmas que ser desenvolvidas, estruturadas, e fundamentadas, quer sob o ponto de vista técnico, quer sob o ponto de vista financeiro, pela empresa e pelos principais credores, sendo sujeita a aprovação pela Assembleia de Credores. 5.4. CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES 5.4.1. Cenário 1 Aprovação de elaboração de plano de recuperação É no contexto da possível recuperação da empresa através da medida da reestruturação a apresentar em hipotético plano de insolvência, que os Credores têm de se pronunciar, em alternativa ao encerramento da sociedade e à liquidação do seu activo. 20

Assim propõe-se: A) CONSTITUIÇÃO DA MASSA INSOLVENTE EM ACTIVIDADE - EXPLORAÇÃO DA EMPRESA EM PROCESSO DE INSOLVÊNCIA 1) Manutenção em actividade compreendid a na Massa Insolvente. 2) Os clientes e fornecedores da massa insolvente e entidades relacionadas os fornecedores em geral, os trabalhadores, as instituições financeiras e as entidades do sector público estatal passam a deter créditos sobre a massa e são pagos por esta. O pagamento das dívidas da massa insolvente rege-se/reger-se-á pelo estabelecido nos art. 51.º e 172.º, n.º 2 do C.I.R.E. B) A ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA EM ACTIVIDADE 1) A gestão será assegurada e da responsabilidade dos actuais responsáveis da devedora, atenta a necessidade de se assegurar o know -how necessário para o prosseguimento da actividade no sector. 2) Os actos de gestão serão objecto de supervisão e fiscalização por parte do Administrador da Insolvência, pelo que no âmbito do artigo 226.º do C.I.R.E a remuneração do administrador de insolvência deverá adequar-se à funções a 21

exercer, tendo em conta a complexidade e o âmbito das diligências a desenvolver no exercício das funções bem como as contas de exploração da empresa e os encargos tidos com os respectivos colaboradores e órgãos sociais, devendo auferir uma remuneração mensal equivalente a metade da gerência, a que acrescerão as despesas de deslocação, desde a sua nomeação até ao trânsito em julgado da sentença de homologação do Plano de Insolvência. 3) Assim, no âmbito da supervisão e fiscalização por parte do Administrador de Insolvência, deverá ser necessária a sua expressa autorização para os seguintes actos: i) Alienações e aquisições de bens do imobilizado corpóreo; ii) Prática de todos os actos de gestão da Devedora de valor superior a 5.000,00 (cinco mil euros); iii) Admissão de pessoal e assinatura de contratos; iv) Qualquer alteração na organização da gestão do estabelecimento ou aos contratos que se encontrem em vigor. 22

C) APRESENTAÇÃO DE UM PLANO DE RECUPERAÇÃO 1) Suspensão da Liquidação e partilha da Massa Insolvente, já que a mesma se torna essencial à recuperação da Insolvente. 2) Elaboração de um Plano de Insolvência, nos termos do Título IX do C.I.R.E., com o apoio das entidades referidas no n.º 3 do artigo 193.º do C.I.R.E., sujeito a aprovação pela Assembleia de Credores. 3) Prazo para apresentação do Plano de Insolvência: 60 dias. 4) No cumprimento da regra/obrigação imposta pelo disposto no art.º 155.º n.º 1 alínea d) do CIRE, o Administrador de Insolvência propõe-se auferir, pela negociação/elaboração do Plano de Insolvência a remuneração de 7.000,00 (Sete mil euros), acrescido de IVA, valor que tem em consideração o valor dos créditos reclamados, o número de credores, o valor do património da insolvente e a complexidade do documento a apresentar em sede de Assembleia de aprovação do Plano de Insolvência, sendo tais valores directamente pagos pela devedora a partir das disponibilidades da massa insolvente. 23

5.4.2. Cenário 2 Liquidação imediata O Cenário de Liquidação dos activos da devedora determinará o encerramento da empresa e seguintes consequências: 1) Risco de perda de valor comercial dos bens que integram o ativo da sociedade; 2) Probabilidade de liquidação ser encerrada mais cedo, mas com proventos menores. Assim, proceder-se-á, no âmbito da liquidação do activo, à venda dos activos equipamentos e stocks, e recebimento de clientes. O cenário de liquidação não deixará de acarretar perdas substanciais na venda do activo da sociedade. Aliás, no actual contexto de mercado os bens móveis da devedora têm um valor muito inferior ao valor contabilístico apresentado nos balanços. Estima-se no cenário de liquidação que os credores comuns nada receberão. 24

