UFRRJ. VII Semana de Extensão. Idosos. Amazônia FEAC. Tratamento de Água. Avaliação de Extensão. Sementes da Reintegração



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Transcrição:

Wwww.ufrrj.br/portal/revista_ext/revista.html ANO 1 Nº 02 Novembro - Dezembro 2008 EXTENSAO UFRRJ VII Semana de Extensão Mais de 60 projetos ganham espaço Idosos Convivência social e qualidade de vida Amazônia Grupo de estudos em estágio de vivência FEAC Ações culturais para as comunidades Tratamento de Água Cidadania e capacitação de professores e alunos Avaliação de Extensão Diálogo permanente com a sociedade Sementes da Reintegração Curso transforma detentos em agentes de reflorestamento UFRR

Campanha Publicitária: Nildo Marques e Salete Pena Laboratório do Instituto de Química Nosso saber está na natureza.

Amazônia Foto: Acervo GEA Conheça o grupo de estudantes que realiza estudos dos mais variados temas a respeito da região amazônica, visando formação profissional por meio da troca de experiências com comunidades tradicionais GRUPOS ORGANIZADOS Mda da de Estudos GrupoMde O cotidiano ribeirinho

Foto: Acervo GEA E Estudantes participam da descasca de mandiocas para produção de farinha Com este pensamento, os integrantes do GEA começaram a direcionar o conhecimento produzido para esta "especialização em Amazônia". Assim, começaram a realizar constantes reuniões de estudo, que abordam os mais variados temas: política, meio ambiente, agricultura familiar, cultura, educação, comunidades extrativistas, etc. Em 2005, o Foto: Acervo GEA m uma grande universidade, um dos sentimentos mais comuns é a saudade de casa. Estudantes de todo o país acabam tendo de se afastar dos pais e dos amigos em busca do sonho de se formar na faculdade que desejam. Na maioria dos casos, a ida para a universidade significa se aproximar de um grande centro e iniciar uma carreira por lá, afastando-se cada vez mais da terra natal. Porém, na Universidade Rural, há um grupo que pensa de maneira bem diferente disto. Trata-se do GEA, o Grupo de Estudos da Amazônia. Fundado em 2004 por alunos vindos das diversas regiões do país, o grupo inicialmente promovia estudos e pesquisas a respeito da Amazônia. A troca de informações era intensa e logo se percebeu que esse conhecimento poderia ser aproveitado também para a formação profissional de cada um. Foi assim que se observou o potencial do que estava sendo desenvolvido. Para muitas profissões, a região Norte representa uma boa oportunidade de carreira. No entanto, com cultura e clima bem diferentes do que é visto no sudeste, nem sempre os ensinamentos e técnicas aprendidos aqui servirão para um local tão distante. É necessário passar por certas adaptações. Meninos da comunidade auxiliam estudantes na exploração da região de várzea Com este pensamento, os inte GEA oficializou-se como Grupo de Extensão cadastrado no decanato de extensão da UFRRJ. Em meio a estes estudos, surgiu a idéia de se fazer um estágio de vivência na Região Amazônica, que seria a oportunidade dos alunos observarem na prática os conhecimentos adquiridos durante os estudos, além da troca de experiências com aqueles que vivem no ambiente. Desta forma, surgiu a 1ª edição do Estágio de Vivência Ação-Integração: Abordagens Múltiplas na Amazônia Oriental. Sentindo na pele O estágio de vivência é visto pelo grupo como a máxima oportunidade de se aproximar da realidade estudada. Bernarda e Nayane, integrantes do GEA que participaram do estágio realizado em 2007, comentam que este tipo de atividade proporciona ao aluno conhecer o dia-a-dia da região, preparando-o, inclusive, para atuar como profissional. O já citado estágio se deu no ambiente das Casas Familiares Rurais (CFR) e contou com a parceria da ARCAFAR/PA (Associação Reginal das Casas de Familiares Rurais) que é uma organização não governamental sem fins lucrativos, atuan-

Foto: Acervo GEA Compartilhando a experiência Integrantes do CFR-Cametá e estudantes preparam área para plantio Esta reflexão fortalece a idéia de que o Estágio visa também a formação de profissionais conscientes de sua participação na sociedade. "Nossa intenção não é a de impor nossos conhecimentos, mas sim conhecer a realidade e os procedimentos deles. O estágio serviu para entendermos que é incoerente trazer idéias prontas", contam. Foto: Acervo GEA O estágio envolveu 17 estudant te em vários estados do país e responsável por representar e garantir os princípios filosóficos e metodológicos das CFRs. O estágio envolveu 17 estudantes de diversos cursos da UFRRJ. Os Alunos foram divididos em equipes para dois municípios do Estado do Pará: Cametá e Igarapé-Miri, a fim de conhecer o modo de viver e trabalhar das comunidades. As CFRs são associações educativas que adotam a pedagogia da alternância, envolvendo as famílias, os estudantes e uma equipe pedagógica em todo o processo educativo. O intuito é de formar produtores rurais com práticas direcionadas para a realidade local, evitando o êxodo e a falta de expectativas para os jovens. À primeira vista, o projeto pode parecer mais uma investida da universidade para levar conhecimento acadêmico para essas comunidades, mesmo que distante dos portões da instituição. No entanto, Bernarda e Nayane mostram que a idéia é outra: "nós vamos para observar, e não para intervir na realidade deles". As meninas explicam que, uma vez que não se pode fazer um trabalho com continuidade na região, ficaria difícil construir projetos junto com as comunidades visitadas. No ano seguinte ao estágio, ou seja, agora, em 2008, o GEA preparou e realizou um evento para trazer aos demais alunos da Rural o que aprenderam no mês em que estiveram na região Norte. O seminário teve o nome de "Abordagens Múltiplas na Amazônia Oriental", e ocorreu no salão Paulo Freire, de 8 a 11 de setembro. O evento foi uma apresentação de tudo o que foi visto e feito pelo grupo junto com as CFRs de Cametá e Igarapé-Miri. O Seminário contou com a participação de dois alunos e um monitor da CFR, além do Presidente da ARCAFAR/PA. Estes vieram para acompanhar e expor seus pontos de vista sobre a experiência que tiveram com os estudantes da Universidade Rural durante o estágio de vivência. Tudo isto só veio confirmar para as pessoas que freqüentam periodicamente as reuniões do GEA que o trabalho está sendo feito no caminho certo. O grupo aproveita para convidar toda a comunidade acadêmica para participar de seus encontros. As reuniões acontecem às terças, a partir das 19:15h na sala do Ajuri no Espaço de convivência, próximo ao alojamento. Contatos e informações: geaufrrj@yahoo.com.br. E Integrante do CFR e estudante retiram peixes do tanque de criação

Foto: Acervo PAISLPI Dona Helenice Paiva, desenvolvendo habilidades manuais

Campanha Publicitária: Nildo Marques e Salete Pena Pátio interno do Instituto de Química Nosso saber está na natureza.