REFLEXÕES SOBRE O USO DO PARADIDÁTICO NO ENSINO SUPERIOR

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Transcrição:

1 REFLEXÕES SOBRE O USO DO PARADIDÁTICO NO ENSINO SUPERIOR Luciana Bessa Silva Faculdade Leão Sampaio (bessaluciana@hotmail.com) RESUMO A leitura não deve ser encarada somente como um ato obrigatório pelo simples fato de que ler é importante para o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo. É preciso vê o ato de ler, também, como um momento de prazer, de entretenimento, descontração e descoberta. No Ensino Médio, o aluno decora algumas regras gramaticais, é cobrado para ampliar seu vocabulário e escrever corretamente. No entanto, tudo isso poderia ser aprendido de forma natural através da leitura regular de livros. Ou seja, é possível trabalhar gramática, vocabulário e escrita de forma contextualizada. Salientamos que alguns livros são mais interessantes que outros, quer pela linguagem empregada, pelo próprio conteúdo, pela profundidade das personagens, pela mensagem implícita. Não existe uma lista com a tabuleta: esse é recondável para os alunos, aquele não. A escolha desses livros é um desafio não só do professor, mas da própria instituição de ensino. O certo é que quando o livro agrada o educando, a leitura ocorre de maneira intensa e agradável. Isto é, a leitura paradidática, quando trabalhada para despertar o prazer pelo texto, pode influenciar sua vida afetiva e estética. Quando se baseia no desejo pelanota para passar de ano, ela se torna chata e desagradável e, em nada contribui, para despertar no aluno o hábito de se tornar um leitor.. Diante dessas reflexões, decidimosrefletir sobre o uso de livros paradidáticos como estratégia para o ensino-aprendizagem no contexto do Ensino Superior. Trata-se de um estudo bibliográfico e exploratório, seguido de um relato de experiência com o livro A Culpa é das Estrelas, de John Green, no Curso de Fisioterapia em uma faculdade particular em Juazeiro do Norte-Ce. Conclui-se que a leitura de livros, cuja linguagem é acessível, um enredo envolvente, personagens carismáticos, trabalhado pelo professor sob uma perspectiva não da nota, mas da liberdade de criação gera no aluno uma predisposição natural ao hábito de ler. Em outras palavras, o livro é o incentivador do próprio livro e, claro, de outros do mesmo autor ou não. Palavras-chaves: Leitura. Paradidático. Processo ensino-aprendizagem. 1 INTRODUÇÃO Ler significa construir, atribuir significado ao texto lido. A leitura é um processo iniciado na infância, com a família e aprimorado, posteriormente, na escola e na faculdade, junto com os professores. A leitura, mesmo com o advento das novas tecnologias, continua sendo cada vez mais necessária na vida das pessoas, sobretudo, os alunos universitários.

2 Martins (2002) afirma que esses alunos devem ter um maior compromisso consigo mesmos e com a sociedade, pois é nessa fase que sua capacidade de reflexão se desenvolve, sua visão de mundo se torna crítica e seu vocabulário se torna mais amplo. O universitário precisa estar consciente que em breve estará atuando no mercado de trabalho nas mais diversas áreas e seu conhecimento, resultado de suas leituras, será fundamental para sua atuação junto à comunidade. Alves (2007) citado por Tourinho (2011) declara que as instituições de ensino superior, enquanto instituição formadora assume a missão de desenvolver, induzir e favorecermudanças na qualificação profissional do estudante, dando enfase à leitura e à formação do leitor. Pesquisa relacionada ao Exame Nacional de Desempenho (Enade) no ano de 2006 constatou que 34% dos alunos leem no máximo dois livros por ano, excetuando os escolares, e 41,3% se informam mais pela televisão. (OLIVEIRA, 2007). Para corroborar com tais afirmações, dados do Jornal O Globo (2013) divulgou uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com mais de 5 mil pessoas com 10 anos de idade ou mais, afirmando que o brasileiro lê em média 6 minutos por dia enquanto fica durante 2h25 minutos em frente a televisão. Em outras palavras, ainda temos um longo caminho a percorrer quando se trata de leitura entre os brasileiros. Considerando tais dados e diante de nossa prática enquanto professora de Língua Portuguesa, decidimos incentivar a leitura dos alunos incluindo um livro paradidático durante o semestre: A Culpa é das Estrelas, de Jhon Green. Nosso objeto de estudo éuma reflexão sobre o uso de livros paradidáticos como estratégia para o ensino-aprendizagem no contexto do ensino superior. A leitura de livros é um ato de prazer, entretenimento, conhecimento, mas, sobretudo, de compromisso do leitor consigo mesmo e com sua aprendizagem. O livro paradidático é, sem dúvidas, um poderoso instrumento de incentivo à leitura, se o mesmo for bem escolhido e trabalhado pelo professor. Caso seja imposto ao aluno, tal leitura, seguido de instrumentos avaliativos ultrapassados herdadosdo Ensino Médio, ficha de leitura ou provas objetivas, o doscente estará contribuindo para reforçar métodos tradicionais, bem como por

