Germinção d semente e produção ARTIGOS de muds / de ARTICLES cultivres de lfce em diferentes substrtos Germinção d semente e produção de muds de cultivres de lfce em diferentes substrtos Germintion of seeds nd production of seedlings of lettuce cultivrs t different substrtes AGRONOMIA Elisângel Aprecid d Silv 1* ; Vnder Mendonç 2 ; Muro d Silv Tost 3 ; Alessndr Conceição de Oliveir 4 ; Luis Lessi dos Reis 5 ; Diógenes Mrtins Brdiviesso 5 Resumo O presente trblho teve como objetivo vlir os efeitos de diferentes combinções de substrtos n geminção e desenvolvimento de muds de diferentes cultivres de lfce. O experimento foi instldo e conduzido em viveiro teldo (sombrite), em áre experimentl d Universidde Estdul de Mto Grosso do Sul, Unidde de Cssilândi-MS. Comprrm-se s seguintes combinções de substrtos: rei lvd + de minhoc (2:1), esterco bovino + de minhoc (2:1), Plntmx + de minhoc (2:1), rei lvd + Plntmx (2:1) e esterco bovino + Plntmx (2:1), e três cultivres de lfce: Cresp sem cbeç, Americn Júli e Bbá de Verão. O delinemento experimentl utilizdo foi o inteirmente csulizdo, em esquem ftoril 5 x 3, com qutro repetições e 16 sementes por prcel. Form considerds pr vlição, s 10 plântuls centris d prcel. Avlirm-se s crcterístics: porcentgem de germinção (%), índice de velocidde de emergênci (IVE) e mss sec d plântul inteir (g). Pr tods s vriáveis nlisds, s cultivres Bbá de Verão e Cresp sem cbeç form s que presentrm os melhores resultdos. Esterco + é o substrto idel pr se obter plântuls com mior mss sec, que implic indiretmente em mior vigor, pesr do mesmo não fvorecer o IVE e porcentgem de germinção. Plvrs-chve: Lctuc stiv L.,, produção de muds Abstrct The im of this pper ws to evlute the effects of the combintions of substrt on germintion nd development of seedlings of lettuce cultivrs. The experiment ws crried out in nursery, in Mto Grosso do Sul Stte University. There were compred the following combintions of substrt: wshed snd + erthworm humus (2:1); mnure bovine + erthworm humus (2:1); Plntmx + erthworm humus (2:1); wshed snd + Plntmx (2:1) nd mnure bovine + Plntmx (2:1), nd three lettuce cultivrs: Cresp sem cbeç, Americn Júli nd Bbá de Verão. The experimentl design ws entirely t rndom, in 5x3 fctoril outline, with four replictions nd 16 seeds per plot. There were considered for evlution 1 Grdund em Agronomi pel Universidde Estdul de Mto Grosso do Sul, Unidde de Cssilândi. E-mil: groelis@yhoo.com.br Bolsist PIBIC/CNPq. 2 Eng. Agrônomo, Dr. Prof. Adjunto d Universidde Federl Rurl do Semi-Árido (UFERSA), Bolsist de Produtividde do CNPq, BR 110 km 47, Birro Pres. Cost e Silv Mossoró/RN, CEP: 59625-900. E-mil: vnder@ufers.edu.br. 3 Eng. Agrônomo, Mestrndo em Fitotecni n UFERSA, Bolsist do CNPq, e-mil: murotost@hormil.com. 4 Eng. Agrônomo, Mestrnd em Irrigção e Drengem. Universidde Estdul Pulist Júlio de Mesquit Filho (UNESP) Cmpus de Botuctu, Fzend Lgedo: Ru José Brbos de Brros nº 1780, Botuctu/SP. 5 Alunos de grdução em Agronomi pel Universidde Estdul de Mto Grosso do Sul (UEMS) Cssilândi - MS. * Autor pr correspondênci Recebido pr publicção 25/01/07 Aprovdo em 04/12/07 245