6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO 6.1. EVENTUAL APLICAÇÃO DO ART.º 232.º DO CIRE Verificando o administrador da insolvência que a massa insolvente é insuficiente para a satisfação das custas do processo e das restantes dívidas da massa insolvente dá conhecimento do facto ao juiz art.º 232.º do CIRE. Ora, nos presentes foram apreendidos bens, não se vislumbrando a ocorrência do circuns tancialismo previsto no art.º 232º CIRE. 6.2. DIMENSÃO DA EMPRESA ENQUANTO SOCIEDADE ACTIVA Nos últimos exercícios económicos em que a sociedade elaborou a declaração modelo 22 de IRC, ou seja, 2011 a 2013 e em que se manteve como sociedade activa, os resultados líquidos foram nos montantes de ( 36.212,60), 159.795,40 e 1.690,34 respectivamente. 6.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES Activos Fixos Tangíveis (Imobilizado corpóreo) Nos últimos exercícios em que a sociedade apresentou contas não se verificam alterações acentuadas no saldo da rubrica de Activos Fixos Tangíveis. 25

Clientes /outras contas a receber (créditos sobre terceiros) A insolvente relaciona uma listagem de dívidas de terceiros com um saldo de 490.907,94 (Balancete de Dezembro de 2014). Contudo, importa apurar o grau de cobrabilidade dos respectivos créditos, diligências estas que se encontram em curso, sendo certo que será possível desde já dizer-se que grande parte dos créditos em causa dizem respeito a créditos decorrentes da actividade normal da sociedade e que foram, no entretanto, já recebidos no âmbito do desenvolvimento da mesma. 6.4. DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do incidente de qualificação da insolvência, na sentença que declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de qualificação, com caráter pleno ou limitado cfr. al. i) doa rt.º 36.º do CIRE. Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não foi declarado, desde logo, aberto aquele incidente. 26

6. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) Bens Móveis Depositados na Rua São Domingos n.º 93 Braga Verba 1 Descrição Fotografia Valor 5 Secretárias em madeira de cor branca, 7 armários em madeira com estantes, 11 cadeiras metálicas com fórmica, 5 poltronas, 1 micro-ondas LG, torradeira Bosh, multifunção Canon IRC 2380-I, 5 Cpu`s, 5 monitores TFT, 4 teclados, 1 impressora a laser Samsung 200,00 Lugar das 7 Fontes Perto do Parque Industrial 7 Fontes São Vitor Braga (Perto do oficina Auto Este) Verba 2 Descrição Fotografia Valor Tipo de Veículo: Ligeiro de Mercadorias Marca: TOYOTA Modelo: DYNA Matrícula: 41-81-ZT Ano: 2005 Combustível: Gasóleo Lotação: 6 Lugares 7.500,00 OBS: Cabine dupla Valor de venda apurado em consulta do site de venda www.standvirtual.pt, em 12 de Junho de 2015 27

Verba 3 Descrição Fotografia Valor Tipo de Veículo: Ligeiro de Mercadorias Marca: TOYOTA Modelo: DYNA Matrícula: 48-LA-42 Ano: 2010 Combustível: Gasóleo 12.500,00 Lotação: 3 Lugares Valor de venda apurado em consulta do site de venda www.olx.pt, em 12 de Junho de 2015 Verba 4 Descrição Fotografia Valor Tipo de Veículo: Ligeiro de Mercadorias Marca: TOYOTA Modelo: HILUX Matrícula: 18-HZ-39 Ano: 2009 Combustível: Gasóleo 12.000,00 Lotação: 3 Lugares Valor de venda apurado em consulta do site de venda www.standvirtual.pt, em 12 de Junho de 2015 28

Verba 5 Descrição Fotografia Valor Tipo de Veículo: Ligeiro de Mercadorias Marca: OPEL Modelo: ASTRA H SPORT VAN Matrícula: 27-JD-68 Ano: 2010 Combustível: Gasóleo 10.600,00 Lotação: 2 Lugares Valor de venda apurado em consulta do site de venda www.standvirtual.pt, em 12 de Junho de 2015 29

7. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) Em anexo. 30