3 afastar o educando do livro. Portanto, nossos objetivos são refletir sobre a leitura de livros paradidáticos no ensino superior, bem como discutir o papel do professor e da faculdade e/ou universidade nesse contexto. 2 METODOLOGIA Trata-se de um trabalho bibliográfico e exploratório, seguido de um relato de experiência desenvolvido na turma de Tópicos Especiais em Fisioterapia I, do 2º semestre do curso de Fisioterapia. Escolhemos autores como Maria Helena Martins, Paulo Freire,Suzana Vargas, Marina Lajollo e os Parâmetros Curriculares Nacionais para nos fornecer dados sobre o assunto em discussão. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Quase sempre ao indicar livros para o alunato dos Cursos da Saúde, a proposta não era bem recebida. Contudo, ao indicar a obra A Culpa é das Estrelas, de Jhon Green tive uma grande surpresa: muitos alunos não só já haviam ouvido falar acerca do livro, como já o estavam lendo. À medida que as aulas iam acontecendo, solicitei que eles tecessem comentários dos capítulos lidos. Quanto mais declarações positivas da obra, mais alunos declaravam sua vontade em lê-la. Parte da nota de Língua Portuguesa foi a apresentação desse texto. A minha orientação, como professora da disciplina, foi liberdade e criatividade no momento que fossem apresentar o trabalho. Para tanto, a turma foi dividida em sete equipes de dez membros cada uma. O resultado, excetuando uma equipe que baixou um vídeo da internet (a obra foi transformada em filme) e fez comentários pontuais, foi maravilhoso. Uma das equipes encenou uma noite de autógrafos entre o autor, que também concedeu uma entrevista a seus fãs. Outra fez um trabalho de colagem com trechos do próprio livro e o apresentou através de um teatro de fantoches. Um grupo recontou a história através de desenhos e outra através de bonecos que representam os principais personagens da obra. Outra equipe transformou a sala de aula em uma sala de

4 cinema. Houve, ainda, um quiz sobre o livro com a distribuição de camisas com frases extraídas da própria obra. Se considermos que a adesão da leitura vem do prazer que o outro sente em relação ao texto lido, teremos mais alunos leitores. 4 CONCLUSÃO Ler é imprescindível para a aprendizagem dos alunos. Muitas dificuldades encontradas pelos educandosno Ensino Superior se dão, justamente, pelo pouca leitura que eles fazem ao longo de sua vida escolar. É preciso, pois, não só o incentivo do corpo doscente, mas um trabalho da própria instituição para despertar no aluno o gosto pela leitura. Alunos que leem livros constantemente estão mais propensos a ler outros tipos de texto, têm um vocabulário amplo e estão mais informados sobre a sociedade em que vivem. É importante destacar que não fórmulas para escolha dos livros, bem como para os métodos avaliativos. Contudo, o incentivo constante pela prática da leitura quer de livros, revistas, jornais e gibis, bem como a recusa pela prova tradicional acerca dessa leitura tem dados resultados surpreendentes. É preciso, pois, um trabalho em conjunto família, corpo docente, sobretudo, a própria instituição para despertar no aluno o gosto pela leitura de livros. As instituições superiores têm o importante papel de promover uma formação condizente às exigências do mercado de trabalho, priorizando a leitura e a escrita. 5 REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1989.

5 MARTINS, Maria Helena. O que é leitura? 10ª ed. São Paulo: ed. Brasiliense, 2007. MARTINS, L. M. B. Prática de leitura na universidade: uma reflexão teóricocrítica. Educação e Emancipação, São Luís, v. 1, n.1, jan./fev. 2002. ORLANDI, E. P. A leitura e os leitores. Campinas-SP: Pontes, 1998. OLIVEIRA, Kelly. Universitários dedicam pouco tempo à leitura e aos estudos, revela Enade. Agência Brasil. São Paulo: Empresa Brasil de Comunicação, 9 jul. 2007. Disponível em:memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2007-07-09. Acesso em 06 de janeiro de 2014. TOURINHO, Cleber. Refletindo sobre a dificuldade de leitura em alunos do ensino superior: deficiência ou simples falta de hábito? Disponível em: periodicos.ufpb. br. Acesso 25/05/2014.