Silv, E. A. d et l. 10 centrl seedlings per plot. The chrcteristics evluted were: germintion percentge (%), index of germintion speed (IVE) nd dry mss of the whole seedling (g). For ll the nlyzed vribles, the cultivrs Bbá de Verão nd Cresp sem cbeç presented the best results. Mnure + humus ws the best substrtum to obtin seedling with lrger development (vigor), lthout it did not increse IVE nd germintion percentge. Key words: Lctuc stiv L., erthworm humus, seedlings production Introdução A lfce (Lctuc stiv L.) é hortliç folhos mis consumid no Brsil, sendo fonte de vitmins e sis mineris, com destque no elevdo teor de vitmin A (FERNANDES et l., 2002; MARQUES et l., 2003). Devido à su lt perecibilidde e bix resistênci o trnsporte, é cultivd próxim os grndes centros consumidores, nos chmdos Cinturões Verdes. No Brsil, mior produção de lfce concentr-se no Estdo de São Pulo, onde são explords cultivres de verão e inverno em diferentes épocs sob condições de irrigção (ANDRADE JÚNIOR; DUARTE; RIBEIRO, 1992). A produção de muds de hortliçs constitui-se num ds etps mis importntes do sistem produtivo (MINAMI, 1995; SILVA JÚNIOR; MACEDO; SLUKER, 1995), pois del depende o desempenho finl ds plnts nos cnteiros de produção, tnto do ponto de vist nutricionl, qunto do tempo necessário pr colheit e, consequentemente, do número de ciclos possíveis por no (CARMELLO, 1995). N produção de muds de hortliçs, o método de propgção mis empregdo é o sistem de bndejs multicelulres de poliestireno expndido e posterior trnsplnte pr os cnteiros, obtendo-se ssim plnts mis vigoross e produtivs (MARQUES et l., 2003) devido o mior cuiddo n fse de germinção e emergênci, lém de outrs vntgens como economi de substrtos e de espço dentro do viveiro, lto índice de pegmento pós o trnsplnte, minimizção de trtmentos fitossnitários e bixos dnos às rízes no momento do trnsplnte (OLIVEIRA; SCIVITTARO; VASCONCELLOS, 1993). Apesr ds vntgens deste sistem de produção de muds, lgums dificulddes têm sido observds em relção às crcterístics do substrto, tis como mnutenção d umidde, o rejmento e disponibilidde de nutrientes, ftores estes que fetm diretmente porcentgem de germinção e o desenvolvimento ds muds, determinndo qulidde ds plnts produzids. No contexto de produção de muds, o substrto é um dos componentes mis sensíveis, pois qulquer vrição n su composição implic n nulidde ou irregulridde de germinção, n má formção ds plnts e no precimento de sintoms de deficiêncis ou excessos de lguns nutrientes (MINAMI, 1995). Os substrtos influem diretmente n qulidde ds muds, sendo s crcterístics físics e químics determinntes n qulidde do mesmo, devendo ests permnecer por um longo período (FONTENO; CASSEL; LARSON, 1981). Sendo ssim, o desenvolvimento d tividde de produção e comercilizção especilizd de muds de hortliçs, bsei-se principlmente n pesquis de melhores fontes e combinções de substrtos. Os diversos substrtos existentes constituem-se de forms comerciis de pronto uso, ms de cordo com experiênci do produtor, estes podem ser crescidos de fertilizntes e outros mteriis, como o de minhoc e csc de rroz crbonizd, que vism mximizr o seu rendimento no enchimento ds céluls ds bndejs (PUCHALSKI; KÄMPF, 2000), lém de minimizr custos, pel fcilidde de obtenção dos mesmos. O presente trblho teve por objetivo vlir os efeitos de diferentes combinções de substrtos n 246
Germinção d semente e produção de muds de cultivres de lfce em diferentes substrtos germinção e desenvolvimento de diferentes cultivres de lfce, visndo determinr o melhor trtmento pr cd cultivr em estudo. Mteril e Métodos O experimento foi conduzido em viveiro teldo, com sombrite (50% de luminosidde), com tempertur intern médi de 27,5 C, em áre experimentl d Universidde Estdul de Mto Grosso do Sul, Unidde de Cssilândi, entre os meses de setembro e outubro de 2005. O locl possui ltitude 19 o 05 S, longitude 51 o 56 W e ltitude de 471 m, de cordo com clssificção climátic de Köppen, present Clim Tropicl Chuvoso (Aw) com verão chuvoso e inverno seco (precipitção de inverno menor que 60 mm), tempertur médi de 32º C. Utilizrm-se bndejs de poliestireno expndido (Isopor ) com dimensões de 18,5 cm x 19,0 cm x 11,0 cm de lrgur, comprimento e profundidde, respectivmente. Em cd bndej, contendo 128 céluls com volume de 50 ml cd, form colocdos os cinco tipos de combinções de substrtos, intercldos por fileirs de céluls vzis como borddur. O delinemento experimentl foi o inteirmente csulizdo, em esquem ftoril 5 (substrtos) x 3 (cultivres), com qutro repetições e 16 sementes por prcel, sendo considerds pr vlição s 10 plântuls centris de cd prcel (Figur 1). Figur 1. Distribuição ds prcels experimentis em um bndej de 128 céluls, com destque pr s plântuls de lfce considerds pr vlição (prcel útil). Cssilândi-MS, 2005. Os substrtos utilizdos form: rei lvd + de minhoc (2:1 v/v), esterco bovino + de minhoc (2:1 v/v), Plntmx + de minhoc (2:1 v/v), rei lvd + Plntmx (2:1 v/v) e esterco bovino + Plntmx (2:1 v/v), totlizndo cinco combinções lterntivs, cujo resultdo d nálise químic encontr-se ns Tbels 1 e 2. O substrto comercil Plntmx Hortliçs é do tipo PxHT. 247
Silv, E. A. d et l. Tbel 1. Crcterizção químic de diferentes substrtos utilizdos n produção de muds de lfce Cresp sem cbeç, Americn Júli e Bbá de Verão. Substrto ph P K C Mg Al H+Al SB T V M.O P-rem C Cl 2 mg dm -3....mmol c.dm -3... (%) g dm -3 mg dm -3 Arei + Esterco + Plntmx + Arei + Plntmx Esterco + Plntmx 6,6 316 32 60 32 0 10 95,6 105,6 91 26 79 6,3 560 59 114 49 0 16 168,5 184,5 91 68 140 5,4 528 144 142 106 0 36 262,0 298,0 88 172 132 5,4 98 40 28 23 0 17 54,6 71,6 76 35 98 4,9 316 80 80 46 2 38 134,6 172,6 78 99 79 1 SB som de bses; t - CTC efetiv; T - CTC ph 7,0; V - sturção de bses. - Análise relizd pelo Lbortório de Fertilidde do Solo d UNESP- Cmpus Ilh Solteir. Tbel 2. Resultdos d nálise dos micronutrientes nos substrtos utilizdos no experimento com produção de muds de lfce Cresp sem cbeç, Americn Júli e Bbá de Verão. Substrto Zn Fe Mn Cu B mg dm -3 Arei + 2,5 23 3,5 0,6 0,16 Esterco + 6,1 44 5,9 0,7 0,28 Plntmx + 5,0 38 8,3 0,6 2,12 Arei + Plntmx 0,9 35 1,8 0,3 0,93 Esterco + Plntmx 5,1 46 10,2 0,4 1,40 - Análise relizd pelo Lbortório de Fertilidde do Solo d UNESP - Cmpus Ilh Solteir. As três cultivres de lfce utilizds form: Cresp sem cbeç (Germinção 96% e purez físic 100%), Americn Júli (Germinção 93% e purez físic 99%) e Bbá de Verão (Germinção 91% e purez físic 99,4%), vlores estes de cordo com o fbricnte. Colocrm-se dus sementes por cov (célul) de 5 mm de profundidde, sendo semedur relizd em 06/09/2005. As sementes form dquirids levndo-se em considerção os ddos de purez e germinção, devendo os mesmos, serem os vlores mis próximos possíveis, pr que o efeito dos substrtos não sofresse influênci desss crcterístics. As plântuls form vlids 31 dis pós semedur, considerndo vriável porcentgem de germinção. Já o índice de velocidde de emergênci (IVE), bsedo em Mguirre (1962), foi determindo registrndo-se dirimente o número de sementes germinds té o 12º di (18/09/2005) e considerndo como emergids, s plântuls que presentrm os cotilédones totlmente livres e normis. A porcentgem de germinção foi clculd de cordo com Lbouriu e Vldres (1976), sendo utilizd fórmul: G = (N/A). 100 onde: G = germinção; N = número totl de sementes germinds; A = número totl de sementes colocds pr germinr. Com relção à mss sec, s plântuls considerds pr vlição em 07/10/2005, form colocds em estuf com circulção de r forçdo, 60ºC durnte 72 hors, dentro de scos de ppel pr posterior pesgem em blnç nlític 248
Germinção d semente e produção de muds de cultivres de lfce em diferentes substrtos eletrônic (0,001 g). Dividiu-se mss sec totl pelo número de plântuls, obtendo o vlor d mss sec por plântul. Os ddos form submetidos à nálise de vriânci e s médis comprds pelo Teste de Tukey o nível de 5% de probbilidde. As nálises form relizds pelo progrm computcionl Sistem pr Análise de Vriânci - SISVAR (FERREIRA, 2000). Resultdos e Discussão Observndo-se Tbel 3, verificou-se que houve diferenç ltmente significtiv entre o índice de velocidde de emergênci (IVE) e mss sec totl de plântuls de lfce em função dos substrtos testdos; e diferenç significtiv pr porcentgem de germinção. Em relção às cultivres, houve diferenç ltmente significtiv pens pr o índice de velocidde de emergênci. Já interção entre substrtos e cultivres, não presentou diferenç significtiv. Tbel 3. Resumo d nálise de vriânci (Qudrdo Médio) do índice de velocidde de emergênci (IVE), porcentgem de germinção e mss sec totl de plântuls de diferentes cultivres de lfce em função de tipos de substrtos. Cssilândi-MS, 2006. Fontes de Vrição GL IVE Germinção (%) Mss sec totl (g) Substrto (S) 4 95,7884** 1032,5520* 0,0161** Cultivr (C) 2 138,4504** 177,7343 ns 0,0011 ns S x C 8 13,8999 ns 251,7903 ns 0,0008 ns Bloco 3 15,6813 148,4375 0,0803 Resíduo 42 8,7280 274,9275 0,0016 CV(%) 20,00 20,57 30,79 **Significtivo 1% de probbilidde, pelo teste F; *Significtivo 5% de probbilidde, pelo teste F e ns - Não significtivo. Pr o índice de velocidde de emergênci (IVE), o melhor resultdo foi obtido com o substrto composto por rei + Plntmx, enqunto os piores resultdos pr est vriável form observdos nos substrtos compostos por esterco bovino + Plntmx e esterco bovino + de minhoc (Figur 2). Segundo Hergty (1977) pud Silv Júnior e Giorgi (1992); Epstein (1976) pud Silv Júnior e Giorgi (1992), utilizção de resíduos orgânicos n composição de substrtos pr o cultivo de muds contribui sensivelmente com erção, cpcidde de rmzenmento de umidde e formção de um dequd estrutur físic o desenvolvimento ds rízes, lém de fornecerem lguns micro e mcro elementos essenciis à plnt como resultdo d intens tividde microbin enzimátic. No entnto, presenç de mtéri orgânic (esterco bovino e de minhoc) nos substrtos vlidos neste trblho, não contribuiu pr umentr velocidde de emergênci (IVE) ds plântuls, qundo comprdos com os substrtos compostos por mteriis inertes, tl como rei. Provvelmente, estrutur físic do substrto rei + Plntmx, contribuiu significtivmente pr que s plântuls tivessem condições de emergirem mis rápido. Segundo Setúbl et l. (2000), mtéri orgânic no processo de produção de muds deve ser oferecid de form blnced, lém dos demis componentes do substrto. Neste cso, s opções de substrtos vlids, poderim ser testds em 249
Silv, E. A. d et l. outrs proporções ou então em outrs olerícols que necessitem d etp de produção de muds. Qunto mis rápido ocorrer germinção ds sementes e imedit emergênci ds plântuls, menos tempo s mesms ficrão sob condições dverss, pssndo pelos estádios iniciis de desenvolvimento de form mis celerd (MARTINS; NAKAGAWA; BOVI, 1999). Esss condições dverss podem ser redução d umidde próximo à semente, que é essencil à germinção; ou mesmo ção de microrgnismos, que cusem lgum deteriorção à semente ou à plântul. A quntidde de luz que o substrto permite chegr à semente, o ph e densidde do mesmo, tmbém são responsáveis por diferentes resposts germintivs (FIGLIOLA; OLIVEIRA; PIÑA-RODRIGUES, 1993). Assim, observ-se que mistur de rei com Plntmx fvoreceu o índice de velocidde de emergênci, provlvemente por reunir s crcterístics ideis à germinção e emergênci. As cultivres Bbá de Verão e Cresp sem cbeç presentrm os miores índices de velocidde de emergênci, diferindo esttisticmente d vriedde Americn Júli, onde o IVE foi inferior, conforme presentdo n Figur 2. Apesr d diferenç presentd no IVE, s sementes ds cultivres utilizds não presentvm diferenç de tmnho inicilmente. O processo de embebição de águ fz tivção ds reções químics relcionds o metbolismo, retomndo o desenvolvimento do embrião, sendo neste cso s proteíns, s miores responsáveis pelo umento do tmnho ds sementes. O tegumento tmbém exerce ppel importnte, pois embebição pode ser impedid em virtude d impermebilidde do tegumento, sendo ess um crcterístic inerente d cultivr (BECKERT; MIGUEL; MARCOS FILHO, 2000). IVE 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 CV = 20,00% c 11,87 ester co + Plntmx bc 12,60 esterco + bc 14,76 Plntmx + b 15,58 19,03 rei + rei + Plntmx Substrtos/Cultivres Figur 2. Médis do índice de velocidde de emergênci (IVE) de plântuls de lfce em função do substrto e d cultivr utilizd. Cssilândi-MS, 2006. B 11,86 Americn Júli A 15,45 Bbá de Verão A 16,99 Cresp sem cbeç 250
Germinção d semente e produção de muds de cultivres de lfce em diferentes substrtos Smiderle et l. (2000) trblhndo com muds de lfce, pepino e pimentão, obtiverm resultdos onde o substrto Plntmx foi o que promoveu mior rpidez de emergênci e mior ltur ds plântuls. A porcentgem de germinção mis elevd foi obtid com o substrto rei + Plntmx conforme presentdo n Figur 3. Substrtos comerciis como o Plntmx têm como crcterístic um porcentgem de microporos considerd dequd pr produção de muds de hortliçs, o que confere este substrto um cpcidde de retenção de águ stisftóri, influencindo positivmente o desenvolvimento do sistem rdiculr ds muds (GUERRINI; TRIGUEIRO, 2004). Entre s cultivres estudds não houve diferenç significtiv em relção à porcentgem de germinção (Tbel 3), pesr ds mesms presentrem um pequen diferenç inicil de porcentgem de germinção, de cordo com os ddos do fbricnte. Germinção (%) 100 80 60 40 20 CV = 20,57% b 75,00 b 73,95 b 88,54 b 72,91 92,70 0 esterco + Plntmx esterco + Plntmx + Substrtos rei + rei + Plntmx Figur 3. Médis d porcentgem de germinção (%) de diferentes cultivres de lfce em função do substrto. Cssilândi-MS, 2006. Observndo-se Figur 4, not-se que o substrto esterco + foi o que proporcionou mior cúmulo de mss sec (g) pels plântuls. Pr s três cultivres de lfce utilizds, os vlores mis bixos de mss sec form observdos no substrto rei +. Pelo resultdo d nálise químic dos diferentes substrtos presentdo ns Tbels 1 e 2, observou-se vlores expressivos em relção todos os nutrientes, presente no substrto composto por esterco +, principlmente, em relção o P que é um mcronutrientes de grnde importânci pr cultur. A lfce pode ser considerd bstnte exigente em fósforo, sendo que deficiênci deste elemento reduz em muito o crescimento d plnt, podendo hver ml formção d cbeç, colorção verde opc ns folhs velhs, podendo mostrr tonliddes vermelho-bronze ou púrpur (LANA et l., 2004). O fto do substrto esterco + ter tido um bom desempenho pr produção de muds de lfce de qulidde, pode estr relciondo com reserv nutricionl do mesmo, visto que os seus vlores pr o elemento fósforo são significntes. 251
Silv, E. A. d et l. Mss sec (g) 0,18 0,16 0,14 0,12 0,1 0,08 0,06 0,04 0,02 0,154 0,169 0,126 CV=30,79% b 0,073 0,132 0 esterco + Plntmx esterco + Plntmx + rei + rei + Plntmx Substrtos Figur 4. Médis d mss sec (g) de plântuls de lfce em função do substrto utilizdo. Cssilândi-MS, 2006. O desempenho do substrto esterco + se justific pel proporção de esterco utilizd, pois de cordo com Hergty (1977) pud Silv Júnior e Giorgi (1992); Epstein (1976) pud Silv Júnior e Giorgi (1992), presenç de esterco bovino no substrto pr produção de muds de lfce com níveis cim de 75% (1:3) é desfvorável pr o processo de desenvolvimento ds muds e no experimento relizdo form utilizdos 66%. O fto do substrto composto por rei não ter presentdo bom desempenho pr vriável nlisd (Figur 4), certmente, está relciond à reserv nutricionl deste substrto. Segundo Loch (1998) os substrtos inorgânicos, como vermiculit e rei, possuem pouc ou nenhum reserv de nutrientes. Em relção à mnutenção d umidde nos substrtos, todos os trtmentos receberm mesm quntidde de águ dirimente, o que descrt o fvorecimento de lgum trtmento em relção à quntidde recebid, evidencindo que cpcidde de retenção de umidde é inerente cd substrto utilizdo. Cecílio Filho et l. (1999) trblhrm com o substrto comercil Plntmx diciondo à vermicomposto () pr produção de muds de lfce, sendo que os melhores resultdos obtidos pr vriável mss sec, form com o substrto Plntmx (100%). No entnto, neste trblho não foi observd diferenç significtiv pr o substrto Plntmx +, o que o enqudr com um dos melhores entre os testdos, diferindo pens do substrto rei +, que presentou o menor desempenho pr tl vriável. Assim, pesr do substrto rei + Plntmx não ter presentdo os miores resultdos pr vriável mss sec, ele não diferiu esttisticmente dos que presentrm os miores vlores, e; pr s crcterístics índice de velocidde de emergênci e porcentgem de germinção ele foi o que presentou melhor desempenho. Portnto, mistur de um substrto comercil (Plntmx ) com um mteril mis brto e disponível como rei, torn-se um opção pr os produtores de muds de hortliçs, pois contribui pr diminuir os custos dest etp do sistem de produção 252
Germinção d semente e produção de muds de cultivres de lfce em diferentes substrtos em bndejs. Além disso, sugere-se que mis trblhos semelhntes este sejm relizdos, de cordo com mteriis de disponibilidde regionl, que fvoreçm o processo, visndo sempre obtenção de muds de qulidde, com trnsplnte cmpo em menor tempo, mximizndo o uso de estufs ou viveiros e reduzindo os custos de produção. Conclusões Arei + Plntmx (2:1 v:v) é o substrto mis dequdo pr obtenção de crcterístics desejáveis, como mior velocidde de emergênci e lt porcentgem de germinção. Esterco + (2:1 v:v) proporcion mior cúmulo de mss sec em plântuls de lfce, implicndo indiretmente em mior vigor, pesr do mesmo não fvorecer o IVE e % de germinção. Pr tods s vriáveis nlisds, s cultivres Bbá de Verão e Cresp sem cbeç form s que presentrm os melhores resultdos. Referêncis ANDRADE JÚNIOR, A. S.; DUARTE, R. L. R.; RIBEIRO, V. Q. Respost de cultivres de lfce diferentes níveis de irrigção. Horticultur Brsileir, Brsíli, v. 10, n. 2, p. 95-97, 1992. BECKERT, O. P.; MIGUEL, M. H.; MARCOS FILHO, J. Absorção de águ e potencil fisiológico em sementes de soj de diferentes tmnhos. Scienti Agricol, Pircicb, v. 57, n. 4, p. 671-675, out./dez. 2000. CARMELLO, Q. A. C. Nutrição e dubção de muds hortícols. In: MINAMI, K. Produção de muds de lt qulidde. São Pulo: T.A. Queiroz, 1995. p. 27-37. CECÍLIO FILHO, A. B.; SOUZA, A. C.; MAY, A.; BRANCO, R. B. F.; MAFEI, N. C. Avlição d prticipção do vermicomposto n produção de muds de lfce. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 39., 1999, Tubrão. Resumos... Tubrão: Sociedde Brsileir de Olericultur, 1999. p. 76. FERNANDES, A. A.; MARTINEZ, H. E. P.; PEREIRA, P. R. G.; FONSECA, M. C. M. Produtividde, cúmulo de nitrto e estdo nutricionl de cultivres de lfce, em hidroponi, em função de fontes de nutrientes. Horticultur Brsileir, Brsíli, v. 20, n. 2, p. 195-200, jun. 2002. FERREIRA, D. F. Análise esttístic por meio do SISVAR (Sistem pr Análise de Vriânci) pr Windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., 2000, São Crlos. Anis... São Crlos: UFSCr, 2000. p. 255-258. FIGLIOLA, M. B.; OLIVEIRA, E. C.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M. Análise de sementes. In: AGUIAR, I. R.; PIÑA- RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLA, M. B. (Coord.). Sementes florestis tropicis. Brsíli: ABRATES, 1993. p. 137-174. FONTENO, W. C.; CASSEL, D. K.; LARSON, R. A. Physicl properties of three continer medi nd their effect on poinsetti growth. Journl of the Americn Society for Horticulturl Science, Alexndri, v. 106, n. 6, p. 736-741, 1981. GUERRINI, I. A.; TRIGUEIRO, R. M. Atributos físicos e químicos de substrtos compostos por biossólidos e csc de rroz crbonizd. Revist Brsileir de Ciênci do Solo, Viços, v. 28, n. 6, p. 1069-1076, 2004. LABORIAL, L. G.; VALADARES, M. B. On the germintion of seeds of Clotropis procer. Anis d Acdemi Brsileir de Ciêncis, São Pulo, n.48, 174-186, 1976. LANA, R. M. Q.; ZANÃO JÚNIOR, L. A.; LUIZ, J. M. Q.; SILVA, J. C. Produção d lfce em função do uso de diferentes fontes de fósforo em solo de Cerrdo. Horticultur Brsileir, Brsíli, v. 22, n. 3, p. 525-528, jul./set. 2004. LOACH, L. Controlling environmentl conditions to improved dventitious rooting. In: DAVIS, T. D.; HAISSING, B. E.; SANKLA, N. Adventitious root formtion in cuttings. Portlnd: Dioscorides, 1998. p. 248-273. MAGUIRE, J. D. Speed of germintion id in selection nd evlution for seedling emergence nd vigor. Crop Science, Mdison, v. 2, n. 2, p. 176-177, 1962. MARQUES, P. A. A.; BALDOTTO, P. V.; SANTOS, A. C. P.; OLIVEIRA, L. Qulidde de muds de lfce formds em bndejs de isopor com diferentes números de céluls. Horticultur Brsileir, Brsíli, v. 21, n. 4, p. 649-651, out./dez. 2003. MARTINS, C. C.; NAKAGAWA, J.; BOVI, M. L. Efeito d posição d semente no substrto e no crescimento inicil ds plântuls de plmito vermelho (Euterpe espiritosntensis Ferndes Plme). Revist Brsileir de Sementes, Brsíli, v. 21, n. 1, p. 164-173, 1999. MINAMI, K. Produção de muds de lt qulidde em horticultur. São Pulo: T.A. Queiroz, 1995. 253
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